Os supermercados são a grande fonte de produtos orgânicos ao consumidor brasileiro, seguidos a alguma distância por lojas especializadas e feiras típicas. Dados pesquisados pela ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados e divulgados nesta quinta-feira pela Bio Brazil Fair revelam um crescimento de 8% em sua comercialização nos supermercados, alcançando R$ 1,12 bilhão em 2011. O departamento de economia da ABRAS também realizou recortes regionais de informações de seus associados, demonstrando que esses estabelecimentos no estado do Rio de Janeiro comercializaram R$ 64 milhões em produtos orgânicos durante o ano passado.
“O mercado de orgânicos nos supermercados tem apresentado um crescimento constante, com grande incremento de produtos, deixando de se limitar aos tradicionais hortifrutis. Nas grandes redes, a sua participação no faturamento é da ordem de 0,3% e tende a crescer nos próximos anos”, afirma o presidente da Abras, Sussumu Honda.Com um crescimento de área plantada em média de 30% ao ano, segundo o Embrapa, a agricultura orgânica e ecológica dá outros sinais de vigor no Brasil. “Há sete anos, na primeira edição da Bio Brazil Fair, reunimos cerca de 160 expositores e um público de 9 mil pessoas”, lembra Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, “na edição de 2011, foram mais de 220 expositores e 22 mil visitantes.
Nesses anos, o perfil da feira se transformou de uma maioria de produtores de flvs (frutas, legumes e verduras) para uma maioria de produtos processados, de maior valor agregado”, conta Abdala.A Bio Brazil Fair é gratuita, aberta ao público e, de 24 a 27 de maio em São Paulo, reunirá desde produtores de vinho, azeites e molhos do sul do País até fabricantes de cosméticos à base de açaí, guaraná e andiroba, extraídos de forma sustentável da Amazônia. Além disso, será palco para discussões entre os principais especialistas do segmento na programação do 8º Fórum Brasileiro de Agricultura Orgânica.Representando o Rio na Bio Brazil Fair estão as empresas Dr. Orgânico, EcoBrás, Reserva Fólio, Rudá e Sítio do Moinho, além da associação sediada no estado, a Sociedade Nacional da Agricultura.
Consumidor
O comprador típico de orgânicos é mulher, acima de 30 anos, possui alta escolaridade, e busca neles acima de tudo a saúde. Suas principais queixas são: o preço, a dificuldade em encontrá-los e a falta de variedade nas opções. O perfil estatístico foi traçado em 2011 pela Organic Services, baseado em quase 2 mil entrevistas em pontos de venda de sete capitais brasileiras.Uma outra avaliação da pesquisa ABRAS reflete que a adaptação do varejo às demandas desse consumidor típico trazem resultados: quase 90% das vendas de orgânicos são feitos por empresas de grande porte, com faturamento maior que R$ 100 milhões – 60% pelas de faturamento maior que R$1 bilhão.
É possível inferir que tais redes ofereçam maior variedade de produtos e constituam uma fonte perene de orgânicos, em contraposição ao varejo itinerante. E entre os grandes players, é raro encontrar alguma loja que não tenha já uma seção específica para orgânicos. Somando as ações promocionais, festivais ou até pela criação de marcas próprias para explorar esse segmento, os supermercados reúnem elementos essenciais para alimentar essa demanda crescente do consumidor brasileiro por orgânicos, e assim o têm feito.
Fonte: http://www.revistafator.com.br
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