Cada vez mais os alimentos orgânicos – produzidos sem agrotóxicos e outras substâncias químicas – ganham espaço no supermercados e feiras livres. As empresas brasileiras, que antes exportavam seus produtos para o exterior, estão de olho, agora, no mercado interno.“É muito mais difícil para o exportador brasileiro colocar o produto acabado no mercado internacional, porque isso envolve investimento e promoção da marca. Com isso, as empresas voltaram a focar o mercado interno”, disse Ming Liu, coordenador executivo do projeto Organics Brasil presente na Biofach.A feira, a maior do mundo em seu gênero, prossegue até sábado (19/02) em Nurembergue, na Alemanha, e tem a presença de 2.522 expositores de 85 países. Ainda de acordo com Liu, o mercado brasileiro de orgânicos está passando por um processo de crescimento.
Ele cita que, de 2009 para 2010, somente no Pão de Açúcar, a maior rede de supermercados do Brasil que trabalha com produtos orgânicos, houve um crescimento de 40%.Outro sinal de que o mercado interno continua em alta é o aparecimento de redes de produtos naturais de redes não convencionais, mas especializadas em orgânicos. “Essas lojas acabam se tornando um importante ponto de distribuição”, complementou.De acordo com Liu, o mercado brasileiro de produtos orgânicos está de bola cheia, porque cada vez mais as pessoas têm buscado produtos da linha saudável. “E aí os orgânicos acabam sendo beneficiados, porque eles estão na categoria do produto light, diet, sem glúten. É um nicho que acaba beneficiando também o produto orgânico”.
Selo
Com a recente regulamentação, que entrou em vigor no país em 1º de janeiro deste ano, todos os produtos orgânicos brasileiros precisam ter, obrigatoriamente, o selo do Ministério da Agricultura atestando que se trata de um produto orgânico.Seguindo as tendências de outros países onde houve a regulamentação, “os produtos vão crescer de forma bastante forte” prevê o coordenador executivo do projeto Organics Brasil. “Isso faz uma grande diferença para o consumidor, porque é um atestado de credibilidade”.O selo só pode ser usado após empresas ou produtores passarem por um processo de acreditação pelos certificadores. Além disso, eles precisam ser auditados e acreditados oficialmente pelo Inmetro.
Preço alto
O alto preço dos orgânicos – não só no Brasil, mas também na Alemanha – assusta o consumidor. Este sempre foi um grande obstáculo aos orgânicos, cujo preço é influenciado, em grande parte, pela logística e pelo volume produzido, explicou Liu.Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Ming Liu diz que criação de selo deve aumentar venda de produtos orgânicosMas a educação da população é um importante fator para se entender o alto preço desses produtos: “O consumidor tem que saber dos seus benefícios para a saúde, já que não tem produtos químicos nem agrotóxicos. Além disso, tem que saber que há uma preocupação ambiental e social que envolve toda a cadeia de produção”.Segundo Liu, hoje, o consumidor procura saber o que há atrás desses produtos, quais as comunidades beneficiadas. “A questão do preço, então, passa a ser secundária”, salienta.
Cosméticos naturais
As grandes novidades brasileiras na Biofach deste ano são os cosméticos que têm em seus ingredientes ativos frutas como açaí e laranja produzidas organicamente. “O setor de cosméticos tem crescido de forma substancialmente forte nos últimos anos. Cada vez mais a indústria tem buscado princípios ativos naturais na fabricação de produtos de beleza”, contou Liu.E as empresas brasileiras se beneficiam deste “boom”, através de acordos com grandes multinacionais de cosméticos. Com isso, o Brasil tem uma grande vantagem, já que seu mercado de cosméticos convencionais é o segundo maior do mundo.“Dentro dessa realidade, há uma inclusão cada vez maior de produtos à base de alimentos na indústria de beleza, isso é uma tendência”, conclui.
Fonte: http://correiodobrasil.com.br
Selo
Com a recente regulamentação, que entrou em vigor no país em 1º de janeiro deste ano, todos os produtos orgânicos brasileiros precisam ter, obrigatoriamente, o selo do Ministério da Agricultura atestando que se trata de um produto orgânico.Seguindo as tendências de outros países onde houve a regulamentação, “os produtos vão crescer de forma bastante forte” prevê o coordenador executivo do projeto Organics Brasil. “Isso faz uma grande diferença para o consumidor, porque é um atestado de credibilidade”.O selo só pode ser usado após empresas ou produtores passarem por um processo de acreditação pelos certificadores. Além disso, eles precisam ser auditados e acreditados oficialmente pelo Inmetro.
Preço alto
O alto preço dos orgânicos – não só no Brasil, mas também na Alemanha – assusta o consumidor. Este sempre foi um grande obstáculo aos orgânicos, cujo preço é influenciado, em grande parte, pela logística e pelo volume produzido, explicou Liu.Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Ming Liu diz que criação de selo deve aumentar venda de produtos orgânicosMas a educação da população é um importante fator para se entender o alto preço desses produtos: “O consumidor tem que saber dos seus benefícios para a saúde, já que não tem produtos químicos nem agrotóxicos. Além disso, tem que saber que há uma preocupação ambiental e social que envolve toda a cadeia de produção”.Segundo Liu, hoje, o consumidor procura saber o que há atrás desses produtos, quais as comunidades beneficiadas. “A questão do preço, então, passa a ser secundária”, salienta.
Cosméticos naturais
As grandes novidades brasileiras na Biofach deste ano são os cosméticos que têm em seus ingredientes ativos frutas como açaí e laranja produzidas organicamente. “O setor de cosméticos tem crescido de forma substancialmente forte nos últimos anos. Cada vez mais a indústria tem buscado princípios ativos naturais na fabricação de produtos de beleza”, contou Liu.E as empresas brasileiras se beneficiam deste “boom”, através de acordos com grandes multinacionais de cosméticos. Com isso, o Brasil tem uma grande vantagem, já que seu mercado de cosméticos convencionais é o segundo maior do mundo.“Dentro dessa realidade, há uma inclusão cada vez maior de produtos à base de alimentos na indústria de beleza, isso é uma tendência”, conclui.
Fonte: http://correiodobrasil.com.br
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