O cultivo de hortaliças está ajudando a melhorar a qualidade de vida na zona rural de Itatinga, a 220 quilômetros de São Paulo. Por meio de um projeto financiado pela Fapesp e conduzido pela Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp de Botucatu (SP), em parceria com a prefeitura e o Sebrae, 40 mulheres já foram capacitadas para a produção de hortaliças orgânicas e, agora, estão aprendendo a processar o que colhem. "O projeto atende principalmente às mulheres que exercem o papel de chefe da família, com carência de tudo", explica o professor Rogério Lopes Vieites, do Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial.
Segundo Vieites, o treinamento, dividido em aulas teóricas e práticas, é dado a cada 15 dias, por docentes e alunos de graduação e pós-graduação da Unesp e por representantes do Sebrae. Elas aprendem a preparar o solo, semear e irrigar. Depois, aprendem sobre procedimentos pós-colheita, como higienização de embalagens e equipamentos, sanitização de vegetais, transporte e armazenagem. Então passam a conhecer o processamento mínimo e o reaproveitamento total dos alimentos, com a confecção de picles, massas e pães. O lucro obtido pela venda dos produtos in natura e processados é dividido entre as agricultoras.
A horta orgânica é coletiva e aberta. São 5 mil metros quadrados de área total e duas estufas. A produção mensal é de 6 mil quilos de hortaliças e, por enquanto, a produção é vendida nas ruas e parte a prefeitura compra para compor a merenda escolar.Para participar do projeto, as interessadas devem procurar a prefeitura e se cadastrar. "Como a procura tem sido grande, não só de mulheres, mas também de homens interessados, queremos expandir o projeto e aumentar, este ano, o grupo de capacitados para 65 pessoas", diz a diretora de Promoção Social da prefeitura, Ana Licia Trindade.
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