A Vitamina A é um termo genérico que se
refere a compostos com atividade biológica do retinol. Estes incluem os
carotenóides pró-vitamina A, principalmente b-caroteno, a-caroteno e b-criptoxantina,
que é fornecida na dieta por vegetais verdes e amarelos ou laranja e algumas
frutas e vitamina A pré-formada, nomeadamente ésteres de retinil e o próprio
retinol, presente em alimentos de origem animal, principalmente em carnes, como
fígado, ovos e laticínios. A vitamina A foi descoberta no início de 1900 por
McCollum e colegas da Universidade de Wisconsin e de forma independente por
Osborne e Mendel em Yale. Ambos os grupos estavam estudando os efeitos de
dietas feitas de fontes purificadas de proteínas e carboidratos, como caseína e
farinha de arroz, no crescimento e sobrevivência de ratos jovens. Eles
observaram que o crescimento cessou e os animais morriam a menos que a dieta
fosse suplementada com manteiga, óleos de peixe ou uma fração menor solúvel em
éter extraída dessas substâncias, do leite ou de carnes. A substância
desconhecida foi então chamada de “A solúvel em gordura”. Pouco tempo depois,
foi reconhecida que os carotenos amarelos presentes nos extratos vegetais
tinham propriedades nutricionais semelhantes, e foi postulado que esta fração
carotenóide poderia dar origem, através do metabolismo, à forma bioativa de A
solúvel em gordura, agora chamada vitamina A, em tecidos animais. Isto foi demonstrado
estar correto após o b-caroteno e o retinol terem sido isolados e
caracterizados, e foi demonstrado que O b-caroteno da dieta dá origem ao
retinol nos tecidos animais. Nas primeiras décadas da pesquisa sobre vitamina
A, foi demonstrado que a deficiência de vitamina A causa várias doenças
específicas incluindo xeroftalmia; metaplasia escamosa de tecidos epiteliais e
mucosos; maior suscetibilidade a infecções; e anomalias de reprodução. Cada um
desses descobertas seminais abriram caminho para muitas investigações
subsequentes que têm grandemente expandido nosso conhecimento sobre a vitamina
A. Embora as descobertas feitas no início dos anos 1900 podem agora parecer
muito distantes, é interessante notar, que os médicos do antigo Egito, por
volta de 1500 a.C., já utilizavam fígado de boi, um alimento muito rico e fonte
de vitamina A, para curar o que hoje é conhecido como cegueira noturna.
Fonte:Handbook
of vitmains - CRC Press
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