Café produzido de maneira orgânica e sem agrotóxicos. Esse é o fruto do trabalho do agricultor familiar Mariano Azevedo, 64 anos, há 20 atuando na cafeicultura. Ele é um dos 28 trabalhadores rurais que integram a Cooperativa de Produtores Orgânicos e Biodinâmicos da Chapada Diamantina (Cooperbio), cuja sede fica na cidade de Seabra, interior da Bahia.
A propriedade de Azevedo tinha 6 hectares mas foi reduzida a 2 desde o ano 2000, quando passou a atuar na cooperativa e produzir café sem o auxílio de fertilizantes químicos, melhorando a qualidade do produto final. “Eu tenho certeza de que a produção orgânica é a tendência natural dos agricultores familiares, já que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde e o bem-estar”, destacou.
O cafeicultor foi uma das 600 pessoas, entre produtores baianos, empresários, representantes de organizações não governamentais (ONGs) e autoridades políticas que estiveram presentes na abertura do 12ª Simpósio do Agronegócio Café. O evento, que acontece no Bahia Othon Palace Hotel, no bairro de Ondina, em Salvador, iniciou nesta segunda-feira (21) e vai até a próxima quarta-feira (23), tendo como tema central o crescimento sustentável do agronegócio brasileiro.
Para o diretor de Operações do Sebrae Bahia, Lauro Ramos, o desenvolvimento do agrocafé na estado necessita de informações de mercado. “É preciso identificar essas oportunidades mercadológicas, de forma que esses produtores aumentem os rendimentos, usando novas tecnologias, e incorporando modelos de gestão e atuação”, disse. Outra questão importante que Ramos levantou foi a necessidade de uma articulação conjunta com o governo estadual no intuito de atrair políticas públicas para o setor.
Também presente à solenidade de abertura do simpósio, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), e do Conselho Deliberativo do Sebrae, João Martins da Silva Júnior, acredita que esse evento abre perspectivas para os cafeicultores baianos. “É importante para que eles conheçam as novas tecnologias que se podem adotar e novos nichos de atuação. Faz com que eles descortinem a atividade e ampliem horizontes”, afirma.
A presidenta da Cooperbio, Brígida Salgado, comemora o aumento da procura do café orgânico, que chega a 10% por ano. “Com o apoio e assessoria do Sebrae, nós estamos conseguindo desenvolver”, afirma. Outro motivo de alegria para Brígida é que a cooperativa, que conseguiu negociar, em 2010, com a Maratá e até com o mercado estrangeiro, participa, pela primeira vez, de um dos maiores eventos do país sobre a área. “Tendo em vista que mais de 50% do café produzido no Brasil vêm da agricultura familiar, é muito relevante podermos trocar experiências com outros produtores, sempre com o objetivo de melhorar o produto que chega à mesa das pessoas”, aponta.
O secretário estadual da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Eduardo Salles, aproveitou o momento para lançar o Diagnóstico e Propostas para a Cadeia Produtiva do Café da Bahia. O material, elaborado pelo engenheiro agrônomo Renato Fernandes, identifica os problemas e traz dados da produção de café em diversas regiões da Bahia e suas devidas peculiaridades, com o objetivo de solucioná-los através de um planejamento estratégico. “Esse trabalho é um panorama da cafeicultura baiana. Agora o Estado precisa ouvir dos produtores o que é necessário para melhorarmos a produção baiana”, ressaltou.
A programação do 12º Simpósio do Agronegócio Café inclui palestras e cursos para todos os estágios da cadeia produtiva e aborda políticas públicas agrícolas e de meio ambiente, além de tecnologia e mercado. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo, uma das grandes conquistas celebradas nesta edição é a entrada do café lavado brasileiro, despolpado ou cereja descascado, na cotação da Bolsa de Nova Iorque, um privilégio, até dois meses atrás, dos cafés especiais da Colômbia. “Lutávamos por isso há muito tempo. Agora, nosso café especial terá como parâmetro internacional de preço não mais o valor da commodity, mas o seu próprio valor”, diz.
O evento é uma realização da Assocafé, juntamente com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Faeb, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Centro de Comércio de Café da Bahia, tendo como patrocinadores o Governo do Estado da Bahia, através da Seagri e da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ministério da Agricultura (MAPA), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae e Petrobras.
A propriedade de Azevedo tinha 6 hectares mas foi reduzida a 2 desde o ano 2000, quando passou a atuar na cooperativa e produzir café sem o auxílio de fertilizantes químicos, melhorando a qualidade do produto final. “Eu tenho certeza de que a produção orgânica é a tendência natural dos agricultores familiares, já que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde e o bem-estar”, destacou.
O cafeicultor foi uma das 600 pessoas, entre produtores baianos, empresários, representantes de organizações não governamentais (ONGs) e autoridades políticas que estiveram presentes na abertura do 12ª Simpósio do Agronegócio Café. O evento, que acontece no Bahia Othon Palace Hotel, no bairro de Ondina, em Salvador, iniciou nesta segunda-feira (21) e vai até a próxima quarta-feira (23), tendo como tema central o crescimento sustentável do agronegócio brasileiro.
Para o diretor de Operações do Sebrae Bahia, Lauro Ramos, o desenvolvimento do agrocafé na estado necessita de informações de mercado. “É preciso identificar essas oportunidades mercadológicas, de forma que esses produtores aumentem os rendimentos, usando novas tecnologias, e incorporando modelos de gestão e atuação”, disse. Outra questão importante que Ramos levantou foi a necessidade de uma articulação conjunta com o governo estadual no intuito de atrair políticas públicas para o setor.
Também presente à solenidade de abertura do simpósio, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), e do Conselho Deliberativo do Sebrae, João Martins da Silva Júnior, acredita que esse evento abre perspectivas para os cafeicultores baianos. “É importante para que eles conheçam as novas tecnologias que se podem adotar e novos nichos de atuação. Faz com que eles descortinem a atividade e ampliem horizontes”, afirma.
A presidenta da Cooperbio, Brígida Salgado, comemora o aumento da procura do café orgânico, que chega a 10% por ano. “Com o apoio e assessoria do Sebrae, nós estamos conseguindo desenvolver”, afirma. Outro motivo de alegria para Brígida é que a cooperativa, que conseguiu negociar, em 2010, com a Maratá e até com o mercado estrangeiro, participa, pela primeira vez, de um dos maiores eventos do país sobre a área. “Tendo em vista que mais de 50% do café produzido no Brasil vêm da agricultura familiar, é muito relevante podermos trocar experiências com outros produtores, sempre com o objetivo de melhorar o produto que chega à mesa das pessoas”, aponta.
O secretário estadual da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Eduardo Salles, aproveitou o momento para lançar o Diagnóstico e Propostas para a Cadeia Produtiva do Café da Bahia. O material, elaborado pelo engenheiro agrônomo Renato Fernandes, identifica os problemas e traz dados da produção de café em diversas regiões da Bahia e suas devidas peculiaridades, com o objetivo de solucioná-los através de um planejamento estratégico. “Esse trabalho é um panorama da cafeicultura baiana. Agora o Estado precisa ouvir dos produtores o que é necessário para melhorarmos a produção baiana”, ressaltou.
A programação do 12º Simpósio do Agronegócio Café inclui palestras e cursos para todos os estágios da cadeia produtiva e aborda políticas públicas agrícolas e de meio ambiente, além de tecnologia e mercado. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo, uma das grandes conquistas celebradas nesta edição é a entrada do café lavado brasileiro, despolpado ou cereja descascado, na cotação da Bolsa de Nova Iorque, um privilégio, até dois meses atrás, dos cafés especiais da Colômbia. “Lutávamos por isso há muito tempo. Agora, nosso café especial terá como parâmetro internacional de preço não mais o valor da commodity, mas o seu próprio valor”, diz.
O evento é uma realização da Assocafé, juntamente com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Faeb, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Centro de Comércio de Café da Bahia, tendo como patrocinadores o Governo do Estado da Bahia, através da Seagri e da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ministério da Agricultura (MAPA), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae e Petrobras.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
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