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sábado, 24 de julho de 2010

Brasil reforça produção de gado orgânico


Com 16 fazendas e quase 50 mil animais no pasto, produtores certificados de gado orgânico de Mato Grosso do Sul preveem duplicar em menos do ano a atual capacidade de oferta para a indústria, passando de 400 para mil cabeças mensais. A produção atual, certificada pelo Instituto de Certificação Biodinâmico, é abatida integralmente pela rede JBS-Friboi, que paga de 10% a 18% a mais, em média, aos pecuaristas. Para serem considerados orgânicos, os animais têm de ser criados em pastagens isentas de agrotóxicos e não podem receber suplementação química nem medicamentos convencionais.
A certificação exige também controles sanitários rígidos e atendimento às leis ambientais e trabalhistas nas propriedades. Em Mato Grosso do Sul, 10 fazendas já concluíram o processo, e outras seis estão em fase de certificação. O aumento da capacidade de oferta, entretanto, pode não resultar em mais carne no mercado. – Por se tratar de um nicho, nossa expansão neste mercado está muito vinculada à existência da demanda – diz Leonardo Leite de Barros, presidente da Associação Brasileira da Pecuária Orgânica.
A possibilidade de aumento na demanda depende do comportamento da economia europeia, diz Barros: – Se a crise se amenizar, provavelmente começaremos a embarcar carne orgânica para a UE ainda em 2010. As 10 fazendas certificadas em Mato Grosso do Sul cumprem as exigências da União Europeia para carne orgânica, mas só três possuem o registro no sistema de rastreamento de bovinos do Ministério da Agricultura.


Um comentário:

  1. Muito interessante a matéria. Só acho que falta mais informação a respeito. O produtor ainda continua com a falta de pesquisa, manejo, e técnicas referentes ao gador orgânico.

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