domingo, 20 de dezembro de 2009

Porto Seco Pirajá terá fábrica de chocolate orgânico tipo exportação


A fábrica AMMA Chocolates, especializada na produção de chocolate orgânico, será inaugurada no final de janeiro em Porto Seco Pirajá. Com capacidade para produzir 50 toneladas por ano, a empresa inicialmente vai criar 25 empregos diretos. A estimativa é que, em cinco anos, a produção anual alcance 400 toneladas. O investimento é de R$ 1,4 milhão. Segundo o empresário Diego Badaró, mais da metade dos chocolates orgânicos produzidos pela fábrica será comercializada para os Estados Unidos e países asiáticos, como China e Japão.
A implantação do empreendimento foi possível devido ao Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica da Bahia (Desenvolve), que, de acordo com o coordenador de Incentivos e Análises de Projetos, Cristiano Penido, concede à AMMA Chocolates 64 % de redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O programa beneficia com incentivos fiscais as indústrias e agroindústrias que queiram instalar novo empreendimento, ampliar ou modernizar sua matriz produtiva. O programa proporcionou, em 2008, o apoio a 83 empresas, totalizando um investimento de cerca de R$ 4 bilhões e a geração de quase nove mil empregos. Este ano, mais de 170 empresas assinaram protocolo de intenções com o Governo do Estado a fim de instalar suas empresas na Bahia, dinamizando a economia baiana.

Processo de produção

A produção orgânica objetiva a saúde dos pés de cacau e não o combate à doença. A AMMA é uma companhia verticalizada de chocolate artesanal na Bahia. O processo envolve desde o plantio do cacau até a venda do produto final, sendo inicialmente focada no mercado Sul Americano. Além do sabor, outra diferença importante entre o cacau tradicional e o fino é o preço no mercado internacional. O comum tem seu preço médio em US$ 1,5 mil/tonelada, enquanto o especial chega a valer US$ 6 mil/tonelada. O processo de preparo também é bem diferente, enquanto o cacau comum está pronto para ser vendido à indústria quatro dias depois de colhido, no caso do orgânico, com o controle de temperatura e umidade, esse processo chega a 20 dias.

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