A
área de produção orgânica no país, em 2017, deve passar da marca dos 750 mil
hectares registrados no ano passado. Segundo a Coordenação de Agroecologia
(Coagre) da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC),
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esse
tipo de cultivo no campo já é encontrado em 22,5% dos municípios brasileiros. E
a perspectiva é ainda maior para este ano que se inicia.
Dados
da Coagre indicam que houve um salto de 6.700 mil unidades, em 2013, para
aproximadamente 15.700, em 2016, ou seja, mais que o dobro de crescimento em
três anos. Sudeste é a região com maior área de produção orgânica,
totalizando 333 mil hectares, com 2.729 registros de produtores na Comissão
Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), também vinculada ao Mapa.
Na sequência, aparecem as regiões Norte (158 mil hectares), Nordeste (118,4
mil), Centro-Oeste (101,8 mil) e Sul (37,6 mil).
Coordenadora
do Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos), mantido pela Sociedade
Nacional de Agricultura (SNA), Sylvia Wachsner avalia que “o incremento das
unidades orgânicas no Brasil é muito importante, por ser um indicativo de que,
cada vez mais, os produtores rurais estão investindo em uma produção sem o uso
de insumos agroquímicos, que é uma opção mais segura para o próprio agricultor,
para o consumidor e, especialmente, para o meio ambiente”.
“Ao
mesmo tempo, vem se firmando a consciência de que os alimentos orgânicos
têm o apelo dos consumidores por serem bons para a saúde, fato que abre novas
oportunidades de mercados”, comenta Sylvia.
Para
ela, “esse crescimento produtivo vem ocorrendo, sobretudo, devido ao incremento
dos agricultores familiares, que vêem na agroecologia e na produção orgânica em
si uma maneira de atender, dentro dos próprios municípios, a programas que
envolvem, por exemplo, a merenda escolar, por meio do PNAE (Programa Nacional
de Alimentação Escolar)”.
Fonte:
SNA – Sociedade Nacional de Agricultura
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