terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Instituto Ouro Verde promove o desenvolvimento sustentável na Amazônia


O BNDES aprovou o aporte de R$ 5,4 milhões de recursos do Fundo Amazônia para o Instituto Ouro Verde, no município de Alta Floresta (MT).
O Instituto Ouro Verde é uma organização não-governamental criada em 1999, em São Paulo. Atua na região conhecida como “Portal da Amazônia” desde 2004.
Tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável, fortalecendo organizações e instituições populares, agindo diretamente junto a agricultores familiares, valorizando a cultura da população da região, a fim de possibilitar que se tornem agentes responsáveis pela transformação social, econômica e ambiental de suas comunidades.
O objetivo do projeto é promover a recuperação de 1,2 mil hectares de áreas degradadas (recomposição de áreas de preservação permanente e reserva legal) e o resgate da agricultura familiar em seis municípios que compõem o Território Portal da Amazônia, no extremo norte do Mato Grosso, por meio da introdução de sistemas agroflorestais.
Esses sistemas consistem em formas de uso da terra que reúnem um conjunto de espécies de árvores, cultivos agrícolas e criação de animais numa mesma área e simultaneamente. Para a implantação dos sistemas agroflorestais, o projeto utilizará a chamada técnica da “muvuca”, que trabalha com o plantio direto de várias espécies de sementes florestais e agrícolas misturadas.
Experiências anteriores, tanto do Instituto Ouro Verde como de outras instituições com atuação na região, têm demonstrado muitas vantagens da “muvuca” quando comparada com o plantio tradicional de mudas.
As sementes têm funções distintas e devem ser combinadas e manejadas ao longo do tempo. Não precisam de adubos químicos e fertilizantes, nem de defensivos agrícolas. Além disso, permitem maior aproveitamento dos recursos naturais, são viáveis em qualquer escala e diversificam a fonte de renda, já que possibilitam a plantação e cultivo de várias culturas (mandioca, café, hortaliças, castanha etc), reduzindo risco de prejuízos por quebra de safra.
As sementes utilizadas nos sistemas agroflorestais serão adquiridas da comunidade indígena Terena, parte integrante do projeto “Sementes do Portal”. Tendo em conta o crescimento e a valorização das sementes, em decorrência do aumento do uso de sistemas agroflorestais e da escassez de diversas espécies em função do desmatamento, a comunidade indígena Terena será beneficiada pelo projeto, na medida em que será capacitada para coletar as sementes de forma apropriada, desenvolvendo atividade que combina o uso sustentável da floresta com geração de renda.
O projeto prevê as seguintes ações: fortalecimento de associações locais no processo de gestão ambiental; estruturação de uma base de serviços ambientais para apoio técnico, objetivando o licenciamento ambiental de pequenas propriedades no Portal da Amazônia; recuperação de 1,2 mil hectares de áreas degradadas; capacitação e apoio técnico; além do desenvolvimento de veículos para comunicação interna e externa de informações do projeto, de forma a garantir a coesão das ações e a socialização das informações.


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