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sábado, 31 de março de 2012

Empresas de cosméticos orgânicos representam o Brasil em feira europeia


As empresas de cosméticos Surya e a 100% Amazônia, associadas ao Projeto Organics Brasil, desenvolvido em parceria pelo IPD (Instituto de Promoção do Desenvolvimento) e Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), são as representantes do Brasil na feira NOPE - Natural & Organic Product Europe, que será realizada em Londres dias 1º e 02 de abril.O coordenador executivo do projeto Organics Brasil, Ming Liu, explica que o cosmético brasileiro que usa ingredientes amazônicos tem grande demanda no exterior. “O Brasil ocupa o terceiro lugar mundial no mercado de cosméticos orgânicos e, segundo o ranking Euromonitor Internacional, deve crescer 7,4% em 2012.
Um dos principais atrativos é o respeito às limitações da região produtora e a forma como se extrai a matéria-prima para a fabricação dos cosméticos orgânicos”.Atualmente, as empresas de orgânicos têm feito uma autofiscalização, principalmente com produtos da região amazônica. “O objetivo é fortalecer a importância de preservarmos a natureza e, ao mesmo tempo, criar produtos de qualidade. Esse é um valor agregado à qualidade de muitos produtos que possuem em sua composição ingredientes extraídos da Floresta Amazônica, como frutas exóticas e sementes”, completa Ming Liu.A Surya é uma empresa que, desde 2007, tem a linha Amazônia Preciosa, com ingredientes da biodiversidade da floresta Amazônica, certificada pela Ecocert e com grande demanda no mercado externo.
A 100% Amazônia atua junto a comunidades tradicionais e indígenas na capacitação, produção, colheita e processamento de ingredientes para indústria de suplementos alimentares, bebidas e cosméticos, e pós liofilizados de alto padrão nutricional de frutas como: açaí, cupuaçu, acerola, uxi, bocaba, taperabá, patauá, tucumã, andiroba entre outros. Também produz biojóias e biomassa, a partir da secagem de caroços de açaí. 


Fonte: http://www.revistafator.com.br

quarta-feira, 28 de março de 2012

Governo quer criar um time de 'campeões em orgânicos'

O governo federal vai eleger os 30 grupos de produtores rurais mais avançados hoje na agricultura familiar orgânica para transformá-los em uma "tropa de elite" do segmento, voltados à exportação e ao atendimento de grandes varejistas nacionais. A construção dessas futuras empresas-âncoras, que vêm sendo tratadas como prioridade, visa não só alcançar as prateleiras mais cobiçadas dos EUA, da Europa e do Japão - tradicionais consumidores desses alimentos -, mas preparar o terreno para a primeira Copa do Mundo orgânica e sustentável, em 2014, a ser anunciada nos próximos meses. O passo inicial para montar esse time de ponta orgânico foi dado em janeiro passado, com a assinatura de um convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD) do Paraná para a estruturação das glebas de alto potencial em negócios de fato. Ao longo desses 12 primeiros meses (renováveis) estão previstos investimentos de R$ 3 milhões para um "intensivo" em capacitação no campo, o elo inicial e também o mais fraco da cadeia produtiva de orgânicos. Há hoje no Brasil 52 empreendimentos de agricultura familiar - cooperativas ou associações, representando 12 mil famílias - computadas pelo MDA que já embarcam produtos ao exterior, ainda que com freqüência bastante irregular. "Nós temos compradores ávidos de orgânicos, mas que não são pessoas que compram em qualquer circunstância. Precisamos qualificar o produtor para chegar à prateleira", diz Arnoldo Campos, diretor de geração de renda e agregação de valor do MDA. "Precisamos criar empreendimentos capazes de acessar mercados. Então, vamos turbinar 30 dos 52, os mais preparados".De acordo com o último Censo brasileiro, 90 mil produtores rurais afirmaram ser orgânicos no país. 
Na prática, há muito menos que isso, já que a grande maioria são pequenos agricultores que desconhecem a regulamentação para esse tipo de agricultura e não contam com certificação.Para Ming Liu, coordenador da Organics Brasil, o braço do IPD que trabalha na promoção dos produtos orgânicos brasileiros no exterior, o planejamento estratégico é essencial se o Brasil quiser aumentar a sua participação no mercado global, que movimentou no mundo US$ 55 bilhões em 2011. E também para atender a demanda do mercado interno, aquecido pela guinada no poder de compra de uma vasta classe média. Mas a falta de estrutura da cadeia produtiva continua sendo um fator limitante.
 "Há muitos fabricantes que não encontram matéria-prima orgânica disponível", afirma Ming Liu. No chão de fábrica, isso é uma realidade preocupante. A Mãe Terra, empresa que tem crescido a uma taxa média de 30% ao ano, quase interrompeu a produção da sua linha de cookies no mês passado porque o fornecedor de trigo desistiu do "trabalhão" que é ser orgânico. "O principal fornecedor nacional jogou a toalha", diz o diretor-geral Alexandre Borges, ex-fundador do Flores Online que migrou para o segmento de orgânicos com o intuito de diversificar a oferta nacional de produtos. De imediato, a empresa se viu obrigada a recorrer a um outro fornecedor menor para dar continuidade às operações. Mas terá que complementar com importações de trigo orgânico da Argentina. "A priori queremos manter nosso fornecimento no Brasil, mas está muito difícil", afirma o executivo. 
Com 55 produtos em seu portfólio, a Mãe Terra já desistiu de alguns itens por problemas semelhantes. "Paramos com o feijão orgânico, por exemplo, porque ele chegava úmido e com caruncho. Nosso grande desafio é desenvolver uma cadeia produtiva. Já perdemos muito dinheiro com isso por qualidade ruim e falta de consistência no fornecimento".A Nutrimental, das barrinhas de cereais, e a Tozan, que comercializou soja entre 1991 e 2010, são outros casos de empresas que desistiram dos orgânicos por quebra de contrato de entrega. "Vendíamos 11 mil toneladas ao ano de soja ao exterior, mas deixamos o mercado porque não dá para produzir no Brasil. Tivemos casos de contaminação química nos carregamentos entregues à Europa. 
O fornecimento simplesmente não era confiável", diz Mauro Fujisawa, da Tozan. Descontinuidade de operações é tudo o que o governo não quer nesse momento. A corrida contra o tempo começou, e o MDA sabe que já está atrasado. Está no forno a Política Nacional de Agricultura Orgânica e Agroecológica, que será anunciada na Rio+20, em junho, e ajudará a tirar do papel a Copa orgânica. Discutida há mais de um ano pelos Ministérios dos Esportes, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário, pelo Sebrae e pelo setor privado, o evento esportivo mais popular do mundo tem a ambição de ser memorável além dos gols previstos. A idéia é colocar nos menus dos restaurantes e hotéis das 12 cidades-sede da Copa brasileira um cardápio orgânico e de diferentes biomas.Resta saber se a oferta atenderá a demanda que virá. "Sem estruturação, não iremos a lugar algum", admite Campos, do MDA.  

Fonte: http://www.suinoculturaindustrial.com.br

terça-feira, 27 de março de 2012

Programa ajuda a melhorar a renda de pequenos produtores de orgânicos de SE

Os pequenos produtores do agreste deSergipe estão aprendendo a trabalhar com agricultura orgânica e integração da lavoura com a criação de animais. O dinheiro extra arrecadado com a produção tem ajudado a melhorar a vida dessas famílias.A variedade é grande nas plantações dos municípios de Malhador, Riachuelo e Areia Branca, no agreste de Sergipe. O ano de 2012 começou com uma grande transformação na vida de pequenos agricultores da região, que passaram a investir no cultivo de alimentos orgânicos.
“O projeto é agroecológico por conta que não há a utilização de agrotóxicos. É agricultura orgânica. Então, atende às necessidades do que a humanidade precisa no momento, que é evitar a questão do veneno”, explica o técnico agrícola Erotildes de Jesus.O cultivo é feito em conjunto com a criação de galinhas para incentivar o reaproveitamento. “Antes, o excesso da produção de algumas coisas a gente jogava. Hoje, temos o reaproveitamento para alimentação dos frangos que vão produzir os ovos e a carne.
É muito bom”, avalia o agricultor José Luiz dos Santos.Parte da produção é consumida pelos agricultores, mas os alimentos também garantem renda para as famílias. Os produtores participam semanalmente de feiras de produtos orgânicos para vender os alimentos.A agricultora Liliane dos Santos passa grande parte do dia cuidando dos quatro hectares plantados com hortaliças. 
Por mês, o lucro com a venda dos produtos pode chegar até R$ 1,5 mil. “Nós compramos as coisas para investir na horta e para botar as coisas dentro de casa”, diz.O agricultor Raimundo de Jesus também está animado com a nova forma de ganhar a vida. “Nós achamos que é uma alternativa que vai oferecer algo melhor aos nossos produtores já que tem a criação das aves. Além da criação, temos as hortaliças que vão ajudar no nosso consumo e também na sobrevivência”, diz.O Projeto Agroecológico de Irrigação Sustentável é uma parceria do Sebrae com o governo de Sergipe. Cinquenta famílias do agreste já foram beneficiadas pelo programa. 


Fonte: http://www.expressomt.com.br

domingo, 25 de março de 2012

Os dez piores alimentos

A Nutricionista americana Michelle Schoffro Cook, PhD em medicina natural e autora de vários Best seller, lista os 10 piores alimentos para sua saúde. 

 10º lugar: Sorvete 
Apesar de existirem versões mais saudáveis que os tradicionais sorvetes industrializados, a nutricionista adverte que esse alimento geralmente possui altos níveis de açúcar e gorduras trans, além de corantes e saborizantes artificiais, muitos dos quais possuem neurotoxinas – substâncias químicas que podem causar danos no cérebro e no sistema nervoso. 

9º lugar: Salgadinho de milho 
De acordo com Michelle, desde o surgimento dos alimentos transgênicos a maior parte do milho que comemos é um “Frankenfood”, ou “comida Frankenstein”. Ela aponta que esse alimento por causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso, irritabilidade, entre outros sintomas. Além disso, a maior parte desses salgadinhos é frita em óleo, que vira ranço e está ligado a processos inflamatórios. 

8º lugar: Pizza 
Michelle destaca que nem todas as pizzas são ruins para a saúde, mas a maioria das que são vendidas congeladas em supermercados está cheia de condicionadores de massa artificiais e conservantes. Feitas farinha branca, essas pizzas são absorvidas pelo organismo e transformadas em açúcar puro, causando aumento de peso e desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue.

 7º lugar: Batata frita 
Batatas fritas contêm não apenas gorduras trans, que já foram relacionadas a uma longa lista de doenças, como também uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a acrilamida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos óleos utilizados para fritar as batatas se torna rançosa na presença do oxigênio ou em altas temperaturas, gerando alimentos que podem causar inflamações no corpo e agravar problemas cardíacos, câncer e artrite. 

6º lugar: Salgadinhos de batata 
Além de causarem todos os danos das batatas fritas comuns e não trazerem nenhum benefício nutricional, esses salgadinhos contêm níveis mais altos de acrilamida, que também é cancerígena. 

5º lugar: Bacon 
Segundo a nutricionista, o consumo diário de carnes processadas, como bacon, pode aumentar o risco de doenças cardíacas em 42% e de diabetes em 19%. Um estudo da Universidade de Columbia descobriu ainda que comer 14 porções de bacon por mês pode danificar a função pulmonar e aumentar o risco de doenças ligadas ao órgão. 

 4º lugar: Cachorro-quente
 Michelle cita um estudo da Universidade do Havaí, que mostrou que o consumo de cachorros-quentes e outras carnes processadas pode aumentar o risco de câncer de pâncreas em 67%. Um ingrediente encontrado tanto no cachorro-quente quanto no bacon é o nitrito de sódio, uma substância cancerígena relacionada a doenças como leucemia em crianças e tumores cerebrais em bebes. Outros estudos apontam que a substância pode desencadear câncer colorretal. 

3º lugar: Donuts (Rosquinhas) 
Entre 35% e 40% da composição dos donuts é de gorduras trans, “o pior tipo de gordura que você pode ingerir”, alerta a nutricionista. Essa substância está relacionada a doenças cardíacas e cerebrais, além de câncer. Para completar, esses alimentos são repletos de açúcar, condicionadores de massa artificiais e aditivos alimentares, e contém, em média, 300 calorias cada. 

 2º lugar: Refrigerante 
Michelle conta que, de acordo com uma pesquisa do Dr. Joseph Mercola, “uma lata de refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de corantes artificiais e sulfitos”. “Somente isso já deveria fazer você repensar seu consumo de refrigerantes”, diz a nutricionista. Além disso, essa bebida é extremamente ácida, sendo necessários 30 copos de água para neutralizar essa acidez, que pode ser muito perigosa para os rins. Para completar, ela informa que os ossos funcionam como uma reserva de minerais, como o cálcio, que são despejados no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e podendo levar a doenças como osteoporose, obesidade, cáries e doenças cardíacas. 

1º lugar: Refrigerante Diet “
Refrigerante Diet é a minha escolha para o Pior Alimento de Todos os Tempos”, diz Michelle. Segundo a nutricionista, além de possuir todos os problemas dos refrigerantes tradicionais, as versões diet contêm aspartame, que agora é chamado de AminoSweet. De acordo com uma pesquisa de Lynne Melcombe, essa substância está relacionada a uma lista de doenças, como ataques de ansiedade, compulsão alimentar e por açúcar, defeitos de nascimento, cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tonturas, epilepsia, fadiga, dores de cabeça e enxaquecas, perda auditiva, palpitações cardíacas, hiperatividade, insônia, dor nas articulações, dificuldade de aprendizagem, TPM, cãibras musculares, problemas reprodutivos e até mesmo a morte. “Os efeitos do aspartame podem ser confundidos com a doença de Alzheimer, síndrome de fadiga crônica, epilepsia, vírus de Epstein-Barr, doença de Huntington, hipotireoidismo, doença de Lou Gehrig, síndrome de Lyme, doença de Ménière, esclerose múltipla, e pós-pólio. É por isso que eu dou ao Refrigerante Diet o prêmio de Pior Alimento de Todos os Tempos”, conclui. 


Fonte: http://www.homeopatias.com/

sexta-feira, 23 de março de 2012

Funterra incentiva implantação de hortas orgânicas em Corumbá

Alimentos produzidos sem utilização de agrotóxicos ou qualquer outro tipo de produto que possa causar dano à saúde, é o que pretende a Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário (Funterra) da Prefeitura de Corumbá, que está incentivando os pequenos produtores rurais dos assentamentos existentes na região, a implantar hortas orgânicas, visando produção de verduras e legumes que estão se tornando hábito na mesma do brasileiro. Para tanto a instituição está desenvolvendo um projeto em parceria com a Embrapa Pantanal, para disseminar informações aos pequenos produtores rurais sobre estas técnicas.
A diretora presidente da Fundação, Luciene Deová, lembra que a agroecologia está sendo alvo de trabalho intenso por parte da equipe do órgão e parceiros, principalmente a Embrapa, "por entendermos que esse é o melhor caminho para produção sustentável dentro do município de Corumbá", observou, lembrando que este tipo de atividade contribui também para preservação do meio ambiente. Para tanto, equipe da Funterra está difundindo técnicas de manejo de hortaliças, leguminosas, tubérculos, frutíferas e essências florestais, junto com a Embrapa, buscando melhorar a qualidade da alimentação do corumbaense e ladarense.
A ideia é fazer com que os pequenos produtores rurais sigam o exemplo do empresário Rafael Candia que está trabalhando a técnica de produção de alimento orgânico, em uma horta implantada na propriedade rural da família, às margens da BR 262. Ele conta com apoio técnico da Funterra, que disponibilizou uma equipe para acompanhar de perto a produção. Um dos técnicos da Fundação é o agrônomo Edecio Burguês de Andrade que tem dado assistência técnica a Candia, principalmente no que refere ao controle de pragas e desenvolvimento da planta.O trabalho é realizado junto com o biólogo Miroslav Tyemeljkovitch. A preocupação dos dois é com relação ao pulgão e tripés, sugadores que atrasam o desenvolvimento da planta. 
"Como aqui tudo é produzido sem o uso de agrotóxico ou outro tipo de produto para eliminar as pragas, o controle tem que ser constante. Além dessas pragas, é preciso tomar cuidado também com as lesmas, lagartos e gafanhotos, que também atacam a produção", comentou Edecio, enquanto observa um pequeno pé de alface, com auxílio de uma lupa.Hoje, a horta está produzindo somente a alface, carro chefe. Rafael explicou que, no local, a produção é mais ampla. "Produzimos também rúcula, espinafre e outros tipos de verdura", afirma o produtor, para lembrar que o pantaneiro ainda não está habituado com alimentos orgânicos, talvez pelo preço ser acima dos alimentos produzidos normalmente. Acredita que isto vai mudar, "é uma questão de tempo. Tudo tem um começo".
Rafael comenta que o hábito de produzir alimentos orgânicos vem do seu pai, Rafael Candia. "Vem dele, sempre plantamos, sempre gostamos disso. O que produzimos na horta é comercializado na cidade. Além de gerar emprego, a horta ajuda manter despesas da fazenda", comenta. Sobre o fato de produzir alimentos produzidos sem uso de agrotóxicos, Rafael cita que ele e sua família sempre tiveram gosto pelo alimento orgânico. "É bom para a saúde. Se é bom para nós, é bom para todos. Por isso estamos plantando", destacou. 

A horta 

Enquanto Edécio e Miroslav inspecionavam os canteiros, Roselino Rodrigues da Silva, 29 anos, comentava sobre o prazer de estar contribuindo para levar até a mesa do consumidor, um alimento mais saudável. Ele é que cuida da horta, enquanto sua esposa, Ana Paula Apareci da Roma, 27 anos, é responsável pela produção das mudas. "É trabalhoso. Tem que estar sempre atento contra as pragas", comenta Roselino. Hoje a horta conta com um total de 52 canteiros. "Hoje, estamos com 21 produzindo e duas pessoas trabalhando. 
Quando a produção atinge todos os canteiros, é preciso mais gente para trabalhar", diz, lembrando que, cada canteiro comporta 500 mudas de alface. Toda a produção abastece um supermercado local. "É pacote fechado", afirma.A horta de Rafael está sendo um exemplo. A Funterra quer que outros produtores rurais sigam o exemplo e cultivem o hábito de produzir alimento orgânico nos assentamentos rurais. E foi pensando em difundir estas técnicas que, no mês passado, a Fundação enviou três técnicos para participar do Showtec 2012 em Maracaju (MS), para colher subsídios visando massificar na região pantaneira, o cultivo de alimentos orgânicos. 


Fonte: http://www.correiodecorumba.com.br

terça-feira, 20 de março de 2012

NATURALTECH e ABCFARMA firmam parceria

O apoio oficial da ABCFARMA – Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico à NATURALTECH 2012 – 8ª Feira Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saúde deve fortalecer ainda mais a visitação de profissionais do setor farmacêutico e aumentar a presença de expositores do segmento na feira, a ser realizada entre 24 e 27 de maio de 2012, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera. Fundada em 1959, a ABCFARMA dedica-se à realização de estudos, coordenação, informação, proteção e representação da categoria econômica do comércio de medicamentos e produtos farmacêuticos e correlatos contando hoje com mais de 30 mil filiados em todo o Brasil. 
A ABCFARMA mantém em seu cadastro mais de 54 000 C.N.P .J.s.Para Lúcia Cristina de Buone, gerente de Negócios da Francal Feiras, promotora da NATURALTECH, o apoio atrairá um maior número de profissionais do segmento de farmácias. “A parceria com a ABCFARMA comprova a importância dos produtos saudáveis e naturais para as farmácias. Teremos um aumento na visitação de compradores e ao mesmo tempo atrairá o inte resse da indústria farmacêutica em participar da NATURALTECH. O evento atinge em 2012 uma maturidade profissional com esta união trazendo mais oportunidade de negócios e comprovando o potencial de crescimento deste setor” .
A aproximação ilustra a expansão do mercado de produtos naturais dentro do setor farmacêutico, para o qual representam uma das linhas que geram as maiores margens de lucros. Pedro Zidói Sdoia, presidente da ABCFARMA, compara a evolução do mercado das padarias para explicar os motivos da parceria: “Antigamente esses estabelecimentos concentravam suas atividades na panificação. Hoje em dia a variedade de produtos que oferecem é enorme, servem refeições e aumentaram muito as margens operacionais do setor. É isso qe eu idealizo para o segmento farmacêutico. 
Além dos setores de higiene, beleza, dermocosméticos, suplementos alimentares, medicamentos, queremos diversificar a oferta de produtos e investir nos naturais”, diz. Para Zidói, será uma parceria que irá se fortalecer ano a ano. A NATURALTECH, realizada simultaneamente à BIO BRAZIL FAIR 2012 – 8ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia, reúne mais de 200 empresas expositoras, entre produtores e processadores de alimentos funcionais, probióticos, nutricionais, integrais e vegetarianos, suplementos, diet e light; empresas de cosméticos naturais, higiene pessoal, óleos essenciais e acessórios; e fornecedores de produtos e serviços para clínicas de estética, spas, fitoterapia, massoterapia, aromaterapia e outros tratamentos auxiliares.
Em 2011, as feiras receberam cerca de 22 mil visitantes de praticamente todo o Brasil e de 10 países. Além do público em geral, boa parte dos visitantes foi formada por compradores e profissionais ligados ao setor – lojas, supermercados, farmácias e drogarias, clínicas e hospitais, restaurantes, distribuidores, importadores, nutricionistas, terapeutas, médicos e outros – em busca de realizar negócios com os expositores. 


 Fonte: http://www.inteligemcia.com.br

segunda-feira, 19 de março de 2012

Cartilha sobre a alimentação saudável


A alimentação saudável é a alimentação ou nutrição de comer bem e de forma equilibrada para que os adultos mantenham o peso ideal e as crianças se desenvolvam bem e intelectualmente, dependendo do hábito alimentar. Adicionalmente, a alimentação saudável envolve a escolha de alimentos não somente para manter o peso ideal, mas também para garantir uma saúde plena.Clique aqui para baixar a cartilha da ANVISA “Alimentação Saudável, fique esperto”que trata deste assunto:


Fonte ANVISA

quinta-feira, 15 de março de 2012

Cresce negócios da Organics Brasil em feira americana

O Projeto Organics Brasil participou da Expo West, feira realizada na Califórnia que mostra a tendência do mercado norte-americano de produtos orgânicos e naturais, com a expectativa de negócios de US$ 6 milhões para os próximos 12 meses, conforme estimativa do coordenador executivo Ming Liu.As empresas: Bela Iaçá (açaí), Liotécnica (açaí liofilizado), Tribal Brasil (chá mate), Native (açúcar) estiveram presentes junto com cooperativas de empreendimentos da agricultura familiar ligadas ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (Abrabio – Associação Brasileira da Agricultura Familiar Orgânica, Agroecológica e Agroextrativista foram representadas pela Ecocitrus (suco de tangerina, laranja e uva / óleos essenciais) ; Ciano – (juçaí em pó e congelado); Biofrutas – (polpa de manga e maracujá); Coopercerrado – (baru é o principal produto, mas tem mais de 200 produtos diferentes); ABD Sul –(suco de uva); Talentos do Brasil – Cooperunica – (têxteis) e Weber Haus – (cachaça).
"Nesta feira observou-se um crescimento muito forte do mercado com um público recorde, corredores lotados, muita degustação de produtos novos com fortes tendências de busca de produtos naturais, orgânicos, veganos, não alergênicos (glúten-free) e de mercado justo”, informa Ming Liu.“Alguns produtos do Brasil foram destaques como o Juçai, o desconhecido açaí da palmeira Jussara, a cachaça e os licores com sabores de frutas orgânicas, castanhas de baru, os artesanatos e pecas de algodão orgânico do Talentos do Brasil, sem falar nos tradicionais chá mate orgânico, que já se incorporou no dia a dia dos consumidores, e o açúcar da Native que atualmente já tem distribuição nacional no país.
Entre os produtos que já se incorporaram na cultura norte americana verificamos que a água de coco, o açaí, camu-camu e as castanhas do Brasil estão presente em muitos produtos como as bebidas prontas para beber, cereais matinais e barras de cereais. Outro ponto de destaque foi o crescimento do setor de ingredientes funcionais, probióticos e suplementos alimentares que cada vez mais faz do pais o maior consumidor mundial de vitaminas em cápsulas”, esclarece Ming Liu.


Fonte: http://www.revistafator.com.br

domingo, 11 de março de 2012

Centro de Orgânicos inicia ciclo de capacitação de pequenos produtores

O Centro de Inteligência de Orgânicos (CI Orgânicos) inicia hoje (10), no município fluminense de Casimiro de Abreu, sua primeira atividade de capacitação em duas oficinas, que reunirão 50 pequenos produtores rurais da região das Baixadas Litorâneas do estado. O CI Orgânicos foi desenvolvido pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) em uma plataforma virtual, com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Sebrae/RJ. A coordenadora do CI Orgânicos, Sylvia Wachsner, explicou que o grupo é formado por agricultores familiares e de assentamentos, que ainda não estão plantando orgânicos. “Mas são agricultores que já têm práticas sustentáveis.
O que nos interessa é que, com a capacitação, eles comecem a aplicar técnicas no desenvolvimento rural participativo, para conhecer suas forças e fraquezas”.Em uma segunda etapa, o grupo será capacitado em produção orgânica. O CI Orgânicos fará o acompanhamento dessa produção, para ver se eles podem vender na feira municipal de agricultores orgânicos e nas feiras locais. A idéia é ajudar os produtores a agregar valor à produção e, depois, cadastrá-los no Ministério da Agricultura para que se habilitem a vender no município e também para a alimentação escolar.
As atividades de capacitação serão coordenadas pela professora Juliana Arruda, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Parte dessa capacitação servirá para a obtenção de um diagnóstico dos pequenos produtores, para que possam ser ajudados e consigam melhorar a produção. “[Para que] comecem a criar um grupo mais coeso e depois entrem em orgânicos. Com isso, eles podem oferecer uma produção melhor e mais variada de produtos orgânicos”. Sylvia Wachsner lembrou que essa é a primeira experiência de capacitação de pequenos agricultores da SNA, por meio do CI Orgânicos.
O objetivo principal do centro é a divulgação, para os produtores, de técnicas, práticas e de conhecimento, disse. O CI Orgânicos pretende incentivar o fortalecimento da cadeia produtiva de alimentos e produtos orgânicos no Brasil, por meio da integração e difusão de informação. Como se trata de um ambiente virtual, também os consumidores interessados poderão ter acesso a informações no endereço www.ciorganico.agr.br, para saber o que são alimentos orgânicos, para que servem. Na avaliação da coordenadora do projeto, o centro se transformará em uma grande referência, onde todas as pessoas poderão buscar informações sobre legislação, certificação de orgânicos, por exemplo.
A SNA está contactando entidades e universidades nos diversos estados brasileiros para fazer estudos de casos de produtores orgânicos e fechando parcerias com órgãos, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva nacional de orgânicos. “E repassar as técnicas de produção aos agricultores”.No estado do Rio, já foram mapeados cerca de 150 produtores orgânicos. A próxima capacitação, ainda sem data definida, será feita em Nova Friburgo, na região serrana fluminense, seguindo depois para municípios do Paraná. Segundo Sylvia, os produtores de Casimiro de Abreu são os mais atrasados em nível de orgânicos. “São os que mais precisam de ajuda”. No Paraná, “os produtores estão muito mais avançados do que no Rio. Já são produtores orgânicos, já têm acesso a mercado. A coisa ali é outra”, definiu.

Fonte: http://www.cenariomt.com.br

sábado, 10 de março de 2012

As importações de produtos orgânicos para a Alemanha

Alemanha não é apenas o maior mercado de produtos orgânicos na Europa, mas também um dos maiores produtores de orgânicos. Apesar disso, em 2009/2010 a Alemanha importou, dependendo do produto,de 2 a 95% de produtos orgânicos que também poderiam ter sido produzidos no país. Isso é demonstrado através de um relatório, realizado pela Sociedade de Informação do Mercado Agrícola (AMI), FiBL e AgroMilagro.
Um resultado inesperado foi a parcela baixa de importação de cereais, de apenas 15%,. Em 2009 - o ano investigado -a colheita na Alemanha foi maior do que a média e, portanto, presume-se que a quota de importação em outros anos foi maior. O trigo teve a maior quota de importação de 21%. Para as proteaginosas, a parcela de importação foi de 24%, inesperadamente elevada. A soja responde por 76% de todas as importações de sementes orgânicas de óleo. Batatas Orgânicas frescas são, em volume, entre os mais importantes produtos orgânicos frescos, após, vem os ovos orgânicos e vegetais orgânicos frescos. Em 2009, a parcela de importação foi de 28%.Em termos de vegetais, as cenouras orgânicas são de longe o produto mais vendido e são cultivadas em 14% da área de cultivo de cenoura na Alemanha.
Como as fazendas individuais não podem expandir as áreas cultivadas com cenoura, a Alemanha importa 48% de suas cenouras orgânicas. As taxas de importação elevados de hortaliças e de frutos, como tomate (80%) e pimentão (90%) são devido à demanda durante todo o ano para os produtos que só podem ser cultivadas em certas épocas do ano na Alemanha. As bananas orgânicas têm, naturalmente, uma taxa de importação de 100%. A taxa de importação para maçãs orgânicas também foi elevada chegando a 50% em 2009/2010.A Alemanha importa 26% do leite fresco orgânico e 26% de sua manteiga orgânica, a maior parte vinda da Dinamarca e da Áustria.

Fonte: http://www.agromilagro.de/

quinta-feira, 8 de março de 2012

Projeto Organics Brasil participa da Expo West - a feira americana de orgânicos

O Projeto Organics Brasil, desenvolvido em parceria pelo IPD (Instituto de Promoção do Desenvolvimento) e Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) participará da Expo West, de 8 a 11 de março (quinta a sábado), em Anaheim - Califórnia. Essa é a maior feira do oeste norte americano, que reúne 1.200 expositores de produtos orgânicos de 99 países.
As empresas associadas ao Organics Brasil que participarão dessa edição da Expo West são: Bela Iaçá (açaí), Liotécnica (tecnologia em alimentos e ingredientes), Tribal Brasil (chá mate) e Native (açúcar). O objetivo é aproveitar a feira para renovar contratos com as maiores empresas de varejo da costa oeste, a exemplo dos compradores da rede Whole Foods, e ampliar a carteira de clientes.
O Projeto Organics Brasil fechou 2011 com US$ 87 milhões exportados pelo grupo de 74 empresas associadas. “A Expo West é uma feira muito importante porque as redes de varejo do oeste americano são as que mais vendem orgânicos e ditam as tendências para todo o mercado norte americano, pois a população daquela região está mais ligada em saúde, qualidade de vida e histórias de sustentabilidade. Assim como no ano passado, o consulado brasileiro na Califórnia participa como parceiro estratégico do Projeto Organics Brasil, no contato com as principais empresas do setor”, comenta Ming Liu, coordenador executivo do Projeto.

terça-feira, 6 de março de 2012

Serviços especializados entregam em casa legumes orgânicos

Falta de tempo já não é desculpa para descuidar da alimentação saudável. Basta um telefonema e serviços especializados entregam em casa cestas de frutas e legumes orgânicos. Na internet, lojas virtuais vendem pacotes semanais de almoços e jantares naturebas, com entrega em domicílio, para todo tipo de necessidade: de refeições com pouco carboidrato a pratos para celíacos.A estudante Helen Mara Nogueira de Jesus, de 37 anos, diz que sua vida ficou muito mais fácil depois que descobriu as papinhas congeladas, feitas com ingredientes orgânicos. Até então, se desdobrava para garimpar ingredientes orgânicos nos supermercados e cozinhar para a filha Rafaela, de 1 ano.
Segundo ela, o pediatra recomendou uma alimentação livre de agrotóxicos."Ficava quase louca. Ia toda semana ao mercado, mas não tinha muita opção. E não pode dar sempre os mesmos alimentos", diz. Helen acredita que comprar refeições prontas tem ainda outra vantagem: diminuir o desperdício. Quando preparava as refeições em casa, lembra ela, sobravam muitos legumes, que logo apodreciam. "Pago R$ 6 em cada papinha e compensa só pelo tempo que eu perderia pensando no cardápio, indo ao mercado e selecionando os legumes".Gerente de qualidade do Empório das Papinhas, a nutricionista Mara Cristina Miranda diz que a maioria das consumidoras é formada por mães preocupadas com a saúde, mas que não têm muito tempo. "São mulheres que investem tudo para o filho e que, muitas vezes, demoram a perceber que elas também precisam mudar de alimentação", afirma.
Por isso, a empresa passou a fornecer refeições congeladas para a família toda, também preparadas com legumes e carnes orgânicos.Na Empório das Papinhas, as vendas passaram de 200 unidades por mês em 2008, entre comidas infantis e refeições normais, para os atuais 20 mil itens por mês. O serviço de delivery é um atrativo extra. Além disso, a refeição é submetida a um procedimento diferenciado de congelamento, em que o alimento passa de 100 para 30 graus negativos em uma hora - uma tentativa de preservar melhor o sabor.Para os que desejam ou precisam seguir uma dieta específica e não pretendem encarar a cozinha, uma alternativa é encomendar um cardápio completo com refeições prontas que chegam frescas em casa ou no trabalho.
Uma das sócias do Dieta Bistrô, Bianca D'Ippolito diz que o serviço é bastante procurado por pessoas de 25 a 45 anos que não têm tempo para cozinhar. O preço não é tão diferente daquele encontrado em bons restaurantes por quilo: o kit com 10 refeições custa R$ 199,99. As informações são do Jornal da Tarde.


Fonte:AE

domingo, 4 de março de 2012

Método natural de fertilização é usado para o cultivo do tomate orgânico

O estado do Rio de Janeiro produz cerca de 75 milhões de quilos de tomate, de acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro(Emater-Rio). Só no Ceasa, do Rio, a comercialização do fruto movimentou R$ 73 milhões, em 2010. Por sua vez, a demanda pelo tomate orgânico, livre de pesticidas, vem crescendo. Considerando a importância econômica do setor e a necessidade de promover o cultivo sustentável do tomate produzido no estado do Rio de Janeiro, o engenheiro agrícola Leonardo Duarte, professor e coordenador do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental daUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), estuda uma forma ecologicamente correta de fertilização do solo. Ele investiga como reaproveitar a água utilizada na lavagem de currais, com resíduos orgânicos do gado leiteiro, para adubar adequadamente o solo para a produção de tomate orgânico.
O estudo conta com recursos do edital de Apoio às Engenharias, daFaperj. De acordo com o pesquisador, a irrigação dos tomateiros com a água que contém resíduos de excrementos de bovinos, melhora sensivelmente as características físicas, químicas e biológicas do solo. "O aproveitamento de águas residuais para a fertilização de culturas agrícolas, por meio da fertirrigação, possibilita o aumento da produtividade e da qualidade dos frutos colhidos, além de reduzir os custos de produção e a poluição ambiental; por ser uma forma natural de adubação, pode dispensar o uso de agroquímicos", destaca Duarte.

Adubar com água residual na dose certa

O desafio, contudo, é encontrar a medida exata para a aplicação dessa água com rejeitos do curral. Ela não deve servir como fonte de irrigação sem orientação técnica, já que o nitrogênio proveniente da matéria orgânica do gado diluída na água, quando aplicado em excesso, pode prejudicar o solo e até causar a morte do tomateiro -- depois de ser convertido em nitrato por bactérias que habitam a superfície do solo. Por isso, as metas do projeto são avaliar os efeitos da fertirrigação, com diferentes doses de água residual, no solo, e, então, observar as características fisiológicas e de produção do tomateiro.
Trocando em miúdos, o projeto estuda uma forma alternativa de aumentar a produtividade do tomate orgânico sem comprometer a qualidade do solo. "O objetivo é impulsionar a produção orgânica e dar um destino sustentável à água com rejeitos bovinos, que se torna um passivo ambiental. Muitas vezes, ela é descartada sem critério no solo ou nos rios. Isso polui o meio ambiente porque o nitrogênio presente na matéria orgânica eliminada por bovinos e dissolvida na água pode salinizar o solo e torná-lo improdutivo, além do risco de poluir o lençol freático, ou seja, contaminar águas subterrâneas", explica.
O cultivo experimental dos tomateiros está sendo realizado em uma grande estufa no Centro Estadual de Pesquisa em Agricultura Orgânica daPesagro-Rio, no campus de Seropédica. Lá, o professor Leonardo Duarte e equipe vêm observando, desde meados de 2011, os impactos da irrigação com água residual, utilizando diferentes concentrações de nitrogênio no solo. A espécie escolhida para o cultivo orgânico foi a Lycopersicon esculentum, conhecida popularmente como tomate perinha, por ser bem adaptada ao clima quente da região. "Os pés de tomate perinha são intercalados com os de coentro, que agem como defensivos biológicos, ajudando a repelir naturalmente as pragas dos tomateiros", conta.Depois da irrigação com água residual, testando concentrações variadas de nitrogênio -- 0%, 50%, 75%, 100%, 125% e 150%, determinadas em função da necessidade nutricional do tomateiro --, os efeitos para o solo são monitorados.
"Após cada teste com uma diferente concentração de nitrogênio, extraímos amostras da solução do solo para avaliação posterior das propriedades químicas, no Laboratório de Meio Ambiente, na UFRRJ”, conta Duarte, lembrando que o espaço de pesquisa foi montado exclusivamente com apoio daFaperj. "Queremos controlar o nível de nitrogênio no solo na profundidade efetiva das raízes das plantas e abaixo dela, para que o solo não seja prejudicado pela presença excessiva dessa substância que tem potencial de salinização", completa. Os testes ainda estão em curso e, por enquanto, a produtividade dos tomateiros irrigados com a água rica em matéria orgânica bovina apresenta bons resultados. "Na primeira colheita, a produção média semanal foi de 100 gramas de tomate perinha por cada pé", diz o pesquisador.
"Além da produtividade e das propriedades do solo, ainda vamos avaliar outros critérios, como a qualidade dos frutos, verificando inclusive seus nutrientes e o nível de desenvolvimento das plantas", completa.Para Duarte, o apoio da Faperj para a montagem do Laboratório de Meio Ambiente veio em boa hora, já que vai atender a todos os alunos da Engenharia Agrícola e Ambiental e também aos estudantes de outros cursos da UFRRJ. "O laboratório será utilizado para pesquisas e poderá servir de apoio ao futuro curso de mestrado em Engenharia de Biossistemas, da universidade", conclui. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), Embrapa Agrobiologia eEmbrapa Solos.

Fonte: http://www.agrosoft.org.br