quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Produção de vinho orgânico promove saúde e qualidade

A crescente onda de produtos orgânicos e biodinâmicos ganha espaço também no setor do vinho. Durante evento na Fecomercio de São Paulo, produtores defenderam processos de produção mais naturais que não comprometem o solo, elevam a qualidade da bebida e resultam em produtos que agradam aos consumidores."A preocupação atual de quem compra vinho é com a saúde e a qualidade do produto", afirma o produtor francês e importador no Brasil de vinhos biodinâmicos Geoffroy De La Croix. Ele diz que as vinícolas da Europa utilizam cerca de 30 mil produtos químicos diferentes, o que vem preocupando os consumidores. "Aí entra a questão de que você é o que você bebe." Para ser considerado orgânico, o vinho não pode ter adição de produtos químicos em seu processo de produção. O cultivo da uva deve ser feito utilizando apenas substâncias naturais, reduzindo o impacto no meio ambiente e no organismo de quem ingere a bebida. 
Já os biodinâmicos, além de serem orgânicos melhoram o equilíbrio entre todos os organismos do local. Utilizam técnicas que valorizam o solo, as plantas e o aumento da atividade biológica. Esse mercado ainda é recente e pequeno. Segundo Goeffrey, atualmente, a produção orgânica e biodinâmica de vinho movimenta cerca de US$ 60 bilhões por ano. Em 2011 representou apenas 5% da produção mundial da bebida.Mesmo assim, Geoffrey considera que o crescimento da produção tem sido grande. De 2010 para 2011 houve um aumento de 15% na produção do vinho orgânico. E, segundo ele, a tendência é crescer cada vez mais. "Nesse setor, sustentabilidade não é uma questão de marketing, pois melhora o jeito de produzir e não mata o solo que será utilizado nas próximas safras." 
"Nessa atividade, o natural e o sustentável estão em favor da qualidade", diz o enólogo e proprietário da vinícola Família Zuccardi, José Alberto Zuccardi. Para atender a essa nova demanda do mercado, os fabricantes têm de mudar a maneira de produzir. E isso leva tempo. A transição de um cultivo comum para o orgânico leva cerca de três anos. Por isso, para ele, o vinho é um setor de tradição, mas também de inovação."O vinho é consumido de uma maneira diferente de outras bebidas. O consumidor busca algo natural, quer saber a procedência do produto. A industrialização é vista como algo ruim", explica Zuccardi. 

Mercado brasileiro 

No Brasil, a produção desses tipos de vinho ainda é muito pequena. De acordo com o coordenador do Comitê do Vinho da Fecomercio de São Paulo, Didú Russo, são poucos os produtores orgânicos certificados no País e há apenas um pequeno produtor de vinho biodinâmico brasileiro."A indústria brasileira de vinho foi desenvolvida à parte disso. Ela é baseada em tecnologia e produção em larga escala. A mudança virá, mas será lenta", afirma Russo. Para ele, um fator que complica ainda mais essa transição é a falta de incentivo e burocracia imposta pelo governo.O dirigente diz ainda que os consumidores brasileiros estão começando a pedir produtos mais puros e naturais. Principalmente os jovens que, segundo ele, vêm sendo um mercado em ascensão. 

Fonte: http://invertia.terra.com.br

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Alimentos orgânicos podem ter 20 vezes mais nutrientes que os comuns

Os alimentos orgânicos não são achados em qualquer supermercado, mas em Belo Horizonte existem vários pontos onde o consumidor pode encontrá-los. De acordo com a nutricionista Silvana Portugal, eles podem conter até 20 vezes mais nutrientes que o comum. Ela explica que, ao entrar em contato com o agrotóxico, o alimento produz uma defesa que retém os nutrientes. Além de não conter agrotóxicos e ter mais nutrientes, os alimentos orgânicos duram mais na geladeira. Na hora de comprar, o consumidor deve ficar atento com os selos que dão garantia da origem. 


Fonte: http://g1.globo.com