O impacto do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana vem sendo tratado como uma das principais prioridades de toda a comunidade científica ao redor do planeta, particularmente nos países em desenvolvimento onde estes agentes químicos são amplamente utilizados na produção agrícola. Os países em desenvolvimento representam 30% de todo o mercado global consumidor de agrotóxicos, sendo o Brasil o maior mercado consumidor individual dentre estes países, equivalente à metade de todo o consumo da região latino-americana.
O uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil – assim como em outros países da América Latina – resulta em níveis severos de poluição ambiental e intoxicação humana, uma vez que grande parte dos agricultores desconhecem os riscos a que se expõem e, conseqüentemente, negligenciam algumas normas básicas de saúde e segurança no trabalho. Alguns estudos que avaliaram a exposição ocupacional e ambiental a agrotóxicos no Brasil registraram índices de intoxicação que variam de 3% a 23% das populações estudadas.
O uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil – assim como em outros países da América Latina – resulta em níveis severos de poluição ambiental e intoxicação humana, uma vez que grande parte dos agricultores desconhecem os riscos a que se expõem e, conseqüentemente, negligenciam algumas normas básicas de saúde e segurança no trabalho. Alguns estudos que avaliaram a exposição ocupacional e ambiental a agrotóxicos no Brasil registraram índices de intoxicação que variam de 3% a 23% das populações estudadas.
Se aplicarmos o menor percentual encontrado (3%) ao número de trabalhadores rurais registrados no país – aproximadamente 18 milhões, dados de 1996 – o número aproximado de indivíduos contaminados por agrotóxicos no desenvolvimento de atividades de trabalho no país seria de 540.000 trabalhadores ano, com 4.000 mortes.
Diversos fatores inter-relacionados atuam como determinantes da amplificação e da redução do impacto que cada uma das vias acima detalhadas pode acarretar sobre a saúde das populações humanas, tais como:
Diversos fatores inter-relacionados atuam como determinantes da amplificação e da redução do impacto que cada uma das vias acima detalhadas pode acarretar sobre a saúde das populações humanas, tais como:
a) o baixo nível de escolaridade;
b) a falta de uma política de acompanhamento/aconselhamento técnico mais eficiente;
c) as práticas exploratórias de propaganda e venda, por parte das indústrias produtoras e centros distribuidores de agrotóxicos;
d) o desconhecimento de técnicas alternativas e eficientes de cultivo;
e) a pouca atenção dada ao descarte de rejeitos e de embalagens;
f) a utilização/exposição continuada dos agrotóxicos;
g) o teor eminentemente técnico do material informativo disponível às populações rurais;
h) as dificuldades de comunicação entre técnicos e agricultores;
i) ausência de iniciativas governamentais eficientes para prover assistência técnica continuada aos trabalhadores rurais;
j) a falta de estratégias governamentais eficientes para o controle da venda agrotóxicos.
Fonte:Ciênc. saúde coletiva v.12 n.1 Rio de Janeiro jan./mar. 2007
Era de se esperar que a baixa escolaridade viesse em primeiro lugar nessa lista.
ResponderExcluirOs pobres agricultores muitas vezes não sabem ler ou interpretar o que está escrito e sem um bom treinamento colocam a vida dos outros e a si mesmos em risco.
Muito bom o post. Um alerta do que tem sido pouco cuidado.
Abraços.