segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Inonotus obliquus, O cogumelo que combate o câncer

Comumente conhecido como cogumelo chaga (latinização do termo "чага 'russo), é um fungo da família Hymenochaetaceae que parasita o vidoeiro (Bétula) e outras árvores. Ele tem uma forma irregular com a aparência de carvão queimado. O cogumelo Chaga cresce em bosques de bétulas na Rússia, Coréia, Leste e Norte da Europa, áreas do norte dos Estados Unidos, nas montanhas da Carolina do Norte e no Canadá. O cogumelo chaga é muito utilizado na medicina popular russa na parte Europeia e Oriental. O nome Chaga (чага )pronuncia-se "tsjaa-ga", vem da palavra russa anglicizada para cogumelo , que por sua vez é supostamente derivada da palavra para o fungo em Komi-Permyak, a língua dos povos da Bacia do Rio Kama, a oeste dos Montes Urais. Na Noruega, é chamado de kreftkjuke ", que se traduz literalmente como" esporos de câncer ", referindo-se a aparência do fungo" ou suas alegadas propriedades medicinais. Em finlandês, o nome é pakurikääpä, combinado a partir de pahkura e Kaapa . O nome dele em holandês é berkenweerschijnzwam (cogumelo brilhante da  bétula).

O cogumelo chaga tem sido usado como um remédio popular na Rússia e na Sibéria desde o século 16. Os estudos de laboratório sobre o extrato do cogumelo chaga indicaram possível potencial futuro no tratamento do câncer, como um antioxidante, na imunoterapia, e como um anti-inflamatório. A análise química revela que cogumelo chaga contém uma variedade de metabolitos secundários, incluindo compostos fenólicos, tais como melaninas e lanostane triterpenos, que incluem uma pequena percentagem de ácido betulínico. Na China, Japão e Coreia do Sul, extratos de chaga e outros cogumelos da família Hymenochaetaceae estão sendo produzidos, vendidos e exportados como suplementos medicinais anticancerígenos. 
O principal ingrediente bioativo nestes extratos são geralmente o beta-D-glucanos, um tipo de polissacárido solúvel em água. As propriedades biológicas de preparações cruas destes β-D-glucanos específicos têm sido objeto de pesquisa desde a Década de 1960. O premio Nobel de Literatura russa Alexander Solzhenitsyn escreveu duas páginas sobre o uso medicinal do  chaga em seu romance autobiográfico, baseado em suas experiências em um hospital de pesquisa do câncer em Tashkent.

Fonte: http://mushroom-collecting.com/

domingo, 10 de agosto de 2014

O Ecoturismo e a pecuária orgânica no Pantanal

A pecuária orgânica certificada no Pantanal é uma das atividades pioneiras apoiadas pelo WWF-Brasil, por meio do Programa Cerrado Pantanal, que teve início com a formalização da parceria com a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO) em 2003. A atividade contribui para as ações de conservação e visam reduzir o impacto no meio ambiente da principal atividade econômica da região. Situada a 195 km de Campo Grande e a 50 km do município de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, a Fazenda São José é um dos espaços certificados pela ABPO e pioneira no trabalho que busca o desenvolvimento econômico pelo sistema de produção orgânica e de ecoturismo. A fazenda, com três mil hectares, é parceira do WWF-Brasil e também abriga a Pousada Aguapé. “A região é rica, cheia de biodiversidade, vida e liberdade. O Pantanal é um dos maiores berçários do mundo e sua vocação é criar. Trabalhar com pecuária no Pantanal está ligado à cultura da região”, explica o proprietário da Fazenda, João Ildefonso Pinheiro Murano. A área pertence a uma mesma família há mais de 150 anos e diversificou suas atividades a partir de 1989. Os trabalhos em continuidade à criação de gado incluem a pecuária orgânica, atuação no turismo ecológico e pesca, e apoio a projetos de conservação como, por exemplo, os Projetos Arara Azul e Tamanduá. Para João Hidelfonso, o uso de boas práticas permite inúmeros ganhos para o Pantanal. “Nosso desafio é buscar novas soluções. São duas atividades no mesmo local: a pecuária e o ecoturismo. Se fossem trabalhos que impactassem o meio ambiente não haveria turista na região. O trabalho com a carne orgânica veio atender uma das principais reinvindicações da população, ou seja, agregar valor ao que preservamos. O WWF-Brasil contribuiu para um ponto primordial: o diálogo na tomada de decisões para a conservação do Pantanal”, afirma o proprietário da Fazenda São José. O WWF-Brasil apoia a pecuária orgânica certificada no Pantanal e considera a atividade modelo de produção com valores de sustentabilidade ambiental e social. O apoio se dá por meio do fortalecimento da pecuária orgânica certificada na região, associações de pecuaristas orgânicos na análise e busca de mercados, estímulo a boas práticas produtivas, articulação com os segmentos da cadeia e divulgação da carne orgânica como alternativa de consumo responsável e alimentação saudável. Ivens Domingos, analista de conservação do Programa Cerrado Pantanal, explica que a ideia é ampliar o número de localidades certificadas para a pecuária orgânica. “Atualmente são 12 fazendas certificadas da ABPO, todas no Mato Grosso do Sul, e a maior parte localizadas na região do Pantanal da Nhecolândia, totalizando aproximadamente 120 mil hectares certificados. A pecuária orgânica, por meio de parceiros associados ao WWF-Brasil, busca trazer soluções econômicas, sociais e ambientais”, explica.

Fazendas

As fazendas que desenvolvem a pecuária orgânica atendem todos os requisitos relacionados à legislação trabalhista brasileira. Seus funcionários são registrados e têm acesso à moradia digna, alimentação, saúde e educação. São proibidos trabalhos escravo e infantil. Além disso, as fazendas que desenvolvem a pecuária orgânica cumprem integralmente as exigências da legislação ambiental e do Código Florestal Brasileiro. Elas devem possuir as áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente intacta; proibir o uso de agrotóxicos e proteger e conservar os recursos hídricos. A carne orgânica é produzida com critérios de responsabilidade socioambiental que consideram o bem estar dos animais durante a criação e a conservação do meio ambiente. Todo o processo de produção (criação dos animais, processamento dos produtos e venda ao consumidor) é rastreado e auditado. O sabor específico da carne é garantido pelo uso das pastagens nativas do Pantanal e pela seleção genética dos animais. 


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Com maior demanda de São Paulo setor de orgânicos cresce

"Em vista de uma demanda crescente para o segmento, fizemos o São Paulo Orgânico. Já formamos 231 técnicos que podem ser multiplicadores, disponibilizamos dinheiro para financiar o período de transição, com pagamento em até sete anos e quatro anos de carência. Financiamos a certificação e atualmente temos mais 400 produtos entre naturais, processados e biojóias, como capim dourado, que também se enquadram no setor", explica Mônika Bergamaschi. O programa conta com subsídio de até R$ 200 mil por produtor rural pessoa física ou jurídica e até R$ 500 mil por cooperativa ou associação de produtores.De acordo com a secretária, o fator mais recorrente no estado é a transição de produtores convencionais para agroecológicos e não o surgimento de novos agricultores que já iniciam suas atividades voltadas a este segmento.Sendo assim, o período mais preocupante é aquele em que o produtor está se adaptando às normas de certificação - produção sem uso de agrotóxicos, porém, sem a rentabilidade do orgânico. "Não basta querer, tem que fazer bem feito. O que não cabe mais na agricultura é amadorismo, por isso as exigências e, em contrapartida, o financiamento".Para participar do programa, os produtores devem estar enquadrados como beneficiários do Feap/ Banagro, bem como suas associações e cooperativas. É preciso apresentar um plano de manejo orgânico que busque o selo de certificação. Este projeto deve ser validado pelo Organismo de Avaliação de Conformidade (OAC), Organismo Participativo de Avaliação de Conformidade (Opac) ou pela Comissão Técnica de Agricultura Ecológica e Periurbana da secretaria da Agricultura."Uma determinação do ministério [da Agricultura] diz que os produtos agroecológicos teriam que ser oriundos de sementes orgânicas desde o ano passado. Como não foi possível desenvolver a maioria das sementes, postergaram o prazo. Nos antecipamos e, em junho, lançamos a primeira semente de milho orgânica", diz.Segundo Mônika, a semente de milho de pipoca já está em processo de certificação e deve ser lançada em breve.O Levantamento Censitário das Unidades de Produção (Lupa) está sendo atualizado para que a secretaria divulgue dados concretos sobre a proporção do segmento em São Paulo.
Fonte:DCI

Universidade Inglesa realiza estudo que aponta que alimentos orgânicos contêm mais antioxidantes

A demanda por orgânicos é, em parte, impulsionada pela percepção dos consumidores de que esses alimentos são mais nutritivos que os produzidos de forma convencional, apesar de não haver consenso científico a respeito.Mas um novo estudo sugere uma diferença clara entre os dois processos: o de que cultivos orgânicos possuem maior concentração de compostos antioxidantes.Segundo a pesquisa, produzida pela Universidade de Newcastle, no Reino Unido, o nível de antioxidantes nos alimentos produzidos sem pesticidas sintéticos é 19% a 69% maior que nos cultivos que usam agrotóxicos.É uma diferença significativa em se tratado de compostos comumente associados a riscos reduzido de doenças crônicas, incluindo as neurodegenerativas e cardiovasculares, e certos tipos de câncer.A explicação é de que os cultivos produzem mais antioxidantes como defesa natural contra pragas, e o uso de agrotóxicos, portanto, inibiria a concentração desses compostos.Os pesquisadores sugerem que os maiores níveis de antioxidantes equivalem à quantidade presente em uma ou duas das cinco porções de frutas e vegetais recomendadas para o consumo diário.Outra constatação é de que a frequência de ocorrência de resíduos de pesticidas e a quantidade se mostrou quatro vezes maior em culturas convencionais.Essas culturas convencionais também continham concentrações significativamente mais elevadas de cádmio, um metal tóxico. Na agricultura, uma fonte direta de contaminação pelo cádmio é a utilização de fertilizantes fosfatados.Os resultados são baseados em uma análise de 343 estudos revisados por especialistas de todo o mundo e que analisam as diferenças entre alimentos orgânicos e convencionais, como legumes, frutas e cereais.
Fonte:Exame.com