A Fazenda Salvaterra se orgulha de não utilizar insumos que prejudiquem o meio ambiente ou que desequilibrem os ecossistemas desde 1998. Procura explorar os recursos naturais de forma sustentável tornando-os passíveis de serem utilizados por todos que ainda virão. Ser orgânico é cuidar da natureza e ter direitos e deveres para com ela e todos os seres vivos!
História da Fazenda Salvaterra
Já quase 200 anos de Brasil e a vasta região em que se situa Juiz de Fora era virgem dos pés do homem civilizado. Foi o Caminho Novo dos Campos Gerais que deu possibilidades a que estas magníficas paragens se configurassem como marcante realidade brasileira Antonio Gabriel Monteiro de Barros e sua esposa Dona Rosalina Augusta de Barros Leite saíram de Monta Cavalo e em 1873, compraram a extensa mata, verdadeiro sertão que cobria toda área, cuja delimitação formou a Fazenda Salvaterra, distante do centro urbano de Juiz de Fora 12 km.Antonio Gabriel construiu a Casa Grande, senzalas, capela e benfeitorias diversas para seu uso, entregando a propriedade à proteção de Nossa Senhora do Bom Conselho.
Machado batia, árvore caía e uma clareira se projetava na mata, que já não era virgem do homem mais virgem da luz aberta que ajuda a terra fecundar, germinar, a trazer a tona àquilo que guarda nas entranhas.Assim foi plantando café, milho e outras lavouras, trouxe gado, escravos e foi transformando a Fazenda Salvaterra em um lugar onde tudo fluía.A Fazenda ficava muito distante de Juiz de Fora, o caminho passava pela Fazenda São Mateus, ia até Benfica, para depois chegar à cidade. Com o intento de diminuir o caminho, Antonio Gabriel resolveu abrir a Estrada de Salvaterra e por isto foi assassinado em 1883.
Assim a Fazenda ficou com seus 10 filhos que foram tocando até que uma de suas filhas, Felizarda era seu nome, casou-se com Augusto Benjamim de Miranda que foi comprando as partes de seus irmãos, assumindo assim a Fazenda inteira.Muito prepotente e mal quisto por todos, com a queda do café, afundou-se em dívidas e vendeu a Fazenda para salda-las.Foi assim que, nos primeiros anos do século XX, desceu a serra o Capitão Modesto Camillo de Campos que se entusiasmou com a possibilidade de fazer da notável fazenda centro ativo de seus interesses.
Com ele veio sua filha Analita, moça, cheia de vida, mentalidade nova e que se apaixonou pelas terras, em pouco tempo transformando-a de novo em um vale fecundo e cheio de vida.Casou-se com João Gualberto e enviuvou-se em 1927, mantendo com seu braço forte o mando das terras. A alta produtividade das terras fez da Fazenda um dos pontos da economia agrária.Quatro anos depois de sua viuvez, Analita casou-se com o fidalgo cidadão e médico Dr. José Cesário Monteiro da Silva. O casamento marcou em Salvaterra sua época de esplendor. Dias depois de seu casamento, ao levantar-se Dr. José Cesário descobre na garrafa transparente de água potável propriedades medicinais e a presença do favorável tório. Estava traçada uma nova era.Montou-se então o hotel e restaurante e Salvaterra se enfeitou tornando-se centro de alto interesse, ponto de reuniões, aberta diariamente ao público, com ótimas instalações para hóspedes que acorreram de diversos pontos do país.
Com o falecimento do segundo marido em 1944, manteve-se ativa e ficou o pé continuando sua obra.Quando lhe foi aberta a porta do inverno, seu coração estacou. Sua morte foi muito sentida e toda Salvaterra chorou. A Casa Grande vai caindo aos poucos. Tudo vai virando tapera. A Salvaterra vai se entregando e sofrendo o abandono.Agora estão, renascendo junto com o vale, o dinamismo e a inovação, trazendo gente de valor e juntos transformando novamente a Fazenda Salvaterra.
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