sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Fórum do Mercado Orgânico 2012

A importância dos mercados orgânicos na Europa Central e Oriental está crescendo. Tanto quanto o mercado de vendas, bem como o mercado de compra dos novos Estados-Membros europeus, bem como seus vizinhos do Leste tem cada vez mais relevância. Neste contexto, o Fórum do Mercado Orgânico será o evento chave da indústria para o setor agro alimentar ecológico na Europa Central e Oriental. O fórum será realizado em Varsóvia / Polônia de 7 a 9 de Maio de 2012.
Diferente da sua edição anterior, a conferência e exposição serão realizadas em um dia. A compressão do programa simplificará a participação de mais empresas. Para garantir que a oferta não será restrita para os participantes interessados, uma pré-conferência e a tradicional oficina serão realizadas em 7 de Maio de 2012. Em 9 de Maio de 2012, serão oferecidas excursões para fazendas, transformadores e varejistas. Na presente edição da conferência, os participantes vão explorar a área fora de Varsóvia pela primeira vez.


Fonte: http://www.organic-marketing-forum.org/

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Produção orgânica agrega 15 mil agricultores brasileiros

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é responsável pela regulamentação e cadastro de todos os produtores orgânicos do Brasil que hoje já chegam a cerca de 15 mil agricultores no banco de dados. Os alimentos orgânicos são produzidos baseados em princípios agroecológicos que contemplam o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais. A lista de produtos cadastrados inclui os primários, os itens processados e os industrializados à base de orgânicos. Segundo o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, esse crescimento é positivo e tende a ser contínuo. “Quanto mais produtos primários forem regulamentados, haverá mais processados orgânicos. Este aumento gera estabilidade e agrega valor aos produtos”, afirma.
Desde 1º de janeiro de 2011, os produtos orgânicos brasileiros só podem ser comercializados se estiverem identificados com o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SISOrg). A identificação foi regulamentada em 2010 e tornou-se obrigatória no primeiro dia deste ano. O selo foi escolhido por meio de uma consulta pública e é impresso nas embalagens de produtos orgânicos devidamente certificados pelo Ministério da Agricultura.
Em 2011 também foi registrado o primeiro produto fitossanitário para a agricultura orgânica, assinado pelo Mapa depois de uma análise em conjunto com os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. O Brasil deseja ser referência em produtos biológicos de controle de pragas e pretende montar uma delegação de especialistas para discutir o tema junto a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, sigla em inglês) em 2012.


Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Instituto para certificação da agricultura orgânica no Espírito Santo terá selo do Inmetro

Depois de tentar digerir a informação de que está em segundo lugar no ranking dos maiores consumidores de agrotóxicos do País, o Estado do Espírito Santo agora está comemorando a instalação do Instituto Chão Vivo, com o objetivo de certificar propriedades voltadas ao exercício da agricultura orgânica. Trata-se da sétima certificadora do Brasil. A meta da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) é certificar 100 propriedades na agricultura capixaba. No mercado estadual, está sendo registrado o aumento de 20% ao ano no consumo de orgânicos.
O instituto, que tem o apoio da Seag, ganhou o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e do Ministério da Agricultura. O Chão Vivo é válido para fiscalizar e qualificar com o selo as propriedades que praticam a agricultura “in natura”, tanto no Espírito Santo como em outros Estados. Segundo informações da assessoria da Seag, a criação do instituto reduz custos para agricultores locais, inclusive o custo final do produto nas prateleiras dos supermercados. O selo promove mais segurança para produtores e consumidores e estimula um mercado cada vez mais livre de agrotóxicos, ou seja, mais sustentável, preservando o meio ambiente.
Antes da institucionalização do selo, a certificação no Estado era realizada pela Associação Chão Vivo, que também promovia assistência técnica de propriedades orgânicas. A criação do instituto se adaptou às normas da Lei Federal N.º 10.831/2003, por meio do Decreto N.º 6.323/2007, que determina a fiscalização de áreas de produção orgânica.Para habilitar sua propriedade aos critérios orgânicos, o agricultor deve, inicialmente, contratar um fiscal para verificar a propriedade e emitir o selo.
Outro caminho é o Sistema Participativo de Garantia (SPG), que exige que o agricultor trabalhe em grupo, por meio de associações ou cooperativas. Caso já tenha a documentação pronta, o proprietário envia o material para o Ministério da Agricultura que, por sua vez, tem o dever de fiscalizar para, em seguida, liberar o certificado. O valor do documento varia entre R$ 1,2 mil e R$ 1,5 mil, dependendo do tamanho da propriedade e das atividades realizadas. Outro caminho de certificação é a Organização de Controle Social (OCS), que estabelece o grupo como forma de trabalho e o consumidor como fiscalizador. O consumidor sabe a procedência dos produtos, que são vendidos em feiras ou mercados. Neste caso, o Ministério da Agricultura, exige que o grupo seja ligado à agricultura familiar.

Campanha permanente

O Brasil ganhou o título de bicampeão mundial em consumo de venenos agrícolas. Somente na compra de agrotóxicos são gastos mais de R$ 10 bilhões por ano. Cerca de 50 organizações sociais do País apoiam a Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxico e pela Vida. No Espírito Santo, representações de entidades como Via Campesina, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento Mulheres no Campo, Associação dos Programas em Tecnologias Alternativas (APTA) são alguns exemplos.


Fonte: http://www.seculodiario.com.br

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Um estudo revelou que o ketchup feito de tomates orgânicos contém níveis mais elevados de polifenóis

Um estudo científico revelou que o ketchup feito de tomates cultivados organicamente contém níveis mais elevados de polifenóis que o ketchup feito de tomates convencionais. Polifenóis são moléculas funcionais de origem vegetal com benefícios de saúde comprovados para os seres humanos, relata a Universidade de Barcelona. O estudo focalizou a análise bioquímica e metabolômica de uma gama de ketchups de diversas marcas.
De acordo com este novo estudo, o sistema agrícola em que são cultivados os tomates afeta os níveis de compostos bioativos e outros metabolitos encontrados nos ketchups comercialmente disponíveis. A primeira autora do estudo, Anna Vallverdú-Queralt, explica que outros estudos têm usado a analise metabolômica para verificar as alterações em tomates causadas por mutações. Aplicando esta metodologia para seu estudo, eles foram capazes de fazer as primeiras observações de diferenças entre ketchups comerciais feitos a partir de tomates orgânicos e convencionais.

O estudo concluiu que os polifenóis são os principais diferenciais marcadores entre os produtos que contêm tomates cultivados organicamente ou convencionalmente. Os resultados mostram que o ketchup feito de tomates cultivados organicamente contém níveis mais elevados de flavonóides, de compostos polifenólicos, flavanones e ácidos fenólicos, biomoléculas com propriedades antioxidantes e protetores dos efeitos do envelhecimento das células no corpo humano.



Fonte: http://www.ub.edu

domingo, 25 de dezembro de 2011

Paraíba é o maior produtos de orgânicos do Nordeste, diz Sebrae-PB

Atualmente a Paraíba conta com aproximadamente 40 feiras que vendem hortaliças e frutas orgânicas. O crescimento no consumo de produtos sem agrotóxicos fez com que a Paraíba se tornasse o maior estado produtor de produtos orgânicos do Nordeste, segundo as pesquisas do Sebrae Paraíba.Há 15 anos a funcionária pública Marinalva Gomes consome produtos orgânicos e para abastecer a casa com os produtos ela frequenta duas feiras orgânicas por semana em João Pessoa. "O sabor das frutas e verduras é completamente diferente porque não leva produto químico nenhum. O preço é um pouco mais caro do que os produtos normais, mas vale muito a pena", disse.
De acordo com o consultor do Sebrae Newton de Novais Filho, são 350 famílias cadastradas no Ministério da Agricultura (Mapa), que somam 149 hectares de área plantada, além de duas grandes fazendas, que produzem orgânicos para abastecer os supermercados de Campina Grande e João Pessoa.O estado é responsável ela produção de tomate, cenoura, cebola, pimentão, inhame, macaxeira, batata, hortaliças como alface e frutas como abacaxi, mamão, maracujá e banana. O consultor explicou que uma das principais produtoras da Paraíba é a fazenda Tamanaduá, em Santa Terezinha, que tem 2,5 mil hectares. “Ainda temos produtores na Zona da Mata, em Jararaú, Rio Tinto, Pedras de Fogo, Alhandra e Pitimbu, e na Serra da Borborema, em Remígio, Lagoa Seca e Alagoa Seca”, explicou.
Segundo um estudo recente divulgado pelo Mapa, o brasileiro consome mais agrotóxico do que qualquer outro país no mundo: cerca de 5 litros por ano. Além disso, os adubos químicos usados em plantações tradicionais contêm sais hidrosolúveis, o que aumenta o teor de água nos vegetais, reduzindo o sabor e a durabilidade. A segurança no consumo dos orgânicos é outro diferencial em relação aos produtos tradicionais, já que sua produção tem fiscalização e acompanhamento dos órgãos de saúde. Para o gestor do projeto de olericultura (criação de hortaliças) do Sebrae, Pablo Queiroz, à medida que a população se conscientiza em relação aos benefícios do consumo de vegetais sem agrotóxicos, o mercado cresce.


Fonte: http://g1.globo.com

domingo, 18 de dezembro de 2011

Papinha 100% orgânica muda vida de famílias de Campo Grande

Quem diria que o nascimento de uma criança mudaria a vida de mais de 60 famílias. O pequeno Guilherme fez isso. É que ele foi o responsável por sua mãe, Anahi Philbois, ter a inovadora ideia de criar a O Baby, uma papinha 100% orgânica – a primeira do mercado brasileiro – e movimentar uma cadeia que, hoje, está melhorando diretamente a vida de, pelo menos, 63 famílias de agricultores orgânicos de Campo Grande."Quando engravidei fiquei preocupada com a minha alimentação, comecei a consumir produtos orgânicos e, quando meu filho nasceu, quis continuar oferecendo alimentos assim pra ele.
Como não havia nada do tipo no mercado, comecei a criar as receitas", conta Anahi.
Atualmente, existem duas marcas de papinha orgânica no Brasil, porém, são congeladas, de mais difícil manuseio, já que não podem, por exemplo, acompanhar o bebê nos passeios e viagens, por serem extremamente perecíveis. A criada por Anahi, com a ajuda de especialistas em alimentos, é inédita, não tem nenhum aditivo químico e, em temperatura ambiente, dura até 24 meses.E como ela fez isso? Empreendendo. Anahi é dentista mas se tornou empresária e foi atrás de toda ajuda possível para tornar o alimento do filho disponível a outros bebês.
"Procurei o Sebrae, fui em busca de orientação. Aproveitei toda ajuda que existe hoje para quem quer abrir um negócio em termos de cursos e consultorias e comecei na Incubadora Municipal", disse.
Todo o processo de desenvolvimento dos seis sabores que estão na linha de produção demorou em torno de um ano e meio e isso mexeu com a vida de muita gente. O gerente da comissão de comercialização da Organocoop, Vanderlei Fernandes, que o diga. Os 63 produtores de orgânicos da cooperativa de Campo Grande ganharam novos horizontes na atividade.
"Ela nos trouxe garantia de venda e renda. Antes vendíamos nossa produção apenas na feira e, mais recentemente começamos com a merenda escolar. Mas, neste próximo ano, só a fábrica de papinhas vai representar 40% de toda nossa comercialização", calcula.Por conta da dificuldade de encontrar produtos orgânicos certificados, Anahi fechou parceria exclusiva com a cooperativa. A partir de 2012, eles devem fornecer, por mês, cerca de cinco toneladas de frutas e verduras, entre elas banana, abobrinha, couve, cebolinha, beterraba – tudo com a rastreabilidade exigida pelo selo de certificação de orgânicos.
Na fábrica, outros quatro empregos diretos chegarão a produzir por mês 40 mil unidades do produto.
Já foram fechados contratos com rede de farmácias, supermercados e uma loja de produtos naturais. E o objetivo é de, daqui para frente, só crescer já que mercado não falta para a única papinha 100% orgânica do Brasil que não tem a necessidade de refrigeração. E, ao contrário do que muitos pensam, a O Baby não é muito mais cara que a comum, custa entre R$ 2,10 e R$ 2,40, enquanto que, as normais, são vendidas hoje, em Campo Grande, com valores entre R$ 1,90 e R$ 7.



Fonte:http://www.correiodoestado.com.br

sábado, 17 de dezembro de 2011

Ministério certifica novos produtores de orgânicos no Rio Grande do Norte

A Feira Agroecológica de Mossoró, projeto desenvolvido por uma parceria entre o Sebrae no Rio Grande do Norte e a prefeitura local, vai vender produtos de mais 11 pequenos agricultores. Eles receberão a certificação em Produção Orgânica, como Organismo de Controle Social – Venda Direta, concedida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A entrega dos certificados, acontecerá neste sábado (17), às 8h, no Largo do Museu Lauro da Escócia. Com a certificação, a Feira Agroecológica de Mossoró contará com 38 integrantes.
Além de aumentar a oferta de produtos agroecológicos, livres de insumos químicos, a concessão dos certificados proporciona renda aos produtores rurais, que passam a cultivar também para vender, além do que já plantam para subsistência. Todos os produtores que integram a feira receberam as terras por meio de projetos de reforma agrária. Durante a cerimônia de certificação, serão contemplados produtores de Mulunguzinho, Serra Mossoró, Lagoa de Xavier, Recanto da Esperança, Boa Fé, Paulo Freire, e Favela. Os documentos atestam a procedência dos produtos comercializados, que seguem o padrão de produção e qualidade exigido pelo Ministério da Agricultura.
“A certificação em produção orgânica dá direito aos produtores de venderem direto ao consumidor. São produtos diferenciados, que trazem uma série de benefícios ao consumidor. Não têm agrotóxicos. Isso agrega valor e melhora a renda dos produtores”, explica o consultor do Sebrae no Rio Grande do Norte, Roberto Brígido. A Feira Agroecológica de Mossoró funciona todos os sábados, desde 2007. Entre os produtos comercializados atualmente estão frutas típicas da região, hortifrutigranjeiros, além de mel, castanha, e doces. O Projeto de Feiras Agroecológicas do Sebrae no Rio Grande do Norte atende também os municípios de Natal, Macaíba, Ceará-Mirim e São José do Mipibu.


Fonte: http://revistapegn.globo.com

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Grupo exportador de orgânicos movimenta US$ 87 milhões em 2011

O Projeto Organics Brasil, que reúne 74 empresas exportadoras de produtos e serviços do segmento orgânico, fechou 2011 com US$ 87 milhões em negócios realizados ou fomentados em feiras internacionais e missões comerciais.O resultado é inferior ao de 2010, quando foram exportados o equivalente a US$ 108,2 milhões.Segundo Ming Liu, coordenador-executivo da entidade, o mercado interno fortalecido e o câmbio favorável para investimentos compensaram as incertezas econômicas nos tradicionais clientes de orgânicos – americanos e europeus. “Parte dos produtores voltou a sua produção para o mercado interno”, diz ele.
Para 2012, a estratégia da Organics Brasil é montar ações de apresentação dos produtos de seus associados para distribuidores e empresas do Canadá, Argentina, Portugal, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Emirados Árabes, África do Sul e Árabia Saudita.


Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Assentamentos produzem uva orgânica 28,5% mais barata que convencional

Os assentamentos rurais localizados Na Grande São Paulo têm mostrado que é possível produzir alimentos orgânicos com preços atrativos. A colheita deste ano estimada em 7 mil caixas de 3 quilos de uva, produzida sem agrotóxicos, será vendida a R$ 5 o quilo, enquanto o preço da uva convencional gira em torno de R$ 7 o quilo no mercado.
É a uva da reforma agrária, que será comercializada por meio de uma rede de solidariedade envolvendo vários sindicatos e organizações da sociedade civil e escoará a produção do assentamento federal Dom Pedro Casaldáliga, em Cajamar, do assentamento estadual Dom Tomás Balduíno, em Franco da Rocha, do acampamento Irmã Alberta, em São Paulo, e do Centro de Formação Campo e Cidade, em Jarinu. Juntos estes assentamentos somam as 7 mil caixas a serem vendidas, mas a demanda da rede de solidariedade é de pelo menos 10 mil caixas.No assentamento Dom Pedro Casaldáliga, em Cajamar, esta é a segunda safra e deve render 600 caixas.
Por enquanto, seis famílias plantaram videiras. Almerinda Marques Almeida e seu filho Gilmar Marques Almeida cultivam mil pés de uva. "O resultado foi muito bom", comemora Almerinda. Ela já plantou outras 350 videiras, que devem começar a produzir no ano que vem. Flávio Barbosa de Lima, uma das lideranças do assentamento, acredita que, com o bom resultado desta safra, outros produtores vão aderir à viticultura. Um deles é José Roberto Alves da Silva. "Quero plantar pelo menos mil pés de uva", planeja. Ele já pratica a agricultura orgânica: plantou 70 pés de berinjela usando apenas esterco como adubo e ficou satisfeito com a colheita. No preparo do solo para o plantio da uva, os assentados dispensaram produtos químicos e utilizaram apenas torta de mamona e pó de osso.
O combate às pragas foi feito com uma solução de sulfato de cobre. Os assentados também evitam carpir entre as videiras. "Esse mato em volta é diversidade e evita a proliferação de pragas", explica Lima. "Nem formiga atacou. Só tivemos perdas com os pássaros, mas, mesmo assim, eu não cheguei a perder nem dez cachos de uva". Lima faz as contas e chega à conclusão de que só o assentamento de Cajamar será capaz de produzir 10 mil caixas no futuro. "Se cada uma das 30 famílias assentadas plantar um hectare de uva, vamos ter aproximadamente 60 mil pés. Com isso, podemos chegar a 10 mil caixas ou mais", calcula.Além da uva, os agricultores do assentamento Dom Pedro cultivam outras espécies frutíferas, como banana, limão e jaca E toda a produção é agroecológica, seguindo os princípios do desenvolvimento sustentável. A partir do ano que vem, a comunidade espera começar a fornecer produtos para a alimentação escolar em Cajamar.


Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Congresso Brasileiro debate agroecologia e produção orgânica

A Agroecologia e a Produção Orgânica estarão na pauta das discussões do VII Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), de 12 a 16 de dezembro, em Fortaleza, no Ceará. A organização do evento aguarda mais de 4 mil congressistas para as palestras, debates, seminários e minicursos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai participar dos debates do evento promovido pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA)“É o maior fórum que temos pra discutir a Agroecologia pela visão acadêmica. É uma possibilidade enorme de conversar e ampliar a discussão com todo o setor”, afirma Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério.
Durante a programação do evento, representantes de vários ministérios vão debater as estratégias para a construção de uma política para envolver o setor público e privado. Além disso, será colocada em pauta a necessidade de se incluir a Agroecologia na grade das instituições de ensino.Temas como “Sociedade e Segurança Alimentar: desafios para a Agroecologia”, “Políticas Públicas para a Agroecologia” e “Economia ecológica e ecologia política: contribuições para a Agroecologia” serão tratados nos paineis.
Nesta segunda-feira (12), serão realizados 12 minicursos sobre agroecologia. Entre os assuntos das oficinas está o Sistema Agrossilvipastoril, também conhecido como Integração lavoura-pecuária-floresta, que busca alternar pastagem com agricultura e floresta em uma mesma área. Essa é uma das técnicas inclusas no Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). O governo pretende aumentar a utilização do sistema em 4 milhões de hectares e evitar que entre 18 e 22 milhões de toneladas equivalentes de CO2 sejam liberadas.


Fonte: http://www.sonoticias.com.br

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O mercado de cosméticos orgânicos alemão está crescendo continuamente.

O mercado de cosméticos naturais alemão está crescendo continuamente. Após o crescimento de 11% e vendas de 795 milhões de euros em 2010, peritos atualmente esperam um crescimento para 2011 – isso apesar da atual situação econômica global. Isso significa que a marca de 800 milhões de euros poderão ser sensivelmente superadas pela primeira vez. A variedade no mercado de cosméticos verde também está crescendo. Os consumidores estão se tornando cada vez mais críticos e exigem produtos autênticos, seguros e manufaturados de forma sustentável. Os consumidores de hoje estão cada vez mais usando a Internet e os meios de comunicação sociais como uma plataforma de informação e de intercâmbio de pontos de vista. A indústria de cosméticos clássica tem também recentemente começado a investir mais neste segmento.
O dinâmico crescimento do segmento de mercado de cosméticos naturais na França continua, conforme relatado pelo perito Jeanne Christiansen, Diretor de Marketing do Groupe Léa natureza AS na Conferência de cosméticos naturais em Berlim, neste ano. Até poucos anos atrás, cosméticos de origem natural ainda eram um nicho de mercado, agora, os clientes estão oferecendo taxas de crescimento de cerca de 30% para esses produtos. O alcance do cliente está se desenvolvendo rapidamente: 7% das mulheres francesas compraram cosméticos naturais em 2007, cerca de 25% em 2010.
O gasto per capita anual em cosméticos na França é de cerca de 230 euros. Os cerca de 4% do mercado total detida por cosméticos naturais fez com que o mercado francês seja o segundo maior da Europa. Canais de vendas importantes são os supermercados e farmácias, cada vez mais as chamada para-farmácias também. Considerando que as lojas especializadas em orgânicos dependem da qualidade testada, valores éticos e sustentabilidade de seus produtos, o aspecto orgânico faz o caminho para a eficácia em farmácias e para-farmácias e os preços e imagem desempenham um papel principal nos supermercados. O desenvolvimento do mercado de cosméticos naturais continuará a ser emocionante no futuro também. Novos produtos, conceitos e fabricantes de todo o mundo vão apresentar seus produtos na Vivaness, uma exposição no centro de Nuremberg de 15 a 18 de fevereiro de 2012.


Fonte: http://www.vivaness.de/en/

domingo, 11 de dezembro de 2011

Fast food orgânico: empresa lança linha de alimentos de pronto consumo

A Mãe Terra, empresa paulista que, desde 1979, comercializa alimentos orgânicos e naturais, entrou no varejo há dois anos com produtos prontos para consumo. Eles estão distribuídos em 18 linhas e pretendem ganhar o público com salgadinhos sabor milho e pizza, sopas instantâneas, macarrão tipo lámen, barrinha de cereais, entre outros. A estratégia é fornecer alimentos isentos de aditivos e conservantes artificiais, mostrando que o natural tem sabor e – por que não? – pode ser prazeroso. A mudança no rumo dos negócios veio com os sócios Alexandre Borges e Marília Rocca, que compraram, há três anos e meio, a fábrica dos antigos donos.
Eles já eram conhecedores da marca na posição de consumidores. Mas, ao adquiri-la, se deram conta da necessidade do reposicionamento dela no mercado. A dupla trabalhou com um dado bastante significativo. Hoje, 80% da cesta de compras dos brasileiros em supermercados é composta de itens de pronto consumo. E não há nenhuma oferta semelhante na linha de orgânicos, cujo setor concentra 80% de suas vendas em frutas, legumes e verduras. Borges e Marília perceberam de imediato o vácuo no mercado. “Existe o consumidor, mas não o produto”, comenta Borges. A falta da mercadoria chega a ser um contrassenso, já que a comercialização de produtos ecológicos aumenta cada vez mais.
Estima-se que o segmento movimente US$ 250 milhões por ano no país. A mudança no foco da empresa contou com fortes desafios. O primeiro deles foi criar os tais alimentos para competir com as chamadas junk foods (comidas que levam aditivos químicos em demasia para durar, no mínimo, seis meses). Para isso, foi necessário desenvolver uma linha de produtos naturais com maior tempo de prateleira, em torno de quatro meses, e que precisou passar pelos critérios rigorosos da certificadora. Depois, foi desvincular a marca da categoria “natureba”. A meta da empresa é ficar o mais longe possível desse rótulo, associado à comida saudável, porém insossa.

No mercado

Mas o maior esforço da Mãe Terra é tirar seus produtos das gôndolas de comida orgânica e colocá-los ao lado dos concorrentes tradicionais. “Não tem sido fácil”, confessam eles. Os fornecedores convencionais, com maior escala de produção, têm poder de barganha nos supermercados. “Acabam escolhendo onde e como seus produtos serão expostos”, comenta Marília. Apesar da disputa nada fácil, a dupla tem conseguido seus feitos. O arroz integral da marca já é encontrado no corredor dos grãos convencionais. “Significa aumento de 20% nas vendas”, informa Borges. O mesmo aconteceu com o macarrão instantâneo disposto ao lado de outros tipos de lámen, como o tradicional miojo.
Uma nova estratégia também foi colocada em prática neste ano. A Mãe Terra conta com a parceria de nove pequenos distribuidores para oferecer a linha de produtos em 18 mil pontos de venda, como restaurantes, escolas, lanchonetes, padarias e lojas de conveniência. Na maioria das vezes, modernizar uma marca é tarefa mais difícil que criá-la. Mas esses dois empreendedores não temem desafios. Marília participou da fundação e da direção da Endeavor no Brasil, entidade formada para garimpar e apoiar empresários promissores. Borges foi criador do site de comércio eletrônico Flores Online e da Significa, empresa que elaborava ações sustentáveis para grandes marcas, como a Natura, e que mais tarde foi vendida para um grupo americano. Colegas na época da faculdade de administração, o reencontro deles aconteceu por meio da sociedade em um segmento completamente diferente do que sempre atuaram.

No campo

Para conquistar o público, composto essencialmente de consumidores urbanos, eles têm no campo a origem dos produtos fabricados pela Mãe Terra. Cerca de 100 agricultores, de várias regiões, são responsáveis pelo fornecimento da matéria-prima para a empresa.
Da Região Sul são recebidos os grãos; do Norte e Nordeste as castanhas e o cacau; e do Sudeste vem o açúcar. “No futuro, queremos utilizar produtos cada vez mais brasileiros, como babaçu, baru e mandioca, na linha de alimentos”, contam. Lidar com esse universo não é um mundo completamente desconhecido para eles. Borges e Marília nasceram no interior de São Paulo em uma época na qual urbano e rural não tinham fronteiras bem definidas. Talvez seja por isso que os dois prefiram se reunir na fábrica sob a sombra de uma mangueira para traçar estratégias nada modestas para a companhia.


Fonte: http://revistagloborural.globo.com

sábado, 10 de dezembro de 2011

Produtos orgânicos falsos encontrados na Itália

A polícia italiana desmantelou uma quadrilha de falsificadores de alimentos orgânicos. Sete suspeitos foram presos em várias cidades, cinco proprietários de empresas. Além disso, 2.500 toneladas de produtos falsificados foram apreendidas. O grupo criminoso é acusado de ter vendido mais de 700.000 toneladas de produtos orgânicos falsos – dentre eles, soja, milho para alimentação animal e trigo - durante anos, com um total de cerca de 220 milhões de euros, em vários países europeus. A quantidade pode ser menor, no entanto, uma vez que as empresas sob investigação venderam os mesmos produtos várias vezes uns aos outros para torná-los menos rastreáveis. A maioria dos produtos era importada da Bulgária e da Romênia.As matérias-primas dos alimentos foram adquiridas através de empresas na Romênia e na Itália, de acordo com um relatório no jornal alemão Welt. Os produtos, em seguida, foram declarados como "orgânicos", usando documentos falsos e então vendidos a preços mais elevados.
A AssoBio, a associação italiana de processadores de orgânicos confirmou: "É tudo verdade, infelizmente". As fraudes ocorreram em um período entre 2007 e 2009. O setor orgânico italiano tem pedido ao Ministério da agricultura por um longo tempo que lance um banco de dados em que todas as transações de produtos orgânicos sejam registradas prontamente, evitando assim possíveis fraudes mesmo quando tendo arquiteturas complexas. No mês passado a FederBio, a Federação italiana do setor orgânico, decidiu que, se o Ministério não atender a este pedido, ela vai começar seu próprio banco de dados, combinando-os com todos os organismos de controle e permitindo com isto um cruzamento imediato.
O setor da agricultura orgânica foi informado sobre o inquérito e colaborou ativamente com os investigadores. A FederBio confirma seu pleno apoio ao trabalho da Guardia di Finanza e ao Tribunal de Justiça de Verona e no caso de outras responsabilidades adicionais foram surgindo chamar a intervenção imediata do Ministério da agricultura, que autoriza e supervisiona os organismos de controle.A FederBio confirma sua intenção de interpor processos cíveis contra aqueles que agiram de forma desonesta e, assim, contribuíram para causar danos à indústria de orgânicos.


Fonte: http://www.assobio.it/

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Equipamentos irão impulsionar a venda de orgânicos no MS

Segundo dados da Anvisa, o pimentão foi o alimento que mais apresentou contaminação por agrotóxico, 91% da quantidade avaliada em todo o Brasil no ano passado. A mesma pesquisa apontou que em 2009, quase oito mil pessoas no país foram diagnosticadas com intoxicação por excesso de agrotóxicos em frutas, legumes e verduras, o que pode causar até câncer. Para mudar esta realidade em Mato Grosso do Sul, produtores rurais da região tem se dedicado, cada vez mais ao plantio e a comercialização de produtos orgânicos com a prática da agricultura agroecológica, ou seja, sem utilização de produtos nocivos à saúde humana.
Depois de passarem por capacitação para um melhor manejo do solo, 272 produtores rurais das cidades de Campo Grande, Sidrolândia, Jaraguari, Terenos e Bandeirantes receberam na última quarta-feira, 7 de dezembro kits para comercialização de hortaliças, frutas e verduras por meio do projeto PAIS – Produção Agroecológica Integrada e Sustentável. A iniciativa é uma parceria entre o Sebrae, a Fundação Banco do Brasil, prefeituras municipais e Banco do Brasil por meio do DRS (Desenvolvimento Regional Sustentável). Durante o evento, prefeitos municipais e representantes das entidades parceiras e prefeitos assinaram termo de concessão de uso dos equipamentos de comercialização. Segundo o documento, as respectivas prefeituras serão responsáveis pela administração dos materiais por cinco anos e devem apresentar plano de trabalho de utilização dos itens. Após este período, todos os equipamentos serão doados às associações e cooperativas dos municípios.
O kit entregue reúne balanças, aventais, barracas e caixas plásticas; equipamentos para auxiliar na comercialização dos produtos em feiras e sacolões das cidades. “Na feira de Bandeirantes faltava estrutura para melhor adequação dos produtos durante a venda, o que será sanado com a entrega das barracas e demais materiais”, diz o prefeito do município, Flávio Gomes. O diretor de desenvolvimento econômico do meio ambiente e turismo de Terenos, André Borges, representaram o prefeito do município, Beto Pereira. Segundo André, a agricultura agrega 60% da economia da cidade. “Com a entrega dos kits, haverá um desenvolvimento no setor econômico municipal”, avalia o diretor. A ideia de ampliação da economia também foi compartilhada pelo prefeito de Jaraguari, Valdemir Nogueira de Souza. “Esta etapa é um progresso para os produtores rurais de todo o Estado e melhoria para cada um dos municípios contemplados”. Além dos equipamentos, Campo Grande e Sidrolândia receberam ainda caminhão com capacidade de 5.500kg e seguro do veículo.
“O caminhão vai ajudar no escoamento dos produtos até o local de venda”, destaca o prefeito de Sidrolândia, Daltro Fiuza. Segundo o prefeito da Capital, Nelson Trad Filho, o agronegócio no País faz parte da cultura dos antepassados e o incremento de tecnologias visa ao desenvolvimento no setor. “Este ano, o Brasil não teve o crescimento esperado, mas o índice só não ficou negativo devido aos números do agronegócio, daí a entendermos a importância deste setor para o Brasil na economia nacional e também na subsistência”, analisa o prefeito. Os dados de comercialização do projeto PAIS em 2011 apontam que 78% da produção no Estado foi revertida para venda, enquanto 12% foi destinada ao consumo próprio. Os números ainda são baixos, segundo analisa o presidente do conselho deliberativo do Sebrae/MS e presidente da Famasul, Eduardo Riedel. “Mais de 70% dos produtos vendidos em MS ainda são importados de outros Estados. Esta parceria visa justamente ao aumento da produção regional para abastecer os consumidores locais”, conclui Riedel.
A parceria também foi destacada pelo superintendente do Banco do Brasil, Luíz Alves Pordeus Júnior. “A junção dos parceiros é uma importante ferramenta na melhoria da qualidade da produção da receita estadual e no aumento da renda dos produtores rurais”. Exemplo disso é Geraldo Cachoeira, produtor rural da cidade de Terenos, que fechou a produção de 2011 com R$ 28 mil. “Recorde na produção anual, o que significa melhoria na auto-estima”, destacou “seo” Geraldo. O diretor técnico do Sebrae, Tito Estanqueiro, lembra que o aumento da renda dos produtores é devido ao estudo da parceria que diagnosticou os melhores lugares para a comercialização dos produtos. “Antes a produção era utilizada somente para a subsistência, agora virou fonte de renda familiar”. A comercialização, de acordo com o presidente da Organocop - Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Agricultura Familiar de Campo Grande, Osmar Schossler, era o gargalo da produção na agricultura. “Agora os órgãos públicos estão voltados para os pequenos produtores e esta parceria atende às necessidades da nossa categoria”, afirma. Projeto - O Projeto PAIS teve início em Mato Grosso do Sul há cinco anos com foco na melhoria de vida dos produtores rurais do Estado.
Para aprender o cultivo livre de agrotóxico eles tiveram auxílio na escolha da melhor área de plantio, formas de diminuir custos e manejo para produtos agroecológicos. Dos produtores rurais que recebem os kits, 70% já comercializam a própria produção e vende os produtos em feiras e sacolões, o que garante renda mensal de até R$ 1 mil. Até agora, mais de cinco mil consultorias de assistência monitoramento e de avaliação foram realizadas; além de 51 capacitações; 48 reuniões de sensibilização e de monitoramento e 25 visitas técnicas e dias de campo. Em 2010, 119 produtores dos municípios citados participaram do processo de certificação para orgânicos, este ano mais 100 estão em processo de adequação ao cultivo.


Fonte: http://www.msnoticias.com.br

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Alimentos orgânicos beneficiam agricultores de Caraglio, na Itália

Lucio Martino
Os principais combustíveis de nosso corpo são ar, água e alimentos. E estes combustíveis devem ser da melhor qualidade. Respirar ar contaminado por anos seguidos, como fazem os que trabalham em minas subterrâneas, provoca sérias doenças respiratórias. Beber água insalubre é uma das principais causas da alta taxa de mortalidade infantil. E que tal comer alimentos temperados com agrotóxicos e pesticidas? A médio e longo prazo, esta atitude cobrará um preço do organismo.Durante toda a história da humanidade e até a metade do século passado, os alimentos cresciam apenas com adubos naturais.
Nossos avós e avôs foram criados somente com alimentos orgânicos. Mas, na década de 1960 e 1970, os Estados Unidos lançaram a “Revolução Verde”. Para salvar o mundo das fomes, era preciso modernizar a agricultura, utilizar sementes híbridas com fertilizantes sintéticos e combater pragas com pesticidades e herbicidas. A quantidade de alimentos no mundo cresceu. Muito. Mas e a qualidade?
O movimento para retornar a uma agricultura sem produtos químicos teve início na Europa. O inglês Lord Northbourne criou o termo “agricultura orgânica” em seu livro “Look to the Land” (1940), no qual ele promove o conceito da fazenda como “organismo vivo”. Trazer fertilizantes de fora, como produtos químicos, rompe o processo de equilíbrio do solo. A ideia vingou: Europa e EUA deslancharam a produção de alimentos orgânicos a partir dos anos 1970.
Na Itália, segundo país europeu a consumir produtos orgânicos (depois da Áustria), o nome mais usado é “biológico”. Em um país reconhecido como uma das melhores culinárias do planeta, a qualidade das verduras, legumes e frutas fazem parte da boa reputação nacional. Por isso, quando fomos convidados a visitar a fazenda Cascina Rosa (Quinta Vermelha) no Piemonte, aceitamos para poder aprender mais sobre o tema.
Lucio Martino e Paola Gradoni moram em Caraglio, na província de Cuneo. “Quando nos casamos em 1987, deixamos a cidade e viemos para o campo. Tínhamos apenas uma parcela de 1/3 de hectare (3 mil metros quadrados). Nossa intenção era plantar alimentos biológicos, sem venenos”, afirma Lucio. Hoje o casal e um dos três filhos gerenciam 7 hectares de terra, onde cultivam 23 espécies de hortaliças e frutas. “O preço da terra subiu muito, um hectare custa hoje 60 mil euros (150 mil reais). Por isso, precisamos diversificar e plantar produtos que possam ser consumidos in natura e também em conservas”.
É o caso dos pimentões amarelos e vermelhos. São vendidos frescos nas feiras de produtos naturais e nos supermercados da região e o excedente é transformado em um apetitoso antipasto. Paola comanda o laboratório onde as conservas e os doces são preparados. Seis senhoras da região utilizam seus conhecimentos culinários para preparar cerca de 50 produtos diferentes, de compotas a biscoitos. Lucio também possui mais de 100 colméias espalhadas pela propriedade. Além de ajudar a polinizar os cultivos, as abelhas produzem um mel de flores tratadas de forma orgânica, sem presença de pesticidas e herbicidas. Uma vantagem da agricultura orgânica é indiscutível: o sabor dos produtos é mais pronunciado. “Nossas maçãs, peras, framboesas e amoras possuem um perfume incomparável”, diz Lucio. “Unimos o bom sabor da mesa com uma vida mais saudável. O cliente paga uma pequena diferença, mas adquire um produto de melhor qualidade.”
A chácara também é autosuficiente em energia elétrica. Placas fotovoltáicas colocadas nos telhados produzem 16kW, o necessário para atender ao consumo da casa, do escritório, dos galpões, da cozinha e até mesmo de uma câmera frigorífica. Lucio também instalou um novo sistema de irrigação por gotejamento e agora usa apenas 10% a 20% da quantidade de água que utilizava antes. “O mais importante é nosso compromisso com a proteção da natureza do Piemonte”, afirma o agricultor. “Não usamos sementes geneticamente modificadas, fertilizantes químicos e agrotóxicos.” Lucio e Paola fazem parte de um crescente grupo de protetores do planeta que resolveram aplicar suas lutas por um mundo mais saudável ao cotidiano do campo. A cada ano que passa, este mercado aumenta. Nos Estados Unidos, a comercialização de alimentos orgânicos em 2010 chegou a 26,7 bilhões de dólares. Em todo o mundo, as vendas teriam ultrapassado a marca dos 60 bilhões de dólares. É um negócio promissor: é bom para a terra que é bem tratada, bom para os pequenos agricultores que podem viver de um trabalho nobre e bom para o consumidor que adquire alimentos mais saudáveis.


Fonte: http://colunas.epoca.globo.com

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Agricultura vai contar com sistema interno para avaliação de conformidade

Técnicos do Governo do Estado, cooperativas e representantes de empresas ligadas ao ramo da agricultura familiar se reuniram, nesta segunda-feira (5), na sede do Sebrae/AL, para tratar da constituição do Sistema Participativo de Garantia (SPG), que visa a ampliação de acesso ao mercado dos produtos orgânicos por meio da avaliação gratuita de conformidade. O sistema é uma iniciativa do Arranjo Produtivo Local (APL) Laranja no Vale do Mundaú – coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e pelo Sebrae/AL – em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).
Na ocasião, ficou determinada a criação de uma comissão especializada para a concessão de certificação orgânica para os produtos dos agricultores, que, segundo a gestora do APL, Leila Flávia, passarão a ter maior credibilidade no mercado. A partir de uma avaliação do cultivo dos alimentos sem agrotóxico pelos Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade Orgânica (Opacs), os produtos receberão ou não o aval da comissão, que deve ser formada por profissionais qualificados, aprovados por seleção. Para a gestora do APL Laranja no Vale do Mundaú, a ação representa uma grande oportunidade de desenvolvimento econômico para os pequenos negócios e para a agricultura familiar.
“Não será mais necessária a contratação de serviço terceirizado. O agricultor familiar terá um serviço disponibilizado pelo Governo do Estado, que não vai precisar pagar pelo processo de certificação, e garantirá maior eficiência e facilidade de venda no mercado”, explicou Leila Flávia.No início do mês passado, 25 técnicos estaduais e de empresas da área participaram de capacitação para a sistematização do SPG e formação da comissão. Nos próximos dias 19 e 20, os mesmos órgãos se reunirão para dar continuidade ao processo de definição dos parâmetros do projeto.


Fonte: http://aquiacontece.com.br

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Franquias apostam no mercado verde como tendência de negócios

O carro chefe do mercado verde são os produtos orgânicos. E agora o setor de franquias também já aposta na sustentabilidade como uma tendência de negócio. A previsão é de um crescimento no setor de 7% no Brasil até 2020.Só no ano passado, os produtos orgânicos movimentaram mais de R$ 350 milhões no Brasil. É hoje um dos mercados que mais crescem no país. A tendência verde ganhou adeptos por toda a parte. Da agricultura mais saudável, sem agrotóxicos, até os cosméticos e produtos de higiene e limpeza.
O empresário Ricardo Cruz entrou neste mercado há 3 anos. Ele é dono de uma rede de franquias verde que fabrica produtos 100% naturais. Tudo a base de plantas. São cosméticos, suplementos alimentares, materiais de limpeza e até produtos para animais de estimação.“O grande prazer é você ter um negócio que você gosta de fazer, um negócio que você vende e tem prazer, as pessoas voltam, aí trazem mãe, trazem filho, pai, essas coisas”, diz Cruz.O investimento inicial foi de R$ 1,5 milhão, além de 2 anos de pesquisas na área de sustentabilidade e no desenvolvimento da marca.
A primeira franquia foi aberta no ano passado e funciona como loja modelo. Os produtos ficam expostos em prateleiras.Na linha de suplementos a franquia oferece opções que vão desde capsulas de aloe vera com vitaminas indicadas para desintoxicar o organismo, até produtos específicos para atletas, e bebidas naturais, como um suco, uma combinação de 12 frutas naturais da Amazônia e cereais e colágeno, ideal para ser consumido entre as refeições.
Os cosméticos também fazem sucesso e estão entre os mais vendidos pela franquia. “Ele é muito mais concentrado, então dá para a gente sentir a diferença muito mais fácil”, diz Daniela Enjoji, consumidora.A rede tem 4 lojas. Uma em Brasília e três no estado de São Paulo. O empresário Wilton Bezerra é um dos franqueados. Ele investiu no negócio há um ano. Gastou R$ 100 mil. E hoje, já fatura R$ 35 mil por mês.“O que me deu segurança numa franquia foi justamente a estrutura. Você não tem aquele risco de um negócio inicial, que você vai empreender, e começa do nada”, diz o franqueado.
São 3 modalidades de franquias. O investimento é a partir de R$ 12,5 mil para quem quiser trabalhar em casa, e pode chegar a R$ 140 mil para lojas de até 50 metros quadrados. “Nos dois primeiros anos, nós pretendemos colocar 200 franquias no território nacional, e cumprir as 800 franquias em seis anos”, revela Cruz.Há 5 anos, a chef de cozinha Claudia Mattos prepara receitas saborosas com ingredientes fresquinhos em seu restaurante. Parte deles colhida na horta que ela mesma planta. São verduras, beterrabas, cebolinhas e até flores. “A gente garante que eles são orgânicos, que os produtos que a gente usa aqui são orgânicos, principalmente com as flores”, explica.O investimento para montar o restaurante foi de R$ 200 mil. As receitas são criadas por Claudia e preparadas na cozinha.Cada dia o cardápio traz uma receita diferente e bem saudável.
Um dos pratos preferidos entre os clientes é o baião de dois, diferente do tradicional. No lugar da carne vermelha entra uma alga. O feijão é o do tipo azuki, de gosto meio adocicado e de fácil digestão.As mesas ficam em um espaço repleto de verde. Quem vem almoçar até esquece que está no meio da atribulada cidade de São Paulo. “É como você tirasse umas pequenas férias no meio do dia. Você relaxa, respira, como uma comida bem feita”, afirma Maria Zulmira de Souza, que freqüenta o local.
O restaurante serve 25 almoços por dia. O preço de uma refeição é de R$ 30. Hoje, o faturamento médio da empresa é de R$ 12 mil por mês. E para o ano que vem, a expectativa é muito boa, crescer cerca de 10%. “A gente foi galgando tudo isso. As pessoas não sabiam o que era, não valorizavam o produto. Hoje já percebo uma grande diferença, as pessoas vêm porque sabem que a gente trabalha com orgânicos”, afirma.


Fonte: http://g1.globo.com

domingo, 4 de dezembro de 2011

Dinamarca: Novo recorde de exportações de orgânicos

Pelo quinto ano consecutivo, foi verificado na Dinamarca, um aumento nas suas exportações de orgânicos. As exportações mais do que triplicaram nos últimos quatro anos. As exportações atingiram 115 milhões de euros em 2010, um aumento de 15% se comparado com 2009.
"O setor orgânico na Dinamarca está crescendo e ao mesmo tempo as vendas de consumo no mercado interno estão também aumentando. Nós somos um país onde as pessoas compram mais produtos orgânicos, e a Dinamarca tem o mercado orgânico mais desenvolvido do mundo,"diz Klaus Bentzen, Gerenciador de exportação de orgânicos na Dinamarca. "O potencial para produtos orgânicos dinamarquês é enorme, uma vez que o mercado orgânico continua a crescer globalmente. Ele está praticamente em todos os grupos de produtos. Carne, leite e ovos são os mais importantes grupos de produtos orgânicos. Novo investimento do governo na promoção de exportação de orgânicos nos ajudará a expandir as exportações ainda mais." A Dinamarca tem levado suas empresas de produtos orgânicas para uma série de promoções importantes para exportação, especialmente na Alemanha e na Suécia. O próximo grande evento será a BioFach em Nuremberg em fevereiro de 2012.
A Alemanha é o país mais importante para a Dinamarca em termos de exportação, comprando 44% dos produtos orgânicos dinamarqueses, e os produtos lácteos e ovos com 49% foram as mais importantes categorias de produtos orgânicos em 2010. Randi Kock, gerente geral da Friland, um dos maiores produtores de carne orgânica do mundo, quer mais agricultores dinamarquês convertendo-se para orgânico: "o crescimento poderia ter sido muito maior para os nossos produtos se tivéssemos acesso a vários ingredientes dinamarqueses. Assim todos nós precisamos ajudar a garantir condições para os fabricantes criarem uma base mais sólida das matérias-primas para usar o enorme potencial de exportação."
Com uma participação de 36%,as frutas e legumes dominaram as importações de produtos orgânicos. O segundo maior grupo foram os cereais com 15%, enquanto as importações de alimentos para animais representaram 9%. Klaus Bentzen explica as razões para o aumento das importações: "as importações foram crescentes, mas abaixo do nível de 2008. O aumento é uma conseqüência natural da conscientização ecológica se espalhando nas famílias mais e mais”.


Fonte: http://www.organicdenmark.dk/

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Agricultores de produtos orgânicos de MS recebem equipamentos

Agricultores de Bandeirantes, Campo Grande, Sidrolândia, Jaraguari e Terenos recebem equipamentos para auxiliar na melhor comercialização de seus produtos orgânicos. Os kits são parte do projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais).São 272 produtores beneficiados com balanças, aventais, barracas, caixas plásticas e caminhões (para alguns, somente) que serão entregues diretamente às Prefeituras, mediante o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na quarta-feira (7), em cerimônia que começa às 8h.
As mercadorias são hortaliças, frutas e verduras. A iniciativa é uma parceria do Sebrae com a Fundação Banco do Brasil, Banco do Brasil, Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) e prefeituras municipais.O pais teve início em Mato Grosso do Sul há cinco anos com foco na melhoria de vida dos produtores rurais do Estado, onde tiveram auxílio para escolha da melhor área de plantio, formas de diminuir custos e melhorias para a produção de produtos agroecológicos, ou seja, sem agrotóxicos, focando a proteção ambiental.Conforme assessoria do Sebrae, mais de cinco mil consultorias de assistência monitoramento e de avaliação foram realizadas; além de 51 capacitações, 48 reuniões de sensibilização e de monitoramento e 25 visitas técnicas e dias de campo.


Fonte: http://www.capitalnews.com.br

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Agricultura orgânica em ascensão na Bulgária

Mercado de agricultores búlgaros
A área dedicada ao cultivo orgânico na Bulgária aumentou aproximadamente 10 vezes desde 2008,foi o que anunciou o Ministério da agricultura e alimentos do país recentemente na Conferência " Finanças da agricultura Orgânica na Europa" em Sofia. O número de subsídios absorvidos sob o atual programa de Desenvolvimento Rural é baixo, embora a agricultura orgânica esteja aumentando.
Algumas das culturas orgânicas mais comuns na Bulgária são nozes, avelãs e amêndoas. A lavanda ocupa cerca de 10% da área plantada com produtos orgânicos, de acordo com relatórios da Focus Information Agency. O número de apicultores orgânicos aumentou 40% desde 2008. No final de 2010, 820 fazendas orgânicas foram ativadas na Bulgária, um aumento de 75% em 2009.


Fonte: Focus Information Agency