Responsável por 2,5% do comércio global de alimentos e bebidas, o mercado de produtos orgânicos triplicou suas vendas em oito anos, passando da faixa de US$ 15 bilhões, em 1999, para US$ 46 bilhões, em 2007. A expectativa é atingir em 2050 o patamar de US$ 210 bilhões. Os dados revelados no estudo "A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade - Setor de Negócios", divulgado em julho deste ano, pela Organização das Nações Unidas (ONU), indicam o amplo potencial de expansão desse segmento, que tornou-se alvo de investimentos estratégicos de grandes redes supermercadistas nacionais e mundiais. No Ceará, as vendas do segmento crescem até 40% ao ano.
Há 15 anos investindo nesse nicho de mercado, o Grupo Pão de Açúcar oferece hoje mais de 750 itens orgânicos em suas lojas, sendo possível aos consumidores dessa modalidade de alimentos, comporem todas as suas refeições com produtos orgânicos, entre frutas, verduras, legumes e processados, mercearia, além de laticínios, congelados, carnes e padaria. Nos hipermercados Extra, a rede montou ilhas especiais que, além de produtos, trazem também vídeos e materiais informativos sobre os benefícios da alimentação orgânica.
Principais produtos
Segundo a gerente de Orgânicos do Grupo Pão de Açúcar, Sandra Caires Sabóia, dentre toda variedade de itens ofertados, os campeões de venda ainda são as folhagens (alface), os legumes (cenoura e tomate) e frutas (banana). "As vendas no segmento de orgânicos, incluindo todas as categorias disponíveis, crescem cerca de 40% ao ano nas lojas do Grupo Pão de Açúcar. Em 2009, o faturamento foi de R$ 58 milhões. Nossa expectativa era atingir esse patamar apenas em 2012. Para 2010, a meta é crescer mais 40% ante o ano anterior", estima.
De acordo com ela, para o Grupo, que está presente em 18 estados brasileiros, São Paulo é o maior mercado consumidor de orgânicos da empresa. "Mais de 65% de todo volume de frutas, verduras e legumes orgânicos vendidos pelo Grupo saem das nossas lojas paulistas", observa Sandra Sabóia, para quem a participação desses itens dentro do total das vendas da seção é de 3%. A marca própria Taeq, lançada em 2006 pelo Pão de Açúcar, conta com quase 300 itens orgânicos, entre frutas, legumes, verduras e a linha de mercearia com azeite, geleias, mel e atomatados, entre outros.
O segmento é uma das apostas da marca, que registrou um aumento de 40% no ano passado. "Hoje, 20% das vendas de Taeq vem do pilar Orgânico", diz Isadora Sbrissa de Campos, gerente da Taeq. O Carrefour dispõe também de uma linha de orgânicos - a marca própria "Viver", que engloba mais de 300 itens em seu portfólio, com seis categorias de produtos: Light, Diet, Mais, Soja, Zero e Orgânico.
Fazem parte da lista produtos como mel, café, chá, soja em grãos, palmito e feijão. No setor de Frutas, Legumes e Verduras orgânicas, o sortimento inclui alface, rúcula, banana, morango, entre outros. As folhagens orgânicas como alfaces e misturas de folhas higienizadas são os produtos mais vendidos, segundo a empresa. Em seguida, com venda significativa, estão o açúcar e o palmito orgânico. A perspectiva do Carrefour para 2011 é de um crescimento médio de 20% nas vendas do segmento. No Bompreço, da rede Walmart, o incremento das vendas de orgânicos na área de hortifruti (frutas, verduras e legumes) já chega a 30% este ano em relação a 2009.
Mix ampliado
O mix de itens orgânicos que era de 150 produtos, em novembro do ano passado, saltou para mais de 350 em fevereiro deste ano. Em maio, a empresa chegou a 530 itens. No início de julho, o Walmart contabilizou mais de 1.400 itens orgânicos em seu sortimento entre hortifruti (frutas, legumes, verduras, ervas medicinais etc.), produtos de mercearia (sucos, café, açúcar, chás, grãos, vinho etc.). Além de mercadorias na seção de perecíveis (carnes, leite e ovos) e não-alimentos, como sabonetes, xampu e condicionador. Nos Mercadinhos São Luiz, integrantes da Super Rede, no Ceará, as vendas de orgânicos crescem até 10% por mês. Conforme o diretor comercial, Fernando Ramalho, há mais de um ano, a empresa comercializa carnes, azeite e palmito orgânico e há três meses consolidou a venda de frutas, legumes e verduras orgânicas, a partir de parceria com fornecedores locais.
"Temos compromisso com o produtor. Compramos a produção dele, independente da demanda em nossas lojas", afirma. Segundo ele, agora que a empresa está começando a faturar com as vendas desse segmento. "É um mercado que ainda está engatinhando, mas continuamos a bancar porque acreditamos nele. É um mercado de futuro, que em menos de um ano já será realidade", projeta. Entre os itens orgânicos comercializados pelas lojas do Mercadinho São Luiz estão café, sucos, carnes, azeite, palmitos, frutas, verduras e legumes. Enquanto o mercado de orgânicos cresce em torno de 30% ao ano, o crescimento da produção orgânica varia de 10% a 15% por ano. Ou seja, não estamos atendendo a demanda porque nosso crescimento não tem acompanhado o mercado. Se fosse para vender somente direto ao consumidor, o que produzimos daria com sobra.
Mas para vender aos supermercados temos perdas grandes porque precisamos atender muitas exigências. Nossos produtores não estão organizados a altura para arcar com investimentos que venham diminuir nossos riscos. Nossa expectativa é de que, com a recente aquisição de uma embaladora, tenhamos mais condição de atender ao mercado em 2011. Outro desafio é ampliar a venda direta ao consumidor. Nossos produtos muitas vezes são mais baratos do que os produtos convencionais. Porém, eles são vendidos na cidade com preços pelo menos 20% superiores. O que o consumidor não sabe é que essa diferença não fica com o produtor. A única vantagem que temos em vender para grandes estabelecimentos é a garantia de venda do produto, pois temos contratos de compra com eles que são renovados a cada seis meses.
Fonte:http://diariodonordeste.globo.com
Há 15 anos investindo nesse nicho de mercado, o Grupo Pão de Açúcar oferece hoje mais de 750 itens orgânicos em suas lojas, sendo possível aos consumidores dessa modalidade de alimentos, comporem todas as suas refeições com produtos orgânicos, entre frutas, verduras, legumes e processados, mercearia, além de laticínios, congelados, carnes e padaria. Nos hipermercados Extra, a rede montou ilhas especiais que, além de produtos, trazem também vídeos e materiais informativos sobre os benefícios da alimentação orgânica.
Principais produtos
Segundo a gerente de Orgânicos do Grupo Pão de Açúcar, Sandra Caires Sabóia, dentre toda variedade de itens ofertados, os campeões de venda ainda são as folhagens (alface), os legumes (cenoura e tomate) e frutas (banana). "As vendas no segmento de orgânicos, incluindo todas as categorias disponíveis, crescem cerca de 40% ao ano nas lojas do Grupo Pão de Açúcar. Em 2009, o faturamento foi de R$ 58 milhões. Nossa expectativa era atingir esse patamar apenas em 2012. Para 2010, a meta é crescer mais 40% ante o ano anterior", estima.
De acordo com ela, para o Grupo, que está presente em 18 estados brasileiros, São Paulo é o maior mercado consumidor de orgânicos da empresa. "Mais de 65% de todo volume de frutas, verduras e legumes orgânicos vendidos pelo Grupo saem das nossas lojas paulistas", observa Sandra Sabóia, para quem a participação desses itens dentro do total das vendas da seção é de 3%. A marca própria Taeq, lançada em 2006 pelo Pão de Açúcar, conta com quase 300 itens orgânicos, entre frutas, legumes, verduras e a linha de mercearia com azeite, geleias, mel e atomatados, entre outros.
O segmento é uma das apostas da marca, que registrou um aumento de 40% no ano passado. "Hoje, 20% das vendas de Taeq vem do pilar Orgânico", diz Isadora Sbrissa de Campos, gerente da Taeq. O Carrefour dispõe também de uma linha de orgânicos - a marca própria "Viver", que engloba mais de 300 itens em seu portfólio, com seis categorias de produtos: Light, Diet, Mais, Soja, Zero e Orgânico.
Fazem parte da lista produtos como mel, café, chá, soja em grãos, palmito e feijão. No setor de Frutas, Legumes e Verduras orgânicas, o sortimento inclui alface, rúcula, banana, morango, entre outros. As folhagens orgânicas como alfaces e misturas de folhas higienizadas são os produtos mais vendidos, segundo a empresa. Em seguida, com venda significativa, estão o açúcar e o palmito orgânico. A perspectiva do Carrefour para 2011 é de um crescimento médio de 20% nas vendas do segmento. No Bompreço, da rede Walmart, o incremento das vendas de orgânicos na área de hortifruti (frutas, verduras e legumes) já chega a 30% este ano em relação a 2009.
Mix ampliado
O mix de itens orgânicos que era de 150 produtos, em novembro do ano passado, saltou para mais de 350 em fevereiro deste ano. Em maio, a empresa chegou a 530 itens. No início de julho, o Walmart contabilizou mais de 1.400 itens orgânicos em seu sortimento entre hortifruti (frutas, legumes, verduras, ervas medicinais etc.), produtos de mercearia (sucos, café, açúcar, chás, grãos, vinho etc.). Além de mercadorias na seção de perecíveis (carnes, leite e ovos) e não-alimentos, como sabonetes, xampu e condicionador. Nos Mercadinhos São Luiz, integrantes da Super Rede, no Ceará, as vendas de orgânicos crescem até 10% por mês. Conforme o diretor comercial, Fernando Ramalho, há mais de um ano, a empresa comercializa carnes, azeite e palmito orgânico e há três meses consolidou a venda de frutas, legumes e verduras orgânicas, a partir de parceria com fornecedores locais.
"Temos compromisso com o produtor. Compramos a produção dele, independente da demanda em nossas lojas", afirma. Segundo ele, agora que a empresa está começando a faturar com as vendas desse segmento. "É um mercado que ainda está engatinhando, mas continuamos a bancar porque acreditamos nele. É um mercado de futuro, que em menos de um ano já será realidade", projeta. Entre os itens orgânicos comercializados pelas lojas do Mercadinho São Luiz estão café, sucos, carnes, azeite, palmitos, frutas, verduras e legumes. Enquanto o mercado de orgânicos cresce em torno de 30% ao ano, o crescimento da produção orgânica varia de 10% a 15% por ano. Ou seja, não estamos atendendo a demanda porque nosso crescimento não tem acompanhado o mercado. Se fosse para vender somente direto ao consumidor, o que produzimos daria com sobra.
Mas para vender aos supermercados temos perdas grandes porque precisamos atender muitas exigências. Nossos produtores não estão organizados a altura para arcar com investimentos que venham diminuir nossos riscos. Nossa expectativa é de que, com a recente aquisição de uma embaladora, tenhamos mais condição de atender ao mercado em 2011. Outro desafio é ampliar a venda direta ao consumidor. Nossos produtos muitas vezes são mais baratos do que os produtos convencionais. Porém, eles são vendidos na cidade com preços pelo menos 20% superiores. O que o consumidor não sabe é que essa diferença não fica com o produtor. A única vantagem que temos em vender para grandes estabelecimentos é a garantia de venda do produto, pois temos contratos de compra com eles que são renovados a cada seis meses.
Fonte:http://diariodonordeste.globo.com
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