domingo, 13 de setembro de 2009

Samambaia africana retira arsênico de solo contaminado


O termo fitoremediação (do grego phyton = planta) aplica-se à utilização de plantas com a finalidade de remover ou minimizar substâncias tóxicas do ambiente. Os recursos naturais vem sendo cada vez mais ameaçados, resultante de impactos advindos de atividades antrópicas. As substâncias geradas pelas atividades humanas incluem compostos orgânicos e inorgânicos como hidrocarbonetos, pesticidas e solventes, além de elementos-traço como Arsênio e Mercúrio.
A implantação da prática do que se convencionou chamar de "fitorremediação" surgiu há pelo menos uma década, no contexto da biotecnologia como método alternativo econômico e de menor impacto negativo ao meio. Nos EE.UU. estão sendo investidos mais de u$s 100 milhões em fitoremediação. No Brasil, pode-se dizer que a busca por metodologias alternativas tende a crescer, como decorrência de exigências sociais e órgãos ambientais como a "Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - CETESB".
A escolha da estratégia depende da natureza química e propriedades do contaminante além da aptidão ecológica de cada espécie; existem plantas para todos os tipos de ambiente: Solo seco, pedregoso, brejoso, clima muito quente ou muito frio entre outros fatores. O plantio de vegetais remediadores pode ser efetuado de forma isolada ou em pequenos agrupamentos.
Como todos os métodos remediadores há, porém, algumas limitações quanto a sua aplicabilidade, cabendo-se ressaltar duas delas: A profundidade da área de tratamento que é determinada pelas partes inferiores da planta (raiz, rizoma), além da obtenção lenta de resultados, respeitando o ciclo de vida de cada espécie.
Uma espécie de samambaia é capaz de absorver arsênico - um metal altamente tóxico e cancerígeno, que contamina o solo e água, podendo até matar. Esta samambaia, cujo nome científico é Pteris vittata, é originária da África, mas ocorre no mundo todo, inclusive no Brasil. Ela é o que os cientistas chamam de "hiperacumulador" e concentra em sua folhagem até 126 vezes mais arsênico do que a quantidade encontrada no solo. Por essa razão, um grupo de pesquisadores de universidades estaduais da Flórida e da Geórgia, nos EUA, acredita que ela pode ser usada para limpar resíduos tóxicos no solo. Desta forma, essa samambaia funcionaria como um "bioremediador", ou seja, um organismo capaz de eliminar substâncias nocivas do ambiente.

Um comentário:

  1. Ola parábens pelo seu blog, peguei diversas dicas, pois estamos retomando um sitio, e gostariamos de produzir tudo orgânico,teria alguma dica de troca de sementes orgânicas, agradeço

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