
O grupo integra o projeto PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável) – que na Capital é desenvolvido pela parceria entre Sebrae/MS, Prefeitura Municipal, Fundação Banco do Brasil e Mapa – e vai receber, a partir de outubro um trabalho de consultorias para a certificação orgânica, por meio do Programa Sebrae de Consultoria (Sebraetec). O programa, voltado para o incentivo à inovação, vai custear 90% do valor da certificação. Além disso, também vai oferecer serviços de orientação para que o produtor rural se adéqüe a cada uma das exigências legais.
Quem assume a presidência da Organocoop é o produtor rural Osmar Schossler, que conta que durante o processo de formação da cooperativa teve que peneirar os membros para aceitar somente aqueles cuja produção se adequava aos critérios da certificação. Assim, com um grupo unido e coeso, ele propõe as primeiras ações: “Vamos reunir todo mundo e formar um plano de comercialização, separar o que cada um vai plantar e montar um escalonamento para que nós sempre tenhamos produto para fornecer”.
Outra das inovações propostas pela cooperativa será a instituição da “cesta domiciliar”. Schossler conta que essa já é uma prática presente em outras cidades do país, e que planeja iniciá-la na Capital. “A pessoa pode fazer seu pedido por telefone ou internet, e nós levamos a cesta de orgânicos diretamente na casa dela”, relata.O gerente de agronegócios do Sebrae/MS, Marcus Rodrigo de Faria, comenta que hoje o principal canal de comercialização para estes produtores é a venda direta, sendo que alguns poucos conseguiram acessar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
“Uma vez unidos, como cooperativa, eles terão maior quantidade de produto para fornecer. Isso vai possibilitar um maior poder de barganha”, relata. “É muito mais fácil para o poder público realizar a compra de alimentos para merenda escolar diretamente com um grupo do que individualmente. O mesmo acontece com supermercados e sacolões”, finaliza.
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