A conjuntura é favorável para apostas na inovação, em diferenciais que agreguem valor à produção, em favor do faturamento, da competitividade dos empreendedores urbanos e rurais. O crescimento da economia vem proporcionando mais emprego e renda. Consequentemente, mais consumo. Grandes varejistas descobriram que há riqueza também na base da pirâmide e partem para estratégias como a oferta de produtos genéricos ou em embalagens menores, capazes de atrair consumidores das classes C, D e mesmo E. Segundo o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, cabe aos produtores e varejistas de menor porte trilharem o caminho inverso.
Como já estão próximos ao consumidor de menor renda e sabem muito bem de suas necessidades, devem não só continuar garantindo esse mercado mas também incorporar diferenciais que lhes permitam atingir consumidores mais sofisticados e exigentes. Produzir também para os de maior renda e mesmo para os ricos é a chave para se ter maior rentabilidade e abrir novos e promissores nichos de mercado no Brasil e no exterior. É o pressuposto para a permanência na atividade, melhorando o próprio padrão de vida e de seus empregados. "A massificação da produção não é caminho para os pequenos. Não há como concorrer com os grandes em termos de preços, de escala.
O caminho é ser diferente”, afirmou o diretor na segunda-feira (19) aos participantes do Encontro Nacional de Gestores do Sistema Sebrae da Carteira de Horticultura, Agroecologia e Orgânicos. O evento se encerra nesta terça-feira, 20 em Guarapari, Espírito Santo. “Pequenos não devem fabricar pinga, mas cachaça da boa, daquelas disputadas por degustadores do produto. Pinga barata é a praia dos grandes. O futuro dos pequenos está na qualidade e não na quantidade da produção. Por isso a importância de se buscar a certificação de origem, de se produzir dentro das regras sanitárias, da formalização.
A inserção no mercado, inclusive praticando-se preços mais elevados, também se dá por meio de produtos saudáveis,como é o caso dos orgânicos, livres de pesticidas”, explicou o diretor. Também participaram da abertura do encontro, o superintendente do Sebrae no Espírito Santo, José Eugênio Vieira;o diretor-técnico Benildo Denadai e o diretor de Atendimento, Ruy Dias de Souza. Todos bateram na mesma tecla de que não é papel do Sebrae desenvolver tecnologias, mas o de disseminar boas práticas de produção e de comercialização, como também de gestão empresarial. Tecnologias estão disponíveis no mercado.
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