Os
Emirados Árabes Unidos são um dos mercados-alvo da indústria brasileira de
produtos orgânicos, que no ano passado exportou em torno de US$ 130 milhões,
segundo dados do Organics Brasil, programa da Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) que divulga o setor no mercado
internacional.
Para
o diretor do projeto, Ming Liu, o país árabe tem um grande potencial de aumento
no consumo de produtos orgânicos: “Principalmente em Dubai, onde é grande o
número de expatriados, turistas e visitantes, que incentivam a demanda por esse
tipo de produto”, explica.
O
Organics Brasil está programando para o segundo semestre uma missão de
prospecção para os Emirados. O objetivo é mapear o mercado e, quem sabe,
incluir a Menope (Feira de Produtos Orgânicos do Oriente Médio, na sigla em
inglês), que ocorre em Dubai em novembro, no calendário anual do projeto a
partir de 2018.
Há
alguns anos o executivo esteve em Dubai e pôde conferir que a demanda por
orgânicos é crescente. “Nosso grande desafio é convencer as empresas a apostar
neste mercado”, diz Liu. Hoje, Estados Unidos, Alemanha e França são os
principais destinos dos produtos brasileiros – e é nestes países que as
empresas brasileiras direcionam seus esforços. “Até pelo fato de passarmos por
um momento de crise, elas não querem arriscar”.
As
exportações brasileiras para os Emirados Árabes ainda são tímidas: “Não chegam
a US$ 2 milhões”, calcula Liu. Mas há vantagens que justificam esse interesse
da Organics Brasil pelo mercado do Golfo. A principal é o fato de os Emirados
facilitarem a certificação dos produtos: nos demais países, é preciso
certificar ingrediente por ingrediente, o que não é exigido pela nação árabe.
“Imagine
uma barrinha de cereal, que é composta por diversos ingredientes, sendo alguns
inclusive importados. Ter que certificar um a um demanda um trabalho maior. Até
por isso as empresas brasileiras costumam exportar produtos mais básicos”,
explica Liu, citando o açúcar orgânico, castanhas, mel e frutas como os
principais itens exportados.
No
ano passado as exportações brasileiras cresceram 15% em volume, embora tenham
empatado em faturamento, por mudança de “mix” de produtos e variação cambial.
Fonte: www.anba.com.br
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