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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fapesc inicia programa para agregar valor à produção de plantas bioativas catarinensee

Agregar valor à produção agrícola catarinense é uma das metas do programa estruturante para plantas bioativas a ser coordenado pela Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). O grupo responsável pela estruturação do programa se reuniu pela primeira vez dia 01/06,onde estavam representantes da Epagri e de empresas como Duas Rodas, Phytosul, Farmotarápica do Valle, Herbia, Aurora Alimentos, Lab. Catarinense e Harmonia Natural.
Plantas medicinais, aromáticas, condimentares, inseticidas, repelentes e tóxicas são ditas bioativas por terem ação sobre outros seres vivos. Elas servem a indústrias diversas, que buscam novas opções de remédios, corantes e antioxidantes naturais, entre outras possibilidades de uso das plantas “ativas sobre a vida”, nas palavras de Antonio Amaury Silva Junior, da Estação Experimental que a Epagri mantém em Itajaí. “A Flora Catarinense tem muitas espécies bioativas, algumas delas bem conhecidas da ciência e muitas outras ainda por se pesquisar.”
Pela predominância da agricultura familiar em Santa Catarina, o estado serviria bem à produção de plantas bioativas porque estas requerem cuidados mais fáceis de serem tomados em pequenas áreas, segundo Mario Angelo Vidor, Diretor de Pesquisa em Ciências Agrárias e Meio Ambiente da Fapesc. Mas são poucos os produtores que entram neste novo campo – até porque nem sempre há sementes e mudas a preços acessíveis - fazendo com que empresas implementem seus próprios cultivos. Em Canelinha, por exemplo, Cecília Osaida, da Harmonia Natural, planta ginseng brasileiro e 12 espécies aromáticas que rendem óleos essenciais.
Estes óleos servem de insumos para os cosméticos orgânicos fabricados pela Herbia, de Joinville, que também participou da reunião. “Teria muito mercado no exterior para cosméticos brasileiros, desde que eles tenham diferencial pelo uso da biodiversidade da Mata Atlântica”, afirma Rafael Krause, da Herbia. “Não adianta usarmos lavanda para produzir cosméticos porque isso a França já faz bem.”
O primeiro passo do grupo é identificar espécies de interesse de todos os seus participantes, para então desenvolver protocolos de cultivo e contemplar outros aspectos da cadeia produtiva de plantas bioativas. “Os desafios são múltiplos e incluem garantir remuneração justa para os agricultores envolvidos”, acrescenta Silva Junior.



Fonte: http://www.portaldailha.com.br

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