segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Para ganhar mercado, é preciso derrubar mitos de orgânicos


A engenheira agrônoma Lúcia Helena Almeida, da Associação de Agricultores Biológicos do Rio de Janeiro (Abio) uma das instituições certificadoras de produtos orgânicos mais antigas do país e com atuação em vários estados afirma que que não existe tradição de organização entre os agricultores fluminenses e que, por isso eles acabam nas mãos de intermediários, o que encarece a produção.
"Mas nem sempre o intermediário é o vilão; muitas vezes é o parceiro que embala e transporta o produto, e até criando sua embalagem o que o produtor não faz", ressalva. Parcela crescente da produção orgânica chega às prateleiras de supermercados graças a um esforço empresarial de sucesso, mas também se presta à manutenção do mito "produto orgânico é caro". Praticamente todas as pessoas ouvidas pela reportagem da Agência Brasil disseram que é um mito que interessa ao comércio convencional para aumentar o preço de uma mercadoria que não custa necessariamente mais para ele.
"Os produtos orgânicos enfrentam também um problema sério de logística, da saída do produtor até a chegada ao mercado. Como não têm aditivos, agrotóxicos, conservantes e, no caso dos animais, hormônios, não têm nem aquela aparência artificial, nem a resistência, também artificial", explica o porta-voz da Feira da Glória, Renato Martelleto.
A realidade da produção orgânica do estado do Rio de Janeiro é frágil como a de outros mercados, com exceção de centros mais organizados, como o Paraná. Ainda assim, incentivados pelas instâncias governamentais e instituições privadas, produtores orgânicos buscam uma relação econômica mais adulta e madura. Afinal, segundo estimativas da Fundação Agricultura e Ecologia da Alemanha, o mercado brasileiro movimenta em torno de US$ 200 milhões por ano com orgânicos, também responsáveis pelo ingresso de US$ 30 milhões anuais em exportações.
A expansão desse mercado despertou a atenção das autoridades federais há mais de uma década, e desde então tem havido esforços para o desenvolvimento mais acelerado do setor. Historicamente, a produção de orgânicos no Brasil está concentrada em pequenas propriedades no cinturão verde dos centros de consumo, muitas, de uns tempos para cá, rotuladas como de agricultura familiar, o que facilita o acesso a linhas de créditos e benefícios próprios.
Verduras, legumes, carnes e demais orgânicos produzidos em tais propriedade são comercializados em feiras nas imediações, a preços competitivos com os dos produtos convencionais disponíveis no comércio formal da região, sobretudo hortaliças rapidamente perecíveis. Essa realidade é determinante para a derrubada do mito sustentado tacitamente pelo comércio convencional.
"Não somos um nicho de mercado e, por isso, vamos lutar pela universalização do consumo de orgânicos", afirma o chefe da Coordenação de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. Ele faz questão de desfazer o caráter artesanal que a maior parte do público consumidor atribui aos orgânicos: "Agricultura orgânica é muito mais tecnológica do que a convencional."
Para o leigo, que pode achar estranha ou curiosa a afirmação, o agrônomo lembra que a agricultura convencional emprega agrotóxicos, conservantes, estabilizantes e outras substâncias químicas de baixo custo relativo, enquanto a orgânica requer busca incessante de tecnologias naturais alternativas para livrar seus produtos das pragas, doenças e outros prejuízos.
Segundo Hélder Carvalho, representante de vinhos, azeites e vinagres orgânicos em feiras cariocas, para prevenir e combater insetos que atacam as plantações,os agricultores recorrem a gansos e galinhas d''angola, que se alimentam deles. Ele ressalta que as galinhas d''angola "comem os insetos mas não ciscam e, por isso, não desenterram as sementes e plantas das covas".
"Outros cuidados bem característicos do cultivo de orgânicos são os saquinhos de papel envolvendo as frutas ainda no pé", acrescenta, citando goiabas e figos como frutas protegidas de pássaros e morcegos. "Isso pode encarecer os produtos, em comparação com os convencionais, mas não chega a ser uma diferença alarmante. Quem procura qualidade e sabor natural, prefere o produto orgânico. Até o café orgânico tem outro gosto."
Na questão do paladar, uma das maiores defensoras dos produtos orgânicos é Maria Beatriz Dal Ponte, gerente do Centro de Gastronomia do Serviço Nacional da Aprendizagem Comercial (Senac) do Rio de Janeiro. Formada em letras e pós-graduada em administração, ela começou a se interessar pelos orgânicos há nove anos, tendo criado os três filhos com a produção da chácara familiar, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.
"As pessoas se equivocam na leitura da realidade. É preciso respeitar o ciclo da natureza. A produção e o consumo de orgânicos são o resgate de uma prática antiga da história da humanidade. E hoje os orgânicos são usados pelos chefs no mundo inteiro, o que mostra a tendência de ver a questão como de saúde, e não como coisa de alguma seita", enfatiza Beatriz. Ela destaca ainda o mito da difícil aceitação, com a autoridade de quem abriu uma escola de gastronomia no Sul com a chancela do Instituto de Culinária Italiana para Estrangeiros.
Psicóloga e educadora, Míriam Langenbach, pratica desde 2001, no Rio de Janeiro e em algumas cidades vizinhas, o associativismo para a compra de produtos orgânicos. Na rede ecológica dirigida em colegiado por cerca de 30 pessoas, há 200 consumidores inscritos para receber em seu bairro produtos encomendados semanal ou quinzenalmente, dependendo do tamanho do grupo.
"É uma maneira prática e fácil de manter a alimentação sem precisar pesquisar e procurar aqui e ali. Nós fazemos as compras e entregamos em espaços públicos nos bairros, em dia e hora combinados. Pode ser por semana, ou por quinzena. Atendemos de Santa Teresa bairro da capital fluminense a Seropédica e Niterói municípios do estado do Rio ", disse Míriam, que mantém na rede um nível básico de profissionalismo para encomendas, entregas e administração financeira. "Na base do voluntariado só, não dá."
Em outra vertente, Fábio Seixas Guimarães também defende a produção orgânica e mais ainda: o aproveitamento integral dos alimentos. Na organização não governamental (ONG) Comendo de Tudo... um Pouco, ele propõe receitas que incluem cascas de ovos e de banana, talos de couve, folhas de couve-flor e de brócolis e outras habitualmente desprezadas pela culinária convencional.
"É preciso fazer a junção do orgânico com o aproveitamento integral. Afinal, não podemos defender o uso culinário da casca de banana cultivada com agrotóxico, não é mesmo?", pergunta Fábio, cuja ONG distribui kits sobre aproveitamento integral em escolas, associações, clubes e outros lugares do Rio.

domingo, 27 de dezembro de 2009

A Tunísia ocupa o 2°lugar na África e 24°lugar no mundo quando se trata de agricultura orgânica


De acordo com a Tunísia Press Agency (TAP), a Tunísia ocupa o 2°lugar na África e 24°lugar no mundo quando se trata de agricultura orgânica. A Área dedicada a esta agricultura tem crescido de 34.000 ha em 2003 para 285.000 hectares em 2008.
Os produtos derivados da agricultura orgânica na Tunísia são principalmente, azeite, óleo de jojoba, amêndoas, tâmaras, batata, alcachofra, berinjelas e produtos derivados de plantas aromáticas e medicinais.
Os óleos essenciais Tunisianos são conhecidos no mercado internacional, especialmente na Europa e nos E.U.A.. Os principais óleos essenciais produzidos na Tunísia são: neroli, alecrim, sálvia branca, manjerona e essências cítricas.
São produzidas na Tunísia mais de 2000 toneladas de plantas aromáticas e plantas medicinais, matérias-primas sob a forma de folhas, flores, frutos, sementes e raízes. Projetos de parceria na agricultura orgânica de plantas aromáticas e medicinais foram criados com um investimento superior a 25,8 milhões de dinares. A produção é totalmente destinada à exportação.
O volume de produção de cultivos orgânicos atingiu 170.000 toneladas em 2008 em comparação com apenas 30.000 toneladas em 2004. “Esta produção ajudou a gerar cerca de 64 milhões de dinares nas receitas de exportações”, em 2008, comparado com 3,3 milhões de dinares tunisinos. As exportações consistem essencialmente de azeite (48 milhões de dinares), tâmaras (12 milhões de dinares) e outros produtos variados (4 milhões de dinares).
O programa presidencial para o período 2009-2014 pretende dobrar áreas dedicadas à agricultura orgânica, elevando-os para 500.000 ha em 2014.


Tradução de Pesquisa:Mundo Orgânico

sábado, 26 de dezembro de 2009

A Cooperativa COATO de Murcia é a melhor empresa espanhola produtora de orgânicos em 2009


O Ministério da Agricultura Espanhol considerou a Cooperativa COATO de Murcia a melhor empresa espanhola produtora de orgânicos em 2009, com a maior superfície orgânica cultivada na Europa.
O ministério sublinhou o crescimento da empresa no setor da agricultura orgânica, bem como a sua contribuição para a consolidação desta indústria, sendo que a companhia européia possui a maior área dedicada a este tipo de produção.
Além disso, o Ministério também elogiou o esforço de marketing, a introdução de técnicas de promoção da preocupação ambiental, a diversificação de produtos, a exigência da aplicação de protocolos de qualidade e o aumento constante ano após ano, na área dedicada a estas culturas.
A COATO é uma cooperativa agrícola baseado em Totana (Murcia) e fundada em 1979 por 65 produtores de pimentão da região. Desde então, tem crescido progressivamente como uma das principais cooperativas do setor, estendendo suas atividades para outros produtos, como frutas e legumes, azeite de oliva, amêndoas e mel.
A cooperativa possui mais de 21.400 hectares de frutas orgânicas e vegetais, como pimenteiras, amendoeiras e oliveiras localizadas nas regiões de Múrcia, Andaluzia, Valência e Castilla La Mancha.
Cerca de 12.300 hectares são dedicados à agricultura orgânica, e mais de 3.000 ha com as técnicas de agricultura sustentável (produção integrada, controle de erosão, etc.) Ela também tem fábricas modernas de manipulação do produto, embalagem e processamento.


Tradução e Pesquisa:Mundo Orgânico

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Governo amplia em um ano prazo para regularização dos produtos orgânicos


O prazo para adaptação dos agricultores às novas regras de produção orgânica foi prorrogado para dia 31 de dezembro de 2010. O Decreto nº 7. 048/2009 foi publicado no Diário Oficial da União de hoje e dá nova redação ao Decreto nº 6.323/2007, que determina a regulamentação dos produtores orgânicos, até 28 de dezembro de 2009.
A regularização se baseia nas regras para produção e comercialização de orgânicos, incluindo armazenamento, rotulagem, transporte, certificação e fiscalização. O Brasil possui 90 mil produtores orgânicos.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feira orgânica de Visconde de Mauá busca reconhecimento


A população de Visconde de Mauá e turistas podem usufluir, às quintas-feiras, no período da manhã, da Feirinha Orgânica. O comércio surgiu em 2007, promovido pelos produtores Patrícia Carvalho e Vig Oliveira, que decidiram comercializar verduras, mel, fubá da roça e outros artigos de sua propriedade e de seus vizinhos no espaço situado ao lado do Armazém do Artesão, na Vila.A feira reúne 12 pessoas, sendo organizada pela Associação de Produtores Rurais do Alto Rio Preto (Aprarp). “A entidade já tem estatuto registrado e estamos aguardando regularização do CNPJ, que vai possibilitar levar nossos produtos para outras feiras, vender para instituições como escolas e participar de programas públicos de incentivo.
Queremos conquistar o Selo Verde, certificação legal de produção orgânica e ecológica que abre muitas portas, até para a exportação”, informa Patrícia Carvalho. Entre os produtos à venda estão os tradicionais ovos caipiras, queijos e manteiga caseiros; verduras orgânicas, arroz e trigo orgânico e biodinâmico. Diversos tipos de feijão, fubá e inhame, produtos cultivados na região, sem uso de agroquímicos e dentro das normas da legislação ambiental. Outra atração da feira são as sementes germinadas, sofisticados cogumelos e mel puro.A grande proposta da Feirinha Orgânica é fomentar a economia solidária: um movimento mundial baseado na produção ética e no consumo consciente.
Promove o cooperativismo e outras formas de associação a partir da venda do material cultivado por pequenos e médios produtores ao consumidor. “O pequeno produtor rural de alimentos puros precisa da parceria de um público consumidor consciente, que compreenda a vantagem do consumo de produtos orgânicos e valorize o esforço do produtor independente, que foge ao esquema do trabalho assalariado e alienado das grandes agroindústrias e distribuidoras”, destaca Patrícia Carvalho, ressaltando que a Aprarp tem estatuto registrado e aguarda a emissão do CGC, que vai possibilitar a comercialização dos produtos em eventos e com instituições, como escolas e participar de programas públicos de incentivo.
“Vamos, também, batalhar para obter o Selo Verde, certificação legal de produção orgânica e ecológica que abre muitas portas, até para a exportação”, informa.Os associados da feirinha acreditam que podem aumentar o rol de consumidores, incluindo restaurantes e pousadas da região, que poderiam ofertar no cardápio a alimentação a partir de produtos orgânicos e com preços mais em conta que os praticados pelas grandes redes de alimentos que trabalham com produtos da agroindústria.
“Queremos mostrar as vantagens, inclusive em termos de marketing turístico, de um restaurante de Mauá ser capaz de oferecer alimentos orgânicos, frescos e produzidos aqui. Trata-se, também, de fortalecer a economia local, mantendo a circulação interna do dinheiro e de exercer o consumo consciente”, finaliza.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Instituto Ouro Verde promove o desenvolvimento sustentável na Amazônia


O BNDES aprovou o aporte de R$ 5,4 milhões de recursos do Fundo Amazônia para o Instituto Ouro Verde, no município de Alta Floresta (MT).
O Instituto Ouro Verde é uma organização não-governamental criada em 1999, em São Paulo. Atua na região conhecida como “Portal da Amazônia” desde 2004.
Tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável, fortalecendo organizações e instituições populares, agindo diretamente junto a agricultores familiares, valorizando a cultura da população da região, a fim de possibilitar que se tornem agentes responsáveis pela transformação social, econômica e ambiental de suas comunidades.
O objetivo do projeto é promover a recuperação de 1,2 mil hectares de áreas degradadas (recomposição de áreas de preservação permanente e reserva legal) e o resgate da agricultura familiar em seis municípios que compõem o Território Portal da Amazônia, no extremo norte do Mato Grosso, por meio da introdução de sistemas agroflorestais.
Esses sistemas consistem em formas de uso da terra que reúnem um conjunto de espécies de árvores, cultivos agrícolas e criação de animais numa mesma área e simultaneamente. Para a implantação dos sistemas agroflorestais, o projeto utilizará a chamada técnica da “muvuca”, que trabalha com o plantio direto de várias espécies de sementes florestais e agrícolas misturadas.
Experiências anteriores, tanto do Instituto Ouro Verde como de outras instituições com atuação na região, têm demonstrado muitas vantagens da “muvuca” quando comparada com o plantio tradicional de mudas.
As sementes têm funções distintas e devem ser combinadas e manejadas ao longo do tempo. Não precisam de adubos químicos e fertilizantes, nem de defensivos agrícolas. Além disso, permitem maior aproveitamento dos recursos naturais, são viáveis em qualquer escala e diversificam a fonte de renda, já que possibilitam a plantação e cultivo de várias culturas (mandioca, café, hortaliças, castanha etc), reduzindo risco de prejuízos por quebra de safra.
As sementes utilizadas nos sistemas agroflorestais serão adquiridas da comunidade indígena Terena, parte integrante do projeto “Sementes do Portal”. Tendo em conta o crescimento e a valorização das sementes, em decorrência do aumento do uso de sistemas agroflorestais e da escassez de diversas espécies em função do desmatamento, a comunidade indígena Terena será beneficiada pelo projeto, na medida em que será capacitada para coletar as sementes de forma apropriada, desenvolvendo atividade que combina o uso sustentável da floresta com geração de renda.
O projeto prevê as seguintes ações: fortalecimento de associações locais no processo de gestão ambiental; estruturação de uma base de serviços ambientais para apoio técnico, objetivando o licenciamento ambiental de pequenas propriedades no Portal da Amazônia; recuperação de 1,2 mil hectares de áreas degradadas; capacitação e apoio técnico; além do desenvolvimento de veículos para comunicação interna e externa de informações do projeto, de forma a garantir a coesão das ações e a socialização das informações.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Laranja orgânica para os conferencistas de Copenhaguem


Frutos orgânicos da Grécia foram oferecidos aos convidados do ministro dinamarquês, na COP15 de Copenhaguem. A empresa de produtos orgânicos holandesa GR, especializada na importação de frutas e legumes gregos, durante a Conferência decoravam diariamente, as mesas de negociação com algumas paletas de laranjas orgânicas.
"A temporada de colheita grega está em pleno andamento - disse Peter Abma da empresa GR . A demanda por laranjas e kiwis da Grécia é alta, e há uma boa razão para isso. Produtores gregos não tem se concentrado na produção em termos de volumes, mas eles trabalharam visando a obtenção de frutos de melhor sabor. "

domingo, 20 de dezembro de 2009

Porto Seco Pirajá terá fábrica de chocolate orgânico tipo exportação


A fábrica AMMA Chocolates, especializada na produção de chocolate orgânico, será inaugurada no final de janeiro em Porto Seco Pirajá. Com capacidade para produzir 50 toneladas por ano, a empresa inicialmente vai criar 25 empregos diretos. A estimativa é que, em cinco anos, a produção anual alcance 400 toneladas. O investimento é de R$ 1,4 milhão. Segundo o empresário Diego Badaró, mais da metade dos chocolates orgânicos produzidos pela fábrica será comercializada para os Estados Unidos e países asiáticos, como China e Japão.
A implantação do empreendimento foi possível devido ao Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica da Bahia (Desenvolve), que, de acordo com o coordenador de Incentivos e Análises de Projetos, Cristiano Penido, concede à AMMA Chocolates 64 % de redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O programa beneficia com incentivos fiscais as indústrias e agroindústrias que queiram instalar novo empreendimento, ampliar ou modernizar sua matriz produtiva. O programa proporcionou, em 2008, o apoio a 83 empresas, totalizando um investimento de cerca de R$ 4 bilhões e a geração de quase nove mil empregos. Este ano, mais de 170 empresas assinaram protocolo de intenções com o Governo do Estado a fim de instalar suas empresas na Bahia, dinamizando a economia baiana.

Processo de produção

A produção orgânica objetiva a saúde dos pés de cacau e não o combate à doença. A AMMA é uma companhia verticalizada de chocolate artesanal na Bahia. O processo envolve desde o plantio do cacau até a venda do produto final, sendo inicialmente focada no mercado Sul Americano. Além do sabor, outra diferença importante entre o cacau tradicional e o fino é o preço no mercado internacional. O comum tem seu preço médio em US$ 1,5 mil/tonelada, enquanto o especial chega a valer US$ 6 mil/tonelada. O processo de preparo também é bem diferente, enquanto o cacau comum está pronto para ser vendido à indústria quatro dias depois de colhido, no caso do orgânico, com o controle de temperatura e umidade, esse processo chega a 20 dias.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Etiqueta Organic RFID para reduzir deterioração de produtos orgânicos


Pesquisadores do Centro de Inovação universitária Syngenta Sensors da Universidade de Manchester estão trabalhando para desenvolver uma etiqueta RFID orgânica que será utilizada para monitorar e gerenciar produtos orgânicos na cadeia de abastecimento no varejo.
Atualmente, os produtores têm pouco controle sobre a qualidade de seus produtos na hora que entram na cadeia de abastecimento. Se os itens tornam-se deteriorados, são descartadas e é da responsabilidade do produtor cobrir os custos para enviá-los para o aterro.
A etiqueta RFID orgânica permitiria que os distribuidores controlassem certas variáveis, como temperatura e liberação de etileno (um produto químico lançado quando uma fruta amadurece). A esperança é a de identificar os riscos de deterioração, e precisar a localização onde na cadeia de abastecimento a deterioração ocorreu. Outras expectativas incluem monitoramento e coleta de informações para determinar os lotes de estresse alto ou baixo. Com esta informação, os distribuidores poderiam trabalhar para obter os lotes de alta-tensão para as prateleiras o mais rapidamente possível.
Até o final de 2011, a Syngenta espera entregar um protótipo que pode ser demonstrado para um parceiro industrial para produzir em escala comercial.


Fonte:http://www.rfidnews.org
Tradução e Pesquisa:Mundo Orgânico

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Empresa Norte Americana admite anúncios enganosos de leite orgânico

Na seqüência das queixas apresentadas às autoridades federais e estaduais relativas às alegações de enganar os consumidores através da venda de alimentos convencionais como orgânicos, a empresa americana Target Corp admitiu que realizava indevidamente a publicidade do seu leite de soja como se ele fosse orgânico. A notícia vem de uma mensagem do Departamento de Agricultura E.U.A anunciando a conclusão de sua investigação sobre a denúncia.
A USDA está revendo seus processos de certificação no National Organic Program para garantir que ele não cometa o erro novamente, de acordo com uma mensagem enviada pelo USDA para o Cornucopia Institute,localizado em Wiscosin, no dia 12 de novembro.
O Instituto encaminhou ao público uma mensagem na segunda-feira 14 de dezembro. A USDA arquivou a queixa em outubro, alegando que houve um engano no anuncio do leite de soja em jornais com o termo "orgânico", escrito no rótulo da embalagem, quando na verdade o leite de soja à venda nas lojas foi devidamente rotulado como não proveniente de soja cultivado organicamente.
A USDA disse que foi usada uma foto desatualizada no anúncio de Setembro, que promoveu o produto em uma embalagem que não é usada mais, disse Miles McEvoy, administrador adjunto do National Organic Program da USDA. McEvoy, disse que o caso estava encerrado.
A empresa emitiu uma declaração dizendo que a utilização da fotografia foi acidental e que irá atualizar os seus procedimentos para evitar erros futuros.
O co-diretor Mark Kastel do Cornucopia Institute disse que não pensa que foi proposital tentar fraudar as pessoas, mas o erro foi mais um sinal de como um grande varejista não treina adequadamente os funcionários para evitar tais erros.


Fonte:Associated Press
Tradução e Pesquisa:Mundo Orgânico

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Na California produtores orgânicos recebem financiamentos


Agricultores da Califórnia, produtores orgânicos certificados ou em transição para a certificação podem se beneficiar de assistência técnica e financeira através de uma iniciativa especial administrada pelo Natural Resources Conservation Service (NRCS), da USDA.
Cerca de $ 2 milhões em financiamento estão disponíveis para os produtores elegíveis na Califórnia, como parte do Programa de Incentivos da agência de Qualidade Ambiental (eqip).Produtores orgânicos devem apresentar o pedido até 31 de janeiro, para financiamento durante o ano fiscal de 2010.
"Os produtores de orgânicos tendem a ser novidade para USDA e procedimentos do NRCS é um processo de aprendizagem para ambos os lados. Começar cedo permite uma experiência de planejamento da qualidade de conservação", disse Forkey.Produtores orgânicos podem receber até 20.000 dólares por ano, ou 80.000 dólares ao longo de seis anos. As metas de Iniciativa Orgânica são; conservação das terras, incluindo a rotação de culturas, adubação, manejo nutricional, manejo de pragas, pastoreio e gestão de colheita de forragem.
"Além das seis práticas essenciais, na Califórnia há mais de uma dúzia de práticas adicionais que podem beneficiar o financiamento através desta iniciativa", disse Forkey.
Esta é uma iniciativa de âmbito nacional especial para prestar assistência financeira aos produtores orgânicos além de produtores de transição à produção orgânica. Os candidatos devem ter um plano de sistema orgânico ou certificar que eles estão trabalhando em direção a um. Produtores orgânicos podem também candidatar-se a assistência geral ao eqip.


Tradução e Pesquisa:Mundo Orgânico

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ampliação do Mercado Municipal de Curitiba começa em janeiro

Comerciantes, clientes, funcionários e moradores da região do Mercado Municipal de Curitiba debateram nesta quarta-feira (16) o projeto de ampliação e reforma do Mercado, obras que começam em janeiro de 2010. A audiência pública organizada pela Secretaria Municipal do Abastecimento reuniu cerca de 200 pessoas no auditório do Mercado de Orgânicos. "A obra não será uma interferência estética, é necessária para adequar o mais tradicional espaço gastronômico da cidade ao crescimento que vem acontecendo", destacou o secretário do Abastecimento, Norberto Ortigara. Por semana, circulam no Mercado cerca de 50 mil pessoas. A previsão é que, em 2012, a circulação chegue a 66 mil pessoas.
Antes da audiência, o projeto já vinha sendo debatido pela Prefeitura com os comerciantes. Nesta quarta-feira, técnicos da Secretaria e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) apresentaram as fases da obra e os principais problemas que serão resolvidos, como adequação do espaço de restaurante, lanchonetes e praça de alimentação, área de carga e descarga, acessibilidade e banheiros.Com a obra, o Mercado passará de 12.900 metros quadrados (contando a nova ala de orgânicos) para 33.300 metros quadrados. Para a ampliação, dois terrenos em volta do Mercado foram adquiridos pela Prefeitura, e um terceiro está em processo de desapropriação. Também participaram da audiência o secretário municipal de Governo, Rui Hara, e o deputado estadual Douglas Fabrício.
A primeira etapa das obras começa pela construção de um prédio que será a entrada principal do Mercado, na lateral da avenida Sete de Setembro. No hall será construída uma arena para aulas-shows de gastronomia. A maior intervenção será na área de restaurantes e lanchonetes, que ficará mais espaçosa, principalmente para os clientes.Hoje, são 680 lugares para os clientes se sentarem. Com a ampliação, esse número chegará a 1.200 lugares.A metragem mínima dos restaurantes será de 70 metros quadrados. As praças de alimentação serão integradas, como se fosse um ambiente só. Além da estrutura, será modernizado todo o sistema elétrico e hidráulico do Mercado.Todo piso superior da ala da rua General Carneiro, onde antes ficavam as salas de administração do Mercado, será reformado e transformado em um mezanino para lanchonetes, que terão vistas para as bancas de frutas e hortaliças.
No fundo do bloco ficarão banheiros exclusivos para funcionários e comerciantes. Os caixas-automáticos, hoje espalhados em diferentes pontos, ficarão nos fundos do novo mezanino.Transferências - Nessa primeira fase, a obra levará cerca de 14 meses, e o Mercado funcionará normalmente. Junto com a construção da nova entrada, será preparada uma infraestrutura no estacionamento ao lado do Mercado de Orgânicos, para onde serão transferidos 15 restaurantes e lanchonetes. A Prefeitura está preparando um plano de comunicação para informar os clientes das modificações provisórias.Eliseu Suguimati, proprietário do restaurante Box do Eliseu, acha a ampliação do Mercado uma necessidade. "Em menos de 10 anos, o movimento no meu restaurante aumentou 80%.
Nos fins de semana, os clientes chegam a esperar na fila mais de 30 minutos", disse Suguimati, que participou da audiência para conferir se a obra será feita dentro do prazo previsto. "Quero saber se o cronograma de obras será cumprido", disse o comerciante.As peixarias serão outra ala da reforma. Elas ganharão mais espaço interno para manipulação de alimentos. "O Mercado só tem a ganhar com essa reforma. Nosso movimento aumentou muito e, por condições de higiene e atendimento, é preciso aumentar alguns setores. A Prefeitura tem o nosso apoio", disse o dono da Peixaria São José, Kielvim Alberti.Edifício Garagem ? Na metade de 2010, a Prefeitura lançará um edital de licitação de parceira público/privada para construção de um edifício garagem, na rua da Paz.
O prédio terá sete andares com 460 vagas rotativas de estacionamento.Além do estacionamento, no subsolo, será construída uma área exclusiva para carga e descarga das mercadorias e vestiário com chuveiros para funcionários do Mercado. Atualmente, o descarregamento de mercadorias é feito em todas as entradas, principalmente pela rua General Carneiro, dificultando o controle de limpeza e o trânsito em volta do Mercado. O novo setor eliminará transtornos com o trânsito e, principalmente, trará maior controle de higiene e segurança alimentar ao Mercado Municipal.Com as novas obras e reformas, todo o Mercado será adaptado às normas de acessibilidade, com elevadores e rampas. Outra melhoria será a um novo sistema de comunicação visual que vai melhorar a circulação dentro do Mercado Municipal.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fast-food orgânico


Quem consome orgânico sabe que não se encontra esse tipo de ali­­mento em qualquer lugar. Res­­taurantes que só usam ingredientes livres de agrotóxicos são ra­­ros. A solução, muitas vezes, é ir à feira e comer em casa. Nessa ho­­ra, outro grande problema. Co­­mo arranjar tempo para cozinhar? Para esses consumidores, o ideal são pratos rápidos, que agora po­­dem ser feitos com hambúrguer, tofu, patê e espetinho. Po­­rém, tudo à base de soja orgânica. Es­­se filão de mercado é o alvo da agroindústria Sa­­murai Organic Foods, de Campo Largo, que resolveu com­bi­­nar o fast-food urbano com o slow-food dos consumidores mais exigentes.
Se as estatísticas que mostram que o consumo de orgânicos au­­menta 25% ao ano no Brasil estiverem certas, os alimentos industrializados chegam tarde às prateleiras. “Temos um vasto mercado a explorar”, afirma o administrador da fábrica, Frantiesco Pessoa, que ainda não cogita exportação.
Com 15 funcionários, a em­­pre­­sa opera em instalações provisórias. Foi transferida de Floria­nó­­polis (SC) – onde funcionava co­­mo uma fábrica artesanal – pa­­ra Cam­­po Largo, a 30 quilômetros de Curi­­tiba, um ano e meio atrás. Recebe 4 toneladas de soja por mês e planeja dobrar esse vo­­lume em dois ou três anos.Cresce de acordo com o mercado interno. Os alimentos da Samurai estão em 23 das 27 capitais do país. “Só não vendemos para Cuiabá (MT), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO)”, afirma Roberto Perin, ex-produtor de soja orgânica que dirige a indústria.
Para vender hambúrguer até no Acre, a empresa fez parceria com grandes redes de supermercados. Como nessas redes os orgânicos são direcionados ao público de maior poder aquisitivo, é necessário popularizar o consumo – ou seja, ganhar escala, reduzir custos e baixar preços – para ampliar significativamente a produção.Otimismo é o que não falta. “Indústrias na Europa que ti­­nham o nosso tamanho 15 anos atrás cresceram 40 vezes desde então, ampliando o processamento de 50 para 2 mil toneladas de soja ao ano”, cita Perin.

Resistência

Vizinho da indústria de comida orgânica rápida, o curitibano intriga a empresa. Os investidores esperavam boa receptividade do mercado a curto prazo. No entanto, a Samurai vende mais para os consumidores de capitais menos po­­pu­­losas, como Florianópolis e Be­­lém do Pará, do que para os de Curi­­tiba. As razões possíveis vão do pre­­ço estipulado nos supermercados à disponibilidade de verduras e frutas nas seis feiras livres semanais.
A estratégia da Samurai tem sido, num primeiro mo­­mento, ampliar a lista de distribuidores. Se o plano não funcionar, a saída será investigar por que o consumidor de orgânicos resiste aos alimentos industrializados. Vilões da obesidade quando produzidos com carne e gordura, hambúrgueres e espetinhos de soja estão sendo vítimas de discriminação, diz Perin.

Fonte:http://portal.rpc.com.br

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Jeans ecológico é sugestão para o Natal em Copenhague

É a primeira vez que uma fábrica consegue produzir uma linha de jeans 90% orgânico em larga escala

Pouco a pouco, a onda de produtos ecologicamente corretos se expande e agora é possível adquirir até jeans orgânicos. Quem aproveitou o domingo sem atividades na Conferência do Clima de Copenhague para fazer compras de Natal teve a oportunidade de visitar as dezenas de lojas especializadas neste tipo mercadorias, desde produtos de beleza até calças que não deixam nada a dever às grandes marcas.
As roupas com algodão natural e sem processos químicos de produção não são novidade, mas pela primeira vez uma fábrica consegue produzir uma linha de jeans 90% orgânico em larga escala - ao contrário do que já haviam feito marcas consagradas do mercado, apenas com edições limitadas.
O jeans Kuyichi é feito na Holanda, com algodão natural plantado e produzido com técnicas artesanais por índios do Peru, sem a adição de agrotóxicos nem de fibras sintéticas. "O fato de a tecnologia orgânica ter virado moda tem suas desvantagens, porque também se transformou em um negócio em que muitos empresários se aproveitam do momento e colocam etiquetas de orgânico nos produtos, mas eles nem sempre o são de verdade", disse Mikkel Kuster, gerente da loja Jeans & Coffee. "Não adianta não ter fibras sintéticas na produção e o algodão ser impulsionado a crescer à base de agrotóxicos", disse.
O tingimento é feito com coloração natural e as lavagens das calças são sem o uso produtos químicos, o que possibilita que a água seja reutilizada. O design é outra inovação, antenado sempre com as últimas tendências da moda para sair do estereótipo de ecologicamente correto, mas esteticamente feio.
Além disso, existe a preocupação da reciclagem de todos os materiais utilizados na fabricação, e a produção é socialmente responsável, em respeito às leis de trabalho e de bem-estar social. O preço por tanto cuidado é alto, mas não se comparado às calças das marcas mais famosas que não necessariamente se preocupam nem com o meio ambiente, nem com as condições dos trabalhadores. Uma calça feminina da Kuyichi sai por, em média, 150 euros, ou R$ 385.
"Acho que as pessoas estão se conscientizando de que comprar um produto é muito mais do que aquilo que estamos adquirindo. É preciso prestar atenção aos valores que estão por trás das mercadorias que compramos", afirmou Kuster.
A procura, garante o diretor, vem aumentando desde que a conferência começou. "Uma colega me falou sobre essa loja e vim aqui conferir. Eu jamais diria que esse não é um jeans tradicional", comentou a militante vietnamita Bindu Moo.

domingo, 13 de dezembro de 2009

CBI apresenta dez fornecedores orgânicos na BioFach 2010


O "Comércio justo" é mais do que um slogan para os fornecedores apresentados pela CBI na Biofach 2010. Para todas as dez empresas, a responsabilidade corporativa, sustentabilidade e comércio justo formam a peça central de seus negócios. Vindos da Bolívia, Colômbia, Equador, Índia, Indonésia e Paquistão, estes fornecedores tem incluído o Programa de Exportação CBI e estão prontos para atender potenciais parceiros. Eles vão apresentar uma ampla e diversificada gama de produtos, em um único local: o Pavilhão da CBI, Hall 4, Stand 150, no Centro de Exposições de Nuremberg, de 17 a 20 de Fevereiro.
No ano passado a CBI apresentou dez fornecedores com uma vasta gama de produtos orgânicos. Este ano, os mesmos fornecedores estão ansiosos para mostrar seu compromisso com os parceiros potenciais para o comércio justo. A maioria deles é de comércio justo certificado e trarão produtos de ponta para mostrar: o chá orgânico a partir de uma pequena plantação na Bolívia; a quinoa; o adoçante alternativo de arroz; pimentas orgânicas, especiarias e muito mais.
Estes fornecedores foram cuidadosamente selecionados em termos de qualidade do produto, consistência e confiabilidade e todos completaram rigoroso treinamento na CBI exportação, reduzindo o risco para os seus parceiros europeus.
Ao longo dos últimos 40 anos, milhares de exportadores têm encontrado o seu caminho para a Europa através de programas extensos da CBI. Além das empresas em destaque, experientes peritos externos da CBI estarão no Pavilhão para responder às suas questões mais urgentes e ajudar você a encontrar o fornecedor certo para suas necessidades.

O que é CBI?

A CBI contribui para o desenvolvimento económico equitativo dos países em desenvolvimento selecionados através de marketing de exportação e de apoio à gestão de seus exportadores PME e das organizações de apoio às empresas com o objetivo de aumentar as exportações para a Europa. Você pode visitar o Web site em http://www.cbi.eu/

Fonte: http://www.freshplaza.com
Tradução e Pesquisa: Mundo Orgânico

sábado, 12 de dezembro de 2009

Associações de orgânicos de brasil e itália assinam carta de cooperação

BrasilBio e a FederBio, associações de empresas do setor de orgânicos de Brasil e Itália, assinam carta de cooperação para integrar modelos produtivos e comerciais e estabelecer iniciativas conjuntas para promover o consumo de produtos orgânicos nos dois países.
O acordo assinado por BrasilBio (Associação Brasileira de Orgânicos) e FederBio (Federação Italiana de Produtores Orgânicos) aproximará empresas brasileiras das boas práticas e dos modelos associativos e produtivos italianos, proporcionando avanços em questões como certificação, processos tecnológicos e barreiras comerciais e normativas. A contrapartida à Itália é maior visibilidade aos seus produtos biológicos em um mercado em expansão como o brasileiro.
A FederBio já apresentou ao Ministério de Desenvolvimento Econômico Italiano o projeto Brasil Biológico, que permitiu a diversas empresas italianas iniciarem relações comerciais com importadores brasileiros, definindo uma estratégia comum de parceria com a BrasilBio.
À APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportação – foi apresentado pela BrasilBio o Projeto Setorial Integrado de Promoção Internacional, que, no âmbito da colaboração com a FederBio, define como atividades prioritárias a realização de uma conferência de empresas brasileiras na maior feira de orgânicos da Itália, a SANA, em Bologna, promovida pela Bolognafiere; um encontro de negócios durante a Bio Brazil Fair 2010, em São Paulo, promovida pela Francal, realizado entre pequenas e médias empresas brasileiras e empresas européias e internacionais; e a consolidação de outras parcerias com associações similares à FederBio visando a melhora dos padrões produtivos de empresas brasileiras do setor.
BrasilBio e FederBio se comprometeram ainda a desenvolver iniciativas conjuntas para promover uma maior sensibilização quanto aos produtos orgânicos nos dois países durante grandes eventos como a Expo Milano, em 2015, o ano da Itália no Brasil em 2011, e Copa do Mundo e Olimpíadas de 2014 e 2016, respectivamente.
Para José Alexandre Ribeiro, presidente da BrasilBio, “os contatos já realizados em 2009 permitiram considerar o modelo biológico italiano como o mais correspondente às características e exigências do Brasil”. Paolo Carnemolla, presidente da FederBio, considera que “a SANA e a Bio Brazil Fair são as feiras capazes de oferecer um serviço concreto de suporte a operadores brasileiros e italianos do setor para a ativação de parcerias e para promover negócios B2B.”
A Associação Brasileira de Orgânicos - BrasilBio - tem por objetivo fomentar o desenvolvimento e aprimoramento da produção, processamento e comércio de produtos orgânicos certificados no Brasil. A entidade promove de forma permanente iniciativas visando o aumento do consumo de alimentos e produtos orgânicos e biodinâmicos certificados, e o aprimoramento da qualidade e a preservação dos níveis técnicos de produção e processamento por meio de programas de auto-regulamentação e da gerência institucional do setor. A BrasilBio foi fundada em 2004 por produtores e processadores orgânicos com o apoio de órgãos como APEX, MAPA, MDA e SEBRAE e hoje reúne cerca de 2 mil associados. [www.brasilbio.com.br ]
A FederBio - Fundada em 1992 por iniciativa das mais importantes organizações italianas do setor, a Federação Italiana de Agricultura Biológica e Biodinâmica é uma entidade multiprofissional voltada a aprimorar e aumentar a qualidade e quantidade de produtos alimentícios obtidos por meio de tecnologias biológicas e biodinâmicas de agricultura, e de acordo com regulamentações deontológicas e profissionais alinhadas à normatização IFOAM. [www.federbio.it ]


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Vinho orgânico,UE começa a tratar da legislação


No início da próxima semana o projeto de legislação da União Européia sobre os vinhos orgânicos será formalmente avaliado por peritos dos 27 Estados-membros e ser, portanto, apresentado pela Comissão Européia em Janeiro, como previsto anteriormente.
A União Européia reconhece que o vinho orgânico está ganhando um nicho de mercado no cenário mundial de alimentos, e acredita que agora é o momento de estabelecer regras claras e precisas para esta indústria também.
Os escritórios agrícolas no plano da Comissão Européia que elabora, finalmente, um modo de produção comum, de acordo com a proteção ambiental e o consumo sustentável, terminando assim a enorme quantidade de normas particulares de vinificação que se desenvolveram ao longo dos anos em diferentes Estados-Membros. Estas normas abrangem os aditivos para os níveis máximos permitidos de dióxido de enxofre, uma substância que é usada na elaboração do vinho como um antioxidante, conservante e anti-séptico.
Os elementos mais discutidos também incluem as práticas de inseticida, que são a principal limitação para distribuição do produto.

Tradução e Pesquisa:Mundo Orgânico

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Orgânicos: Brasil e Itália parceiros


Os setores produtivos de orgânicos do Brasil e Itália uniram-se para fomentar o consumo e ampliar as oportunidades de negócios entre os dois países. Por meio de uma carta de cooperação, assinada no mês passado pela Associação dos Produtores e Processadores de Orgânicos do Brasil (BrasilBio) e Federação Italiana de Agricultura Biológica e Biodinâmica (FederBio), empresas brasileiras de produtos orgânicos poderão conhecer modelos associativos e produtivos italianos, trocar conhecimento e, a partir daí, avançar em questões como certificação, processos tecnológicos e barreiras comerciais e normativas.
Em contrapartida, o mercado orgânico brasileiro, considerado um dos mais promissores do mundo, será uma vitrine para os produtos orgânicos italianos."A ideia é compartilhar tecnologia, já que o modelo de produção italiano atende a muitas das características do Brasil, e promover o comércio entre Brasil e Itália", diz o presidente da BrasilBio, José Alexandre Ribeiro. "Na Itália, por exemplo, os orgânicos compõem total ou parcialmente a merenda escolar." Para isso, as entidades vão aproveitar a ocasião da 6ª Bio Brazil Fair, um dos mais importantes eventos do setor, que ocorre no Brasil, em maio de 2010, e a maior feira de orgânicos da Itália, o Salone Internazionale del Naturale (Sana), em setembro de 2010, em Bolonha. "Empresas e produtores italianos virão ao Brasil, na Bio Brazil Fair, em busca de negócios. À feira italiana irão entre 30 e 50 representantes vinculados à BrasilBio", explica Ribeiro.
A BrasilBio congrega, entre 2 mil associados, empresas, cooperativas e produtores de orgânicos.De acordo com o representante da FederBio na América do Sul, Paolo Edoardo Coti-Zelati, a Itália é 5º maior produtor de orgânicos do mundo e possui cerca de 2 milhões de hectares cultivados com orgânicos. "Há grande interesse da Itália em vender seus produtos no mercado brasileiro e investir na produção orgânica no País", diz. "Ainda há, no Brasil, 9 milhões de hectares que podem ser usados para o cultivo de orgânicos."Conforme Coti-Zelati, o interesse italiano no Brasil é por produtos típicos, como banana, caju, café e carne.
Já o interesse do Brasil na Itália inclui itens como azeite extravirgem, vinho, queijo parmesão, presunto cru e tomate pelado. "A Itália tem interesse em produtos brasileiros não só in natura, mas transformados", destaca Ribeiro.A parceria prevê iniciativas conjuntas até 2016, na Olimpíada do Rio, passando pelo Ano da Itália no Brasil, em 2011, pela Copa 2014, no Brasil, e pela Expo Milano, em 2015.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Hora do lanche na conferência do clima da ONU tem maçã orgânica

Fruta orgânica é vendida a R$ 1,70 (Foto: Dennis Barbosa/G1)

Para alimentar os milhares de delegados, jornalistas e ativistas presentes à Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, em Copenhague, há um verdadeiro esquema industrial montado. Diversos restaurantes e cafeterias servem lanches e refeições no centro de eventos, e estão constantemente com filas. A organização se orgulha de que 60% dos alimentos servidos no evento são orgânicos. Na foto, o rapaz circula com uma bicicleta pela conferência vendendo maçãs orgânicas a 5 coroas dinamarquesas (R$ 1,70).

Fonte:G1

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

SFA traça perfil dos produtores e feirantes de orgânicos de Campo Grande

Com o objetivo de cadastrar e traçar o perfil dos produtores e feirantes de produtos orgânicos da Praça do Rádio Clube em Campo Grande, técnicos do Serviço de Política e Desenvolvimento Agropecuário da Superintendência Federal de Agricultura (SFA/MS), coletaram informações para embasar uma pesquisa sobre o nível de conhecimento dos produtores sobre a legislação dos orgânicos e a diversidade e quantidade de produtos comercializados diretamente aos consumidores. A pesquisa serviu também para nortear as futuras ações de fomento e orientação dos produtores quanto a adequação às normas de produção, transporte e comercialização de produtos orgânicos.O questionário aplicado pela SFA/MS indicou a presença de 36 produtores, organizados socialmente em nove associações e assentamentos.
A pesquisa apontou também que semanalmente, são comercializados mais de 2.000 pés de alface, 800 maços de rúcula, 2.300 maços de cheiro-verde (cebolinha, coentro e salsinha), 600 kg de cenoura e aproximadamente 500 abobrinhas, além de uma infinidade de produtos como: Mandioca, rabanete, beterraba, couve, almeirão, feijão caupi, maxixe, quiabo, hortelã, banana, abacaxi e milho verde.O trabalho realizado pelos fiscais da SFA também serviu para orientar e alertar os feirantes de que produtos processados artesanalmente como doces, queijos, lingüiças, bolos, pães e conservas em vidro, não podem ser comercializados na feira de orgânicos, sem estarem devidamente inspecionados pelos órgãos oficiais de fiscalização sanitária.
Por exigirem técnicas ainda pouco utilizadas, os produtos orgânicos costumam ter um preço mais alto no mercado. No entanto, as hortaliças e frutas comercializadas na Feira, tem tido preços compatíveis com os produtos convencionais. A estratégia adotada pelos produtores é uma forma de criar vínculo com os consumidores. A instalação da feira de orgânicos da capital contou com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio de um convênio firmado entre a Prefeitura Municipal de Campo Grande e a Secretária de Apoio Rural e Cooperativismo (SDC/MAPA), visando fortalecer o processo de organização dos produtores e suporte a comercialização.
"Esse projeto realizado em parceria com a Prefeitura é inédito no Mato Grosso do Sul e visa estabelecer um vínculo de confiança entre consumidores e produtores do município. Esperamos que essa semente se multiplique cada vez mais, ofertando a população sul-mato-grossense produtos de qualidade com a conformidade orgânica exigida na legislação federal", finalizou Celso Martins, Chefe do SEPDAG/SFA/MS.

Fonte: SEPDAG - SFA/MS

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Certificação Orgânica deveria ser um elo de comunicação entre a cidade e o campo


“A certificação mais bonita que existe é a do olho do agricultor. A gente vai à feira, olha no olho do agricultor e tem certeza que aquele produto é orgânico”. Essas palavras, pronunciadas pelo produtor de arroz biodinâmico no município gaúcho de Sentinela do Sul, João Volkmann, refletem bem a relação do novo consumidor brasileiro: aquele que consome produtos orgânicos.Volkmann foi um dos palestrantes do painel “A Situação da Produção de Orgânicos no RS”, promovido pela equipe do Programa de televisão da Rede Record, Vida Orgânica, na quinta-feira (3), durante a abertura da Bionat Expo - Feira de Produtos Orgânicos, Fitoterápicos e Plantas Bioativas, Mostra de Ecoturismo e Turismo Rural e o Espaço Vida Sustentável, no Armazém B do Cais do Porto, centro de Porto Alegre.
O debate, com mediação da jornalista e apresentadora do Vida Orgânica, Lara Ely, trouxe ainda a participação da fundadora e diretora da Escola Amigos do Verde de Porto Alegre, Sílvia Lignon Carneiro e da coordenadora da Cooperativa de fibra ecológica Univens, Nelsa Inês Fabian Nespolo.João Volkmann entende que a certificação “deveria ser um elo de comunicação entre a cidade e o campo”. O consumidor, no seu entender, tem o direito de descobrir, através da internet, em que lugar foi produzido determinado alimento que está chegando à sua mesa. Produtor de arroz há mais de 20 anos, ele acrescentou: - Nosso arroz é bem conhecido aqui em Porto Alegre.
As pessoas sabem que usamos a agricultura biodinâmica, sem nenhum veneno. Mas se eu for vender meu arroz em Salvador (BA), o consumidor terá que se apoiar em algum tipo de garantia para que o produto possa ser consumido com segurança.Ele lembrou, também, que em sua região, Serra do Sudeste gaúcho, um dos graves problemas ambientais é o cultivo de fumo. “Os produtores que plantam fumo com agrotóxico, são considerados como se fossem bandidos. Mas eu tenho uma sugestão melhor. Entendo que o é papel do consumidor mudar isso. Imagina se um fumante, ao invés de usar a carteira de cigarro no bolso, usasse um buquê de flores. E a cada 20 minutos ele pegasse uma flor daquelas e ficasse olhando pelo mesmo tempo em que estaria absorvendo o cigarro. Então, o que teríamos plantado lá no interior? Nós teríamos flores, não fumo”, afirmou. Volkmann acredita que existe uma grande responsabilidade por parte do consumidor. Ele tem essa força de poder mudar os hábitos de cultivo.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Peruanos conhecem o café orgânico do oeste do Paraná


Integrantes da Associação de Produtores Orgânicos do Médio Oeste do Paraná (Apomop) receberam no final de novembro a visita de uma delegação internacional. Produtores de café do Peru desembarcaram na região para conhecer a experiência da Apomop no cultivo do café orgânico.
Os produtores peruanos conheceram a estrutura e organização da associação e ainda visitaram duas propriedades nos municípios de Iracema do Oeste e Jesuítas. A visita da missão técnica contou com o apoio do Sebrae/PR e da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundetec).
Na avaliação do consultor do Sebrae/PR em Cascavel, Edson Braga da Silva, a missão técnica peruana representa um ganho significativo aos produtores de café da região. "É um importante intercâmbio, que proporciona a troca de experiências, tanto para as coisas que estão dando certo como para aquelas que ainda não estão dando tão certo", diz Edson Braga da Silva.
O consultor do Sebrae/PR destaca também a importância da região receber produtores de outros países. "Isso mostra ao agricultor de pequena propriedade da região que produtores de muitos lugares estão vindo aqui para conhecer a experiência deles em plantar café orgânico e que a preocupação com o meio-ambiente, com a saúde e com a sustentabilidade estão sendo reconhecidas", observa Edson Braga da Silva. A região já recebeu missões técnicas de produtores do Canadá e Itália.
Cultivado sem agrotóxicos pelos produtores da associação, o café orgânico é certificado pelo Instituto Biodinâmico (IBD), de São Paulo. Ao todo, 27 produtores de café são associados à Apomop e estão distribuídos em seis municípios da região. Cerca de 20% dos 60 mil quilos produzidos são industrializados e comercializados com a marca Organivida. O restante da produção é comercializado in natura.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Guaraná do Amazonas renova certificações orgânicas que abrem mercado no Brasil e no mundo


Os produtores rurais membros da Cooperativa Agrofrutífera de Urucará (Agrofrut), no Amazonas, renovaram as certificações de qualidade e procedência que credenciam o guaraná produzido pela Cooperativa para o mercado interno e externo.
Este ano, após duas inspeções de organismos certificadores, a Agrofrut manteve a Certificação Orgânica e o Selo Comércio Justo, ambos obtidas, respectivamente, em 2007 e 2008, por meio do Projeto Certificação Orgânica e Comércio Justo do Guaraná de Urucará do Sebrae no Amazonas e que contou com a participação do Governo do Estado e prefeitura de Urucará, cidade a 260 quilômetros de Manaus. Com 70 cooperados, a Agrofrut produz aproximadamente 42 toneladas por ano de guaraná in natura certificado e, desde a certificação em Comércio Justo, tem nos Estados Unidos e França seus principais mercados no exterior. Além de participar do Projeto de Comércio Justo, a Agrofrut recebe apoio do Sebrae por meio do Projeto Cultura do Guaraná na Região do Baixo e Médio Amazonas. O gestor do projeto Certificação Orgânica e Comércio Justo do Guaraná de Urucará, Elcimar Barros, conta que, antes das certificações o preço do quilo do guaraná era, em média, R$ 3. Hoje o quilo do guaraná é vendido a R$ 20. – A certificação não só abre mercados, como eleva o nível de preço praticado. Isso é bom não só para o guaraná como para todo o setor primário do município – explica. No início deste mês de novembro, o gestor entregou ao prefeito de Urucará, Fernando Falabella, e ao presidente da Agrofrut, Antonio Carlos Fonseca Monteiro, as duas certificações. Em Urucará, informa ainda Barroso, a colheita do guaraná começa a partir de dezembro. Conceito e vantagens da certificação de orgânicos e comércio justo A certificação de orgânicos é feita por empresa ou órgão especializado neste tipo de trabalho e a inspeção é feita com base na Instrução Normativa 077/99 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Lei 10.831, conhecida como Lei dos Orgânicos. Ambas estabelecem que a produção orgânica garante ao consumidor a certeza de estar adquirindo um produto isento de contaminação química e cuja produção assegura qualidade de ambiente natural, nutricional e biológica. Em Maués, a 267 quilômetros de Manaus, os produtores da Associação Comunitária e Agrícola do Rio Urupati (Ascampa) também possuem a certificação de orgânicos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Primeira vinícola orgânica do estado de Santa Catarina é inaugurada


Com o apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, através da 12ª SDR, e a Prefeitura Municipal de Rio do Sul, com apoio da Epagri, foi inaugurada no final da tarde de ontem (03), a primeira agroindústria catarinense produtora vinho orgânico e do primeiro suco de uva integral orgânico certificado pelo Ministério da Agricultura do Estado. A entrega foi realizada pelo secretário de Desenvolvimento Regional, Italo Goral, e prefeito do município, Milton Hobus.
Com registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a vinicula de propriedade de Vili Valiati, passou por rigorosas avaliações, pois são analisados vários pontos, como a escolha e técnica de plantio da uva, forma de produção da bebida, condições de higiene e a infraestrutura do local. Bastante emocionado, Valiati exibiu a certificação IBD (Instituto Biodinâmico de São Paulo), que rotula a Vinícola Valiati como a primeira do Sul e a 2ª. do país. ”Temos a honra de ser a primeira do Estado, sempre será assim”, declarou o produtor.
Segundo o secretário Italo Goral, a produção do vinho orgânico representa bem mais do que um produto sem agrotóxicos, mas também um processo de valorização das técnicas artesanais e valorização dos trabalhos da agricultura familiar. “Ao estimularmos a atividade familiar no campo e, simultaneamente, o aumento da produção, estaremos corrigindo uma importante questão social, fazendo com que o produtor permaneça no meio rural”, salientou o secretario. O policial militar Vili Valiati, filho de produtores rurais, decidiu em 1998, com apoio do engenheiro agrônomo e pesquisador da Epagri aposentado João Favorito De Barba, começar o cultivo orgânico de uva e de pêssego na propriedade rural que possui em Rio do Sul.
Em 2000 também com a assessoria da empresa, iniciou um projeto de agroindústria e vinícola, concluído este ano. Os Valiati tem 15 hectares de terra e cultivam 3 ha com uva Bordo e Niágara. Este ano a expectativa é colher 25 toneladas em janeiro próximo. Além de processar a própria uva, Valiati atende a outros produtores. A capacidade atual de sua vinícola é de processar 100 toneladas de uva por safra. “Há uma grande demanda por produtos orgânicos e a nossa expectativa quanto à comercialização, é a melhor possível”, garante Valiati.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Nova Zelândia: Uso da terra em fazendas orgânicas é 'muito alto'


Os agricultores orgânicos terão de reduzir seu uso da terra para que possam conquistar o mercado de massa, diz um perito suíço.O diretor do maior centro de investigação da Europa para a agricultura biológica, o Dr. Urs Niggli, disse que as avaliações do ciclo de vida tinham mostrado que a agricultura orgânica tem vantagem sobre a agricultura convencional, quando a mesma quantidade de alimento seja produzida com menos energia, água e gases do efeito de estufa.
A desvantagem é que a agricultura orgânica usa mais terras - algo que pesquisadores do Instituto de Pesquisas de Agricultura Orgânica, na Suíça, onde ele trabalha estão observando.O Dr Niggli afirmou que o desafio é descobrir como conseguir mais produtos orgânicos de cada hectare de terra sem perder as vantagens ambientais."A questão de como intensificar os sistemas agrícolas, sem perder as suas vantagens ambientais e ecológicas é crucial".
Dr Niggli, que estava na Nova Zelândia para falar com os agricultores no Organics Aotearoa, na Universidade de Waikato mês passado, disse que os métodos orgânicos poderiam beneficiar a Nova Zelândia, porque uma grande proporção das emissões nacionais de gases de efeito estufa vem da agricultura. Cerca de metade das emissões totais da Nova Zelândia em limites internacionais são provenientes da agricultura.
Dr Niggli afirmou ainda que os estudos que datam dos anos 1970 sugere que havia potencial para reduzir as emissões utilizando cultivo reduzido e outros métodos de agricultura orgânica. Ensaios nos Estados Unidos, Suíça e Alemanha que utilizam métodos orgânicos em comparação com os métodos convencionais de produção descobriram que, durante duas ou três décadas, a agricultura orgânica pode armazenar a cada ano até 590 kg de carbono no solo para cada hectare de terra utilizado, disse ele. Os testes orgânicos utilizaram técnicas como o uso de esterco composto como adubo, rotação de culturas com grande proporção de leguminosas - uma das principais fontes de gases com efeito de estufa na Nova Zelândia e nitrogênio."Com a reciclagem de chorume, você definitivamente traz a matéria orgânica ao solo novamente," disse o Dr. Niggli.O centro de investigação suíço está trabalhando na cura de outras doenças comuns que enfrentam os agricultores.
Dr Niggli afirmou também que os cientistas e médicos veterinários também estão à procura de maneiras de tratar a mastite - uma das principais razões para a baixa produtividade nas fazendas de leite orgânico, que não estão supostamente tratando os animais com antibióticos.
Um estudo de 120 agricultores encontrou meios que poderiam diminuir o tratamento químico nas vacas para quase nada, sem perder a produtividade ou a qualidade do leite, mantendo as vacas saudáveis, com melhor conversão alimentar, melhor habitação, melhor ordenha técnicas e mais completa assessoria veterinária.
Fonte:http://www.nzherald.co.nz
Tradução e Pesquisa:Mundo Orgânico

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Flos Olei, os melhores azeites de oliva do mundo


O guia dos melhores azeites extra virgen mundo, o Flos Olei 2010, incluiu as vinte melhores marcas deste ano,destacando-se nove italianos e cinco espanhóis.Menção especial para Portugal, Croácia, França e Eslovênia, enquanto o prêmio "Cristina Tiliacos" será entregue para o Associação Portuguesa de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro.O Chile também é mencionado surpreendentemente, ganhando dois prêmios, incluindo uma de melhor qualidade / preço.
Na Itália, a região do Lazio tem a parte do leão: é do Lazio monovarietal o melhor óleo de oliva, intensamente frutado produzido pela fazenda Piscoianni em Sonnino. Além disso, um total de 35 prêmios foi concedido ao Lazio: entre ele esta a Fazenda orgânica Paola Orsini, Fazenda de orgânicos Américo Quattrociocchi e Fazenda de orgânicos Augusto Spagnoli.
"Não tem sido fácil fazer uma escolha - diz Marco Oreggia, editor e publisher da Flos Olei - como, aliás, muitos têm sido os notáveis azeites virgens deste ano. Pessoalmente, tenho o prazer de enfatizar que os vencedores vêm de diferentes partes do mundo, testemunha de um crescimento da produção. Os prêmios que temos atribuído confirmam o papel de líderes internacionais que a Itália e a Espanha continuam a desempenhar. Mas é significativo o crescimento de certas organizações, não só no Mediterrâneo ".Concluiu Oreggia.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Frango orgânico em alta


A criação de frango orgânico foi o projeto que ganhou o primeiro lugar no Empreendedor Rural 2009. A premiação, ocorrida na última sexta (27/11), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, reuniu os 10 melhores projetos do Estado classificados pelo programa. A iniciativa é desenvolvida pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep) e Sebrae-PR.
"Resolvemos mudar para o frango orgânico, pois o gado leiteiro não estava dando mais dinheiro", contou Ariante Amaral de Andrade, que conquistou o primeiro lugar no concurso que valoriza a economia rural no Paraná. Ariante é proprietária do novo negócio, que divide com o pai, Ary Amaral. A propriedade de 4,1 hectares fica em Carlópolis e já começa a ser adaptada para a criação de frango caipira, fruto do cruzamento de galinhas rhodes island red com galos caipiras.
Segundo a produtora rural, cerca de 100 galinhas já começaram em setembro, experimentalmente, a fornecer pintainhos para produção de frangos de corte. "Pretendemos fornecer cerca de 280 frangos por mês, podendo aumentar conforme a demanda", adiantou. Outros dois produtores rurais também foram premiados. O produtor Welligton Casati, com apenas 19 anos, foi premiado em segundo lugar com o projeto de plantação de eucalipto na propriedade dos avós em Cruzeiro do Sul. Produzindo gado de corte e leguminosas, Casati pensa em plantar 2 hectares da árvore exótica para complementar o renda da família.
Também foi premiado a ampliação da plantação de tomate em Godoy Moreira. O produtor, Claudinei Alves Nunes, projetou produzir mais e com maior rentabilidade. Os contemplados ganharão uma viagem técnica rural para países da América Latina, ainda sem data e destino acertados, segundo informou a assessoria de imprensa do Senar (PR).

Fonte:O Diário Online

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Importar maçãs orgânicas ou comprar maçãs regionalmente cultivadas?


Ele é um dilema bem conhecido para alguém que quer comprar de um modo ambientalmente correto, você procura uma maçã orgânica para fazer algo de bom para você e algo de bom também para o meio ambiente, então você nota que o país da origem da maçã é a Nova Zelândia. Isto não é direito com base em alterações climáticas, mas o que é mais importante: a pegada de carbono ou agricultura orgânica?
Sem dúvida o ideal é um produto fresco, uma maçã organicamente cultivada de um pomar regional. Na Alemanha isto é só disponível de Agosto a Novembro, para o resto do ano você tem de escolher entre o fruto resfriado ou importado. Instintivamente a maior parte das pessoas escolheria as maçãs alemãs resfriadas, por causa das alterações no clima. Mas agora é mesmo assim. Michael Bright, um pesquisador de frutas da universidade de Bonn, calculou o montante de gás do efeito estufa, que é produzido pelas maçãs da Nova Zelândia quando embarcadas para a Alemanha. Elas produzem um terço a mais de ga´s de efeito estufa do que as maçãs de pomares alemães depois de resfriá-los por um período de cinco meses.
A escolha deve ser feita com base em um bom clima para o cultivo e sazonal, a alface de Inverno produzida em estufas aquecidas não oferece nenhum benefício. Os amantes de alface deveriam, por isso, escolher outro tipo de salada. "Comprar regionalmente, organicamente e de acordo com a época é o ideal", Haberland da organização de meio ambiente BUND aconselha. Além do mais a diversidade orgânica do fruto local está crescendo. Em cada região muitas variedades estão crescendo e no mercado internacional só muito poucos estão disponíveis. O consumo regional apoiará a posição de emprego local também.

Tradução e Pesquisa:Mundo Orgânico

domingo, 29 de novembro de 2009

Amazônia produz e divulga produtos agrícolas em feira


Contrariando o dito popular de que o solo da Amazônia é pobre e não favorece a agricultura, a região começa a mostrar provas de que é capaz de produzir alimentos de qualidade inclusive com produção orgânica. Frutas como o morango, verduras como brócolis, couve-flor e alface do tipo americano estão sendo cultivados em Pacaraima (RR) e comercializados por preços abaixo do mercado.
A agricultora Marelize Macuglia contou à Agência Brasil que há nove anos administra uma cooperativa de produtos orgânicos cuja demanda vem aumentando. Atualmente, disse ela, a produção é feita em oito hectares de terras, produzida por 50 pessoas, entre as irmãs, o esposo e cunhados. Juntos, produzem seis toneladas por semana de produtos orgânicos e 42 tipos de frutas.
“Nossa produção não atende à toda a demanda que recebemos. Vendemos o quilo do chuchu por R$ 2,00, enquanto em alguns supermercados chega a custar até R$ 5,00. Já estamos pensando em ampliar a produção”.
Experiências e produtos como os de Roraima estão sendo exibidos em Manaus no estande de orgânicos da Feira Internacional da Amazônia (Fiam). O evento está em sua quinta edição e exige itens como bombons e biscoitos feitos com tucumã. A feira teve início na última quarta (26) e vai até domingo (29). Segundo o coordenador da feira, Jorge Vasques, 390 expositores participam da edição deste ano.
“A feira é multisetorial, apresenta produtos diferenciados, fetos desde microempresas até as maiores empresas do Polo Industrial de Manaus. Lançamentos de produtos, novas tecnologias, palestras e estandes de todos os estados e países amazônicos estão reunidos nessa grande vitrine que é a Fiam”.
De acordo com balanço apresentado na sexta-feira (27) pela superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Flávia Grosso, a feira gerou US$ 11,5 milhões em negócios concretizados, 15% a mais em relação à edição anterior. No turismo, os negócios devem ter um aumento de 20%. O número de visitantes estimado é de 100 mil pessoas. O evento é promovido a cada dois anos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para estimular o setor industrial da Amazônia.

sábado, 28 de novembro de 2009

Dados da produção orgânica no Brasil

Distribuição Geográfica

Número de Estabelecimentos e Área Cultivada (Cultura Permanente)
Número de Estabelecimentos e Área Cultivada (Horticultura, Floricultura)

Estabelecimentos Agropecuários