A Grande Campo Grande (envolvendo a Capital e os municípios de Terenos, Sidrolândia e Jaraguari) é a região do País onde está mais avançada e organizada a produção de alimentos orgânicos produzidos por agricultores familiares. Especialmente hortifrutigranjeiros. Tanto que a Prefeitura da Capital, por meio da Sedesc - Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio, está atenta e preocupada no sentido de garantir aos agentes da cadeia de produção dos orgânicos a manutenção e a expansão da atividade produtiva.
“A demanda pelos produtos orgânicos está crescendo muito rapidamente. Além das escolas públicas - um nicho enorme -, os restaurantes e supermercados estão demonstrando crescente interesse nesses produtos. Sem contar que temos as duas feiras de orgânicos, as quartas (na Praça do Rádio) e aos sábados (no estacionamento do Paço Municipal)”, destaca o vice-prefeito e secretário da Sedesc, Edil Albuquerque.
Atualmente a produção vem de 125 agricultores familiares reunidos no Projeto Pais - Produção Agroecológica Integrada e Sustentável, desenvolvido numa parceria envolvendo o Sebrae, a Fundação Banco do Brasil, a Prefeitura de Campo Grande, e numa segunda fase outros parceiros como o Ministério de Desenvolvimento Agrário e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Novo polo produtivo
Para possibilitar o aumento da produção, a Prefeitura decidiu instalar em uma área de oito hectares, próximo ao Polo Empresarial Nelson Beneditto Neto, na saída para Aquidauana, um polo produtivo sob a responsabilidade de quatro experientes produtores de hortigranjeiros, que já estão produzindo no sistema orgânico. “Isso para garantir a sustentação do fornecimento, medida que vem somar com a criação da Organocop - Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Agricultura Familiar de Campo Grande”, informou Edil Albuquerque.
Segundo ele, bem ao lado dessa nova área de produção de oito hectares, a Sedesc cedeu uma área de 5 mil metros quadrados para a instalação, em breve, de um Centro de Higienização e Embalagem de Produtos Orgânicos. Para isso, já foi conseguido junto ao Sebrae e a Fundação Banco do Brasil R$ 750 mil para a construção civil do centro e a aquisição dos equipamentos necessários para o funcionamento da unidade.
“E produtores orgânicos de Sidrolândia e Terenos, além dos da capital, logicamente, vão poder encaminhar seus produtos para esse centro de higienização e embalagem. Para facilitar a logística, a Fundação Banco do Brasil está disponibilizando os recursos para compra de três caminhões, para os três municípios, que transportarão os produtos das hortas até esse centro. E também um quarto caminhão-baú que se encarregará do transporte dos produtos dessa unidade até os pontos de comercialização”, explicou o vice-prefeito e secretário da Sedesc.
“Nossa preocupação, especialmente do prefeito Nelsinho Trad, é com a constância na oferta dos orgânicos, já que o mercado está totalmente aberto e receptivo e crescendo bastante”, concluiu Edil.
Fonte:http://www.correiodoestado.com.br