quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mato Grosso tem maior área do Brasil para os orgânicos

Mato Grosso é o estado que possui a maior área cultiva com produtos orgânicos do Brasil. O título só agrega valor à vocação agropecuária do Estado, que é o maior produtor nacional de grãos e fibras em escala comercial. Conforme dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), são 622,85 mil hectares destinados à produção de alimentos produzidos sem o uso de agrotóxicos e adubos de síntese química. Neste nicho de mercado consumidor destacam-se a carne bovina e castanha-do-pará. Os dados foram divulgados ontem, pelo Mapa, durante a 8ª Semana dos Alimentos Orgânicos e referem-se à produção do mês de maio. Segundo o levantamento, o Brasil tem uma área de 1,5 milhão de hectares e 11,5 mil unidades de produção controlada ligadas ao sistema produtivo de orgânicos, como fazendas e estabelecimentos de processamento. 
Destes, 691 estão em Mato Grosso. Além de Mato Grosso, os estados que possuem as maiores áreas desse tipo de agricultura são Pará (602,6 mil hectares), seguido por Amapá (132,5 mil ha), Rondônia (36,7 mil ha) e Bahia (25,7 mil ha). Em relação à quantidade de unidades de produção controlada, os maiores são Pará (3,3 mil), Rio Grande do Sul (1,2 mil), Piauí (768), São Paulo (741) e Mato Grosso (691). A região Norte (778,8 mil ha e 3,8 mil unidades de produção) é a que possui a maior área dedicada à agricultura orgânica, seguida por Centro-Oeste (650,9 mil ha e 1,1 mil), Nordeste (79,8 mil ha e 2,9 mil), Sul (24,8 mil ha e 2,3 mil) e Sudeste (19,1 mil ha e 1,2 mil). 
 O ministério pretende divulgar os dados de produtividade a partir do segundo semestre. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Erikson Chandoha, o Mapa está implantando um sistema de gerenciamento onde serão lançadas informações quanto às expectativas de produção. Em Mato Grosso, os produtos orgânicos mais representativos são a carne bovina e a castanha-do-brasil. Já no Pará, destaque para o cacau, dendê, açaí e castanha-do-brasil. Os dados foram levantados pelo Departamento de Agroecologia da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Mapa.

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