A segunda edição da Feira de Produtos Orgânicos de Belém deste ano levou dezenas de consumidores defensores da alimentação natural à praça Batista Campos neste sábado,06. A aposentada Maria da Conceição Ramos, 68 anos, que comprou verduras e frutas garante que aguarda com ansiedade a feirinha por causa da qualidade dos produtos encontrados no local. “Os alimentos são um pouco mais caros, mas a qualidade deles compensa o preço. Fico tranqüila porque sei que são produtos sem agrotóxicos, e por isso não causam mal à saúde”, comentou. A feira reuniu cerca de 40 pequenos produtores da Região Metropolitana de Belém (RMB) e de municípios vizinhos.
Entre eles, o Grupo de Mulheres Produtoras de Alimento Orgânico da Ilha do Combú, região insular da capital, que levou para o evento desde artesanato à produção de frutas como pupunha e laranja da terra, cultivadas em terra de várzea.Dóris Matos, uma das produtoras da ilha, diz que a especialidade delas são as biojóias, artesanato feito a partir de produtos extraídos da natureza, como sementes de açaí, inajá e upati. “A gente beneficia as sementes, colocando-as para secar. Depois elas recebem pintura e a partir daí começa o trabalho do artesão em si, transformando-as em anéis, cordões, fivelas de cabelos.
Mas também fabricamos doces, bombons, compotas e temos plantação de alimentos orgânicos”.Os alimentos orgânicos são considerados saudáveis porque todo o processo de produção tem que ser natural. Desde a água que é utilizada para irrigar a plantação, que não pode conter componentes químicos, até o adubo, explica a chefe da Divisão de Atividades Rurais da Secon, Ieda Rivera. Todo esse cuidado, assegura a técnica, acaba encarecendo o alimento. “Os produtos orgânicos são mais caros nos supermercados do que nas feiras livres, como essa. Porque nos supermercados só podem ser comercializados produtos com o certificado de qualidade.
Mas nas feiras, os órgãos que prestam assistência técnica aos agricultores, como a Secon, atestam a qualidade do alimento e o selo é dispensável, por isso a importância de eventos como esse”.Essa medida, segundo a técnica da Secon, foi definida pela lei nº 10.831/03 do Ministério da Agricultora, que também estabeleceu que as feiras de produto orgânico não deviam ter atravessadores, a venda deveria ser do produtor direto para o consumidor. Um estímulo para o produtor escoar com maior facilidade seus produtos e ter consumo garantido com a relação direta com o cliente.A primeira edição da Feira do Produtor Orgânico do ano foi realizada no dia 16 de janeiro. A Secon está planejando a realização de duas feiras itinerantes, nos dias 06 e 20 de março.
Fonte:Diário Online/ Ascom Fumbel
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