A
demanda por alimentos orgânicos é parcialmente impulsionada pela percepção dos
consumidores de que eles são mais nutritivos. No entanto, a opinião científica
está dividida sobre se há diferenças nutricionais significativas entre os
alimentos orgânicos e não-orgânicos, em dois estudos recentes publicadosno British Journal of Nutrition, concluiu-se
que não há diferenças. Nos presentes estudos, foram realizadas meta-análises
com base em 343 publicações revisadas por cientistas que indicam diferenças
estatisticamente significativas na composição entre culturas orgânicas e
não-orgânicas. Mais importante, foram encontradas concentrações de um conjunto
de antioxidantes, substancialmente maiores em culturas orgânicas do que em alimentos
não-orgânicos, como os ácidos fenólicos, flavanonas, estilbenos, flavonas,
flavonóis e antocianinas. Muitos destes compostos têm sido previamente
associados a uma redução do risco de doenças crónicas, incluindo doenças cardiovasculares
e neuro degenerativas e certos tipos de câncer.
Além disso, foram encontradas quatro
vezes mais resíduos de pesticidas em culturas convencionais, que também
continham concentrações significativamente de metais pesados. Diferenças
significativas também foram detectadas de alguns minerais e vitaminas compostas.
Há evidências de que concentrações mais elevadas de antioxidantes e menores
concentrações de metais estão ligadas a práticas agronômicas específicas (por
exemplo, o não uso de fertilizantes minerais prescrito em sistemas de cultivo
orgânico). Em conclusão, culturas orgânicas, em média, têm concentrações mais
elevadas de antioxidantes, concentrações mais baixas de metais pesados e uma
menor incidência de resíduos de pesticidas, comparadas as culturas de
não-orgânicos em todas as regiões e épocas de produção.
Fonte: British Journal of Nutrition,