A polícia italiana desmantelou uma quadrilha de falsificadores de alimentos orgânicos. Sete suspeitos foram presos em várias cidades, cinco proprietários de empresas. Além disso, 2.500 toneladas de produtos falsificados foram apreendidas. O grupo criminoso é acusado de ter vendido mais de 700.000 toneladas de produtos orgânicos falsos – dentre eles, soja, milho para alimentação animal e trigo - durante anos, com um total de cerca de 220 milhões de euros, em vários países europeus. A quantidade pode ser menor, no entanto, uma vez que as empresas sob investigação venderam os mesmos produtos várias vezes uns aos outros para torná-los menos rastreáveis. A maioria dos produtos era importada da Bulgária e da Romênia.As matérias-primas dos alimentos foram adquiridas através de empresas na Romênia e na Itália, de acordo com um relatório no jornal alemão Welt. Os produtos, em seguida, foram declarados como "orgânicos", usando documentos falsos e então vendidos a preços mais elevados.
A AssoBio, a associação italiana de processadores de orgânicos confirmou: "É tudo verdade, infelizmente". As fraudes ocorreram em um período entre 2007 e 2009. O setor orgânico italiano tem pedido ao Ministério da agricultura por um longo tempo que lance um banco de dados em que todas as transações de produtos orgânicos sejam registradas prontamente, evitando assim possíveis fraudes mesmo quando tendo arquiteturas complexas. No mês passado a FederBio, a Federação italiana do setor orgânico, decidiu que, se o Ministério não atender a este pedido, ela vai começar seu próprio banco de dados, combinando-os com todos os organismos de controle e permitindo com isto um cruzamento imediato.
O setor da agricultura orgânica foi informado sobre o inquérito e colaborou ativamente com os investigadores. A FederBio confirma seu pleno apoio ao trabalho da Guardia di Finanza e ao Tribunal de Justiça de Verona e no caso de outras responsabilidades adicionais foram surgindo chamar a intervenção imediata do Ministério da agricultura, que autoriza e supervisiona os organismos de controle.A FederBio confirma sua intenção de interpor processos cíveis contra aqueles que agiram de forma desonesta e, assim, contribuíram para causar danos à indústria de orgânicos.
Fonte: http://www.assobio.it/
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