O
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma ação do Ministério de
Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), executada em parceria com a Secretaria
de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). O PAA
propicia a aquisição de alimentos de agricultores familiares, a preços
compatíveis aos praticados nos mercados regionais e promove a doação desses
alimentos para entidades socioassistenciais.
No
ano passado, o programa comprou alimentos de 1.820 agricultores familiares
cadastrados de 62 municípios paraenses. Ao longo do ano, foram gastos mais de
R$ 900 mil em alimentos que foram destinados a 136 entidades
socioassistenciais.
Jorge
Pinheiro, agricultor familiar de 63 anos, leva uma vida modesta em sua terra no
município de Barcarena e viu a sua situação melhorar com a ajuda do PAA.
“Antes, eu não tinha para quem vender, perdia muitos produtos, mas agora tenho
comprador certo. Isso me ajudou demais. Esse projeto trouxe o reconhecimento do
que é a agricultura familiar. Hoje temos mercado e isso estimulou a gente a
produzir mais”, comemora o agricultor.
Outros
agricultores da região também se beneficiam com o projeto. É o caso do
agricultor Raimundo Marques, mais conhecido como Zaca, que vende todos os
meses toneladas de produtos para a gestão municipal.
“O
projeto trouxe um incentivo a mais, porque antes não tínhamos para onde escoar
nossa produção. Não tínhamos mercado e muitas vezes ficávamos nas mãos dos
atravessadores. Hoje, com esse projeto, abriu-se um leque de oportunidades,
tanto na nossa localidade, como na capital. Diferente da venda em feiras, em
que não há garantia de venda, a aquisição dos produtos pelo PAA dá mais
segurança aos agricultores.”
Raimundo
Marques – Agricultor
Maria
Silva, agricultora do município de São Miguel do Guamá (Pará), faz parte do
programa há 4 anos e explica a diferença de vender para o governo “Não tem nada
melhor do que saber que vamos produzir e ter a certeza de que teremos como
comercializar nossa produção com um preço bom. É um dos melhores programas sociais
que existem, pois ele faz a gente produzir. Não é me dado nada de graça, ou
seja, quanto mais eu produzo, mais eu vendo e por um preço bom. É um programa
que empodera o agricultor, faz com que a gente tenha autonomia para o comércio
e uma nova visão de mercado”.
Heitor
Pinheiro, titular da Seaster, afirma que a aquisição desses produtos beneficia
os produtores e as regiões em que vivem. “O PAA tem sete anos no Pará e começou
com apenas 30 municípios. Hoje temos 62 municípios envolvidos e nossa meta é
dobrar o número de agricultores em 2017”, afirma ele.
Para
a coordenadora do PAA em Barcarena, Marcela Machado, esse projeto fortalece a
agricultura familiar no município e garante renda para as famílias. “Nós
começamos com 17 agricultores em Barcarena. Fechamos 2016 com 47 agricultores
no município. Criamos emprego e renda no campo”, ressalta Marcela.
Helen
Barreto, coordenadora estadual do PAA na Seaster, afirma que o programa busca
combater a insegurança alimentar no Brasil e fortalecer a agricultura familiar.
Ou seja, compra-se o produto do pequeno agricultor familiar, com perfil do
cadastro único e bolsa família, além de populações tradicionais, paga-se por
essa produção e entrega em entidades sócio assistenciais.O
PAA, além de fortalecer a agricultura familiar, também proporciona mais um
benefício para os usuários dos serviços que recebem a doação dos alimentos
adquiridos pelo programa: a garantia de uma alimentação saudável.
“Além
de mudar nossa qualidade de vida, também garantimos uma alimentação adequada,
pois não trabalhamos com agrotóxicos”, explica a agricultora Maria Silva.
A
coordenadora do PAA em Barcarena, Marcela Machado, explica que é feito um
controle sobre esses alimentos. “Fazemos visitas e acompanhamos os agricultores
cadastrados no programa para verificar se esses alimentos estão sendo
utilizados e produzidos de forma correta”, afirma Marcela.
“A
partir da oferta de frutas, verduras, legumes, grãos, cereais e alimentos
orgânicos, o programa é um vetor de acesso a alimentos saudáveis. O produto,
saudável e de qualidade, beneficia pessoas em situação de vulnerabilidade
social e econômica, atendidas pela rede socioassistencial, promovendo segurança
alimentar e nutricional, garantindo uma alimentação adequada a quem mais
precisa”.Heitor
Pinheiro, titular da Seaster, ressaltando o papel do PAA como um importante
aliado das políticas públicas de educação alimentar.
Helen
Barreto, coordenadora estadual do PAA, destaca que o programa incentiva a
agricultura familiar, garantindo renda e ajudando as entidades com a doação de
alimentação saudável.
“Como
o pequeno agricultor familiar não tem a capacidade de escoamento da sua
produção, no caso, transporte adequado e logística para levar esse alimento da
zona rural para a cidade, esse produto acabava sendo desperdiçado. Com esse
projeto, ele consegue vender o produto dele e, assim, escoar a produção,
garantir uma renda para sua família e, principalmente, combater a insegurança
alimentar, porque ele vende um produto natural e saudável”, destaca Helen.
Fonte: Portal Amazônia
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