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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feira orgânica de Visconde de Mauá busca reconhecimento


A população de Visconde de Mauá e turistas podem usufluir, às quintas-feiras, no período da manhã, da Feirinha Orgânica. O comércio surgiu em 2007, promovido pelos produtores Patrícia Carvalho e Vig Oliveira, que decidiram comercializar verduras, mel, fubá da roça e outros artigos de sua propriedade e de seus vizinhos no espaço situado ao lado do Armazém do Artesão, na Vila.A feira reúne 12 pessoas, sendo organizada pela Associação de Produtores Rurais do Alto Rio Preto (Aprarp). “A entidade já tem estatuto registrado e estamos aguardando regularização do CNPJ, que vai possibilitar levar nossos produtos para outras feiras, vender para instituições como escolas e participar de programas públicos de incentivo.
Queremos conquistar o Selo Verde, certificação legal de produção orgânica e ecológica que abre muitas portas, até para a exportação”, informa Patrícia Carvalho. Entre os produtos à venda estão os tradicionais ovos caipiras, queijos e manteiga caseiros; verduras orgânicas, arroz e trigo orgânico e biodinâmico. Diversos tipos de feijão, fubá e inhame, produtos cultivados na região, sem uso de agroquímicos e dentro das normas da legislação ambiental. Outra atração da feira são as sementes germinadas, sofisticados cogumelos e mel puro.A grande proposta da Feirinha Orgânica é fomentar a economia solidária: um movimento mundial baseado na produção ética e no consumo consciente.
Promove o cooperativismo e outras formas de associação a partir da venda do material cultivado por pequenos e médios produtores ao consumidor. “O pequeno produtor rural de alimentos puros precisa da parceria de um público consumidor consciente, que compreenda a vantagem do consumo de produtos orgânicos e valorize o esforço do produtor independente, que foge ao esquema do trabalho assalariado e alienado das grandes agroindústrias e distribuidoras”, destaca Patrícia Carvalho, ressaltando que a Aprarp tem estatuto registrado e aguarda a emissão do CGC, que vai possibilitar a comercialização dos produtos em eventos e com instituições, como escolas e participar de programas públicos de incentivo.
“Vamos, também, batalhar para obter o Selo Verde, certificação legal de produção orgânica e ecológica que abre muitas portas, até para a exportação”, informa.Os associados da feirinha acreditam que podem aumentar o rol de consumidores, incluindo restaurantes e pousadas da região, que poderiam ofertar no cardápio a alimentação a partir de produtos orgânicos e com preços mais em conta que os praticados pelas grandes redes de alimentos que trabalham com produtos da agroindústria.
“Queremos mostrar as vantagens, inclusive em termos de marketing turístico, de um restaurante de Mauá ser capaz de oferecer alimentos orgânicos, frescos e produzidos aqui. Trata-se, também, de fortalecer a economia local, mantendo a circulação interna do dinheiro e de exercer o consumo consciente”, finaliza.

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