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sábado, 19 de novembro de 2016

Diferenças entre Vinhos orgânicos e biodinâmicos

As práticas sustentáveis têm ganhado força no Brasil e no mundo. No universo vinícola não é diferente: a agricultura cria uma geração de consumidores conscientes, que busca cada vez mais aliar seu bem-estar ao cuidado com o meio ambiente. Ao buscar leveza e autenticidade, os amantes de vinhos são direcionados a um mercado inovador que garante mais qualidade e menos impacto ambiental. Você já deve ter ouvido falar sobre os vinhos orgânicos, e biodinâmicos, não é mesmo? Veja agora a diferença entre eles!
Vinho Orgânico
Na realidade, a designação de vinho orgânico não é totalmente correta, pois ele é obtido simplesmente de uvas cultivadas organicamente. A filosofia da produção de vinhos orgânicos:
- proíbe produtos fabricados industrialmente, tais como fertilizantes químicos e defensivos químicos (pesticidas, inseticidas, herbicidas e fungicidas);
- proíbe o uso de organismos modificados geneticamente (OGM);           
- permite uso moderado de enxofre elementar contra o oídio;
- permite uso moderado de calda bordalesa (sulfato de cobre, cal e água) contra o míldio.
A grande maioria deles traz no rótulo a declaração correta: “produzido com uvas cultivadas organicamente”, ou outra expressão correlata. Por causa do crescente interesse de muitos consumidores, cada vez mais atentos à saúde, existe a tendência de esse tipo de bebida tornar-se dominante dentro de poucas décadas.
Vinho Biodinâmico
Já a viticultura biodinâmica é uma prática extrema da viticultura orgânica. Os seus princípios foram definidos, em 1924, por Rudolf Steiner:   
- Valorização do solo e da planta em seu habitat natural, através do uso de preparações e compostos de origem vegetal, animal e mineral (parte biológica);
- Aplicação das preparações e compostos em épocas precisas, levando em conta as influências astrais e os ciclos da natureza (parte dinâmica);  
- Outras práticas       
As preparações biodinâmicas básicas são fermentadas e aplicadas em doses homeopáticas em compostos biodinâmicos, em estrume, no solo ou diretamente na planta, após diluições e agitações, chamadas de dinamização.As preparações biodinâmicas complementares são infusões de plantas medicinais usadas com duas finalidades: serem misturadas aos compostos biodinâmicos; ser borrifada nas folhas das parreiras, para prevenir doença fúngica na planta.Os compostos biodinâmicos são fundamentais para reciclar estrume animal e rejeitos vegetais, estabilizar o nitrogênio, criar húmus no solo e manter o solo saudável. Após o empilhamento dos materiais do composto, inoculam-se as preparações biodinâmicas complementares, cobre-se a pilha com solo e palha e deixa-se descansando por 6-12 meses.
Outras práticas empregadas são:
- Plantação de coberturas vegetais entre as fileiras de videiras, usando plantas como colza, mostarda, rabanete, chicória, etc., além de outras lavouras como centeio, aveia, ervilhaca, etc. Visa acumular nutrientes no solo, controlar nematóides, proteger o solo e fixar nitrogênio;
- Rotação de lavoura entre fileiras para restaurar o húmus e a matéria orgânica do solo, pois a viticultura é uma monocultura;   
- Adubação verde que consiste em incorporar ao solo qualquer lavoura ou foragem quando ainda verde, ou logo após a floração, para melhorar o solo.
O calendário das atividades vitícolas (elaboração das preparações BD e compostos BD, quando plantar e quando colher) é baseado na conjunção dos astros e em resultados empíricos.


Fonte: Os Segredos do Vinho, de J. O. A. Amarante  

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