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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Técnica melhora qualidade das mudas de cebola orgânica

A Estação Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) de Ituporanga desenvolveu uma técnica simples e barata de melhorar a qualidade das mudas de cebola e que já está sendo utilizada por produtores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A produção de mudas de cebola de qualidade geralmente exige atenção especial quanto ao controle das ervas espontâneas, sob pena de comprometer drasticamente o desenvolvimento das mudas.
Especialmente para os agricultores orgânicos, isso significa várias intervenções durante o ciclo de desenvolvimento das mudas, com o arranquio manual dos inços. "Além do trabalho demorado e penoso, em geral os resultados não são muito animadores", explica o pesquisador Hernandes Werner lembrando que, se o manejo for realizado tarde, a competição com o mato prejudica as mudas.
Para facilitar a atividade e melhorar a qualidade das mudas é que a técnica foi desenvolvida e consiste em cobrir o canteiro com uma camada de folhas de jornal ou bobina de papel Kraft, com gramatura de 80 gramas por metro quadrado -- uma bobina de 20 quilos cobre em torno de 250 metros quadrados de canteiro. A técnica consiste em preparar o canteiro, irrigar e cobrir com apenas uma folha de jornal ou com o papel Kraft, sobre este é depositado uma camada de composto de 2 a 4 cm de altura. Faz-se então a semeadura da cebola, utilizando-se 2,5 g/m² de sementes, que são cobertas com uma camada de 1 a 2 cm de serragem.
As sementes dos inços que estão abaixo do papel não conseguem emergir. E o composto, além de servir de leito e adubação orgânica equilibrada para as sementes, induz uma melhor sanidade das mudas, e pode ser preparado na propriedade ou adquirido de empresas idôneas. Recomenda-se complementar a técnica utilizando um sistema de irrigação com fita Santeno, mais apropriado para irrigar as frágeis plântulas de cebola na fase inicial de crescimento.A técnica está sendo utilizada por produtores ecológicos.
"Os produtores perceberam que com a técnica não há necessidade de arranquio manual para controlar as plantas espontâneas e que o resultado são mudas mais sadias e de melhor qualidade, que não sofreram competição com os inços", relatou Werner. Além disso, o sistema diminui o custo do produtor com mão-de-obra e também por não utilizar adubos químicos, herbicidas ou outros agrotóxicos. A técnica também pode ser utilizada para a produção orgânica de mudas de outras hortaliças como, por exemplo, a beterraba ou a cenoura em plantio definitivo.


Fonte: http://www.agrosoft.org.br

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