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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Mercado do erotismo adere ao uso de géis orgânicos

Com cápsulas afrodisíacas orgânicas, vibradores sem plásticos tóxicos, lubrificantes naturais e preservativos éticos, o erotismo ambiental seduz o mercado francês. Mas o que para alguns representa um prazer responsável, para outros, é puro marketing. No setor erótico-ecológico há um "nicho mais interessante do que no dos cosméticos orgânicos convencionais", avaliou Frederick Donnat, dono da empresa online Divinextases, que lançou há dois anos a "primeira marca totalmente orgânica de cosméticos eróticos". A companhia, que fabrica seus produtos na França e tem como slogan "natureza e progresso", triplicou suas vendas de 150.000 em 2010 a 450.000 euros (de 450.000 para 1.370.000 reais, aproximadamente) no último exercício desde que optou por se concentrar neste segmento. O terreno é fértil e Donnat, de 45 anos, aposta em começar a exportar para outros mercados. De bálsamos pós-chibatadas aos perfumes íntimos, todos os produtos são fabricados na França com o mesmo compromisso sustentável: nada de óleo de palma, e sim manteiga de karité ou cêra de abelhas. Além disso, todos os materiais usados nas embalagens são recicláveis. "Cuidar do amor" também é a obsessão da marca Laboratoires Claude, que desde 2010 distribui em farmácias, lojas de comestíveis e sex shops uma pequena coleção de cápsulas 100% orgânicas com nomes muito sugestivos para ser usadas "de 30 a 60 minutos antes do ato" para intensificar o prazer sexual. "Além disso, só no mercado interno", a marca diversificará seus produtos, oferecendo chás e açúcares afrodisíacos no transcorrer do ano e ampliará sua rede de distribuição, declarou à AFP sua diretora, Fleur Phelipeau. 

Problemas de abastecimento 

Para 2014, os Laboratoires Claude preveem um aumento de 300% em suas vendas e esperam faturar 750.000 euros (R$ cerca de 2.200.000)."Enquanto 80% dos produtos no mercado usam moléculas do Viagra que podem ser perigosas para algumas pessoas idosas", a marca, que é de propriedade da empresa Quai des Célestins, especializada em suplementos alimentares cosméticos, só usa vegetais orgânicos em pó, disse Phelipeau. Isso traz alguns problemas de abastecimento. Phelipeau precisa apelar a produtores estrangeiros de plantas com propriedades afrodisíacas que não crescem na França, como o tríbulo ('Tribulus terrestris'), um estimulante da potência sexual ou a maca ('Lepidium meyenii'), um tônico reconstrutor. O "green business" erótico quer agradar os amantes e os defensores da natureza ao mesmo tempo.É o caso da empresa britânica French Letter, que vende preservativos éticos neutros em carbono, fabricados na Alemanha com látex natural extraído de seringais da Índia, geridos de forma sustentável. A floresta é um tema recorrente também no site arbredesplaisirs.com, uma butique online de brinquedos sexuais, lingeries provocantes e lubrificantes variados, que promete plantar uma árvore no Peru para recuperar a Amazônia a cada compra, e convida os clientes a reciclar seus acessórios sexuais. Esta plataforma na internet também limita sua oferta a "brinquedos sexuais livres de ftalatos", uma substância usada na indústria para amolecer o plástico e que traz riscos para a saúde. 

"Muito mal vendidos" 

Para a Easy Love, uma rede de lojas e venda online de roupas íntimas e acessórios eróticos, "os produtos orgânicos são muito mal vendidos" e estas novas propostas, com preços mais elevados, são "uma questão de marketing". Menos categórica, embora ainda ausente do segmento erótico-ecológico, a Dorcel, líder de entretenimento para adultos na Europa, destaca que "estas iniciativas estão se desenvolvendo na França", onde ainda são um "fenômeno recente". "Talvez sigamos seu exemplo, mas é necessário, sobretudo, que o prazer seja ótimo", disse à AFP sua porta-voz, Adeline Anfray. Embora seja ecológico, desfrutar da sexualidade não escapa de certos erros: por exemplo, os vibradores recarregáveis graças a mini-painéis solares da marca 'Passage du désir' tiveram problemas de funcionalidade nos últimos anos.Seu presidente, Patrick Pruvot, que constata uma tendência de 20% de aumento nas vendas de produtos íntimos, pretende implementar até o final do ano um sistema para trocar os dispositivos sexuais a pilha a favor dos de baterias recarregáveis. Ele ainda planeja fabricar um novo brinquedo sexual mais eficiente, alimentado com energia solar. 

 Fonte: http://www.afp.com

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