quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Produtos orgânicos movimentam R$ 300 milhões no Brasil

Bionat Expo trouxe itens como o açaí liofilizado, que ganha espaço no exterior


A diversificação na oferta de produtos orgânicos, que vão da erva-mate ao bife de hambúrguer, e o consequente aumento do interesse dos brasileiros em consumir alimentos ditos mais saudáveis são apontados como responsáveis pelo crescimento do setor. As vendas apresentam alta de 15% ao ano e movimentaram cerca de R$ 300 milhões no País, em 2009.
Emerson Munhoz, diretor da Prodezza, distribuidora de produtos orgânicos, confirma o desempenho exponencial dos orgânicos no Brasil e dá como exemplo a situação da sua empresa: quando começou seu negócio em março de 2009, contava com apenas dois produtos para venda. Hoje são 98. "É uma tendência sem volta pela crescente exigência do mercado. Muitos restaurantes estão renovando seus cardápios incluindo pratos orgânicos. A demanda não para", comemora Munhoz, que participou durante o final de semana da feira da sustentabilidade Bionat Expo.
O presidente da Associação Brasileira de Orgânicos (Brasilbio), Ivo Gramkow, acredita que 2011 será o ano do grande salto do setor no País, com a entrada em vigor da Lei dos Orgânicos, que institui o selo obrigatório para certificação oficial. A expectativa é aumentar o consumo, uma vez que todo o item dito orgânico deverá obrigatoriamente contar com o selo. "Isso dará mais segurança aos consumidores, que terão certeza de estarem consumindo mercadorias legítimas", assegura o dirigente.
Com a nova norma, todos os produtos serão rastreados para identificar desde a origem, com informações sobre manejo, condições de trabalho e preservação do meio ambiente, até o momento em que chegam ao ponto de venda. "São dois tipos de certificação, a auditada que será realizada pelo Inmetro e a participativa, na qual cada produtor fiscaliza o outro", informa o presidente da Brasilbio.
Apesar do aumento no consumo, os preços dos orgânicos permanecem cerca de 30% acima dos produtos convencionais. Isso, conforme Gramkow, deve-se ao fato de que o comparativo com os preços dos não orgânicos é feito com base em valores artificiais. "No orgânico é preciso fazer investimentos em preservação, cuidados com saúde do trabalhador, certificação, insumos diferenciados. Isso sai caro." No caso dos convencionais, o dirigente argumenta que tais investimentos costumam ser mais baixos e que o pagamento pela conservação do meio ambiente, por exemplo, é feito pela carga tributária embutida nos preços. "Não dá para comparar", alega o presidente.
Durante a Bionat Expo, foram apresentadas também diversas oficinas cujo tema central foi preservação do meio ambiente e sustentabilidade. Entre elas, a palestra do ecologista canadense Denis Beauchamp sobre a faxina ecológica. "Para cada produto químico usado em casa, seja para lavar louça, roupa, lustrar objetos de metal, existe uma alternativa limpa, ecológica", disse o pesquisador que, em 2006, lançou o livro A casa limpa da faxineira ecológica.


Exportações têm ajudado a alavancar setor no País

As exportações também têm crescido a cada ano. Os embarques somaram R$ 100 milhões em 2009, um número considerado recorde. "O mundo está interessado em orgânicos produzidos no Brasil", destaca o presidente da Associação Brasileira de Orgânicos (Brasilbio), Ivo Gramkow. Entre os produtos na mira dos norte-americanos e europeus está o açaí liofilizado, que desde 2008 é exportado para essas localidades.
Neste ano, a Tradimex, empresa de exportação que negocia produtos orgânicos no mercado externo, tem enviado uma média de 20 toneladas ao mês para Estados Unidos, Inglaterra, França e Malásia. "Estamos prospectando outros mercados como a Irlanda e a Suécia", conta a diretora comercial da Tradimex, Carla Fauth Scherer.
Além do açaí, produtos como frutas naturais e macadâmia orgânica também chamam a atenção dos compradores estrangeiros. "Os consumidores externos têm tradição no consumo de orgânicos e, além deles, atendemos também o mercado interno", disse Carla.
Na opinião do presidente da Brasilbio, mesmo com o mercado em ascensão, é preciso ter cuidado para que a entrada forte de produtos transgênicos no mercado nacional não acabe colaborando para "contaminar" a imagem do País lá fora. "É preciso ter um controle maior sobre esses cultivos geneticamente modificados, pois eles acabam, muitas vezes, prejudicando as culturas orgânicas."





quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Produtos orgânicos ganham atenção

Carla Fauth Scherer
As exportações de produtos orgânicos têm atuado, no Brasil, como alavanca para o setor. Crescendo exponencialmente a cada ano, os embarques somaram R$ 100 milhões em 2009, um número considerado recorde. Segunda Carla Fauth Scherer, diretora comercial da Tradimex - empresa de exportação que negocia produtos orgânicos no mercado externo - apenas em 2010 a companhia já enviou uma média de 20 toneladas ao mês para Estados Unidos, Inglaterra, França e Malásia, e ainda espera atuar em mercados como Irlanda e Suécia. Carla Scherer participou, neste sábado (25) e domingo (26), da feira de sustentabilidade Bionat Expo, que aconteceu na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, e, ao lado de outros produtores do setor, destacou as novidades do mercado de produtos orgânicos.




terça-feira, 28 de setembro de 2010

Inventiva lança Linha Verde para a indústria cosmética


Especializada no desenvolvimento de insumos nanotecnológicos para a indústria de cosméticos, a Inventiva está lançando a Linha Verde, composta por produtos 100% naturais e que não agridem o meio ambiente durante o seu processo de produção.
Os três insumos que integram a linha - Nutri Ômega LV, Nutri Balance LV e Nutri Hair LV – são elaborados a partir da tecnologia Nanoinvent Verde, desenvolvida exclusivamente pela Inventiva. A produção é feita com matérias-primas obtidas através de procedimentos ecologicamente corretos e podem ser utilizados em cosméticos orgânicos. Os produtos da Linha Verde têm alto poder de hidratação, são não-comedogênicos e não contêm parabenos, etoxilados e derivados de petróleo.
Nesta semana, a Inventiva apresentará sua experiência na área de nanotecnologia para cosméticos no Seminário Internacional de Tecnologia Verde em Cosméticos, que acontece em São Paulo, entre os dias 28 e 30 de setembro. No evento, a empresa abordará o tema “Nanotecnologia e cosméticos verdes: aplicação de óleos e manteigas vegetais”. O Seminário apresentará tecnologias, produtos e soluções para a indústria cosmética com foco na sustentabilidade e reunirá fabricantes, pesquisadores e profissionais da área. A programação conta com palestras e mesas de negócios com especialistas do Brasil, França, Alemanha e Estados Unidos.

A Inventiva é uma empresa inovadora, especializada no desenvolvimento e produção de insumos nanotecnológicos para a indústria cosmética, transferindo tecnologia e fornecendo produtos personalizados adaptados às necessidades de cada cliente.
A empresa foi contemplada com dois projetos de pesquisa na empresa do CNPq e projetos de subvenção econômica: o PRIME (Primeira Empresa Inovadora) e o Inova Pequena Empresa RS (FINEP e SEBRAE) para desenvolver novos produtos. Os insumos da Inventiva são produzidos somente com matérias-primas biodegradáveis e biocompatíveis, além de utilizar preferencialmente materiais nacionais e renováveis como diversos óleos vegetais.




segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Produtores de Ponta Porã tem mercado certo para o algodão orgânico

Gastos constantes com defensivos agrícolas – incompatíveis com o baixo valor de mercado da produção familiar –, o contato direto com toxinas e o alto consumo de água na irrigação (cada botão da planta consome mais de 2,5 litros) colaboram para manter a cultura do algodoeiro distante do pequeno produtor.Esta situação, no entanto, vem se transformando desde 2009, por conta da iniciativa de oito produtores de Ponta Porã, integrantes do assentamento Itamaraty, que apostaram na produção de 11 hectares de algodão orgânico.
A aposta, no caso, não tem nada de incerta. É que os custos que poderiam inviabilizar o negócio, como o processo de certificação e a compra de sementes e insumos, foram subsidiados por uma empresa de confecções, a YD, em troca de fornecimento exclusivo. "O cultivo do produto em sua forma orgânica é a única maneira do pequeno produtor se inserir no mercado do algodão", relata Vitor Carlos Neves, um dos membros do assentamento e secretário do Núcleo de Agroecologia do local.O espaço certo para o escoamento da produção e o valor agregado na venda foram os principais incentivos para os produtores do Itamaraty levarem adiante a ideia. "Logo na primeira colheita, a arroba do algodão de caroço orgânico foi vendida por R$ 27 para a YD", diz. Quase 50% a mais do que o convencional, cuja mesma quantidade valia R$ 14.
De acordo com Neves, a negociação com a empresa se deu durante uma visita técnica organizada pelo Sebrae à Biofach - edição nacional da maior feira de orgânicos do mundo. A caravana teve o objetivo de apresentar aos produtores as possibilidades do mercado de orgânicos. Foi o que aconteceu. "Em 2006, a gente cultivava soja orgânica. Desde essa época não usávamos agrotóxicos na terra", relembra. "Isso acelerou bastante nosso processo de certificação e começamos logo a produzir o algodão", conta.
A YD Confecções, que possui uma grife exclusivamente voltada para a moda orgânica, atualmente, compra o algodão produzido por agricultores do Paraná, de Minas Gerais e do assentamento em Mato Grosso do Sul. No entanto, de acordo com o consultor do Sebrae em Mato Grosso do Sul, Jair Pellegrin, a produção brasileira ainda é insuficiente para suprir a necessidade da empresa. "Sendo bastante otimista, só 25% do que a empresa precisa é produzido no País. O restante precisa ser importado do Paraguai, do Peru e até da Índia".Para ele, este é um mercado que ainda pode ser muito explorado.
Em 2009, segundo a Organic Exchange, associação internacional de algodão orgânico, esse tipo de produção cresceu 20% e mesmo assim ainda representa apenas 0,76% do que é produzido no mundo.Jair Pelegrin explica que a indústria de confecções é a grande consumidora do produto orgânico, e sua alta demanda é reflexo da consciência que vem tomando o público consumidor. Para ele, a ideologia orgânica ultrapassa a alimentação.
"Os compradores desses produtos são universitários ou consumidores de meia-idade que já incorporaram o orgânico ao seu estilo de vida. Aceitam pagar mais para saber que estão colocando em contato com sua pele uma roupa sem nenhum tipo de toxina", relata.As cerca de 450 peças disponíveis para venda são confeccionadas exclusivamente com algodão adquirido de produção familiar, e a pigmentação é realizada através de tinturas naturais: Pau-brasil para a cor vermelha, a erva-mate para verde e o jamelão para azul. Todos igualmente com certificação de orgânicos.



domingo, 26 de setembro de 2010

O mercado para a agricultura orgânica na Albânia está em expansão

A Albânia é um dos países com maior capacidade para a realização da agricultura orgânica e sustentável. Atualmente, na Albânia, há cerca de 100 fazendas que aplicam os métodos de produção orgânica.
Cerca de 30 delas têm acesso aos mercados e demais varejos. Os principais produtos orgânicos são as hortaliças, frutas, azeite, especiarias, plantas medicinais e cogumelos. O presidente da Associação de Agricultura Orgânica albanesa, Lavdosh Feruni, disse que "nos últimos anos tem surgido várias redes de lojas de produtos orgânicos na Albânia,principalmente em Tirana, Durrazo e Vlora e algumas delas também lançaram no mercado seus próprios logotipos , abrindo o caminho para a exportação ".

sábado, 25 de setembro de 2010

A Áustria aumenta a produção de suco de frutas orgânicas

A produção austríaca de sucos de frutas orgânicas aumentou consideravelmente nos últimos anos. Não só as empresas comerciantes tradicionais, mas também novas empresas estão expandindo sua gama de produtos com sucos orgânicos.
No ano passado 2.614 toneladas de frutas orgânicas foram processadas, dos quais 521 mil toneladas da Áustria. Os agricultores orgânicos ganham 0,18 € por quilo de pêras e 0,22 € por quilo de maçãs destinadas à transformação. "É quatro vezes o preço de colegas que cultivam produtos convencionais", diz Sigrid Weissengruber da Bio Áustria.
Também é importante ressaltar que não apenas a matéria-prima, mas também todo o sistema de processamento de frutas para suco é certificado. Além disso, os produtores de orgânicos austríacos recebem mudas para plantar. Em geral, no primeiro trimestre de 2010, a quota de mercado de novos produtos orgânicos, na Áustria aumentou 40%, atingindo 7,8 pontos percentuais.



sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Selos que comemoram ano da biodiversidade já circulam no Paraná

Selos comemorativos


Já circulam pelo Paraná os selos que comemoram o Ano Internacional da Biodiversidade — Agroecologia e Agricultura Orgânica. O Paraná é o segundo maior produtor de orgânicos do Brasil, com cerca de 7,5 mil agricultores dedicados ao cultivo de alimentos sem o uso de agrotóxicos. Lançada pelos Correios, a peça é composta de dois selos que trazem as logomarcas da Exposição Mundial de Filatelia – Portugal 2010 e do Ano Internacional da Biodiversidade. “Temos feito a nossa parte para contribuir para o desenvolvimento da agricultura orgânica. Na última safra, produzimos 124 mil toneladas de produtos orgânicos no Paraná”, diz o governador Orlando Pessuti.
O Oeste e Sudoeste destacam-se pela produção de soja orgânica. Agricultores do Norte paranaense cultivam café orgânico. As hortaliças são os cultivares orgânicos mais produzidos nos cinturões verdes de grandes cidades como Curitiba, Ponta Grossa, Toledo e União da Vitória. Os selos foram lançados na reunião desta semana da Escola de Governo, realizada no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, com a participação do diretor dos Correios no Paraná, Itamar Ribeiro. Na solenidade, Pessuti carimbou o primeiro selo comemorativo.
O selo
A peça filatélica comemorativa divulga 2010 como Ano Internacional da Biodiversidade, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas. O selo da esquerda mostra o tomate, um dos mais populares vegetais de produção orgânica. No selo da direita, está estampado um canteiro orgânico de verduras folhosas. Acima, na composição do bloco, aparece a logomarca da Exposição Mundial de Filatelia – Portugal 2010 e a logomarca do Ano Internacional da Biodiversidade. Três componentes são fundamentais na peça — o ano de 2010, elementos iconográficos que simbolizam a biodiversidade e, abaixo, o título “Ano Internacional da Biodiversidade”. Foram utilizadas as técnicas de pintura a guache e computação gráfica.






quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mercado de cosméticos orgânicos deve crescer 7,4% até 2012

Segundo o levantamento feito pela Euromonitor International, o Brasil crescerá 7,4% no segmento de cosméticos orgânicos e naturais em apenas dois anos. E, ainda de acordo com a pesquisa, o país possui o terceiro maior mercado de cosméticos do mundo, sendo o primeiro entre os exportadores de matéria-prima. Para Filipe Sabará, diretor de negócios da Beraca, empresa brasileira que exporta insumos amazônicos para mais de 40 países, os dados refletem o ótimo momento dos mercados nacional e internacional.A unidade de beleza é a que registra maior salto no faturamento da empresa, que só entre o primeiro trimestre deste ano e o de 2009 cresceu 76%. Ainda em 2010, a companhia pretende alavancar o crescimento médio de 14% ao ano e o faturamento de R$ 100 milhões.“A Beraca já é referência global, pois além de ser pioneira no desenvolvimento de ingredientes verdes e sustentabilidade, carrega prêmios como Seeds Awards da ONU e certificação Ecocert”, finaliza.


Fonte:http://www.revistanovarejo.com.br

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Slow food pode valorizar cadeia de orgânicos

O slow food preza pela valorização das produções locais

Criado na década de 80 em contraposição ao fast food, o conceito slow food pode ser uma alternativa para produtores de alimentos orgânicos da Paraíba.Primando pela qualidade e pelo respeito socioambiental, a prática de excelência no manuseio de alimentos pode render a produtores preços maiores em cerca de 20%. O tema foi abordado hoje (22), no último dia do II Seminário de Indicação Geográfica, apoiado pelo Sebrae na Paraíba e que acontece na sede da instituição, em João Pessoa.
Segundo Adriana Lucena, representante da Slow Food Foundation, rede mundial que conta com mais de 100 mil associados, a filosofia do slow food vai além do benefício ao produtor; passa também pelo resgate do prazer da alimentação por meio da ecogastronomia."Ao ser bem produzido - o que significa que o alimento passa por parâmetros de respeito ao meio ambiente, ao trabalho e pela valorização do produtor - o alimento rende um sabor melhor, de mais qualidade. Defendemos o direito ao prazer de alimentar-se com uma comida boa, limpa e justa", explicou Adriana.
Especialista em gastronomia que utiliza produtos de origem, aqueles que possuem selos de procedência, Paulo Abreu, do Estilo Gourmand, afirma que no exterior existe um número crescente de restaurantes que utilizam produtos orgânicos e fazem disso sua marca."Esses restaurantes atraem clientela e ganham prestígio de acordo com o sabor e a origem do alimento. Existem também as lojas de produtos gourmet, que absorvem esses tipos de produtos orgânicos com indicação geográfica e selos de procedência. Em todos os dois casos observamos um consumidor que paga mais por isso. E paga feliz", comentou.

Perfil do consumidor

O especialista alerta que o perfil do consumidor de alimentos está mudando devido à busca por melhores opções e produtos mais saudáveis, além da preocupação crescente com o meio ambiente e com o próximo. No entanto, o Brasil ainda não atende a essa parcela de mercado de forma satisfatória.
"Poucos produtores trabalham com o orgânico ou se preocupam em ter selos de precedência, além de não fazerem uma boa comunicação com o público para que as pessoas conheçam e consumam o produto sustentável. A falta de políticas públicas de subsídios para o setor também dificulta", alerta Paulo


Fonte:http://portalexame.abril.com.br

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Brasil participa da mais importante feira asiática de produtos orgânicos

A Biofach Japão, mais importante feira de produtos orgânicos da Ásia, realizada de 21 a 23 de setembro, em Tóquio, contará com a presença de três empresas brasileiras participantes do Projeto Organics Brasil. As empresas Surya, Jalles Machado e Canaspirit buscam prospectar e ampliar a participação dos produtos brasileiros no mercado asiático.“O mercado do Japão é importante para conceituar os produtos brasileiros.
É um mercado menor comparado com a Europa e Estados Unidos, porém é ainda interessante para produtos como a cachaça, roupas de algodão e o açúcar brasileiro. Os cosméticos já são reconhecidamente comercializados nas principais lojas do segmento pelos apelos dos ingredientes da Amazônia. As perspectivas de negócios são muito boas e estamos presentes nesta quarta edição do Projeto para consolidar a imagem do produto do Brasil”, destaca Ming Liu, coordenador executivo do Organics Brasil.A empresa de cosméticos Surya, que também esteve nas edições anteriores da feira, aposta em criar novas chances de negócios e manter a relação com clientes, por suas linhas de produtos com ingredientes amazônicos.
A produtora de açúcar Jalles Machado faz sua estréia no Projeto Organics Brasil, enquanto a empresa CanaSpirit vem conquistando os compradores internacionais com sua tradicional cachaça branca.No primeiro semestre de 2010, o Projeto Organics Brasil fechou US$ 12 milhões em negócios com a participação em três feiras internacionais.Sobre o Projeto Organics Brasil - O Organics Brasil surgiu para promover os produtos orgânicos brasileiros no mercado internacional, reunindo empresas e produtores em torno de uma marca única, atendendo aos mais exigentes padrões de adequação sócio-ambiental.
O Projeto Organics Brasil é resultado de uma ação conjunta entre a iniciativa privada (Instituto de Promoção do Desenvolvimento e da Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), compondo uma sólida base institucional criada para fortalecer o setor brasileiro de orgânicos e viabilizar sua expansão no mercado internacional.



segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Empresa paranaense quer exportar soja orgânica para os árabes


Presente no Brasil desde 2002, a empresa Gebana, originalmente suíça, exporta soja orgânica produzida por 350 pequenos produtores situados na cidade de Capanema, sudoeste do Paraná. Hoje, as exportações da empresa vão para França, Alemanha e Holanda, mas ela quer diversificar seus mercados e tem interesse no mundo árabe. A Gebana vende soja em grão e também derivados."A gente não sabe como é o mercado de orgânicos no mundo árabe. É um mercado interessante para ser estudado", diz Jonathas Baerle, gerente Comercial da Gebana. Um dos focos da empresa é aumentar as vendas de leticina de soja, um tipo de goma retirada do óleo do grão. Atualmente, a empresa exporta entre 12 e 15 toneladas do produto, mas quer chegar a 25 toneladas.
A leticina é utilizada principalmente em indústrias de chocolates e achocolatados."Procuramos um grande consumidor final, como uma fábrica de chocolates, ou um distribuidor na área de orgânicos", revela o executivo. Segundo ele, a empresa ainda não começou a prospectar o mercado árabe, mas possui um parceiro na Argentina que deve iniciar os contatos no Oriente Médio.Trabalhando por meio do sistema de Comércio Justo, no qual os produtores recebem um preço mínimo pela safra vendida e, em alguns casos, uma bonificação, a Gebana opera ainda com milho, trigo, feijão e banana.
Das oito mil toneladas produzidas anualmente, seis mil são de soja e o restante dos demais produtos. Deste total, 70% é exportação e 30% vai para o mercado interno. No Brasil, a Gebana vende para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Goiás e Espírito Santo. "A gente está tentando ser mais agressivo no mercado interno, mas buscando novos clientes no mercado externo", relata Baerle.Entre os países que já importam os produtos brasileiros, a França é o maior comprador, importando, especialmente, produtos para consumo animal, enquanto a Alemanha compra, principalmente, soja para consumo humano.
A Gebana também possui filiais na Holanda, Burkina Faso e Tunísia. No país árabe, a empresa trabalha com a exportação de frutas secas para a Europa. No Brasil, sua filial conta com 35 funcionários e possui um faturamento anual de U$ 5 milhões, dos quais US$ 3,6 milhões provêm das exportações.A empresa chegou ao país atraída pela produção de orgânicos de Capanema, que já era expressiva mesmo sem qualquer tipo de incentivo aos agricultores. O fato de a região estar localizada ao lado do Parque Nacional do Iguaçu, onde é proibida a plantação de transgênicos, incentivou o desenvolvimento da agricultura orgânica. Além da produção de Capanema, a Gebana trabalha ainda com produtores de Londrina, também no Paraná; da região de Assis, em São Paulo; e de Andresito, na Argentina.
O Paraná possui o maior número de produtores de alimentos orgânicos certificados do Brasil. De acordo com o último senso agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2006, o estado tinha, na época, 7.527 produtores de orgânicos, dos quais 909 com certificação por entidade credenciada.



domingo, 19 de setembro de 2010

A agricultura orgânica deve aproveitar as oportunidades de mercados atraentes

Embora representem 23% da área total cultivada no mundo, a América Latina e o Caribe geram apenas 5% dos produtos orgânicos vendidos no mundo.
Com cerca de 1,4 milhões de produtores certificados, 154 países envolvidos e vendas de mais de 50 bilhões de dólares em 2008 e com um crescimento de mercado de 10,4% ao ano, são alguns parâmetros que marcam a evolução que a agricultura orgânica tem tido no mundo.
Os dados fornecidos pelo Diretor-Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Victor Villalobos M, durante uma palestra sobre o trabalho realizado por esta organização interamericana no campo da agricultura orgânica. Esta palestra abriu o Fórum Internacional de "Regulação e Desenvolvimento de Mercados de Agricultura Orgânica", realizado na Cidade do México nos dias 2 e 3 de Setembro.
Comentando sobre as tendências nos mercados internacionais de produtos orgânicos, Villalobos disse que o valor acrescentado destes produtos, posicionamento de marcas, as tendências para a industrialização, à transferência da capital do convencional para o setor orgânico industrial, entre outros, são pontos importantes a serem levadas em conta para as oportunidades no mercado.




Fonte:http://www.iica.org
Tradução e Pesquisa:Mundo Orgânico

sábado, 18 de setembro de 2010

O setor orgânico está bem sucedido na Itália

O consumo de produtos orgânicos na Itália está indo muito bem, com um aumento de 9% nos primeiros meses de 2010, de acordo com os novos dados da Ismea lançado durante a conferência de Sana, Itália, principal feira do setor orgânico, que encerrou no domingo (12 de setembro), na Bologna. A conferência foi organizada pelo Consórcio da Itália para o Controle de Produtos Orgânicos CCPB, com sede em Bolonha.
As compras no mercado interno de produtos orgânicos embalados subiram 9% na Itália, no primeiro semestre de 2010, consolidando a tendência positiva dos últimos anos (6,9% em 2009, 5,2% em 2008).
As frutas frescas e vegetais processados tiveram um aumento de 26,6% em 2009(0,9% no primeiro semestre de 2010), bebidas (5,7% em ambos os períodos), ovos (21,8%, 8%), mel (14% 13,7 %), pão e similares (8,7%, 19,2%) e frios (91,2% 20,4%).Estes são os produtos orgânicos que sofreram uma elevação, tanto no primeiro semestre de 2010 e em 2009.
O desempenho dos outros produtos no primeiro semestre de 2010, em comparação com uma tendência negativa em 2009: lácteos (11,2%), produtos para café da manhã (17,3%), produtos de primeira infância (31,1%), óleo ( 9,9%), massas e arroz (7,9%).
O bom desempenho das compras no primeiro semestre do ano, a Ismea salienta, também é atribuído à diminuição de preços ao consumidor médio (-2,3% em relação ao primeiro semestre de 2009).
Quanto às áreas geográficas, as regiões Norte estão em constante crescimento, com 6,3% no oeste e 10,6% no leste em relação ao primeiro semestre de 2009. Mas também a região sul, finalmente, registrou um resultado de crescimento (20,9%) após a tendência negativa em 2009 (-11,5%), embora as compras sejam muito baixas. A região Central e da Sardenha, pelo contrário, registraram uma ligeira diminuição, de 16,9% no ano passado para 8,2% este ano.




quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Empresas brasileiras de orgânicos vão à Biofach Japão

A cachaça branca é um dos produtos que buscam

mercado consumidor na Ásia


A Biofach Japão, considerada uma das mais importantes feiras de produtos orgânicos do continente asiático, acontece entre os próximos dias 21 e 23 de setembro – e as empresas brasileiras Surya, Jalles Machado e CanaSpirit estarão lá para divulgar suas mercadorias e buscar novos clientes no mercado oriental.
As três companhias participam do Projeto Organics Brasil, criado para ampliar a divulgação de produtos orgânicos brasileiros em outros países. O Organics Brasil faturou US$ 12 milhões (cerca de R$ 20,5 milhões) no primeiro semestre deste ano, durante a participação em eventos na Alemanha, nos Estados Unidos e no Canadá.
A Surya já esteve em edições anteriores da feira e apresenta linhas de cosméticos com ingredientes vindos da Amazônia. A Jalles Machado acaba de integrar o grupo Organics Brasil e oferece açúcar orgânico. A CanaSpirit aposta na cachaça branca. De acordo com o coordenador-executivo do Organics Brasil, Ming Liu, esses produtos encontram no Japão um mercado com possibilidades interessantes, e há também demanda por roupas de algodão orgânico.
O projeto ainda participará de duas outras Biofach este ano: a edição América, nos Estados Unidos, e a América Latina, no Brasil.






quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Rio Grande do Norte terá mel orgânico certificado até o final de 2010

Depois do melão, o Sebrae do Rio Grande do Norte está desenvolvendo um trabalho junto a apicultores do município de Serra do Mel, distante 320 quilômetros da capital Natal, para certificar em comércio justo e solidário o mel orgânico produzido na região. Diferente do que acontece no Centro Oeste, Sul e Sudeste do Brasil, a criação de abelhas em pastos livres de defensivos agrícolas é uma prática comum nos estados nordestinos, o que favorece o crescimento da atividade.
João Cavalcanti, diretor técnico do Sebrae potiguar, acredita que a certificação abrirá novos mercados para o mel do Nordeste. “Até o fim do ano, poderemos abastecer os países da Europa”, prevê. Atualmente, o produto é bastante exportado para os Estados Unidos.
Em poucos anos, a produção anual brasileira subiu de três para 50 mil toneladas. O aumento ocorreu pela adaptação das abelhas aos pastos nacionais. A abelha africana, conhecida pelo alto poder de produção, cruzou com a europeia, gerando uma espécie hibrida que se adapta facilmente aos campos.
No Rio Grande do Norte, uma das espécies criadas é a melípona, também conhecida como abelha jandaíra, que produz um mel de excelente qualidade e de grande aceitação no mercado internacional. Hoje, o Nordeste responde por 30% das exportações brasileiras de mel e o Rio Grande do Norte é o terceiro da região.





terça-feira, 14 de setembro de 2010

Capanema,maior produtor orgânico do Brasil

Não é à toa que a cidade de Capanema, no interior do Paraná, é o maior pólo exportador de produtos orgânicos do País. Terra de agricultores familiares, descendentes de alemães e italianos, a opção por atuar neste segmento data de 1986, quando ainda pouco se falava sobre o assunto.
Hoje mais de 300 pequenos produtores de soja, milho e trigo orgânicos integram o pólo de produção de agricultura sustentável, localizado no Sudoeste do Estado. Desde sempre a opção foi utilizar sementes convencionais e cultivar sem agrotóxicos químicos. Tanto que essa vocação acabou por atrair a empresa multinacional suíça Gebana, com sede em Zurique, considerada referência mundial no mercado de produtos agrícolas ecológicos, produzidos e comercializados de acordo com os princípios do Comércio Justo. Foi a partir de 1997, quando a demanda européia por produtos orgânicos e certificados decolou, que Capanema começou também a se destacar no cenário nacional e internacional.
Resultado: o produto mais importante importado e comercializado pela Gebana na Europa é a soja orgânica certificada. Grande parte dos grãos é produzida pelas cerca de 300 famílias de agricultores ecológicos de Capanema.
O governo paranaense também fez a sua parte, ao apoiar a produção orgânica e de não-transgênicos no País, há cerca de seis anos. Tanto que baixou uma lei que proibia o descarregamento da soja geneticamente modificada no Porto de Paranaguá, entre 2004 e 2005, mas teve de revogar a medida, depois da aprovação da Lei Nacional da Biossegurança pelo Congresso Nacional. A legislação federal não adotou o princípio da precaução (aguardar a comprovação científica sobre o efeito do consumo de soja transgênica na saúde humana e animal) e liberou o cultivo transgênico no País.




segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Capim dourado no Projeto Organics Brasil

beleza exótica do capim dourado faz deste artigo genuinamente nacional – e Tocantinense – uma preciosidade não só no Brasil, mas também no exterior. Um novo fator vem agregando ainda mais valor às peças produzidas com o capim, abundante na região do Jalapão.
A empresa tocantinense de bijuterias Art da Terra é a nova associada do Projeto Organics Brasil, que reúne empreendimentos voltados para a exportação de produtos orgânicos e sustentáveis brasileiros para todo o mundo.
O selo do Projeto Organics Brasil, que garante a sustentabilidade no processo de confecção das peças, desde a colheita do capim nas veredas à produção detalhada e criativa das peças, será um indicativo para o consumidor consciente que se preocupa com o meio ambiente. Segundo informações do Projeto, a empresa é um atelier de criação de bijuterias finas, com mais de 80 modelos entre colares, brincos e pulseiras, produzidos com capim dourado.
“Nossos produtos são desenvolvidos com matéria-prima natural e uma equipe de artesãos qualificados, onde os mesmos são treinados para a perpetuidade da atividade extrativista e artesanal do capim, tendo como foco a proteção ambiental e a atividade socioeconômica, visando a sustentabilidade, bem como o comércio justo resgatando a equidade social", diz Luciano.
“A Art da Terra é a primeira empresa de acessório de moda que entra para o Organics Brasil, apostando no mercado estrangeiro com peças de artesanato sofisticado. Os acessórios de moda, apesar de ainda não contarem com um certificado orgânico, têm foco no mercado de produtos sustentáveis, justo, com caráter ecológico e tendem a alcançar visibilidade e virar tendências nas passarelas. O mercado internacional tem dado o mesmo espaço dos produtos orgânicos para os sustentáveis, e vamos apostar nas empresas brasileiras que estão neste segmento”, explica Ming Liu, coordenador executivo do Projeto Organics Brasil.
Nesta semana, as idealizadoras da Art da Terra, que possuem escritório em Palmas (as vendas são feitas pela Internet), estão no Japão para participar da feira Biofach Japão, de 21 a 23 de setembro em Tóquio. De lá, as artesãs seguem para a Biofach América (14 a 16 de outubro, em Boston - EUA) e Biofach América Latina (03 a 05 de novembro, em São Paulo).

domingo, 12 de setembro de 2010

A Costa Rica tem mais de 8000 hectares de produção orgânica

A Costa Rica tem dedicado parte de seu território para o plantio de produtos orgânicos em áreas como a de Talamanca, Alfaro Ruiz, Turrialba, Zona Norte, Cartago, entre outras. Atualmente tem cerca de 8.000 hectares dedicados à produção destes cultivos e mais de 3000 produtores responsáveis pelo fornecimento pleno de produtos orgânicos certificados, tanto internamente como internacionalmente.A oferta é ampla. Frutas, raízes tropicais, produtos hortícolas, produtos de origem animal e outros produtos processados, sendo os mais exportados para Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e alguns países da América Latina, banana, abacaxi, café, suco de laranja, amora e cacau. De acordo com dados da PROCOMER em 2009 mais de 36 mil toneladas de produtos certificados foram exportadas, com um valor superior a US $ 26 milhões.

Para essas culturas os princípios da produção orgânica são:

• Produzir alimentos saudáveis e mais nutritivos em harmonia com o meio ambiente, sem o uso de produtos químicos sintéticos.

• Incentivar e melhorar os ciclos biológicos dentro do sistema agrícola.

• Manter e melhorar a fertilidade do solo de forma constante.

• Promover o uso racional e a conservação dos recursos hídricos e os ecossistemas aquáticos.

• Promover a adoção de sistemas integrados de produção que tendem a predominância de um sistema biológico.

• Conservar e promover a biodiversidade, tanto nos sistemas de produção como nos ecossistemas selvagens.



Tradução e Pesquisa:Mundo Orgânico

sábado, 11 de setembro de 2010

Na Itália:Biolife Bolzano 2010

A 7 ª edição da feira de produtos orgânicos Biolife terá lugar em Bolzano / sul do Tirol de 19 à 21 de novembro de 2010. A tendência crescente para uma dieta saudável, respeito ao meio ambiente e conscientização da cultura de vida saudável tem ajudado o setor orgânico expandir. Estes são os assuntos que a Biolife irá tratar - um projeto dedicado à agricultura orgânica e a promoção de uma cultura de vida sustentável. A Biolife é uma plataforma local e nacional, para os produtores orgânicos se apresentarem ao público. Especial atenção é dada à verdadeira qualidade produtos locais. A cooperação com a Aiab, Bioland e Áustria Bio dão suporte para a Biolife no seu desenvolvimento e isso vai ser continuado na edição deste ano da feira.
Vários eventos terão lugar na Biolife. O "Street Gourmet" vai ajudar as pessoas a descobrir mais sobre os produtos típicos de qualidade de toda a Itália - um evento gastronômico e cultural, com a qual os visitantes podem descobrir os cheiros e sabores dos produtos típicos das regiões italianas. Chefs locais criarão pratos especiais feitos exclusivamente a partir de ingredientes apresentados na feira. O restaurante orgânico será aberto novamente, e a assembléia geral da Associação de Cozinheiros do sul do Tirol terá lugar pela terceira vez. O assunto voltará a ser produtos orgânicos. A tradicional feira de outono também terá lugar ao mesmo tempo. Na última edição da feira de outono, 45.000 pessoas vieram visitar. A Biolife, no entanto, mantêm o seu próprio conceito e independência.



Tradução e Pesquisa:Mundo Orgânico

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Europa paga 50% a mais pela saca de soja orgânica produzida no Paraná

A soja brasileira está barata no mercado externo, quando se trata do grão geneticamente modificado. Grandes produtores dominam esse ramo do agronegócio e a grande maioria optou por cultivar soja transgênica. As super safras do grão no Brasil e nos Estados Unidos acabam derrubando o preço no mercado externo.Já no ramo da soja orgânica, isso não acontece. O mercado europeu valoriza, cada vez mais, o grão natural cultivado com técnicas ecológicas e sem uso de agrotóxicos químicos. Esse é o caso de Vili Ermi Hoffmann, pequeno agricultor da região de Capanema, no Paraná.
Proprietário de uma área de apenas 15 hectares, Vili optou, há cerca de 14 anos, por trabalhar do modo mais natural possível as safras de soja e trigo plantadas por ele, esposa e filho. No momento, a família está limpando a área para receber sementes naturais de soja e trigo, assim que as chuvas começarem.“Essa será a 14ª safra. Já entreguei 13. Portanto, trabalhamos com soja orgânica há quase 14 anos e com muita satisfação”, diz o agricultor, bisneto de alemães que chegaram à região de Capanema na década de 40. A propriedade de Vili fica no município de Planalto, próximo de Capanema.Ele colheu pouco mais de 700 sacas de soja e quase 400 de trigo, com grãos orgânicos e certificados, na última safra.
“Vendo tudo para a Gebana. Vai tudo pra Europa. Eles fazem a certificação orgânica e eu não pago nada por ela”, conta, referindo-se à pequena multinacional suíça que promove a certificação e a comercialização dos orgânicos, em cooperação com os produtores.A soja brasileira está muito barata, segundo Vili. No momento, a saca de soja transgênica custa em torno de R$ 30, e da orgânica cerca de R$ 45. Já a saca da soja convencional (não-transgênica) vale em torno de R$ 1 a mais do que a transgênica.“A saúde das pessoas e dos animais não fica boa com a soja com agrotóxico. Por este motivo comecei a plantar orgânico.
Deixei de plantar fumo por causa da quantidade de pesticidas que tinha de usar na plantação”, conta ele com seu forte sotaque alemão. “Sou contra os transgênicos. Pode ser prejudicial para o meio ambiente e para o ser humano e animais”, enfatiza.Mais trabalhoO plantio da soja orgânica é mais caro e trabalhoso, mas Vili não desiste. “A soja orgânica dá 70% mais trabalho do que a convencional”, explica o agricultor. Só pra limpar o solo, depois da colheita, são quatro meses. “Gasto um pouco mais com trator, para gradear e depois semear”, acrescenta.Sobre o avanço das culturas transgênicas a Região Sul, Vili diz que, por enquanto, não se preocupa. "Se a soja transgênica chegar perto, será um golpe para nós", diz ele.
A proximidade de uma plantação transgênica representa risco de contaminação para os plantios orgânicos, pois poderia haver cruzamento das espécies pelo processo de polinização natural. Isso geraria a depreciação do preço do grão orgânico. “Minha lavoura é muito afastada das lavouras transgênicas e também plantamos cana de pasto, a canalita, ao redor dos orgânicos; ela funciona como uma barreira aos transgênicos”.O Programa Soja Responsável da Gebana, que incentiva os pequenos agricultores da região de Capanema a se certificar para plantar soja convencional, representa uma garantia para Vili e outros produtores de soja orgânica. “Será uma boa se plantarem apenas soja convencional aqui na região. O problema é que não sabemos até quando”, observa. “Espero que o preço dos orgânicos melhore nas próximas safras, mas não podemos nos queixar”, conclui.



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Paraná tem o maior polo de produção orgânica do país


Mais de 300 pequenos produtores de soja, milho e trigo orgânicos integram o pólo de produção de agricultura sustentável de Capanema, município localizado no sudoeste do estado do Paraná. A vocação da região foi confirmada e continuada, a partir de 1986, quando um grupo de agricultores familiares optou por persistir praticando a agricultura baseada em sementes convencionais e na não-utilização de agrotóxicos químicos.A vocação agrícola e sustentável de Capanema acabou atraindo a empresa multinacional suíça Gebana, com sede em Zurique e considerada referência mundial no mercado de produtos agrícolas ecológicos, produzidos e comercializados de acordo com os princípios do Comércio Justo".
Eles são descendentes de alemães e italianos fixados na região por volta de 1940. Atualmente Capanema é considerado o maior pólo de orgânicos do País. Cerca de 340 agricultores familiares e pequenos produtores protagonizam essa história.A vocação agrícola e sustentável de Capanema acabou atraindo a empresa multinacional suíça Gebana, com sede em Zurique e considerada referência mundial no mercado de produtos agrícolas ecológicos, produzidos e comercializados de acordo com os princípios do Comércio Justo. Em 1997, a demanda européia por produtos orgânicos e certificados decola e a agricultura praticada em Capanema começa a se destacar no cenário nacional e internacional.A Gebana fez o primeiro contato com o grupo de agricultores ecológicos de Capanema em 1999.
Em 2002, uma comitiva da empresa visita os agricultores no Paraná. A primeira exportação de soja orgânica certificada ocorre nesse mesmo ano. Um acordo transforma a empresa capanense Terra Preservada, dirigida por dois agricultores (César Colussi e Rogério Konzen), voltada a comercialização dos produtos orgânicos da região, em representante da multinacional atacadista de produtos orgânicos e certificados no Brasil. A pequena empresa segue a filosofia da matriz e conta, no momento, com 35 funcionários.

Origem socioambiental

A Gebana é um empreendimento diferenciado, cuja origem remete aos anos 70, quando um grupo de mulheres suíças promove protesto contra o baixo preço da banana - importada de países tropicais - comparativamente à maçã - produto nativo. O motivo do baixo preço decorria do fato de os produtores de banana receberem valores ínfimos pelo cultivo e coleta da fruta nos países de origem. As mulheres suíças, então, se organizaram e começaram a comprar bananas nos supermercados do país para revendê-las por melhores preços. O excedente arrecadado passou a ser enviado às comunidades de produtores de bananas, visando melhorar sua qualidade de vida.
Este é o primeiro capítulo da Gebana, ou seja, a empresa nasceu de um projeto político e de conscientização socioambiental na década de 70.Inicialmente a Gebana atuou como organização não-governamental, voltada à concretização de objetivos sociais e ecológicos por meio da agricultura sustentável e da prática do Comércio Justo. Em decorrência do crescimento do mercado de produtos orgânicos e de não-transgênicos na Europa, no final da década de 90, deixou o terceiro setor para se tornar uma pequena empresa atacadista do novo segmento do mercado mundial de alimentação.
A Gebana foi criada oficialmente em setembro de 1998 na Suiça.Apesar do baixo número de funcionário – a matriz na Suiça conta com equipe de cerca de 30 profissionais -, o empreendimento é considerado emblemático na história da formação do mercado consumidor de produtos orgânicos e convencionais (não comercializam nenhum produto cultivado com agrotóxicos perigosos ou a partir de sementes geneticamente modificadas), devidamente certificados.Atualmente a Gebana Internacional é uma grande atacadista multinacional de soja orgânica, frutas secas e outros produtos ecológicos da América Latina e da África.
Ela conta com filiais no Brasil (Capanema), na África (Tunísia e Burkinafaso) e na Holanda (filial administrativa).O produto mais importante importado e comercializado pela Gebana na Europa, é a soja orgânica certificada. Grande parte dos grãos é produzida pelas cerca de 300 famílias de agricultores ecológicos de Capanema.

Apoio estadual

O governo paranaense foi pioneiro ao apoiar a produção orgânica e de não-transgênicos no País, há cerca de seis anos. Na época, a soja transgênica começava a entrar de forma clandestina no Rio Grande do Sul, proveniente da Argentina. O governo paranaense baixou uma lei que proibia o descarregamento da soja geneticamente modificada no Porto de Paranaguá, entre 2004 e 2005, mas teve de revogar a medida, depois da aprovação da Lei Nacional da Biossegurança pelo Congresso Nacional. A legislação federal não adotou o princípio da precaução (aguardar a comprovação científica sobre o efeito do consumo de soja transgênica na saúde humana e animal) e liberou o cultivo transgênico no País.



quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Alimentos orgânicos são mais nutritivos que os convencionais

Um novo estudo, da Washington State University, aponta que os alimentos orgânicos não são apenas mais nutritivos do que os convencionais, como também fazem bem ao solo onde são plantados.
O número de diferenças nutricionais não é enorme, mas é significativo. Alimentos orgânicos, por exemplo, possuem mais fósforo. O estudo analisou 13 tipos de morangos orgânicos e 13 tipos de morangos convencionais e determinou que os orgânicos são mais saborosos, nutritivos e deixam uma maior variedade genética no solo em que são plantados.
Mais detalhadamente, os orgânicos tinham maiores níveis de antioxidantes, ácido ascórbico e polifenóis. Provadores anônimos experimentaram as diversas variedades de morangos e concordaram que os orgânicos também eram os mais saborosos e tinham uma aparência melhor.
Quando analisaram o solo no qual os morangos eram cultivados, os cientistas concluíram que o solo dos frutos orgânicos tinha uma maior diversidade genética, mais micronutrientes, seqüestrava uma maior quantidade de carbono e tinha uma maior atividade enzimática.




terça-feira, 7 de setembro de 2010

Na Itália, agricultores e governo travam batalha envolvendo milho geneticamente modificado

Giorgio Fidenato declarou guerra ao governo italiano e grupos ambientais em abril, com uma coletiva de imprensa e um vídeo no YouTube que o mostrava remexendo seis sementes de milho geneticamente modificadas em solo italiano.Na verdade, disse Fidenato, agrônomo de 45 anos, ele plantou dois campos inteiros de milho geneticamente modificado.Mas, como "milho se parece com milho", como ele diz, seus opositores levaram várias semanas para encontrar sua plantação.s sementes, conhecidas como MON810, são modificadas para que o milho produza um químico capaz de matar as larvas da broca de milho, uma peste devastadora.
Embora regulamentações da União Europeia permitam o plantio desse tipo de semente em particular, a Itália exige que os agricultores obtenham uma permissão especial para qualquer plantação geneticamente modificada - e o Ministério da Agricultura nunca concordou."Não tivemos outra escolha, a não ser a desobediência civil - essas sementes são legais na Europa", disse Fidenato, que tinha solicitado permissão várias vezes, acrescentando ter se inspirado mais em Ron Paul do que em Mahatma Gandhi.
A Organizacao Mundial do Comércio diz que proibições gerais a plantações geneticamente modificadas constituem uma barreira injusta ao comércio, pois não há base científica para a exclusão.Porém, quatro anos depois que um painel de OMC decidiu que políticas da UE constituíam uma "moratória de fato" ilegal da plantação de sementes geneticamente modificadas, alguns agricultores, com é o caso de Fidenato, e produtores de sementes, como a Monsanto, reclamam que a Europa ainda não abriu realmente suas portas.
É verdade que um número pequeno, porém crescente, de países europeus hoje permite algum cultivo de plantações geneticamente modificadas, incluindo Espanha, Portugal e Alemanha.No entanto, apenas duas sementes geneticamente modificadas (MON810 e a semente de batata Amflora), entre dezenas do mercado global, conseguiram passar pelo trabalhoso processo de aprovação da Comissão Europeia, um pré-requisito para o uso.
Além disso, algumas áreas da Europa vêm se declarando, desafiadoramente, "zonas livres de organismos geneticamente modificados".A França, Áustria e Alemanha especificamente banem a MON810, afirmando crer que ela possa prejudicar plantações locais.Na Itália, um processo de aprovação kafkiano, no qual o Ministério da Agricultura jamais estabeleceu os requerimentos para o sucesso, torna as plantações geneticamente modificadas um caso perdido.
Essa lentidão reflete a veemente oposição pública em relação às plantações em muitas partes da Europa, mesmo que mais de três quartos da produção de milho, soja e beterraba nos Estados Unidos sejam geneticamente modificados.
Embora a ciência seja no mínimo inconclusiva, há uma convicção generalizada na Itália de que alimentos e plantações alteradas geneticamente representam perigos à saúde humana e aos ecossistemas.Após a provocação de Fidenato, investigadores realizaram testes genéticos para identificar a localização dos milhos ilegais no milharal que cerca este minúscula cidade.Autoridades confiscaram dois campos suspeitos - cerca de 5 hectares - declararam as plantações como ilegais.Ativistas do Greenpeace clandestinamente cortaram as franjas dos talos na esperança de evitar que o pólen fosse disseminado.
No dia 9 de agosto, cem ativistas ambientais de um grupo anti-globalização chamado Ya Basta empunharam facões, chegaram a Vivaro e derrubaram o campo antes que policiais locais pudessem intervir.Eles deixaram para trás placas com uma caveira e os dizeres: "Perigo - Contaminado - OGM [organismo geneticamente modificado]".Giancarlo Galan, que se tornou ministro da agricultura em abril, chamou os manifestantes de "vândalos", embora não tenha dito se permitiria plantações geneticamente modificadas.
Mas Luca Zaia, que anteriormente foi ministro da agricultura e hoje é governador da região de Veneto, aplaudiu a agitação, dizendo: "É preciso mostras às multinacionais que elas não podem introduzir plantações Frankenstein em nosso país sem autorização".Na última década, os alimentos geneticamente modificados vêm sendo uma grande fonte de atrito comercial entre a Europa e os Estados Unidos.
Tanto a Food and Drug Administration, dos EUA, como a Agência Europeia de Segurança Alimentar dizem que não há evidências científicas de que comer milho MON810 seja perigoso.
Porém, há um grande desacordo sobre como as plantas geneticamente modificadas afetam o ecossistema e se plantações tradicionais e geneticamente modificadas devem ser separadas para evitar o que agricultores orgânicos chamam de "contaminação" das plantações tradicionais por plantas ou genes modificados.
A semente ou pólen pode se deslocar com o vento ou em equipamentos agrícolas ou pneus de caminhões, às vezes por centenas de quilômetros.Este assunto é especialmente delicado na Itália, cujos agricultores dependem bastante de plantações especializadas orgânicas e de patrimônio, como centenas de variedades de tomate.As plantações contaminadas com material geneticamente modificado podem perder sua designação orgânica.
Agricultores temem que as plantas com genes específicos para aumentar a sobrevivência com o tempo possam substituir variedades tradicionais mais saborosas.O Greenpeace chamou a decisão da União Europeia de aceitar como segura a MON810 de "fundamentalmente falha", observando, por exemplo, que o químico que mata a larva da broca de milho poderia também prejudicar borboletas que pousam sobre as plantas.
Mesmo nos Estados Unidos, ainda existem reservas.
Neste mês, um juiz federal em São Francisco revogou a permissão para maiores plantios de beterrabas geneticamente modificadas, afirmando que o Departamento de Agricultura não tinha avaliado adequadamente as consequências ambientais; 95% das beterrabas nos Estados Unidos são geneticamente modificadas.
Com um parecer da OMC de um lado e um público relutante do outro, a Comissão Europeia tentou, nos últimos anos, alcançar um meio termo.Ela exige que os países estabeleçam procedimentos para separar plantações tradicionais e modificadas, como manter certas distâncias entre os campos.No entanto, propostas recentes dão às regiões cada vez mais latitude para negar a entrada dessas plantas se fornecerem provas científicas de que as sementes podem prejudicar o meio ambiente.
No entanto, grupos como a American Farm Bureau Federation dizem que os estudos usados para justificar a exclusão de plantações geneticamente modificadas não são satisfatórios.Aqui em Vivaro, agricultores estão divididos quanto à essa questão, disse Luca Tornatore, porta-voz da Ya Basta e astrofísico de Trieste, na Itália, observando que esse tipo de "blitz" do grupo não permitia muito tempo para o diálogo com moradores locais.Os moradores podem não saber muito sobre a ciência das plantações geneticamente modificadas, mas estão bem familiarizados com a larva da broca de milho, que fazem túneis nas espigas de milho, permitindo que fungos preencham o espaço em seu rastro.
Alguns dos fungos produzem micotoxinas que podem acabar indo parar em lugares como o leite de vacas que se alimentam de milho.Essas micotoxinas vêm sendo associadas a sérios problemas de saúde, incluindo câncer.Alguns agricultores espalham inseticida nas plantações para evitar a broca, mas ele deve ser aplicado no momento exato e deixa resíduos químicos, assim como um odor no ar.Outros agricultores simplesmente vendem o milho em grandes quantidades, ignorando o problema, segundo Fidenato, que mostrou uma espiga de um campo cheio de larvas e coberto com pedaços de penugem branca.
Ele alertou que, como o governo italiano não cede em relação às sementes geneticamente modificadas, ele comanda um exército de agricultores de toda a Itália, preparados para plantar a MON810 para obrigá-lo a fazê-lo.Entretanto, não está claro se a batalha de Vivaro terá um vencedor tão cedo.Esperam-se prisões ou pelo menos multas para Fidenato (plantio ilegal) e Tornatore (invasão e destruição de propriedade privada).



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Potencialidade de produtos orgânicos mexicanos é destacada


A crescente demanda por produtos orgânicos no mundo, com um crescimento de mais de 20% ao ano, confere novas oportunidades aos agricultores mexicanos, segundo especialistas no tema. Para o ministro conselheiro Jorge Rueda, os mercados da Europa estão interessados em ofertas orgânicas de café, frutas tropicais, bebidas, doces, cereais, chá, carnes, sucos e mel, o que favorece a política nacional de inserir pequenos produtores nas cadeias exportadoras.
No caso do mel, segundo ilustrou, "há um potencial de grande importância, pois o produto pode chegar a quadruplicar seu valor comercial".Este tipo de vendas ao velho continente iniciou-se em 2005, com lucros que mal chegavam a dois milhões de dólares. No entanto, neste ano os rendimentos superarão os 16 milhões, segundo ilustrou o servidor público.Na opinião de Julián Llaguno, também ministro conselheiro, o México poderia ampliar a comercialização no Japão e chegar a outros mercados asiáticos, como as Filipinas, Tailândia, Índia, China, Malásia e Indonésia, tendo em conta a qualidade das ofertas.
Os especialistas na América do Norte Froylán Gracia e Ernesto Maldonado têm opinião similar, pois calcula-se que as importações estadunidenses de alimentos orgânicos superam os seis bilhões de dólares anuais e as do Canadá chegam dois bilhões.Com mais de 240 mil hectares, o México ocupa o quarto lugar em termos de superfície na América Latina, dedicado ao cultivo orgânico, e é um dos principais comercializadores da região, segundo indicou Gabriel Padilla, coordenador geral de Promoção Comercial e Fomento às Exportações no setor agropecuário.



domingo, 5 de setembro de 2010

A Zâmbia será a anfitriã da segunda Conferência Africana de produtos Orgânicos.

Em 2012, a Zâmbia será a anfitriã da segunda Conferência Africana de produtos Orgânicos. A conferência será organizada pela OPPAZ (Organic Producers and Processors Association of Zâmbia) em colaboração com os atores locais e internacionais. A OPPAZ nomeou uma comissão para iniciar o processo. A primeira reunião da comissão para desenvolver o roteiro para sediar a conferência teve lugar no dia 16 jul de 2010 na sede da OPPAZ.
Várias organizações, como a União Africana e do recém-criado Southern Africa Participatory Guarantee Network (SAPNet) indicaram disposição para serem parceiros nesta conferência.A OPPAZ estende o convite a outras entidades interessadas em participar e apoiar o processo. A conferência deverá reunir cerca de 500 participantes, incluindo representantes de governos, instituições inter-governamentais, agências das Nações Unidas, ONGs nacionais e internacionais, setor privado, universidades e instituições de pesquisa.


Fonte:http://www.oppaz.org.zm/

sábado, 4 de setembro de 2010

Na Espanha os produtos orgânicos não são afetados pela crise econômica

A crise econômica está poupando a indústria orgânica na Espanha, isto é comprovado pelos bons resultados das cadeias de varejistas especializados, como o grupo de supermercados Veritas, dedicado à distribuição no varejo de produtos da agricultura orgânica, confirmou sua posição de liderança na Espanha neste segmento específico.
O grupo catalão Ecoveritas apresentou um volume de negócios consolidado de 9,6 milhões de euros para o primeiro semestre de 2010, um aumento de 15,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, a empresa espera um aumento nas vendas para o segundo semestre de 2010. No ano passado, em um contexto fortemente marcado pela crise, o distribuidor de produtos orgânicos registrou um volume de negócios de € 17.000.000, um aumento de 20%.
Hoje, a cadeia de supermercados totaliza 20 lojas localizadas em Barcelona (15 pontos), Granollers, Sant Cugat, Castelldefels, Manresa e Sitges, oferecendo uma gama de mais de 4000 produtos alimentares provenientes da agricultura orgânica, dos quais 400 são comercializados sob a "marca Veritas" . A empresa emprega 170 pessoas. A cadeia de supermercados Veritas foi fundada em 2002 para democratizar o consumo de produtos orgânicos, todos os estabelecimentos estão localizados na comunidade histórica da Catalunha.



sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Bebida Completa


Referência nacional na produção de alimentos orgânicos, a Vitalin apresenta o inovador Quinoa Shake Orgânico Sabor Chocolate, uma nova opção de bebida saudável e nutritiva para o cardápio do dia-a-dia. O Quinoa Shake Orgânico Vitalin destaca as valiosas propriedades nutricionais da quinoa em uma bebida cremosa e saborosa, ideal para compor o café da manhã e o lanche da tarde.
Reconhecida pela ONU como “um dos alimentos mais completos do planeta”, a quinoa dos Andes é um grão rico em aminoácidos essenciais, fibras, proteínas e vitaminas, além de substâncias relacionadas ao desenvolvimento da inteligência, à rapidez de reflexos e a funções como a memória e o aprendizado – além disso, possui alta concentração de ferro, com fácil absorção pelo organismo. Benefícios agora aproveitados na forma de uma bebida saborosa e de fácil preparo: basta adicionar duas colheres de sopa (20g) de Quinoa Shake em um copo com 200 ml de leite frio ou leite de soja, com 2 cubos de gelo e bater por dois minutos no liquidificador ou mixer - não é necessário adoçar.
Movida pelo desejo de introduzir alimentos saudáveis e funcionais, como a linhaça dourada, o amaranto e a quinoa, a Vitalin vem investindo com sucesso na diversificação das formas de consumo destes alimentos para conquistar o consumidor brasileiro. Recentemente a empresa lançou o seu primeiro Achocolatado Orgânico e o desenvolvimento do Quinoa Shake é mais um passo nesta saudável direção, onde ingredientes mais nutritivos podem substituir o consumo de bebidas mais tradicionais, como achocolatados e milk-shakes – sem estar necessariamente associado às dietas de redução de peso.
A certificação orgânica Ecocert do produto garante a qualidade e o respeito ao meio ambiente, oferecendo ainda mais saúde e prazer no consumo da bebida. Já a formulação sem glúten e sem lactose permite o consumo do shake por pessoas portadoras de alergia a estas duas substâncias.
Localizada em Jaraguá do Sul (SC), a Vitalin se dedica à produção de alimentos naturais e funcionais, voltados para a saúde e o bem estar, comercializados em todo o Brasil.


Fonte:www.vitalin.com.br

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fazendas de produção orgânica têm alimentos mais saudáveis


Estudo da Universidade do Estado de Washington, Estados Unidos, mostra que fazendas que produzem alimentos orgânicos causam menos danos ao solo e suas frutas ficam mais saborosas e nutritivas. John Reganold, professor de Ciência do Solo da universidade, é o responsável pela pesquisa e publicou um artigo na revista online PLoS ONE. As informações são do site Science News .
Foram analisadas 31 fazendas produtoras de alimentos, nas quais as propriedades e o DNA do solo, o gosto, os nutrientes e a qualidade das frutas foram observadas. "Este estudo trará avanço sobre o que sabemos de sustentabilidade e benefícios da produção orgânica", disse Reganold ao Science News. "A qualidade é alta, o produto é saudável, não são necessários pesticidas", completou.
Nunca anteriormente haviam sido pesquisadas as diferenças entre tantos fatores de alimentos orgânicos e que sofreram uso de pesticidas. Fazendas dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia foram observadas durante o estudo. Além de Reganold, Preston Andrews, professor de Horticultura da universidade, participou da pesquisa.
As frutas orgânicas também sobressaíram sobre as outras na variedade de propriedades químicas e biológicas, como absorção de carbono, nitrogênio, atividades enzimáticas e micronutrientes.Já os solos que são tratados de forma menos prejudicial possuem maior diversidade genética, que se torna importante para a resistência do solo e ajuda em processos biológicos.