Bionat Expo trouxe itens como o açaí liofilizado, que ganha espaço no exterior
A diversificação na oferta de produtos orgânicos, que vão da erva-mate ao bife de hambúrguer, e o consequente aumento do interesse dos brasileiros em consumir alimentos ditos mais saudáveis são apontados como responsáveis pelo crescimento do setor. As vendas apresentam alta de 15% ao ano e movimentaram cerca de R$ 300 milhões no País, em 2009.
Emerson Munhoz, diretor da Prodezza, distribuidora de produtos orgânicos, confirma o desempenho exponencial dos orgânicos no Brasil e dá como exemplo a situação da sua empresa: quando começou seu negócio em março de 2009, contava com apenas dois produtos para venda. Hoje são 98. "É uma tendência sem volta pela crescente exigência do mercado. Muitos restaurantes estão renovando seus cardápios incluindo pratos orgânicos. A demanda não para", comemora Munhoz, que participou durante o final de semana da feira da sustentabilidade Bionat Expo.
O presidente da Associação Brasileira de Orgânicos (Brasilbio), Ivo Gramkow, acredita que 2011 será o ano do grande salto do setor no País, com a entrada em vigor da Lei dos Orgânicos, que institui o selo obrigatório para certificação oficial. A expectativa é aumentar o consumo, uma vez que todo o item dito orgânico deverá obrigatoriamente contar com o selo. "Isso dará mais segurança aos consumidores, que terão certeza de estarem consumindo mercadorias legítimas", assegura o dirigente.
Com a nova norma, todos os produtos serão rastreados para identificar desde a origem, com informações sobre manejo, condições de trabalho e preservação do meio ambiente, até o momento em que chegam ao ponto de venda. "São dois tipos de certificação, a auditada que será realizada pelo Inmetro e a participativa, na qual cada produtor fiscaliza o outro", informa o presidente da Brasilbio.
Apesar do aumento no consumo, os preços dos orgânicos permanecem cerca de 30% acima dos produtos convencionais. Isso, conforme Gramkow, deve-se ao fato de que o comparativo com os preços dos não orgânicos é feito com base em valores artificiais. "No orgânico é preciso fazer investimentos em preservação, cuidados com saúde do trabalhador, certificação, insumos diferenciados. Isso sai caro." No caso dos convencionais, o dirigente argumenta que tais investimentos costumam ser mais baixos e que o pagamento pela conservação do meio ambiente, por exemplo, é feito pela carga tributária embutida nos preços. "Não dá para comparar", alega o presidente.
Durante a Bionat Expo, foram apresentadas também diversas oficinas cujo tema central foi preservação do meio ambiente e sustentabilidade. Entre elas, a palestra do ecologista canadense Denis Beauchamp sobre a faxina ecológica. "Para cada produto químico usado em casa, seja para lavar louça, roupa, lustrar objetos de metal, existe uma alternativa limpa, ecológica", disse o pesquisador que, em 2006, lançou o livro A casa limpa da faxineira ecológica.
Emerson Munhoz, diretor da Prodezza, distribuidora de produtos orgânicos, confirma o desempenho exponencial dos orgânicos no Brasil e dá como exemplo a situação da sua empresa: quando começou seu negócio em março de 2009, contava com apenas dois produtos para venda. Hoje são 98. "É uma tendência sem volta pela crescente exigência do mercado. Muitos restaurantes estão renovando seus cardápios incluindo pratos orgânicos. A demanda não para", comemora Munhoz, que participou durante o final de semana da feira da sustentabilidade Bionat Expo.
O presidente da Associação Brasileira de Orgânicos (Brasilbio), Ivo Gramkow, acredita que 2011 será o ano do grande salto do setor no País, com a entrada em vigor da Lei dos Orgânicos, que institui o selo obrigatório para certificação oficial. A expectativa é aumentar o consumo, uma vez que todo o item dito orgânico deverá obrigatoriamente contar com o selo. "Isso dará mais segurança aos consumidores, que terão certeza de estarem consumindo mercadorias legítimas", assegura o dirigente.
Com a nova norma, todos os produtos serão rastreados para identificar desde a origem, com informações sobre manejo, condições de trabalho e preservação do meio ambiente, até o momento em que chegam ao ponto de venda. "São dois tipos de certificação, a auditada que será realizada pelo Inmetro e a participativa, na qual cada produtor fiscaliza o outro", informa o presidente da Brasilbio.
Apesar do aumento no consumo, os preços dos orgânicos permanecem cerca de 30% acima dos produtos convencionais. Isso, conforme Gramkow, deve-se ao fato de que o comparativo com os preços dos não orgânicos é feito com base em valores artificiais. "No orgânico é preciso fazer investimentos em preservação, cuidados com saúde do trabalhador, certificação, insumos diferenciados. Isso sai caro." No caso dos convencionais, o dirigente argumenta que tais investimentos costumam ser mais baixos e que o pagamento pela conservação do meio ambiente, por exemplo, é feito pela carga tributária embutida nos preços. "Não dá para comparar", alega o presidente.
Durante a Bionat Expo, foram apresentadas também diversas oficinas cujo tema central foi preservação do meio ambiente e sustentabilidade. Entre elas, a palestra do ecologista canadense Denis Beauchamp sobre a faxina ecológica. "Para cada produto químico usado em casa, seja para lavar louça, roupa, lustrar objetos de metal, existe uma alternativa limpa, ecológica", disse o pesquisador que, em 2006, lançou o livro A casa limpa da faxineira ecológica.
Exportações têm ajudado a alavancar setor no País
As exportações também têm crescido a cada ano. Os embarques somaram R$ 100 milhões em 2009, um número considerado recorde. "O mundo está interessado em orgânicos produzidos no Brasil", destaca o presidente da Associação Brasileira de Orgânicos (Brasilbio), Ivo Gramkow. Entre os produtos na mira dos norte-americanos e europeus está o açaí liofilizado, que desde 2008 é exportado para essas localidades.
Neste ano, a Tradimex, empresa de exportação que negocia produtos orgânicos no mercado externo, tem enviado uma média de 20 toneladas ao mês para Estados Unidos, Inglaterra, França e Malásia. "Estamos prospectando outros mercados como a Irlanda e a Suécia", conta a diretora comercial da Tradimex, Carla Fauth Scherer.
Além do açaí, produtos como frutas naturais e macadâmia orgânica também chamam a atenção dos compradores estrangeiros. "Os consumidores externos têm tradição no consumo de orgânicos e, além deles, atendemos também o mercado interno", disse Carla.
Na opinião do presidente da Brasilbio, mesmo com o mercado em ascensão, é preciso ter cuidado para que a entrada forte de produtos transgênicos no mercado nacional não acabe colaborando para "contaminar" a imagem do País lá fora. "É preciso ter um controle maior sobre esses cultivos geneticamente modificados, pois eles acabam, muitas vezes, prejudicando as culturas orgânicas."
Neste ano, a Tradimex, empresa de exportação que negocia produtos orgânicos no mercado externo, tem enviado uma média de 20 toneladas ao mês para Estados Unidos, Inglaterra, França e Malásia. "Estamos prospectando outros mercados como a Irlanda e a Suécia", conta a diretora comercial da Tradimex, Carla Fauth Scherer.
Além do açaí, produtos como frutas naturais e macadâmia orgânica também chamam a atenção dos compradores estrangeiros. "Os consumidores externos têm tradição no consumo de orgânicos e, além deles, atendemos também o mercado interno", disse Carla.
Na opinião do presidente da Brasilbio, mesmo com o mercado em ascensão, é preciso ter cuidado para que a entrada forte de produtos transgênicos no mercado nacional não acabe colaborando para "contaminar" a imagem do País lá fora. "É preciso ter um controle maior sobre esses cultivos geneticamente modificados, pois eles acabam, muitas vezes, prejudicando as culturas orgânicas."
Fonte:http://jcrs.uol.com.br