domingo, 31 de maio de 2009

Governo federal vai cadastrar produtores orgânicos em todo o país


O governo federal vai cadastrar os produtores orgânicos em todo o país para saber quantos são e qual a real produção brasileira sem o uso de agrotóxicos em frutas, legumes, hortaliças, leite, carnes, mel de abelha, produtos cosméticos e de limpeza. Ao anunciar a medida hoje (30) no Rio de Janeiro, o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, informou que o objetivo é fazer um banco de dados para elaborar, pela primeira vez, uma estatística oficial sobre o setor de orgânicos no Brasil. Ele lembrou que somente a partir da regulamentação da atividade com a Instrução Normativa n° 17, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (29) é que o perfil do setor orgânico brasileiro poderá ser conhecido.
Ao participar do Rio Orgânico 2009, evento que marcou no estado encerramento da 5ª edição da Semana Nacional Orgânica, Dias listou uma série de ações que o Ministério da Agricultura vêm fazendo para aumentar a produção dos orgânicos e torná-los mais acessíveis à população. “Estamos assinando um protocolo com os Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia para a criação de núcleos de agroecologia nas escolas técnicas e universidades. Além disso, o governo federal já paga 30% a mais pelo produto orgânico nas compras institucionais.
A inclusão dos orgânicos na merenda escolar é nosso próximo passo”, disse. Para o representante do Ministério da Agricultura, no entanto, é preciso maior engajamento da sociedade. “A população precisa cobrar do comerciante a oferta do produto orgânico nas prateleiras”, pois, conforme acrescentou Dias, esta é uma forma de estimular a produção e, assim, reduzir o preço final do produto. “Hoje já temos algumas tecnologias melhores, algumas políticas públicas como o pagamento de 30% a mais pelo produto orgânico. Então, nós já temos coisas acontecendo, mas quanto mais a gente entenda a importância desse processo, muita coisa vai acontecer”, defendeu. Ainda na defesa do consumo dos orgânicos, Rogério Dias enfatizou que o Banco do Brasil e o Programa Nacional de Assistência a Agricultura Familiar (Pronaf) têm linhas de crédito diferenciadas com juros mais baixos e prazo de carência maior para que o produtor faça a conversão do produto convencional para o orgânico.


Fonte:Agência Brasil

sábado, 30 de maio de 2009

Merenda escolar do município de Cuibá deve conter 10% de alimento orgânico


O projeto que prevê a destinação de 10% do orçamento da merenda escolar do município à compra de produtos orgânicos foi aprovado em primeira votação na sessão desta quinta (28). O vereador Paulo Borges (PSDB), autor da proposta, disse que é preocupante a qualidade do alimento fornecido aos estudantes da rede pública de ensino. "O município deve fomentar tanto a produção de alimentos mais saudáveis, quanto criar meios para que esse alimento chegue até a população". Ele reconhece a dificuldade em exigir que o alimento seja totalmente orgânico e, por isso, exigiu apenas a aplicação do percentual mínimo de 10%.
É considerada produção orgânica agropecuária, conforme descreve a mensagem, aquele em que se adotam técnicas específicas mediante o uso de recursos socioeconômicos disponíveis. No momento da aquisição, a Prefeitura de Cuiabá deverá dar preferência aos produtores organizados em associações e cooperativas que se enquadram no quesito agricultura familiar. Além disso, deve priorizar os alimentos produzidos no próprio município. A administração municipal, no entanto, pode deixar de cumprir a medida caso haja inviabilidade na aquisição dos alimentos ou dificuldades logísticas que atrapalhem o fornecimento dos gêneros, bem como a falta de condições higiênicas e sanitárias. A proposta ainda será reavaliada pelos vereadores em segunda votação.


Fonte:O Documento

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Orgânicos ainda mais confiáveis


Nada como a Semana dos Alimentos Orgânicos, que se encerra no domingo, para o governo federal anunciar regras que faltavam de regulamentação do setor. Deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União a instrução normativa que detalha como serão os mecanismos de controle (certificação, por exemplo), para que o consumidor possa ter certeza de que está comprando um orgânico alimento mais saudável, cultivado sem uso de agrotóxicos. - A agricultura orgânica está crescendo muito, e é preciso organizar o mercado contra pessoas mal-intencionadas - afirma o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. Os produtores têm até o final do ano para se ajustar as regras.
Com isso, espera-se também traçar uma radiografia do setor. A estimativa, sem dados concretos, é de que o mercado brasileiro de orgânicos cresça ao redor de 30% ao ano. No Rio Grande do Sul há cerca de 5 mil produtores orgânicos, informa a coordenadora da Comissão da Produção Orgânica no Estado, Angela Escosteguy. Entre eles, o agricultor Milton Kras Borges, 47 anos, que há três anos começou a migrar parte de sua produção de bananas e maracujás em Torres para a agricultura orgânica. Dá mais trabalho, com maior custo de mão-de-obra:

- Preciso fazer toda a limpeza da planta, o controle da erva daninha, manualmente. O período mais difícil é durante o processo de desintoxicação do solo.

- O primeiro impacto é de que (a planta) vai morrer, porque vem em um ritmo de adubação que é interrompido. Mas o solo começa a se recompor devagarinho. Se tivesse feito de uma vez, iria quebrar no meio do caminho

- revela Borges, que vende seus orgânicos para a rede Wal-Mart e pretende aumentar gradativamente a produção em sua propriedade.

Para o consumidor, está cada vez mais mais fácil encontrar esses produtos. Nas lojas BIG e Nacional, duas das bandeiras da multinacional no Estado, as vendas de orgânicos só na mercearia cresceram 22% em um ano, com alta de 15% na variedade ofertada (hoje em 250 itens de 140 parceiros). - Existe um público interessado. O consumidor gaúcho é exigente e está disposto a pagar mais por esses produtos. Às vezes, falta uma orientação do próprio supermercadista - avalia o presidente da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo.
A estimativa da entidade é que os orgânicos custam, em média, cerca de 20% mais do que os produtos convencionais, chegando a 40% no caso de hortigranjeiros. Angela destaca ainda o papel das feiras orgânicas - são 150 semanais no Estado - para aproximar o produtor do consumidor e oferecer um produto sem intermediário. E o país ainda exporta orgânicos. Em 2008, 64 empresas do Projeto Organics Brasil exportaram US$ 58 milhões nesses produtos. Para 2009, a expectativa é de um crescimento de 20%. O número de participantes já chega a 74, sendo três do Estado.

Fonte:Zero Hora

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mais duas empresas se associam ao projeto Organics Brasil


O Projeto Organics Brasil, criado em 2005 para fomentar empresas brasileiras de orgânicos com certificação no mercado internacional de orgânicos, amplia seu quadro de associadas com a entrada das empresas: Novo Mel (São Paulo) e Copercana - Cooperativa Agroindustrial de Cana-de-Açúcar de Nova Aurora (Paraná).
A Novo Mel está há mais de 20 anos no mercado e desenvolveu uma linha orgânica com todas as certificações internacionais para os mercados americano e europeu. São mais de 15 produtos na linha de potes, saches, bisnaga e vidro, nas variações: Mel silvestre, Mel com acerola, Mel com limão, Mel com guaco e própolis, Mel com agrião e própolis, entre outros.
A Copercana lança a marca SAGRA orgânica de qualidade e com a proposta de tornar o a Nova Aurora referência na produção de cachaça orgânica. A cooperativa utiliza como slogan que sua cachaça é a natural do Paraná, reforçando sua identidade brasileira e valorizando o estado.
O Projeto Organics Brasil, que encerrou 2007 com faturamento negociado de US$ 58 milhões e 64 empresas associadas. Só nos primeiros cinco meses de 2009, a empresa aumentou seu quadro para 74 empresas, participou de quatro feiras internacionais de produtos orgânicos com mais de US$ 36 milhões de negócios de exportação.

Sobre o Projeto Organics Brasil - O Organics Brasil surgiu para promover os produtos orgânicos brasileiros no mercado internacional, reunindo empresas e produtores em torno de uma marca única, atendendo aos mais exigentes padrões de adequação sócio-ambiental. O Projeto Organics Brasil é resultado de uma ação conjunta da iniciativa privada (Instituto de Promoção do Desenvolvimento e da Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e entidade governamental (Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), compondo uma sólida base institucional criada para fortalecer o setor brasileiro de orgânicos e viabilizar sua expansão no mercado internacional. [www.organicsbrasil.org]


quarta-feira, 27 de maio de 2009

Instruções Normativas dos orgânicos serão assinadas nesta quinta-feira


Três instruções normativas para a regulamentação dos orgânicos serão assinadas, nesta quinta-feira (28), às 9 horas, em Brasília, durante o Café da Manhã Orgânico com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esses atos estabelecem normas técnicas para os produtos processados, a certificação para o extrativismo sustentável orgânico e os mecanismos de controle para esses alimentos, como o processo de certificação. A publicação no Diário Oficial da União (DOU) deverá ocorrer na sexta-feira (29), encerrando a primeira etapa da regulamentação da maioria dos produtos orgânicos. A expectativa do Ministério da Agricultura é que, até o fim do ano, sejam publicadas as normas técnicas para têxteis, cosméticos e aquicultura.
No encontro, representantes dos ministérios da Agricultura, da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Educação (MEC) assinarão um protocolo para a criação de núcleos de agroecologia nas escolas técnicas e universidades. Segundo o coordenador de Agroecologia do Mapa, Rogério Dias, o objetivo é motivar os professores para introduzir a questão dos sistemas orgânicos de produção e os princípios agroecológicos em todas as disciplinas. "O MEC vai bancar a parte de bolsas de estudo, o MCT vai entrar com recurso de material permanente para a área de computadores e o Ministério da Agricultura vai gerar informações sobre o tema", explicou.


terça-feira, 26 de maio de 2009

Governo incentiva produção e consumo de orgânicos


Embora chegue à gôndola dos supermercados ou nas feiras agroecológicas custando em média 20% mais caro que os produtos cultivados com insumos químicos, os hortifrutigranjeiros orgânicos estão conseguindo aumentar cada vez mais o seu universo de consumidores, como também o número de áreas destinadas ao seu cultivo. Com o objetivo de levar para a população os efeitos positivos dos alimentos orgânicos para a saúde, além de seus benefícios ambientais, sociais e nutricionais, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) promove de hoje até o dia 31 de maio a 5ª Semana dos Alimentos Orgânicos em 24 estados e no Distrito Federal. No Rio Grande do Norte, o evento acontece pela segunda vez e a abertura oficial foi no início da manhã, no auditório do Sebrae-RN.
Durante toda a semana, distribuição de folheteria acontece nos principais supermercados da capital e em Mossoró, além de palestras e oficinas. De acordo com a fiscal federal agropecuária Sara Hoppe Schroder, a campanha é de esclarecimento para a população consumidora, mostrando que além da interferência de produtos externos (insumos químicos) no cultivo das hortaliças e outros produtos, é fundamental a valorização do produtor, as condições de trabalho e os benefícios com a saúde. "Estudos indicam que produtos orgânicos apresentam mais antioxidantes", diz e destaca o valor nutricional. A venda de produtos orgânicos também garante a permanência de várias famílias no campo.
Segundo Sara Schroder, uma nova legislação estabelece três critérios para que o produto seja certificado como orgânico. Anteriormente, apenas um certificado emitido através de empresas autorizadas pelo Ministério da Agricultura viabilizava essa condição ao produtor, acarretando ônus e impedindo, em muitas situações, que pequenos agricultores comercializassem sua produção com o certificado. Agora, um "Sistema Participativo de Garantia" e a "Venda Direta" vão garantir novas formas de certificação. No caso do Sistema Participativo de Garantia, um grupo se reúne estabelecendo critérios de avaliação. "Nesse sistema, cada um fiscaliza o outro parceiro", estabelecendo um clima de cooperação entre o grupo e de controle de qualidade. Na "Venda Direta" o produtor ou alguém da família atua como vendedor no comércio, principalmente nas feiras livres, garantindo ele próprio a certificação. "Ele vai para a feira e garante: esse produto eu cultivei de forma orgânica", destaca Sara.
Questionado a respeito do público consumidor, a fiscal federal agropecuária destaca que a maioria ainda é formada por pessoas com um melhor padrão sócio-econômico e cultural, destacando a finalidade da campanha em fomentar na população o conceito de que o produto orgânico é saudável e mais nutritivo. Proprietário de um sítio, Marcos Senna participou em 1995 de um curso promovido pelo Sebrae-RN e desde então enveredou pelo caminho da produção orgânica. Ele destaca que embora o produto chegue ao mercado com um custo 20% mais caro que os convencionais, os benefícios para quem produz e consome são significativamente maiores.
Senna destaca inclusive, que nesse período do ano, devido às chuvas, o produto orgânico está com o preço praticamente igual ao convencional, momento propício para quem pretende consumir orgânicos. Questionado com relação ao lucro, para quem produz orgânicos, Marcos Senna disse que um dos grandes problemas é o fato do produto ter um custo alto para chegar às gôndolas dos supermercados.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dicas para combater pragas de forma ecológica VII


Formigas: As cortadeiras são as que mais causam estragos. Elas cortam as folhas para levá-las ao formigueiro, onde servem de nutrição para os fungos, os verdadeiros alimentos das formigas.

Dicas: Um bom método natural para espantar as formigas e espalhar sementes de gergelim em torno dos canteiros. Além disso, o gergelim colocado sobre o formigueiro, intoxica o tal fungo e ajuda a eliminar o “ninho” das formigas; Em ataques maciços, recomenda-se o uso de iscas formicidas, à venda em casas especializadas em produtos para jardinagem. As formigas carregam a isca fatal para o formigueiro.

Plantas repelentes

Algumas plantas ajudam a manter as pragas afastadas dos canteiros. Alguns exemplos:Tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp.), hortelã (Mentha), calêndula (Calendula officinalis), arruda (Ruta graveolens).


Fonte:http://www.jardimdeflores.com.br

domingo, 24 de maio de 2009

Doença de Parkison e Pesticidas

Precisando de mais motivos para consumir Orgânicos? Segundo um estudo publicado em 15 de Abril, no American Journal of Epidemiology, a exposição crônica combinada aos pesticidas "maneb" (fungicida) e "paraquat" (herbicida), aumentou em até 75% o risco de desenvolver Doença de Parkinson, em residentes da região agrícola de Central Valley, na Califórnia. A exposição na infância aumentou de 4 – 6 vezes o risco de desenvolver a doença na vida adulta. A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, que compromete a capacidade motora, linguagem e outras funções.
Ocorre com maior frequência em fazendeiros e em populações rurais, contribuindo para a hipótese de que os pesticidas utilizados na agricultura possam ser parcialmente responsáveis. Os pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), da Universidade de Berkely e Universidade do Sul da Califórnia (USC), avaliaram 368 moradores da região de Central Valley diagnosticados com Doença de Parkinson. Os autores documentaram um risco 75% maior de apresentar D. de Parkinson em indivíduos que residiam nas proximidades (até 500 metros) de plantações tratadas com os pesticidas no período de 1974 -1999.
O risco foi ainda maior (4-6 vezes) para aqueles que desenvolveram a doença antes dos 60 anos e foram expostos ao "maneb", "paraquat" ou uma combinação dos dois, entre 1974 e 1989, quando eram ainda crianças ou adolescentes. Os estudiosos destacam que a pesquisa confirma as observações de estudos com animais, onde a exposição a mais de uma substância química aumenta os efeitos adversos, e de que a época da exposição também influencia os resultados (pior na infância). Os autores concluem que o "maneb" e o "paraquat" agem sinergisticamente, tornando-se neurotóxicos e aumentando significativamente o risco de desenvolver D. de Parkinson.
Um outro estudo, publicado em 2008 na BMC Neurology, também verificou uma associação entre exposição a determinados pesticidas e ocorrência de D. de Parkinson. As interações entre possíveis susceptibilidades genéticas e gatilhos ambientais, como os pesticidas por exemplo, ainda necessitam de mais estudos. Entretanto, há várias evidências que sugerem precaução na exposição aos pesticidas de uma forma geral. A Sociedade dos Médicos de Família do Canadá, regional Ontario (OCFP), publicou em 2004 um relatório recomendando a redução à exposição aos pesticidas “sempre que possível”, como medida preventiva em relação à doenças graves e de difícil tratamento.

Segundo o relatório:

• Há associações entre exposição a pesticidas e ocorrência de tumores, incluindo câncer de cérebro, dos rins, pâncreas e de próstata, entre outros.

• Também há relação com leucemia e linfoma não Hodgkin.

• Os estudos também demonstram efeitos consistentes em relação a dano no sistema nervoso central.

• Exposição ocupacional à substânicas agrícolas pode estar associada à malformações congênitas, morte fetal e retardo de crescimento intrauterino.

O relatório também alerta sobre o EFEITO DOS PESTICIDAS EM CRIANÇAS:

• As crianças são constantemente expostas a baixos níveis de pesticidas nos seus alimentos e meio ambiente. São poucos os estudos de longo prazo sobre essas exposições.

• Mesmo assim, o relatório identificou associações entre exposição à pesticidas e câncer na infância. Um risco mais elevado de câncer dos rins foi associado ao contato com pais que foram expostos trabalhando na lavoura. Outros estudos encontraram relação com câncer no cérebro e tumores hematológicos (linfoma não Hodgkin e leucemia).

• Algumas crianças apresentam risco maior de desenvolver leucemia aguda, se expostas durante a vida fetal ou infância precoce, principalmente quando a exposição é relacionada à inseticidas e herbicidas utilizados em gramados, jardins e árvores frutíferas, e também para o controle de insetos domésticos.
O consumo de produtos orgânicos incentiva a preservação da nossa já delicada Mãe Natureza e também é uma atitude de preservação da nossa saúde, dentro do princípio de que “A Prevenção é a Melhor Cura”.

sábado, 23 de maio de 2009

Ator Marcos Palmeira fará palestra sobre orgânicos


O ator Marcos Palmeira, da Rede Globo, faz palestra sobre os benefícios nutricionais e ambientais dos alimentos orgânicos, na próxima sexta-feira, dia 29, às 8h30, no auditório Augusto Gontijo do Parque Agropecuário de Goiânia. Marcos Palmeira é ambientalista e produtor de orgânicos. Após a palestra vai ter um almoço orgânico, servido por quilo. A programação faz parte da 5ª Semana do Alimento Orgânico, que vai ser realizada de segunda-feira a domingo próximos, dos dias 25 a 31, no Parque Agropecuário. A Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento (Seplan) integra a Câmara Técnica da Cadeia Produtiva dos Orgânicos, responsável pela Política Estadual para a Promoção de Sistemas Orgânicos de Produção Vegetal e Animal. O objetivo é melhorar a qualidade dos produtos agropecuários e agroindustriais através da eliminação do uso de agrotóxicos e outros insumos artificiais. Mais informações – (62) 3201-7810


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dicas para combater pragas de forma ecológica VI

Tatuzinhos: Muito comuns nos jardins com umidade excessiva, são também conhecidos como “tatus-bolinha”, pois se enrolam como uma bolinha quando são tocados. Vivem escondidos e alimentam-se de folhas, caules e brotos tenros, além de transmitir doenças às plantas.
Dicas: Evitar a umidade excessiva em vasos e canteiros; Devem ser retirados manualmente e eliminados um a um


Nematóides: São “parentes” das lombrigas e atacam pelo solo. As plantas afetadas apresentam raízes grossas e cheias de fendas. Num ataque intenso, provocam a morte do sistema radicular e, conseqüentemente, da planta. Algumas plantas dão sinais em sua parte aérea, mostrando sintomas do ataque de nematóides: as dálias, por exemplo, podem apresentar áreas mortas, de coloração marrom, nas folhas mais velhas.

Dica: O melhor repelente natural é o plantio de tagetes (o popular cravo-de-defunto) na área infestada; Se o controle ficar difícil, é indicado eliminar a planta infestada do jardim, para evitar a proliferação.


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Agricultores substituem pesticidas por corujas em Israel


Corujas e gaviões estão sendo empregados por fazendeiros no Oriente Médio para controlar pestes de roedores na agricultura.Muitos fazendeiros estão instalando caixas para encorajar a construção de ninhos pelos pássaros, que são predadores naturais dos roedores.Em Israel, onde há uma iniciativa para reduzir o uso de pesticidas tóxicos na agricultura, a prática foi transformada em um programa com financiamento do governo nacional.Agora, cientistas e organizações pela conservação da natureza da Jordânia e dos territórios palestinos se uniram ao esquema.Segundo a ONG BirdLife International, centenas de aves de rapina - entre elas várias espécies ameaçadas - foram mortas em Israel por comer roedores que haviam ingerido raticida colocados nas plantações para combater as pragas.
Mas os cientistas agora trabalham junto aos agricultores para combater o problema usando os pássaros em vez do veneno.Sem fronteiras - "Muitos fazendeiros acreditam que os pesticidas químicos são sua única opção. Eles usam grandes quantidades, borrifando a substância nas plantações com a ajuda de aviões", disse Motti Charter, pesquisador da Universidade de Tel Aviv e líder do Global Owl Project em Israel."Temos procurado os fazendeiros para encorajá-los a diminuir o uso de raticidas e instalar as caixas para ninhos."O esquema começou em 1983, quando algumas caixas para ninhos foram erguidas perto de um kibbutz, uma fazenda comunitária, no vale de Bet-She'na, ao sul do Mar da Galileia.
O projeto foi se expandindo gradualmente para incluir caixas que encorajem a construção de ninhos por gaviões."Os gaviões caçam durante o dia e as corujas caçam durante a noite", disse Charter."Esta ameaça constante de predadores 24 horas por dia causou mudanças no comportamento das pragas, resultando em menos danos à produção agrícola."Segundo a World Owl Trust, que financiou parte da pesquisa de Charter, há cerca de 1.000 ninhos de corujas-de-igreja em vários locais em Israel.
A ONG chegou a instalar uma câmera em uma dessas caixas.Como a sub-espécie de coruja-de-igreja em Israel é menos territorial do que as da Europa, e porque a população de roedores é estável durante todo o ano, as caixas para a construção de ninhos podem ser colocadas a uma distância relativamente curta umas das outras."A Jordânia entrou recentemente a bordo do esquema", disse Tony Warburton, presidente honorário do World Owl Trust. "Então o projeto está realmente unindo as pessoas.""Os pássaros constroem ninhos onde quer que haja comida e um habitat adequado. Eles não conhecem fronteiras nacionais", disse Charter.


Fonte: Estadão Online

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Seagri impulsiona agricultura orgânica


Para estimular o plantio de frutas, legumes e hortaliças organicamente sadios, a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) de Rondônia e a Emater estão desenvolvendo um trabalho de certificação sócio participativa junto aos produtores da agricultura familiar. O objetivo é promover sistemas de produção agrícolas sustentáveis, sob o ponto de vista socioeconômico, ambiental e relevantes para a conservação do solo e da biodiversidade. Plantações de agricultura orgânica Conforme o engenheiro agrônomo Jurandy Batista de Mesquita, o projeto conta com uma parceria entre agricultores, organizações governamentais e não governamentais.
“As preocupações mundiais com a saúde de produtores e consumidores e a proteção ao meio ambiente exigem métodos e técnicas que primem por uma agricultura que reduza riscos nos processos de produção de alimentos” destacou o especialista em agricultura orgânica que acrescenta “daí desponta a agricultura orgânica como forte aliada para resolver esses problemas ambientais, qualidade dos alimentos e sustentabilidade da produção rural”, reforçou o agrônomo. De acordo com Carlos Magno, secretário Estadual de Agricultura, a idéia é construir uma agricultura de base ecológica, sustentável, capaz de garantir a oferta de alimentos em quantidade e qualidade para todos.
“O foco é justamente esse: assegurar a qualidade dos alimentos, através da exclusão de agrotóxicos, fertilizantes químicos e de organismos geneticamente modificados (transgênicos). A partir daí se garante a sustentabilidade do meio ambiente, e se favorece a manutenção da fertilidade natural dos solos pelo incremento da matéria orgânica” disse Magno. O próximo passo agora é fazer o cadastro dos produtores que serão assistidos pelo programa de certificação sócio participativa. Mas, para se tornar um produtor orgânico é necessário que alguns critérios sejam obedecidos. O mais importante deles é estar associado a entidades (associações) que trabalham com agricultura orgânica. O processo de cadastramento deve iniciar na próxima semana.


Fone: Governo de Rondônia

terça-feira, 19 de maio de 2009

Dicas para combater pragas de forma ecológica V


Ácaros: O tipo de ácaro mais comum é conhecido como ácaro-vermelho , tem a aparência de uma aranha de cor avermelhada. Ataca flores, folhas e brotos, deixando marcas semelhantes à ferrugem. O ataque de ácaros diminui o ritmo de crescimento, favorece a má formação de brotos e, em caso de grande infestação, pode matar a planta. Ambientes quentes e secos favorecem o desenvolvimento dessa praga. Apesar de quase "invisíveis" a olho nu, sua presença é denunciada pelo aparecimento de uma teia fina.

Dicas:

Costuma atacar mais as plantas envasadas do que as que estão em canteiros;

-Uma boa dica é borrifar a planta com água, regularmente, já que este inseto não gosta de umidade. Casos mais severos exigem que as partes bem atacadas sejam retiradas;

-A Calda de Fumo ajuda a controlar o ataque.


Percevejos: São mais conhecidos como “marias-fedidas”, pois exalam um odor desagradável quando se sentem ameaçados. Seu ataque costuma provocar a queda de flores, folhas e frutos, prejudicando novas brotações.

Dicas:

-Vespas são suas predadoras naturais;

-Devem ser removidos manualmente, um a um; Se o controle manual não surtir efeito, a Calda de Fumo pode funcionar como um repelente natural.

Fonte:http://www.jardimdeflores.com.br

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Produtor inova com cultura da goiaba orgânica


Uma propriedade de Rondonópolis ingressou em uma área, até então, inexplorada no município: a plantação comercial da goiaba. O investimento foi feito no município pelo agropecuarista José Vianei Lopes Torres, na Estância Fabiana, localizada na Gleba Rio Vermelho, em Rondonópolis. Iniciada há dois anos, a atividade já apresenta bons resultados. A ideia de montar um goiabal surgiu por conta da monografia de conclusão de curso da filha de José Vianei, a engenheira agrônoma Fabiana David Torres. Na época, a filha abordou como tema a avaliação da goiaba paluma no sistema orgânico e convencional, e o pai acabou achando viável a cultura.
“Com os resultados obtidos, tanto no sistema orgânico como no convencional, a produtividade era a mesma”, lembrou-se. Um dos primeiros atrativos é que a goiaba se adapta a qualquer clima e solo, não apresentando um manejo de mão-de-obra dispendioso. Fabiana Torres conta que a escolha da paluma não foi por acaso, pois era uma cultivar pouco encontrada na nossa região, sendo mais conhecida em São Paulo e no Nordeste. Além disso, salientou o aproveitamento em escala industrial da variedade, com frutos que podem chegar até 510 gramas.
O início na atividade foi feito todo com investimento próprio. José Vianei plantou dois hectares da goiaba paluma, que surgiu de um cruzamento das variedades rubi com a suprema. Adquiriu as mudas produzidas por estaquia, sendo clones de uma mesma mãe. Segundo a engenheira agrônoma, o investimento inicial necessário não foi considerado alto. O goiabal da propriedade possui nove talhões. Visando manter uma produção constante, para abastecer sempre o mercado, Fabiana argumenta que se buscou fazer um escalonamento na produção.
Ela diz que as goiabeiras começam a produzir a partir dos seis meses. Do florescimento até a fase de colheita são cerca de 150 dias em média. Através da irrigação da lavoura e com podas programadas, a Estância Paluma consegue colher durante todo o ano. Os pés das goiabeiras são deixados em um tamanho médio entre 2 e 2,5 metros de altura, para facilitar os tratos culturais, como aplicação de defensivos, podas e a colheita.

RENDA

A produção de goiabas da Estância Fabiana é comercializada em Rondonópolis mesmo, sendo a maior parte para uma rede de supermercados local e uma frutaria. Por ciclo, estima-se uma produção de cerca de três toneladas de goiaba. Hoje, a engenheira agrônoma Fabiana Torres diz que está satisfeita com a rentabilidade da atividade. A caixa de goiaba é vendida no mercado atualmente por cerca de R$ 60,00. “No início, ficamos apreensivos porque era uma coisa nova…”, recorda-se.


Fonte:A Tribuna/Mato Grosso

domingo, 17 de maio de 2009

Dicas para combater pragas de forma ecológica IV


Lagartas: Costumam atacar mais as plantas de jardim mas, em alguns casos, também podem danificar as plantas de interior. Fáceis de serem reconhecidas, as lagartas costumam enrolar-se nas folhas jovens e literalmente comem brotos, hastes e folhas novas, formando uma espécie de "teia" para proteger-se. Todas as plantas que apresentam folhas macias estão sujeitas ao seu ataque. As chamadas “taturanas” são lagartas com pêlos e algumas espécies podem queimar a pele de quem as toca.

Dicas: Caso não apresente um ataque maciço (quando é indicada a aplicação um lagarticida biológico, facilmente encontrado no mercado), o controle das lagartas deve ser manual, ou seja, devem ser retiradas e destruídas uma a uma, lembrando que é importante usar uma proteção para a que a lagarta não toque na pele;

A Calda de Angico ajuda a afastar as lagartas e não prejudica a planta;

O uso de plantas repelentes, como a arruda, pode ajudar a mantê-las afastadasAves e pequenas vespas são suas “inimigas” naturais;

Precisamos lembrar que sem as lagartas, não teríamos as borboletas. Ao eliminá-las completamente, estamos nos privando da beleza e da graça desses belos seres alados. Mais uma vez, o equilíbrio é a chave.

Calda de angico

Ingredientes:100 g de folhas de angico,1 litro de água

Modo de fazer:Coloque as folhas de angico de molho na água por cerca de 10 dias, misturando diariamente. Coe o chá e guarde em uma garrafa tampada. Quando for utilizar em pulverizações, dilua uma parte do extrato em 10 partes de água.

sábado, 16 de maio de 2009

Vinícola Garibaldi projeta crescimento de 20% na região nordeste do país


A concentração do consumo de vinhos, espumantes e sucos da Vinícola Garibaldi no Nordeste devem aumentar 20% em 2009, em relação ao ano passado. A projeção é do gerente comercial da cooperativa para a região e o Sudeste, Miguel Carraro. Segundo ele, a aceitação cada vez mais constante dos consumidores é principal razão para as perspectivas positivas, aliada a qualidade dos produtos. Atualmente, os principais estados compradores dos vinhos, espumantes e sucos da Vinícola Garibaldi são Bahia, Ceará, Pará e Pernambuco. “O Nordeste brasileiro está em um momento de ampliação de conhecimentos sobre estes produtos e os consumidores já possuem o aprendizado para exigir do varejo os bons e melhores produtos do setor”, avalia Carraro. Conforme o gerente comercial da Vinícola Garibaldi para a região e o Sudeste, um dos destaques das vendas, por exemplo, tem sido o de vinhos orgânicos.
Sem agrotóxicos, não causam impactos ao meio ambiente, têm excelente qualidade e expressam de maneira muito mais precisa o seu terroir - conjunto de aspectos da região onde é cultivada a uva e que influencia as características da bebida. Por conta disso, os clientes que optam por este produto são bem mais informados sobre seus benefícios para as suas saúdes e do planeta. Em breve, adianta Carraro, “a empresa trará da Argentina um vinho malbec e outro cabernet sauvignon, elaborado em parceria com uma vinícola aos pés da cordilheira dos Andes”. A cooperativa aposta neste negócio desde 2001. Naquele ano, foi à primeira do País a elaborar um espumante orgânico, produzindo apenas 2,9 mil garrafas. Para 2009, serão 280 mil garrafas, entre espumantes, vinhos e sucos. A linha completa é formada pelo Espumante da Casa Orgânico Doce, Vinho da Casa Tinto Seco Malbec, Vinho da Casa Tinto de Mesa Seco, Vinho da Casa Branco de Mesa Seco e suco de uva orgânico.


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mercado de produtos orgânicos se prepara para seu principal evento


Apesar de ainda faltarem alguns meses para a quinta edição da Bio Brazil Fair – Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia, o setor já se prepara para seu principal evento, que acontece de 23 a 26 de julho, em São Paulo. Depois de receber 19.150 visitantes, entre profissionais e público em geral, na edição passada, os organizadores do evento prevêem uma visitação de 21 mil pessoas em 2009.Promovida pela Francal Feiras, em parceria com a BrasilBio – Associação dos Produtores e Processadores de Orgânicos do Brasil, a feira em pouco tempo de existência tornou-se referência no mercado de orgânicos, ao oferecer um espaço para oportunidades de negócios e troca de tecnologia para o desenvolvimento do segmento.
Aberta ao público e com entrada gratuita, a Bio Brazil Fair foi desenvolvida com o intuito de disseminar o conceito de alimentação orgânica junto ao consumidor. O evento, que possibilita a compra direta do produtor, é voltado para atacadistas, distribuidores, exportadores e importadores, fabricantes, lojistas, hotéis e restaurantes, supermercados, processadores, produtores e profissionais de saúde.
Neste ano, participam do evento 150 expositores, que reúnem produtos que vão dos processados aos in natura, como achocolatados, molhos de tomate, geléias, café solúvel, leite em caixinha, iogurtes, chás em saquinhos, cereais matinais e grãos. Ao chegar ao evento, o visitante se depara com uma variedade tão grande de produtos, que até mesmo cosméticos e roupas confeccionadas a partir de tecido orgânico encontra. Não por acaso, a gerente de negócios da Francal Feiras, Lúcia Cristina de Buone defende: “Visitar um evento como a Bio Brazil Fair é deparar-se com uma verdadeira vitrine do setor e de todo seu potencial, porque aqui você encontra não só uma variedade impressionante de produtos, como também tem a chance de constatar, muitas vezes em primeira mão, todas as novidades que surgem nesse mercado ano a ano.”
Ao encontro do alto grau de desenvolvimento de um setor que evolui ao compasso da conscientização do consumidor sobre os produtos orgânicos e seus benefícios, a gerente de negócios da Francal Feiras chama atenção para o papel da Bio Brazil Fair no contexto do próprio mercado de orgânicos: “Tão importante quanto a geração de negócios é o papel que a feira têm na difusão e democratização do conceito de alimentação orgânica. Nesse sentido, o evento cumpre o papel fundamental de divulgar e promover o orgânico. ”
Paralelamente à Bio Brazil Fair acontece a Natural Tech – Feira Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saúde, um evento especialmente desenvolvido para lançar e promover lançamentos em alimentos funcionais, probióticos, macrobióticos, integrais, diet e light, suplementos e fitoterápicos, cosméticos naturais e terapias complementares.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Dicas para combater pragas de forma ecológica III


Moscas-brancas: São insetos pequenos e, como diz o nome, de coloração branca. Não é difícil a notar a sua presença - ao esbarrar numa planta infestada por moscas brancas, dá para ver uma pequena revoada de minúsculos insetos brancos. Costumam localizar-se na parte inferior das folhas, onde liberam um líquido pegajoso que deixa a folhagem viscosa e favorece o ataque de fungos. Alimentam-se da seiva da planta. As larvas deste inseto, praticamente imperceptíveis, também alojam-se na parte inferior das folhas e, em pouco tempo, causam grande infestação.

Dica: É difícil eliminá-las, por isso muitas vezes é preciso aplicar insetidas específicos para plantas. Quando o ataque é pequeno, o uso de plantas repelentes - como tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp.), hortelã (Mentha), calêndula (Calendula officinalis), arruda (Ruta graveolens) - costuma dar bons resultados.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Lei do Paraná estimula recolhimento de agrotóxicos proibidos no país


Estima-se que só no Paraná ainda existam 3 milhões de quilos de Hexaclorobenzeno, agrotóxico conhecido como BHC ou pó de broca, usado nas culturas do algodão e do café e proibido no Brasil desde 1985.Tal substância pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central, mas, a exemplo de outros agrotóxicos também rechaçados legalmente, permanece armazenado por agricultores, quase sempre em condições precárias, o que apresenta riscos à saúde pública e predispõe à contaminação do solo, da água e do ar.Agora, o Governo do Paraná deu o passo inicial para a resolução do problema, ao sancionar um projeto de Lei de autoria dos deputados estaduais Luiz Eduardo Cheida - que é médico - e Rosane Ferreira, estabelecendo prazo de seis meses para que pessoas físicas e jurídicas informem aos órgãos competentes a guarda de quaisquer agrotóxicos proibidos por lei. A partir daí, é o Estado que vai se incumbir de retirar o veneno da propriedade e dar-lhe um destino adequado.
O PL determina, a partir dessa auto-denúncia, que os agricultores ficarão isentos de sanções de qualquer natureza relacionadas à guarda desses produtos. “O Estado não sabe onde os agrotóxicos proibidos estão e quem sabe tinha medo de contar”, diz Cheida. “Tornar os agricultores parceiros será a certeza de eliminarmos estes agrotóxicos proibidos do Paraná de uma vez por todas”, reforça.O projeto, pioneiro no país, já havia recebido apoio unânime do Conselho Estadual do Meio Ambiente.A necessidade de intervenção do Estado, segundo Cheida, justifica-se sobretudo porque a destinação correta desses produtos exige incineração com temperatura igual ou superior a mil graus centígrados, condição só existente em dois locais do Brasil – Belford Roxo, no Rio de Janeiro, e Suzano, em São Paulo.“O investimento para o Paraná é ínfimo diante dos benefícios diretos e indiretos para a saúde pública e da economia com despesas para a contenção e recuperação dos danos ambientais causados por estes agrotóxicos”, pondera o deputado.


Fonte: Assessoria de Imprensa do Governo do Paraná

terça-feira, 12 de maio de 2009

IMA incentiva produção de orgânicos durante Expedição pelo Velhas 2009


O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) vai demonstrar os benefícios da produção orgânica de alimentos e a importância do uso correto de agrotóxicos para a preservação ambiental, durante a sua participação na Expedição pelo Velhas 2009, que acontece de 08 de maio a 06 de junho na Bacia do Rio das Velhas.As atividades organizadas pelo IMA incluem uma mini-expedição, palestra, plantões técnicos, ações educativas e estão sendo preparadas junto aos servidores das unidades do interior para atender produtores rurais, estudantes e a população ribeirinha. Uma van do Instituto, equipada com gerador de energia, GPS, mesas e cadeiras estará presente nos finais de semana e servirá como um escritório móvel.
Além dessas atividades, um técnico do Núcleo de Meio Ambiente acompanhará, por terra, toda a Expedição e ao longo do trajeto e fará a divulgação dos programas desenvolvidos pelo órgão. Tendo como missão exercer em Minas Gerais, a defesa sanitária animal e vegetal, o Instituto assegura a oferta de produtos de qualidade, contribuindo para a preservação da saúde pública e a conservação do meio ambiente.“Participar de um evento de tamanha importância para o Estado é um dever do IMA e poder contribuir na formação de crianças e buscar promover uma nova conduta por parte dos produtores rurais é um desafio que vale a pena quando se fala da preservação do Rio das Velhas”, afirma o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto.A região da Bacia do Rio das Velhas abrange três das vinte Coordenadorias Regionais do IMA: Belo Horizonte, Curvelo e Guanhães. No total elas possuem 14 Escritórios Seccionais que atendem 63 municípios.

A expedição

A edição de 2009 possui uma proposta mais ousada do que a primeira, que ocorreu em 2003. Além da navegação pela calha do rio, feita por canoístas, haverá duas novidades. A primeira são os FestiVelhas, festivais de cultura que acontecem nos finais de semana. Eles serão realizados em Ouro Preto, Santa Luzia, Curvelo, Várzea da Palma e Belo Horizonte. Neles vão ocorrer debates, palestras, oficinas e apresentações culturais da própria bacia.A outra são as mini-expedições, propostas e executadas pelas comunidades da bacia ou por instituições com a participação da população local. Cada uma terá um tema que dialogue com a realidade histórico-cultural de cada comunidade e sub-bacia. O IMA vai realizar em Santa Luzia, nos dias 16 e 17 de maio uma mini-expedição intitulada “Do Agrotóxico à Agroecologia”, com o objetivo de mudar o hábito dos produtores que utilizam agrotóxicos e salientar a valorização dos produtos orgânicos. Durante o evento uma carreata seguirá até uma fazenda produtora.

Certificação e destinação correta

Além de não agredir o meio ambiente, os produtos vegetais produzidos em sistema orgânico fazem bem à saúde humana e tem maior valor agregado em sua comercialização. Para ser certificado pelo IMA, o produtor deve procurar a unidade mais próxima de sua propriedade e preencher um requerimento solicitando a certificação. É marcada uma auditoria na propriedade para verificar se há cumprimento dos requisitos estabelecidos pelas normas editadas pelo IMA e legislação vigente, caso esteja tudo correto, a propriedade é certificada.Já a devolução de embalagens vazias de agrotóxicos além de ser obrigação do produtor rural é um ato de grande relevância no que diz respeito à preservação ambiental. Embalagens abandonadas ou armazenadas de forma inadequada podem poluir o rio além de ser perigoso à saúde humana. No site do IMA, é possível encontrar todos os cuidados necessários relacionados ao armazenamento, manuseio e aplicação de agrotóxicos.

Meta 2010

A Expedição de 2003 produziu como grande resultado a elaboração da proposta de revitalização do Rio das Velhas por meio da construção da Meta 2010 – navegar, pescar e nadar no Rio das Velhas na região metropolitana de Belo Horizonte, que em 2005 foi assumida como um compromisso pelo Governo do Estado de Minas Gerais. A partir de 2007, a Meta passou a constituir-se no Projeto Estruturador Meta 2010, do Governo do Estado.O IMA participa da Meta 2010 através de ações relacionadas à sustentabilidade, educação ambiental, incentivo à certificação de produtos orgânicos e uso correto de agrotóxicos, principalmente na destinação correta de embalagens vazias.


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Dicas para combater pragas de forma ecológica II


Cochonilhas: São insetos minúsculos, geralmente marrons ou amarelos, que alojam-se principalmente na parte inferior das folhas e nas fendas. Além de sugar a seiva da planta, as cochonilhas liberam uma substância pegajosa que facilita o ataque de fungos, em especial, o fungo fuliginoso. Dá para perceber sua presença quando as folhas apresentam uma crosta com consistência de cera. Algumas cochonilhas apresentam uma espécie de carapaça dura, que impede a ação de inseticidas em spray. Neste caso, produtos à base de óleo costumam dar melhores resultados, pois formam uma "capa" sobre a carapaça, impedindo a respiração do inseto. A calda de fumo costuma dar bons resultados também.

Dicas:
- As joaninhas também são suas predadoras naturais, além de certos tipos de vespas;
-A Calda de Fumo e a Emulsão de Óleo são os métodos naturais mais eficientes para combatê-las;
-Deve-se evitar o controle químico mas, quando necessário em casos extremos, normalmente são usados óleo mineral e inseticida organofosforado.


Emulsão de óleo
2 litros de água
1 kg de sabão comum (em pedra ou líquido)
8 litros de óleo mineral

Modo de fazer:Pique o sabão (se for em pedra), misture com o óleo e a água e leve ao fogo, mexendo sempre, até que levante fervura. A mistura vai adquirir a consistência de uma pasta. Guarde em um pote bem tampado e na hora da aplicação, dissolva cerca de 50g pasta em água morna e dilua tudo em 3 litros de água.


domingo, 10 de maio de 2009

A contaminação dos solos por herbicidas e pesticidas

O solo é um recurso natural vital para o funcionamento do ecossistema terrestre e dos ciclos naturais. Apresenta inúmeras funções - uma delas é atuar como um filtro, graças a sua capacidade de depurar grande parte das impurezas nele depositadas; ele age também como um “tampão ambiental”, diminuindo e degradando compostos químicos prejudiciais ao meio ambiente. Essa capacidade de filtração e tamponamento, no entanto, é limitada, podendo ocorrer alteração da qualidade do solo em virtude do efeito acumulativo da deposição de poluentes atmosféricos, da aplicação de defensivos agrícolas e fertilizantes e da disposição de resíduos sólidos industriais, urbanos, materiais tóxicos e radioativos.Os Estados Unidos foram um dos primeiros países a discutir possíveis efeitos dos defensivos agrícolas sobre o meio ambiente, em meados de 1944, mas somente em 1988, quase 44 anos depois, a partir de pesquisas comprovadas, os cientistas passaram a estar realmente cientes dos problemas de pesticidas no solo.

Antes de discutir a contaminação dos solos é necessário entender algumas denominações:

-Contaminante: produto encontrado em um determinado meio em uma concentração abaixo dos níveis toleráveis em relação a critérios adotados.

-Poluente: produto encontrado em um determinado meio em concentração acima dos níveis toleráveis em relação a critérios adotados.

A preocupação com os processos de poluição do solo vem crescendo em todo o mundo dado aos graves efeitos que pode ocasionar sobre a humanidade. No que se refere à legislação, o Brasil tem a lei do Estado da Bahia, nº 3.858/80, Decreto nº 28.687/82, elaborada pelo Sistema Estadual de Administração dos Recursos Ambientais/Seara, criado a partir do Centro de Recursos Ambientais da Bahia, primeiro órgão ambiental brasileiro certificado pela ISO 9001. O artigo 72 da lei diz que “Poluição do solo e do subsolo consiste na deposição, disposição, descarga, infiltração, acumulação, injeção ou enterramento no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos poluentes, em estado sólido, líquido ou gasoso.”

Contaminantes do solo com herbicidas

A contaminação ambiental causada pelo uso crescente e indiscriminado de agroquímicos, em especial os herbicidas, tem gerado preocupações quanto ao lançamento inadequado desses compostos no ambiente. Sendo os agroquímicos tóxicos ao homem e organismos vivos, devem ser tomadas precauções quanto a sua aplicação e, principalmente, quanto aos resíduos provenientes das mais diversas fontes e à disposição final adequada, sem comprometimento do meio ambiente como um todo e dos solos em particular. Os herbicidas são os pesticidas mais persistentes no ambiente, ou seja, são degradados mais lentamente que os outros agrotóxicos atuais. O 2-4D e vários outros POPs (poluentes orgânicos persistentes) em geral são exemplos de pesticidas bastante estáveis, e por isso, são encontrados até hoje no ambiente natural.No Brasil, houve um aumento notável no consumo de agrotóxicos, principalmente dos herbicidas, em razão da expansão da fronteira agrícola e do aumento de terras onde é praticado o plantio direto.

Contaminantes do solo com pesticidas

Os pesticidas, também conhecidos como agrotóxicos, são defensivos agrícolas de ação tóxica que têm como ingredientes ativos compostos químicos formulados para controlar ou erradicar vetores de doenças animais, vegetais ou humanas, pragas (insetos, fungos, bactérias, ácaros) e ervas daninhas que competem com a cultura a ser comercializada. O seu uso se deve às necessidades de controle de pragas e doenças que atacam culturas de interesse agronômico onde o controle biológico ainda não é comercialmente viável. Este uso deveria ocorrer em condições controladas, isto é, que possibilitassem a produção agrícola e, ao mesmo tempo, mantivessem o ambiente preservado. Na maioria das vezes não é isso que ocorre e após aplicações diretas ou, indiretas (nas culturas), o solo pode ser contaminado não-intencionalmente provocando graves desequilíbrios ambientais e problemas para todos os seres vivos.A contaminação do ambiente, animais e pessoas por agrotóxicos começou a ser detectada a partir da década de 40 quando o uso de pesticidas tornou-se intensivo. Sabe-se que os pesticidas têm efeitos primários, quando atuam contaminando diretamente a espécie levando muitos indivíduos à morte imediata, e efeitos secundários, quando quebram a cadeia alimentar impossibilitando a manutenção de populações de determinada espécie em uma região.


sábado, 9 de maio de 2009

Dicas para combater pragas de forma ecológica I

A maior parte das pragas atacam geralmente na primavera, período de fertilidade e de grande atividade na natureza. Elas causam vários estragos nas plantas, além de favorecer o surgimento de doenças, principalmente fúngicas. As pragas geralmente se tornam um problema mais sério quando há um desequilíbrio ecológico no sistema onde a planta está inserida. Outras situações que podem favorecer o seu surgimento são desequilíbrios térmicos, excesso ou escassez de água e insolação inadequada. O assunto é vastíssimo e aqui não daria para falar profundamente sobre isso. O que temos aqui são algumas dicas naturais de controle, que serão postadas ao longo do tempo, primeiramente trataremos dos:

Pulgões:

Podem ser pretos, marrons, cinzas e até verdes. Alojam-se nas folhas mais tenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e enrugadas. Em grande quantidade podem debilitar demais a planta e até transmitir doenças perigosas. Os pulgões costumam atacar, principalmente, as plantas de hastes e folhas macias. Podem aparecer em qualquer época do ano, mas os períodos mais propícios são a primavera, o verão e o início do outono. Precisam ser controlados logo que notados, pois multiplicam-se com rapidez.
Dicas:
-As joaninhas são suas predadoras naturais;

-Um chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool em partes iguais ajuda a retirar os pulgões das folhas e isso pode ser feito semanalmente;

-Aplique Calda de Fumo ou Macerado de Urtiga;


Calda de fumo e sabão:

Ingredientes:10 cm de fumo de rolo50 g de sabão de coco ou neutro1 litro de água


Modo de fazer:Pique o fumo e o sabão em pedaços, junte a água e misture bem. Deixe curtir por cerca de 24 horas. Coe e pulverize as plantas atacadas.


Macerado de urtiga:

Ingredientes:11 litros de água100 g de folhas frescas de urtiga (use luvas para manusear a planta, pois ela causa irritações na pele).



Modo de fazer:Misture as folhas de urtiga em um litro de água. Deixe a infusão agir por 3 dias, mantendo-a em um local seco e à meia-sombra. Coe e dilua o extrato em 10 litros de água. Este preparado pode ser armazenado por alguns dias (em local seco e arejado) para pulverizações preventivas nas plantas a cada 15 dias.


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Como fazer uma horta orgânica em casa


Você tem um cantinho no quintal ou na varanda do apartamento que pega sol pelo menos algumas horas do dia? Então a boa notícia é que você pode cultivar seus alimentos de forma orgânica, na sua casa mesmo.Se você tiver espaço para fazer um canteiro no jardim ou no quintal, ótimo! Se não tiver, não se desespere: dá para cultivar em vasos e jardineiras também!Atenção para as dicas:

Para cultivar hortaliças em vasos ou jardineiras:

Passo 1: Encha um terço do vaso ou jardineira com pedriscos ou argila expandida para facilitar a drenagem. Lembre-se que os vasos devem ter furos para drenagem no fundo.

Passo 2: Coloque no vaso a seguinte mistura: 2 partes de terra comum, 1 parte de composto orgânico e 1 parte de húmus, enchendo quase até a borda do vaso.

Passo 3: Espalhe um pouco de areia.Como plantar:Para mudas de temperos (salsa, cebolinha, manjerona), posicioná-las de maneira intercalada, em forma de triângulo. Para hortaliças é possível usar mudas também ou plantar a partir de sementes, neste caso, siga as instruções da embalagem. Quando usar mudas, lembre-se de fincar estacas para auxiliar o crescimento vertical, especialmente no caso dos tomates.O composto orgânico deve ser feito com esterco curtido de animais (para evitar cheiro e insetos) e restos de vegetais (cascas de legumes e frutas, pequenos galhos, folhas ou grama cortada). Se não tiver como fazer o composto em casa, é possível adquirir pronto, em lojas de produtos agropecuários.

Para cultivar hortaliças em canteiros:

Passo 1: Revolver o solo com enxada ou pá, deixando a terra bem solta e fofa.

Passo 2: Misturar composto orgânico na terra já bem revolvida e fofa.

Passo 3: Usar uma ferramenta chamada ancinho, para alisar os canteiros e dar forma arredondada.

Passo 4: Deixar o canteiro 20 centímetros acima do nível do terreno.

Passo 5: A largura do canteiro deve ser de no máximo 1,20 m. Como plantar: Marcar os espaçamentos (exemplo: os pés de alface devem ficar a dois palmos um do outro). Posicionar as mudas de maneira intercalada, em forma de triângulo, para evitar a erosão. No caso de sementes, misturá-las com areia e espalhar com a mão sobre os sulcos do canteiro da maneira mais uniforme possível. Regar em seguida e pelo menos uma vez ao dia. Se for uma região quente, deve-se regar duas vezes ao dia até as mudas emergirem.

Atenção: Deve-se usar sempre composto orgânico e húmus na aducação da horta. No caso de ataque de pragas, usar apenas receitas naturais para combatê-las.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

BA: Projeto modelo de produção orgânica de leite beneficia agricultores familiares


Avaliar e desenvolver um modelo de produção orgânica de leite para bubalinos e bovinos respeitando os princípios agroecológicos. Este é o objetivo do projeto de pesquisa desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia (Seagri), através da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que visa otimizar a produção leiteira e colaborar com o aumento da renda dos agricultores familiares, sem comprometer a biodiversidade do ecossistema.
Os trabalhos de pesquisa iniciaram, este ano, na Estação Experimental de Aramari, região de Alagoinhas, e participam do projeto os produtores rurais dos territórios Cidadania Litoral Sul e Baixo Sul, para produção orgânica de leite com bubalinos e bovinos. Os agricultores familiares dos territórios Litoral Norte e Agreste de Alagoinhas, que estão no entorno da Estação Experimental, além de poderem acompanhar as pesquisas na área de produção de leite, serão beneficiados com os trabalhos voltados para a diversificação de culturas e preservação ambiental, que também fazem parte do projeto.
Segundo Antonio Vicente Dias, veterinário da EBDA, o projeto será executado na Estação Experimental e em duas propriedades dos territórios que englobam o Extremo-Sul do Estado, até 2011, e prevê ações de manejo orgânico de solos, controle alternativo de formigas cortadeiras, homeopatia e fitoterapia no manejo sanitário dos animais, preservação de nascentes e cuidados ambientais. O projeto também envolve ações de recuperação de áreas degradadas do solo - com manejo orgânico -, de matas ciliares e nascentes, e dos recursos hídricos. A preocupação com o conforto térmico e o bem-estar animal é outra característica do projeto, bem como com a qualidade do leite, determinada por análises, realizadas pela EBDA, e a integração de outras culturas ao sistema.
"Ao final deste projeto pretendemos contar com uma unidade modelo de produção orgânica, na Estação Experimental de Aramari, onde os agricultores familiares serão treinados vivenciando uma realidade concreta", explicou Antônio Vicente. O modelo de produção orgânica de leite adotado apresenta princípios agroecológicos e bases de sustentabilidade que permitem produzir a partir das técnicas orgânicas de cultivo, sem prejudicar o meio ambiente e os seres humanos. A previsão é que, ao longo dos trinta e seis meses da pesquisa, serão combinadas inovações tecnológicas com as práticas tradicionais dos agricultores, tais como reciclagem e conservação da água e técnicas de adubação verde e compostagem, de proteção das nascentes, de manejo de outros animais domésticos (galinhas, peru e porcos) e conservação de recursos florestais, não madeireiros, como lenha, plantas medicinais e fruteiras.

MAIS INFORMAÇÕES Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
Av. Dorival Caymmi, 15.649 - Itapuã CEP 41635-150 -
Salvador/BA Telefone: (71) 3116-1800 Fax: (71) 3375-1145

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Alimentos orgânicos aumentam as defesas do organismo em até 40% em relação ao cultivo convencional


Durante a 2ª edição da Orgânica 2009 - Feira do Complexo Agroindustrial Orgânico e Biotecnologias e Fórum Internacional da Agroindústria Orgânica, discutiu-se o benefício da alimentação orgânica em relação aos convencionais e suas vantagens para a saúde. Para debater o assunto, o painel ”Orgânicos e Saúde: alimentando a imunidade”, reuniu o médico e nutrólogo Mauro Lins, a presidente da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sonia Stertz, e o doutor em agroecologia e agricultura sustentável da Universidade de Londres, Geraldo Deffune.
De acordo com os palestrantes, a busca por alimentação saudável fez surgiu na década de 90 o conceito do alimento livre de insumos químicos e que utiliza apenas fontes de nutrientes naturais durante sua plantação. De lá para cá, o setor de orgânicos movimenta mundialmente R$ 132 bilhões com estimativa de chegar a R$ 176 bilhões em 2010. Esse volume vem aumentando porque os especialistas já comprovaram o prejuízo dos agrotóxicos à saúde, podendo irritar as mucosas intestinais, provocar arritmia cardíaca, causar distúrbios neurológicos e até câncer. “A arritmia cardíaca é um dos sintomas de dores elevadas de inseticidas fosforados, encontrados no morango e na cenoura. Alguns fungicidas, como o clorotalonil, encontrado na alface, no tomate e em outras verduras, podem provocar irritação nas mucosas do intestino e levar à diarréia”, enumera a pesquisadora da UFPR Sonia Stertz.
Além disso, os agrotóxicos estão associados ao aumento de tumores cerebrais e do câncer de mama em mulheres, bem como à diminuição da fertilidade feminina. Em artigo publicado na Revista Panamericana de Saúde Pública, alguns municípios do interior do Paraná registraram queda no número de nascimentos de homens devido à exposição de agrotóxicos. Para reduzir o impacto do uso desses pesticidas à saúde, a cientista aponta que os agrotóxicos sistêmicos não são eliminados em lavagens, nem com hipoclorito, vinagre ou bicarbonato. De acordo com a Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), os alimentos com maior índice de agrotóxicos foram o pimentão (64%), seguido do morango (36%), uva (33%) e cenoura (31%). Alimentos orgânicos contribuem para o sistema imunológico No painel que encerrou a Orgânica 2009, os especialistas foram unânimes na defesa das inúmeras vantagens que apresentam os alimentos orgânicos.
Eles relacionam principalmente o benefício dos orgânicos ao sistema imunológico. Em um estudo conduzido pelos Estados Unidos em 2007, foi constatado que os alimentos orgânicos contêm cerca de 40% a mais de antioxidantes do que os cultivados de forma tradicional. “O valor nutricional das frutas, por exemplo, incluiu maior concentração de frutose, de vitamina C e potássio e, o mais importante, isento de pesticidas e herbicidas”, avalia Sonia. Alimentos antioxidantes são aqueles que bloqueiam os efeitos dos radicais livres que, por sua vez, podem danificar células sadias do corpo e acelerar o envelhecimento e o aparecimento de doenças.


terça-feira, 5 de maio de 2009

Abrange promoverá iniciativas focadas no aumento do consumo e na melhoria da qualidade dos produtos não-transgênicos


Segundo a revista Defesa Vegetal, da Andef, o consumo de agrotóxicos (chamados de defensivos) no Brasil totalizou 733,9 milhões de toneladas, cujas vendas somaram US$ 7,125 bilhões, colocando o Brasil como o maior mercado mundial no consumo de agrotóxicos. Superamos os Estados Unidos, que consumiu 646 milhões de toneladas, ou US$ 6 bilhões em vendas. Os números se referem a 2008. No Brasil, o maior consumo de agrotóxicos se deu na soja, seguida pelo milho, cana de açúcar e algodão – coincidentemente, os cultivos com os maiores investimentos em transgênicos.Por outro lado, no final de 2008,a comissária para Agricultura do bloco, Mariann Fischer Boel, já apontava sinais preocupantes de que variedades de organismos geneticamente modificados não aprovados pela UE começaram a ser usados nas plantações da soja brasileira. O Brasil poderá ter problemas para exportar soja transgênica para a União Européia no futuro próximo. A crescente rejeição aos transgênicos e o aumento da demanda por grãos convencionais motivaram um grupo de empresas a criar a Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados - Abrange. A entidade pretende levar informações ao mercado consumidor sobre os produtos convencionais.
Como estratégia de ação, a Abrange promoverá iniciativas focadas no aumento do consumo e na melhoria da qualidade dos produtos não-transgênicos; destacar seus atributos sustentáveis do ponto de vista produtivo, ambiental e social e informar o mercado consumidor da regularidade e consistência da oferta de soja e derivados não-geneticamente modificados no Brasil.“A partir de agora, não somos uma ou outra empresa, somos uma voz única para falar para o mercado que existe volume suficiente [de grãos] para atendê-lo”, explica Ricardo Souza, secretário-executivo Abrange. As empresas que formaram a associação têm as mesmas dificuldades no processo de segregação entre os grãos transgênicos e convencionais. Por isso,pretendem trocar informações sobre os melhores métodos de separação desde o plantio até a entrega do produto no destino final.A Europa, assim como a Austrália, a Coréia e o Japão são mercados abertos aos grãos brasileiros que não foram modificados geneticamente. “A associação ajudará também a valorizar o produto”, diz Ricardo Souza.“Com a constituição da entidade, o Brasil firma-se como o maior produtor certificado de grãos e derivados não geneticamente modificados”, diz o presidente da nova associação, César Borges de Sousa.“Abrange também está articulando a criação de um banco de dados de referência para atender demandas de clientes nacionais e internacionais, além de investir na certificação dos diversos elos da cadeia produtiva”, informa o secretário-executivo da entidade, Ricardo Tatesuzi de Sousa.


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pecuária orgânica cresce no Pantanal

Eles moram no campo aberto, longe da aglomeração. Têm tempo livre para passear pelas planícies naturais e só se alimentam de vegetais sem agrotóxicos, jamais plantados em áreas desmatadas. Para a saúde, fazem prevenção com ervas medicinais e homeopatia, como em comunidades hippies.Não consta, porém, que haja muitas delas no Mato Grosso do Sul, onde esse estilo de vida, na verdade, é o dos bois "orgânicos", criados desde 2004.Uma associação de pecuaristas do Pantanal começou o negócio da estaca zero naquele ano. Hoje, somada a um grupo de produtores do Mato Grosso, na região do Cerrado, encaminha para abate 1.000 animais por mês. Cerca de 400 deles saem do Pantanal, e o resto do Cerrado da bacia do Alto Paraguai, onde nascem os rios da região.Ainda é uma produção pequena. A pecuária convencional sul-matogrossense é cerca de 500 vezes maior que a de produção ecologicamente correta. O nome orgânico não significa que bois convencionais sejam "inorgânicos". A expressão vem da política para agricultura dessa classe de alimentos, que proíbe uso de pesticidas inorgânicos.Toda a carne bovina orgânica certificada brasileira sai hoje da bacia pantaneira e é distribuída pelo grupo JBS-Friboi, maior frigorífico do mundo.
Para cada boi orgânico abatido pela empresa, porém, ela vende 570 animais criados de modo convencional.Os números pequenos, contudo, não intimidam fazendeiros que adotaram esse modo de produção. "O orgânico tem avançado muito rápido, até porque tinha pouco mercado", diz Leonardo Leite de Barros, presidente da ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica). A entidade já certificou dez fazendas para criar gado orgânico no Mato Grosso do Sul e tem mais 12 em processo de avaliação. "Quem tem pouco avança sempre mais rápido."Barros administra com seu irmão Luciano a Fazenda Rancharia, em Corumbá (MS), onde bois pastam em campos alagáveis dividindo espaço com emas, capivaras e veados. Segundo ele outros produtores ainda têm receio de abandonar a pecuária intensiva, que requer desmate de áreas secas. "Eles acham a gente completamente maluco", diz. "Acham que nos unimos ao inimigo."O "inimigo", no caso, é a ONG ambientalista WWF Brasil, na verdade uma parceira nas negociações que consolidaram a cadeia produtiva do boi orgânico no país.
Não foi algo fácil, já que boa parte da demanda por alimentos orgânicos é criada por pessoas vegetarianas."A maioria dos nossos consumidores que a gente encontra nos pontos de venda são ex-vegetarianos, que não compravam carne por conta da questão do bem estar animal", diz Josiane Stringhini, coordenadora de marketing do JBS-Friboi. O abate dos animais que chegam lá também segue procedimentos "humanitários", afirma."O boi fica um período dentro do curral, para que possa descansar, e recebe uma ducha de água morna. Depois, recebe um êmbolo de ar certeiro, próximo à testa", diz. "Assim, ele não fica estressado e não percebe que vai ser abatido."A ABPO e o WWF lançaram na última terça-feira um protocolo prometendo adotar práticas socioambientais que vão além das exigidas para certificação orgânica. Para entrar na associação, criadores terão de dar às famílias de peões acesso a escola e médicos, além de tentar criar um corredor de áreas protegidas na região. Segundo Barros, a ideia é vincular o Pantanal à carne orgânica, hoje ainda vendida sem selo de origem.


Fonte: Folha de S.Paulo