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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Produtos orgânicos sem certificação podem ser excluídos de canais de venda

A procura pelos chamados alimentos saudáveis tem impulsionado nos últimos anos a produção de produtos sem agrotóxicos e fertilizantes no Brasil. Hoje o cultivo de orgânicos representa uma das principais fontes de renda para os produtores. Nem todos, porém, têm sua produção certificada.
"O número de certificações aumentou, mas o mercado está em plena expansão.Esses produtores que não conseguiram o certificado podem ficar sem lugar para comercializar seus produtos; para eles, vão sobrar as feiras livres", observou Paulo Alvim.

Documentação

A certificação dos produtos orgânicos passou a ser exigida a partir de 1° de janeiro deste ano [2011] com a entrada em vigor da nova Lei dos Orgânicos. Os produtores tiveram prazo até 31 de dezembro de 2010 para se cadastrar no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo o primeiro balanço do governo, 1,5 mil produtores já estão regularizados e outros 3,5 mil aguardam o final do processo de cadastramento. Aqueles que ainda não se cadastraram precisam, agora, procurar uma agência certificadora credenciada pelo Ministério, arcando com os custos do procedimento.

Sem a certificação, o produtor fica impedido de exportar ou vender seus produtos para supermercados, por exemplo. Ele pode, porém, vender em feiras livres ou diretamente ao consumidor, a domicílio. Mas, para isso, deve se cadastrar pela internet no site www.prefiraorganicos.com.br. Paulo Alvim explicou que as maiores dificuldades para obter a documentação nas empresas certificadoras são o custo e o tempo que leva o processo. Afirmou também que o Sebrae vai continuar apoiando os produtores na capacitação para que consigam atender a todas as exigências estabelecidas pelas novas regras.O produtor que precisar de mais orientações sobre o processo de regularização pode também procurar as superintendências federais do Ministério da Agricultura nos seus estados.



Fonte: http://www.agrosoft.org.br

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