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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Legislação Federal dos Produtos Orgânicos vigora a partir de Janeiro


Fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), através da SFA/MS iniciaram no último dia 13 de julho, visitas a produtores, indústrias, supermercados, conveniências, feiras e todos os envolvidos direta ou indiretamente na cadeia produtiva dos alimentos orgânicos no Mato Grosso do Sul. O objetivo da campanha educativa e das visitas técnicas é orientar que a partir de janeiro do próximo ano terá início o processo de fiscalização com base na legislação vigente. Na oportunidade os fiscais estão distribuindo materiais informativos sobre a regulamentação do setor e oferecendo oportunidade para realização de reuniões e outras visitas informativas até o final de 2009.
O sistema orgânico de produção agropecuária é aquele em que são adotadas técnicas especificas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis, respeitando à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo à sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia renovável, empregando, sempre que possível métodos culturais, biológicos e mecânicos em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes em qualquer fase do processo de produção, processamento, armazenamento distribuição e comercialização, além de proteger e recompor o meio ambiente.
A partir de janeiro de 2010 a Lei Federal nº 10.831/03 exigirá dos produtores e fabricantes o selo de certificação para todos os produtos que contenham a denominação: Ecológico, Biodinâmico, Natural, Regenerativo, Biológico, Agroecológico, Permacultura ou Orgânico. Outras denominações poderão também ser enquadradas na exigência desde que atendam os princípios do regulamento oficial do Ministério da Agricultura. Com isso, pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado que produzam, transportem, comercializem ou armazenam produtos dos sistemas anteriormente citados, ficarão obrigados a promover a regularização de suas atividades junto aos órgãos competentes, no caso a SFA/MS. Os produtos orgânicos hoje disponibilizados nos mercados não se restringem somente as verduras, frutas e grãos. Existe também uma gama de outros produtos orgânicos oriundos do extrativismo vegetal como: Castanhas, mel, melado de cana e óleos.
Cosméticos (shampo, sabonete, sabão, etc.), alimentação humana e animal, adubos orgânicos (compostagem), polpas de frutas e bebidas em geral (sucos e vinhos orgânicos). Mato Grosso do Sul já dispõe de uma quantidade razoável de produtos orgânicos como: Café, frutas diversas, doces, polpa de frutas, soja, milho e gergelim, sendo comercializados como produtos originários do processo de certificação participativa produzidos pela agricultura de pequena escala. Segundo informações do INCRA/MS, a agricultura familiar no Mato Grosso do Sul conta com aproximadamente 50.000 famílias instaladas no campo, com uma media de 20 hectares para cada produtor, sendo 32 mil pequenos produtores e 18 mil familias distribuídas em 180 assentamentos oficiais formados pelo INCRA. Juntos esses assentamentos rurais detém aproximadamente hum milhão de hectares habilitados a produção de alimentos. Informações mais detalhadas sobre o assunto poderão ser obtidas junto ao Serviço de Política e Desenvolvimento Agropecuário da SFA/MS (SEPDAG/DT/SFA/MS) Através do fone: 3316-7246 / 7145 com o FFA Fabio Akio Mizote - e-mail: sepdag-ms@agricultura.gov.br

Fonte: SEPDAG - SFA/MS

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Agricultores em Santa Catarina trocam fumo por orgânicos


Agricultores da região de Santa Catarina deixaram de uma vez por todas o fumo e adotaram uma vida saudável. A afirmação até parece uma chamada de reportagem sobre como cuidar da saúde. Mas estamos falando de negócios. Na Encosta da Serra Geral, 200 agricultores deixaram as lavouras de fumo que pouco rendiam e causavam sérios danos a saúde para dedicarem-se à agroecologia.
Reunidos desde 1996 na Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral (Agreco), os agricultores produzem hortaliças, frutas e plantas medicinais sem qualquer agrotóxico na região do município de Santa Rosa de Lima.Os 200 associados despacham mil caixas por semana com 73 itens, como cenoura, alface, couve-flor, tomate-cereja, abóbora, pepino, pimentão, agrião e beterraba. Nove lojas de cinco redes de supermercados da Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e Sul de Santa Catarina são abastecidas com os chamados "produtos limpos"
Ma a associação não se dedica apenas aos alimentos “in natura”. Os grandes supermercados do país recebem mensalmente os produtos processados, como geléias, conservas de legumes, molhos de tomate, derivados da cana e frutas desidratadas. Eles faturam por mês cerca de R$ 200 mil.
"Uma das principais vantagens foi garantir emprego e salário dos moradores durante todo o ano", ressalta o coordenador-geral da Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral (Agreco), Adilson Maya Lurnardi.A Agreco, que vende também carnes, leite, queijo e doces caseiros totalmente orgânicos, está participando da 5ª BioBrazil Fair –Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia-, que acontece até o próximo domingo, em São Paulo.Segundo Lunardi, ainda este ano a Agreco deverá introduzir novos produtos para venda e tentar dobrar o faturamento. “As chuvas de novembro e dezembro em Santa Catarina nos atrapalharam muito. Estamos apostando na nova colheita no segundo semestre”.

Orgânicos na merenda

Em agosto de 2001, a Agreco começou a fornecer produtos para a merenda escolar para a Escola de Educação Básica Lauro Muller, no centro de Florianópolis. O sucesso foi tamanho que, em 2002, a merenda orgânica foi estendida a outras 61 escolas da rede estadual de ensino fundamental, abrangendo outros municípios.
O mercado institucional de merenda orgânica chega a representar 50% do volume de venda da Agreco, durante o período letivo. São cerca de 70 mil crianças, de 7 a 13 anos, atendidas. A substituição de produtos convencionais por orgânicos fez com que diminuísse a evasão escolar.

Agroturismo

A plantação de produtos orgânicos deu tão certo que nasceu uma outra fonte de renda para os agricultores da região: o agroturismo. O turista é acolhido na casa de um agricultor e acompanha todo o processo de cultivo do alimento.
É o Projeto Acolhida na Colônia. Os visitantes também podem aproveitar as vantagens do ecoturismo da região.Só no município de Presidente Getúlio, há 72 cachoeiras no Vale das Cachoeiras. Quem quiser ver neve é só ir no inverno e visitar São Joaquim e Urubici. O turismo terá à disposição um café colonial orgânico com cucas, pães, bolos, geléias, natas, entre outros.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Inseticida Orgânico em novas embalagens

O Inseticida Orgânico Óleo de Neem, lançado no início deste ano, já se tornou um grande sucesso. A Isla recebeu muitas ligações e pedidos de todo o país. Os clientes se mostraram entusiasmados com a alternativa natural de combate aos insetos. E para atender os diferentes perfis de produtores, a Isla lança agora duas novas opções: o frasco de 1 litro de óleo concentrado e a embalagem pronto-uso de 500 ml.
O frasco de 1 litro foi criado para a demanda dos produtores profissionais. É uma embalagem muito econômica, pois rende até 300 litros, conforme a diluição. Já a embalagem de 500 ml é extremamente prática: vem com gatilho pulverizador e pronto para o uso doméstico. Foi pensada para atender às diversas necessidades de quem tem plantas em casas e apartamentos. Será bastante útil, por exemplo, para proteger dos insetos os temperos cultivados em vasos.
O Inseticida Orgânico Óleo de Neem é um produto 100% natural e biodegradável. Controla mais de 200 tipos de pragas das plantas, como lagartas, cochonilhas, traça do tomateiro, ácaros, pulgões e nematóides, entre outras. É ideal para a agricultura orgânica. Mas também se constitui em alternativa para todos os produtores que desejam substituir os defensivos químicos por um produto natural.
O Inseticida Orgânico Óleo de Neem, usado na dosagem recomendada e manejado corretamente, não causa problemas à saúde humana nem ao meio ambiente. Em propriedades com animais, não é preciso isolá-los, como acontece quando se usam produtos químicos. O uso de equipamento de proteção individual (EPI) também não é necessário.
Algumas dicas de utilização:
- Em hortaliças com folha tenra, como alface e almeirão, usar diluição de 2 a 3 ml por litro de água.
- Em outras, como tomate, pepino e abobrinha, a diluição pode ser de até 5 ml por litro.
- O final da tarde é o período do dia mais indicado para a aplicação.
- Em vários cultivares, a aplicação pode ser feita semanalmente em caso de incidência de pragas ou a cada 15 dias como prevenção.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Dia do Agricultor é comemorado com crescimento de orgânicos


Nesta terça-feira, 28, é comemorado o Dia Nacional do Agricultor, em Botucatu a data simboliza importantes conquistas no setor, já que está cada vez mais evidente o título de Cidade dos Produtos Orgânicos. Atualmente, há 350 pequenas propriedades rurais que possuem nível médio de inserção tecnológica, com adoção da mecanização, insumos e recursos financeiros. Este segmento da Agricultura Familiar em Botucatu possui bom reconhecimento regional e estadual pela produção de frutas, legumes e hortaliças orgânicas e/ou ecológicas, bem como, a produção convencional de leite, mandioca, feijão, ovos, laranja e madeira. O sucesso do segmento em Botucatu é aliado, principalmente, ao contato com a UNESP que promove o desenvolvimento rural sustentável como, além de garantir a exportação de alguns produtos. Outro aspecto positivo para o crescimento da agricultura orgânica são as hortas comunitárias, instaladas em 18 pontos que possuem vulnerabilidade social na periferia de Botucatu, proporcionando geração de renda e alimentos de boa qualidade a preços baixos.

Benefícios

De acordo com estudo da revista Nutrição Aplicada, os alimentos de origem orgânica apresentam, em média, 63% a mais de cálcio, 73% a mais de ferro, 118 % a mais de magnésio, 178% a mais de molibdênio, 91% a mais de fósforo, 125% a mais de potássio e 60% a mais de zinco. Além disso, o alimento orgânico apresenta, em média, 29% a menos de mercúrio do que o alimento convencional.


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Produção de inoculante natural


Essa tecnologia é de produção de inoculante natural de microorganismos para recuperação de solos degradados e manutenção da vida do solo em cultivos intensivos,com resultados muito positivos para utilização na aceleração da compostagem e da decomposição fermentativa da biomassa de adubação verde.Deve ser usado com cautela, pois, em excesso, pode causar a decomposição de toda a materia organica do solo.Por isso, os agricultores o tem utilizado apenas 1 vez por ano, no preparo do solo, na proporção de 1:100 (1 litro do inoculante : 100 litros de água), com dosagem de 10 L do inoculante por hectare.Também pode ser utilizado para equilibrar os microorganismos presentes na parte aérea das culturas, contribuindo para a redução da incidência.

Produção de inoculante natural

MATERIAL NECESSÁRIO:
200g de arroz integral ou quirela de milho;
um pote de barro vitrificado ou porcelana;
100 g de açúcar mascavo

ISCA DE CAPTURA OU COLETA:
Toma-se um colmo de bambu de 20 a 30 cm, e corta-se ao meio, longitudinalmente, deixando as duas extremidades fechadas, isto é, não se retira os nos das extremidades. Em uma das partes coloca-se o arroz integral cozido ou quirela de milho. Cozinhar somente com água. O ponto de cozimento é ligeiramente duro. Coloca-se o Arroz ou quirela no colmo de bambu e se junta novamente as partes. Pode fixar com elástico ou barbante. Colocar o bambu com o arroz ou quirela cozidos em um local de mata com bastante humus e serrapilheira. O bambu deve ser semi enterrado sob a folhagem (local com acúmulo de folhas e presença de micélios brancos de fungos).
Se o local estiver muito seco, molhar com água. Depois de 2 ou 3 dias, ou mais, surgem no preparado camadas esbranquiçadas (fungos). O arroz fermentado é retirado do bambu e, então, processa-se a retirada dos pontos pretos, que são fungos que devem ser descartados. O que sobrar deve ser colocado em um recipiente de porcelana ou pode de barro vitrificado e ESTERILIZADO EM ÁGUA FERVENTE POR 20 MINUTOS.

PREPARO DO INOCULANTE:
Adicionar ao recipiente 1/2 parte de açúcar mascavo (em relação a quantidade de arroz ou quirela) e misturar. Deixa repousar por 3 a 7 dias em local fresco e à sombra. Se, ao final desse período, o inoculante apresentar aspecto pastoso e fluído, com cheiro agradável de fermentação é porque ficou bom. Para guardar, coloque açúcar mascavo na mesma medida de arroz ou quirela e armazene na geladeira.

MULTIPLICAÇÃO DO INOCULANTE:
Serão necessários:
um galão (ou tambor, balde, etc.) de 20L,
3 kg de açúcar mascavo e,
tela ou pano limpo para cobrir o galão.
Pegue 1/2 litro do inoculante já preparado, isto é, a quantidade preparada do inoculante, diluída em 1/2 litro de água pura, e coloque em um recipiente com 20 L de água pura.
Acrescente 3 kg de açúcar mascavo e agite.
Após isso, cubra o recipiente com uma tela ou pano para evitar a entrada de insetos ou outros detritos.
Agite a solução a cada 3 horas.
Após 3 dias, mais ou menos, dependendo da temperatura ambiente, o inoculante estará pronto, apresentando cheiro de fermentação alcoolica (cheiro agradavável).
Embale o inoculante em vasilhames limpos e esterilizados. Armazene em local limpo, escuro e fresco.

domingo, 26 de julho de 2009

Alunos de Vitória terão produtos orgânicos na merenda escolar


A coordenação de Alimentação Escolar lançará, nesta segunda-feira (27), às 9 horas, o Projeto de Alimentação Escolar Orgânica Mudança Saudável de Hábito - Gosto de Vida, no auditório da Prefeitura de Vitória. A iniciativa é uma parceria realizada junto a pequenos produtores de produtos orgânicos do interior do Estado que fornecem alimentos mais saudáveis às escolas do município. O evento contará com a presença do prefeito João Coser. O projeto contemplará 22 escolas, sendo dez de Ensino Fundamental (EMEF) e 12 do Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI). Serão atendidos 8,8 mil alunos e os produtos serão entregues na primeira semana de agosto e sua distribuição será realizada até o final do período letivo. O objetivo do projeto é incentivar uma alimentação mais nutritiva.
Além disso, promover novos hábitos alimentares, estimular a prática regular do consumo de alimentos mais saudáveis, valorizar a agricultura familiar e proteger o meio ambiente. Os produtos são cultivados em Iconha, Santa Maria de Jetibá e, na Grande Vitória, em Cariacica.

Delícias saudáveis

Os alimentos que serão distribuídos são abacate, abobrinha, abóbora, agrião, aipim, alface crespa, banana, batata doce, batata Yacon, beterraba, brócolis, cebolinha, cenoura e chuchu. E ainda, coentro, couve, couve-flor, espinafre, ervilha, inhame, laranja, milho, morango, ovos, pepino japonês, quiabo, repolho, repolho roxo, salsa, tomate e vagem.
Os produtos orgânicos são produzidos com a preocupação de não prejudicar o meio ambiente, pois a produção é sustentável e os produtores valorizam as espécies de animais e plantas da região. Marcos Salles Os produtos orgânicos são produzidos com a preocupação de não prejudicar o meio ambiente, pois a produção é sustentável "Além disso, a produção não destrói, nem desgasta o solo, não há produção de alimentos transgênicos e a biodiversidade é preservada", explicou a coordenadora de Alimentação da Secretaria de Educação, Jamille Soares Nascimento.

Cuidados

No manuseio de produtos orgânicos é proibida a utilização de agrotóxicos e outras substâncias sintéticas que possam contaminar o alimento e ou meio ambiente. A identificação do produto orgânico é feita por meio do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SIGORG). São parceiros do projeto, além da Prefeitura de Vitória, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (SEAG), Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Associação Chão Vivo, Sebrae, Prefeitura de Santa Maria de Jetibá, Cooperativa O Broto, Associação de Agricultores.
Produto orgânico é um alimento sadio, limpo, cultivado sem agrotóxicos e sem fertilizantes químicos. Eles provém de sistemas agrícolas baseados em processos naturais, que não agridem a natureza e mantém a vida do solo intacta. As técnicas usadas para se obter o produto orgânico incluem emprego de compostagem, da adubação verde, o manejo orgânico do solo e da diversidade de culturas, que garantem qualidade biológica dos alimentos. Os produtos orgânicos são produzidos com a preocupação de não prejudicar o meio ambiente, pois a produção é sustentável.

Fonte:Prefeitura de Vitória/Fabrício Faustini

sábado, 25 de julho de 2009

Registro de insumos para uso na agricultura orgânica será simplificado


A regra faz parte do decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (23/07), durante a 5ª edição da Bio Brazil Fair -(Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia), em São Paulo/SP.

Registro mais simples

De acordo com o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, a legislação vai simplificar o registro, mantendo o rigor técnico em relação à preservação da saúde humana e do meio ambiente. "O texto que propomos insere dois dispositivos no decreto, que havia sido publicado em 2002. O primeiro inclui o produto fitossanitário para ser usado na agricultura orgânica e o segundo apresenta as exigências e documentos necessários para obtenção do registro", explicou.

Solicitação

Para que os produtos sejam registrados com a denominação de fitossanitários com uso aprovado para agricultura orgânica, a coordenação de Agroecologia deverá encaminhar as solicitações ao Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos (CTA), que definirá os estudos e testes necessários à aprovação dos pedidos. Esse comitê é responsável por estabelecer normas para inclusão ou exclusão de produtos fitossanitários para agricultura. Os ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, da Saúde, José Gomes Temporão, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, já avaliaram a proposta e assinaram documento de aprovação.

Selo dos Orgânicos

No primeiro semestre de 2010 será lançado o Selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. Para usá-lo os produtores terão que se regularizar no Ministério da Agricultura até o dia 28 de dezembro de 2009. Assim, também será possível ter informações sobre o número de agricultores que atuam no setor e a área utilizada, hoje estimada em 800 mil hectares.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Plantas Companheiras


Os insetos são olfativos . As culturas possuem um cheiro característico que atrai seus inimigos ou predadores. Certas ervas, plantadas junto com essas culturas, confundem o olfato do inseto e diminuem-lhe o ataque . Algumas plantas eliminam ácidos pelo seu sistema radicular , os quais inibem a multiplicação de outras plantas consideradas ervas daninhas .

Vejamos algumas combinações úteis de plantas companheiras :

GIRASSOL E MILHO
Plantar o girassol cercando uma roça de milho, porque as lagartas que atacam o milho, preferem comer o girassol e deixam o milho se desenvolver .

O GERGELIM E A SAÚVA
As saúvas gostam muito das folhas do gergelim, porém as folhas do gergelim têm substâncias que acabam matando os fungos que alimentam as saúvas. Plante gergelim no aceiro do roçado .

CARURU OU BREDO DE ESPINHO
O Caruru ou Bredo de espinho, deve ser plantado ou permitido o seu crescimento livre nas ruas dos canteiros de beterraba . Serve para manter a vaquinha, um inseto que corta as folhas da beterraba, ocupada com as folhas de caruru .

RABANETE
O rabanete plantado perto de pepino e vagem , afugenta os insetos que iriam atacar estas hortaliças.

CRAVO DE DEFUNTO
Planta-se dentro das culturas para controle dos nematóides .

SALSÃO
O salsão plantado dentro de canteiros de couve- flor e couve comum, afugenta os insetos que iriam atacar as couves .

ALHO
Plantando alho dentro da plantação de batata as pragas são repelidas .

MUCUNA PRETA
Plantando-se linhas de mucuna preta, intercaladas na cultura do milho, o ataque do caruncho e traça, no campo são reduzidos em 90 %. A mucuna preta também é excelente para adubação verde e para controlar o aparecimento da tiririca ou capim alho .

MANJERICÃO
Plantar manjericão perto da horta e nas ruas dos canteiros, evitar o ataque de pragas para as hortaliças .

ALECRIM
O alecrim plantado dentro dos canteiros de repolho e couve, afasta a borboleta, antes que ela realize postura de ovos que venham gerar lagartas para as culturas.

MAMONA
A mamona repele mosquitos, é muito útil plantá-la ao lado de água parada.

FEIJÃO DE PORCO
O Feijão de porco plantado em locais infestado com tiririca ou capim alho, controla esta erva daninha , uma vez que suas raízes liberam toxinas no solo que controlam a multiplicação da tiririca.

GERÂNIO
O Gerânio plantado na horta afasta os insetos .

PIMENTA
A pimenta plantada dentro da horta também afasta os insetos .A pimenta malagueta macerada e mantida de molho por 24 horas, depois coada e pulverizada, repele insetos de fruteiras e hortaliças. Usa-se cerca de 10 a 20 gramas por litro de água. Se for macerada e colocada na água com um pouco de sabão derretido até cobrir o macerado, pulverizando ou pincelando sobre as plantas controla pulgões , cochonilhas e trips.

HORTELÃ
A hortelã da folha miúda plantada nas bordaduras dos canteiros de hortaliças ,impede o ataque de formigas .

ALFACE
O Alface plantado com a cenoura e o rabanete torna-o mais macios e com a cebola dá-lhe proteção contra as lesmas.

CENOURA
A Cenoura vai muito bem quando plantada com alface, feijão , cebola, cebolinha, alho, rabanete, tomate, alecrim

FEIJÃO
Os Feijões em geral , vão muito bem com milho, batata, cenoura, pepino, couve-flor, repolho e ervas aromáticas .

As plantas acima descritas, são repelentes dos insetos, mas se mesmo assim houver o ataque de pragas use os inseticidas naturais .


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Econatura mostra o vinagre de vinho tinto orgânico

“O vinagre é feito a partir do suco de uva orgânico, que passa pelo processo de fermentação, é transformado em vinho e vira base para a produção do vinagre”, explica a responsável pela área administrativa da empresa, Tatiane Piccinini. Segundo Tatiane, o sabor do vinagre orgânico é mais natural que o vinagre comum. “Isso ocorre porque não é adicionada água no processo de produção”, afirma. O produto vem em garrafa com 250 ml e pode ser aplicado em saladas e em diversos tipos de comida. Outro produto que a Econatura vai apresentar em seu estande na feira é o suco de uva orgânico, que não leva água nem conservantes.
Na Bio Brazil Fair 2009, a Econatura vai participar pela segunda vez do evento. “O público da feira é bem direcionado, formado por pessoas que se preocupam com a saúde. A Bio Brazil Fair é muito importante para a Econatura”, comenta Tatiane. Fundada há 13 anos e localizada em Garibaldi (RS), a Econatura fabrica produtos orgânicos e trabalha no desenvolvimento de produtos feitos a partir do beneficiamento da casca e semente de uva.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Práticas agroecológicas


O termo agroecologia surge na década de 1970 como campo de produção científica, como ciência multidisciplinar, preocupada com a aplicação direta de seus princípios na agricultura, na organização social e no estabelecimento de novas formas de relação entre sociedade e natureza.
Indo além, a Agroecologia representa um poderoso instrumento de ruptura com a tradição reducionista na qual se baseia a ciência moderna, principalmente pela sua proposta de trandisciplinaridade, por incorporar a complexidade, a dúvida e a incerteza, além de validar também os saberes tradicionais e cotidianos.
Outra inovação metodológica incorporada à pesquisa agroecológica é a junção harmônica de conceitos das
ciências naturais com conceitos das ciências sociais. Tal junção permite nosso entendimento acerca da Agroecologia como ciência dedicada ao estudo das relações produtivas entre homem-natureza, visando sempre a sustentabilidade ecológica, econômica, social, cultural, política e ética.
Basicamente, a proposta agroecológica para sistemas de produção
agropecuária faz direta contraposição ao agronegócio, por condenar a produção centrada na monocultura, na dependência de insumos químicos e na alta mecanização, além da concentração de terras produtivas, a exploração do trabalhador rural e o consumo não local da respectiva produção.
Ou seja, as práticas agroecológicas podem ser vistas como práticas de resistência da
agricultura familiar ao processo de exclusão do meio rural e homogeneização das paisagens de cultivo. As práticas agroecológicas se baseiam na pequena propriedade, na mão de obra familiar, em sistemas produtivos complexos e diversos, adaptados às condições locais e em redes regionais de produção e distribuição de alimentos.
Portanto, não se pode pensar em Agroecologia como “ciência neutra”, já que há em suas pesquisas e aplicações claro posicionamento político. Ela se coloca como ciência comprometida e a serviço das demandas populares, em busca de um desenvolvimento que traga soluções sustentáveis para os diversos problemas hoje enfrentados na cidade e no campo.
A agroecologia é uma abordagem da agricultura que se baseia nas dinâmicas da natureza. Dentro delas se destaca a
sucessão natural, a qual permite que se restaure a fertilidade do solo sem o uso de fertilizantes minerais e que se cultive sem uso de agrotóxico.


Cartilha de Práticas Agroecológicas, faça o download aqui.


terça-feira, 21 de julho de 2009

Emater incentiva o uso de adubação verde nas lavouras


Em um mundo cada vez mais necessitado de ações que valorizem a preservação ambiental, a adubação verde, uma das variedades de adubação orgânica, tem-se firmado como uma opção para o cultivo de variadas lavouras. A técnica utiliza matéria orgânica, gerada a partir do cultivo de plantas, para adubar o solo, diminuindo ou eliminando o uso de fertilizantes químicos. Vantagem para o meio ambiente, o produtor e o consumidor dos alimentos produzidos no campo. “A diferença no uso deste método em relação aos adubos industrializados é devido à forma natural e renovável. Se o mundo todo usasse adubação verde, diminuiria o efeito estufa e a poluição do meio ambiente” garante Afrânio Otávio Nogueira, extensionista do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
A adubação verde pode ser feita de duas maneiras, uma delas é o plantio das sementes de leguminosas ou gramíneas em meio às lavouras permanentes, como é o caso dos milharais. Depois de crescer e florir, as plantas são roçadas e deixadas no terreno para se transformarem em adubo natural. Outro método é o plantio direto, em que primeiro se plantam as sementes e depois em cima da palhada são cultivadas outras culturas, como as hortaliças. O adubo verde feito com plantas leguminosas como o feijão gandhu, mucuna, crotalárea, entre outras, possui um benefício extra; maior fixação de nitrogênio no solo. Isso porque as leguminosas são capazes de fazer uma associação com bactérias próprias para fixar o nutriente. Com o solo rico em nitrogênio, há um grande aumento na produtividade.
“Quanto mais nitrogênio, mais a planta produz”, fala o extensionista Afrânio, ao lembrar também que, com essa adubação natural cai o custo da produção. “Isso baixa o custo para o agricultor na compra de adubo nitrogenado, porque muitas vezes ele não vai precisar comprar”. Afrânio Nogueira diz ainda, que são inúmeras as vantagens de usar adubo verde. “Com esse método, o solo ganha mais infiltração e retenção de água, fica mais poroso devido às raízes e diminui a erosão. Também aumenta a vida útil e o teor de matéria orgânica”. Outras vantagens, segundo o técnico, são: proteção contra o impacto das chuvas e da irradiação solar direta, controle de pragas e de doenças nas lavouras, além da inibição do crescimento de mato.
De acordo o coordenador técnico estadual de Agroecologia da Emater-MG, Fernando Casimiro Tinoco, o método “é uma ferramenta auxiliar em qualquer sistema de produção, seja ele orgânico ou convencional”. Porém, ele esclarece que só esse tipo de adubo não é o suficiente para suprir todos os nutrientes que a planta necessita, sendo preciso a introdução de adubos adicionais. Para incentivar o uso deste método, a Emater-MG aderiu ao programa Banco Comunitário de Produção de Sementes de Adubo Verde do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A Emater-MG tem participado do trabalho em mais de 90 municípios mineiros, nos períodos 2007/2008 e 2008/2009.
Por meio de técnicos, devidamente capacitados pelo Ministério, a empresa faz o cadastro dos produtores interessados e os orienta na utilização da técnica. As sementes são distribuídas pelo Mapa. Segundo Tinoco, essas sementes são plantadas para produzir mais sementes e formar o banco (unidades produtivas), para depois estender o benefício a mais produtores. Só no período 2008/2009, o programa beneficiou 53 agricultores de 25 comunidades rurais mineiras, em 45 municípios, de acordo o coordenador da Emater-MG.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Como construir um biodigestor com tambor de plástico


MATERIAIS : Tambor plástico de 200 litros com tampa rosqueada
Esterco fresco de bovinos
Água sem cloro
Balde de plástico ou lata
Pedaço de mangueira ou cano PVC

COMO FAZER : Fazer um furo na tampa do tambor e encaixar o pedaço de mangueira ou cano de PVC de modo que não fique com vazamentos.
- Abastecer o tambor com esterco fresco diluído em água, na proporção de 1 parte de água, para 1 parte de esterco , deixando uma folga no volume do tambor de 10 a 20 % .
- Colocar a tampa no tambor , de modo que a extremidade da mangueira ou cano não fique mergulhada na mistura de esterco e água. A outra extremidade da mangueira deve ser mergulhada em um balde ou lata com água. Durante o processo de fermentação a água do balde ficará borbulhando com a saída do biogás, quando parar é porque já houve toda fermentação da mistura e o biofertilizante está pronto . O processo de fermentação dura em torno de 30 dias . Depois de pronto, o biofertilizante deve ser usado antes de completar 30 dias, pois com o tempo ele diminui sua eficiência fitossanitária .

COMO USAR : O biofertilizante pode ser usado de várias maneiras, porém o método mais eficiente é em pulverizações foliares, que promovem um efeito mais rápido. Neste caso ele deve ser coado antes do uso e diluído em água na proporção de 1 parte de biofertilizante para 20 partes de água e pulverizado nas plantas de modo que cubra folhas e ramos , ao ponto de haver escorrimento .
-Pode ser usado também no tratamento de sementes, as quais são mergulhadas no biofertilizante puro por 1 a 10 minutos, secas à sombra por 2 horas e plantadas em seguida.
-Tratamento de estacas ,toletes , bulbos e tubérculos, mergulhá-los por 1 a 10 minutos no biofertilizante puro, deixar secar à sombra por duas horas e plantar de imediato. Este tratamento aumenta o enraizamento das estacas .
-Na produção de mudas deve ser usado na rega de canteiros ou dos sacos de mudas, e quando aplicado puro tem um excelente efeito bacteriostático.
-A parte sólida, resultante da coagem , pode ser usada diretamente nas covas de plantio ou sobre a compostagem .Em hortaliças , as pulverizações devem ser semanais e em fruteiras as pulverizações devem ser mensais.


domingo, 19 de julho de 2009

Uso de biofertilizantes liquidos no manejo ecológico de pragas agrícolas

Biodigestor
Milhões de pequenos produtores nos trópicos praticam agricultura convencional.Seu modelo é pautado no uso elevado de insumos externos principalmente agrotóxicos, adubos minerais solúveis, sementes híbridas e mecanização com base no emprego de combustíveis fosseis. Contudo, esse modelo, além do custo elevado, é poluidor e também apresenta altos riscos para o produtor, por isso não são duradouros.
Mas, um outro modelo mais sustentável do ponto de vista sócio-econômico e agro-ambiental, onde são empregados processos ao invés de produtos, tem resultado em maior sanidade e estabilidade da produção e menor custo: os sistemas de produção orgânica. Nesses sistemas o controle das pragas e doenças, é baseado no equilíbrio nutricional (químico e fisiológico) da planta, buscando-se uma maior resistência da planta pelo seu equilíbrio energético e metabólico (entropia) e uma maior atividade biodinâmica no solo.
Na prática, isso já é percebido nos agroecossistemas olerícolas aonde o modelo convencional vem substituindo pela pratica de processos vivos. Um exemplo é o emprego de produtos microbianos, como os biofertilizantes líquidos, e outros fermentados à base de microorganismos eficientes. Os biofertilizantes se destacam por serem de alta atividade microbiana e bioativa e capaz de produzir maior proteção e resistência à planta contra o ataque de agentes externos (pragas e doenças). Além disso, esses compostos quando aplicados, também atuam nutricionalmente sobre o metabolismo vegetal e na ciclagem de nutrientes no solo. São de baixo custo e podem ser fabricados na fazenda pelo produtor.Essa tecnologia de processo vem revolucionando a agricultura e encontra fundamentos na teoria da trofobiose, desenvolvida pelo frances Francis Chaboussou em meados século passado e na agroecologia .
Os biofertilizantes são compostos bioativos, resíduo final da fermentação de compostos orgânicos, contendo células vivas ou latentes de microorganismos (bactérias, leveduras, algas e fungos filamentosos) e por seus metabólitos, além de quelatos organo-minerais. São produzidos em biodigestores por meio de fermentação aeróbica e/ou anaeróbica da matéria orgânica. Esses compostos são ricos em enzimas, antibióticos, vitaminas, toxinas, fenóis, ésteres e ácidos, inclusive de ação fito-hormonal. Além de sua ação nutricional já conhecida, tem sido atribuído aos biofertilizantes a ação indutora de resistência e apresentam propriedades fungicidas, bacteriostáticas, repelentes, inseticidas e acaricidas sobre diversos organismos alvos.


Fonte:
Marcos Barros de Medeiros1, Paulo Alves Wanderley1; Francisco Franklin2, Francisco Sales Fernandes2, Gutenberg Ramos Alves2, Plínio Dantas2, Rimesson Paulo Cordão2, Wendell Max Ribeiro Xavier2; Julião de Souza Leal Neto3 (1) Professores do CFT/UFPB -Campus de Bananeiras-PB; (2) Alunos do Colégio Agrícola Vidal de Negreiros – CAVN/CFT – UFPB, Campus de Bananeiras – PB. (3) Voluntário do PROLICEN/UFPB.

sábado, 18 de julho de 2009

Embrapa e parceiros discutem cultivo de banana orgânica


Nos dias 21 e 22 de julho, representantes dos segmentos da cadeia produtiva de banana participam, na Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das Almas – BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, de uma reunião técnica visando elaborar um sistema de produção orgânica para a cultura. Organizado pelo Núcleo de Agroecossistemas e Sustentabilidade do Espaço Rural (Naser) da Embrapa, o evento é dirigido a agricultores, extensionistas e pesquisadores.
A busca por alimentos saudáveis de produção ecologicamente correta (sem agrotóxicos) tem influenciado na mudança dos sistemas de cultivo de plantas em todo o mundo. A sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais e a minimização da dependência de energia não-renovável são as principais características deste tipo de produção. “Por restituir grande quantidade de fitomassa ao solo, a bananicultura já é considerada um cultivo sustentável”, explica Ana Lúcia Borges, pesquisadora da Embrapa.
A área cultivada com banana no Brasil é em torno de 515 mil hectares, mas não há dados disponíveis quanto à área cultivada sob manejo orgânico. “Em todos os polos de produção de banana, existem áreas sob cultivo orgânico com os mais diversos manejos, porém falta uma sistematização das práticas adotadas”, afirma Zilton Cordeiro, gestor do Naser e pesquisador da Embrapa. O produtor orgânico deve atender à Instrução Normativa nº 64, de 18 de dezembro de 2008, referente aos sistemas orgânicos de produção animal e vegetal.Depois de discutir as propostas de elaboração do sistema de produção, o grupo de estudo vai compatibilizar as informações para formatação do documento.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O consumo de orgânicos cresce 30% ao ano


Apesar de ser mais caro — em alguns casos até 100% —, o consumo de produtos orgânicos tem uma expansão anual de 30%. No Estado, o mercado responde por 15 mil empregos diretos no campo, gerados pelos 5.300 produtores paranaenses que trabalham com esse segmento, todos produtores familiares. O número coloca do Paraná como o estado com maior número de produtores de orgânicos no País. “Em volume, a liderança está com São Paulo”, ressalta o engenheiro agrônomo Iniberto Hamerschmidt, coordenador estadual de holericultura convencional de orgânica no Instituto Emater.
Desde 1996, quando o setor começou a ser acompanhado pela Emater, a produção do estado passou 4,5 mil toneladas por ano para 107.230 toneladas. Dos 300 produtores que existiam na época, hoje 5.300 cultivam grãos, frutas, legumes e verduras em 13 mil hectares. A receita bruta anual com a venda de orgânicos é estimada em R$ 100 milhões, segundo Hamerschmidt. A produção de folhas, legumes e verduras está concentrada mais nas cidades da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), assim como a de plantas medicinais. Nas regiões Sudoeste e Oeste também há produção de holerículas, soja e açúcar mascavo.
No Litoral do Estado há a produção de frutas, no Noroeste de a mandioca e a farinha de mandioca e no Norte Pioneiro a produção é de café. Já a produção de grãos, como milho, arroz e feijão está distribuída nas regiões Centro-Sul, de Guaraqueçaba e da Lapa, no assentamento Contestado. “Há ainda uma grande produção de erva-mate na região Centro Sul, principalmente em São João do Triunfo e São Mateus do Sul”, afirma. A produção de soja e de açúcar mascavo é exportada na proporção de 98% e 50%, respectivamente. Barreiras — Atualmente o maior problema enfrentado pelo agricultor que quer se iniciar na produção de orgânicos e o período de transição para recuperação e limpeza do solo.
Hamerschmidt relata que o processo pode exigir de 1 a 3 anos, dependendo da propriedade. “Período em que cai a renda do produtor”, afirma. O governo disponibiliza uma linha de financiamento através do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) Agroecologia, mas para conseguir um prazo maior de carência (para iniciar o pagamento do financiamento) é necessário um bom projeto. Nesse caso, os interessados podem buscar ajuda na Emater, em um dos 140 escritórios distribuídos pelo Estado.
“Lá os pequenos produtores interessados terão orientação gratuita sobre o que e como fazer para se adaptar a lei de produção de orgânicos e de como conseguir a certificação”, comenta. De acordo com a nova legislação de produtos orgânicos, o produtor precisa ser certificado para colocar os produtos no mercado. O custo anual para a certificação é de cerca de R$ 400 por ano para um grupo de 10 produtores. No Paraná, o Tecpar é um organismo certificador.


Fonte:Bem Paraná

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ovo orgânico Sabor e Cor amplia seu espaço no mercado


A empresa, que desde 2006 produz ovos certificados pelo OIA – Certificação Internacional de Agropecuária, vai aumentar sua produção em 40% a partir deste ano. Seu produto será conhecido nesta Bio Brazil Fair. Esta é a primeira vez que a Ovo Orgânico Sabor e Cor participa da feira como expositor. “Desde que criamos a empresa, visitamos a feira anualmente. Agora que teremos capacidade para atender um número maior de consumidores, buscamos divulgar ainda mais o nosso produto, e pelo que já conheço da feira, a Bio Brazil Fair é o ambiente ideal para a realização de novos negócios no nosso setor”, explica Jacqueline Araújo, sócia proprietária da Ovo Orgânico.
A empresa de Piracicaba (SP) oferece ovos em caixas com seis, dez e 30 unidades que são distribuídos atualmente para restaurantes, hotéis e pequenos mercados do território paulista. As galinhas da granja são da espécie Isa Brown e se alimentam de ração feita de milho e soja orgânicos, têm tratamento homeopático e vivem em um gramado arborizado com acesso a um galpão construído especialmente para elas. Além de poderem entrar e sair quando quiserem, dormem diariamente por pelo menos oito horas. “Diferente das granjas convencionais, as galinhas aqui são criadas livremente, o que não as deixa ficar estressadas e por isso não se matam. Razão para não cortarmos os bicos delas”, explica Jacqueline.


Fonte:Primeira página

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mato Grosso é maior produtor nacional de carne e soja orgânica

Você é o que você come. Este é o ditado popular que mais se encaixa nas opiniões do dirigente da Korin, Reginaldo Morikawa. “O estresse das pessoas tem relação direta com sua alimentação. No intuito de se pagar menos, de economizar, os consumidores exigem produtos cada vez mais baratos. O pedido é atendido pelas indústrias e produtores rurais, que para reduzir custos, utilizam cada vez mais agrotóxicos contra os insetos nas lavouras e gorduras nos alimentos”. A Korin é uma das maiores empresas de produtos orgânicos do Brasil e está analisando a instalação de uma unidade produtora em Mato Grosso, no município de Chapada dos Guimarães. O estresse atribuído ao dia-a-dia corrido das cidades tem uma ponta em pequenas alterações no funcionamento cerebral nas explicações do representante da empresa. “Os defensivos agrícolas mais baratos, consequentemente mais utilizados, agem no sistema nervoso dos insetos impedindo que eles ataquem as plantações”, detalha Reginaldo. Ao se alimentar com estes alimentos, resíduos destes químicos vão se acumulando no corpo humano e passam a agir no cérebro. O resultado são inconstâncias de humor, fragilidade emocional, e até diminuição na fertilidade. Países com uma educação ambiental mais avançada que o Brasil já se conscientizaram destes malefícios dos agrotóxicos. Na França, 84% da população é favorável ao avanço da produção de orgânicos sendo que 77% querem consumir habitualmente este tipo de produto livre dos ‘defensivos agrícolas’.
Os dados são da Organic Monitor, uma empresa de consultoria especializada em investigação do consumo global de orgânicos e indústrias relacionadas. Mas são os norteamericanos os maiores compradores de produtos orgânicos do mundo. Para suprir os 33% que habitualmente se alimentam com orgânicos, o país consome sozinho 50% de toda a produção mundial, o que representa anualmente U$ 25 bilhões. O mercado do orgânico cresce anualmente 10%, cerca de U$ 5 bilhões. Em 2008 o segmento movimentou U$ 51 bilhões. No Brasil, a cultura do mais barato mostra sua força. Menos de 1% da população consome produtos orgânicos. O preço de um alimento livre das toxinas químicas é em média 50% maior, mas em casos chegam a custar 200% mais que alimentos produzidos para abastecer a população como um todo. A falta de consciência dos benefícios à saúde também pode influenciar no preço.
Mesmo com poucas pessoas no país se alimentando de orgânicos, a demanda é maior que a produção. Em todo o país são cerca de 20 mil produtores dedicados ao segmento que utilizam 6,5 milhões de hectares para sua produção. Estas terras representam apenas 1,67% da área passível para agricultura no Brasil. Mesmo assim, os brasileiros são os maiores produtores do mundo exportando 70% de seus orgânicos. “Mato Grosso possui destaque neste segmento. O Estado é o maior produtor nacional de soja e gado orgânico”, comenta Reginaldo Morikawa. Ele destaca que falta os empresários acordaram para a realidade atual, onde os consumidores querem sim cuidar de sua saúde e preservar o meio ambiente.
“Sabemos que a maioria não quer mesmo pagar mais pelo orgânico, porém as pesquisas mostram que os consumidores destes produtos são fiéis e não se importam com preço. Atualmente eles não são atendidos com a quantidade necessária. É um espaço que está vazio”, pontua. A pesquisa citada destaca que 60% dos orgânicos no Brasil são consumidos na região sudeste do país, e outros 25% no sul. Os consumidores são em sua maioria (72,3%) mulheres, com mais de 30 anos de idade, casadas, com filhos, e renda superior à R$ 3 mil mensais. “E o principal, 90% destes consumidores não são fieis a marcas, abrindo espaço para que novas pessoas entrem no mercado”.
É certo que muitas pessoas cumprem as recomendações de se lavar bem os alimentos antes de consumi-los no intuito de se retirar parte dos agrotóxicos, e devem continuar o fazendo, mas o dirigente da Korin faz um alerta. Devido aos ciclos de plantio e uso de químicos, as plantas estão recebendo o material pelas raízes. Este é o principal motivo dos alimentos produzidos atualmente possuírem índices mínimos de nutrientes. “Os vegetais acabam gastando os nutrientes para combater estas substâncias”, destaca Reginaldo Morikawa. Os produtos orgânicos possuem mais nutrientes que os vendidos tradicionalmente, os comerciais.
Uma pesquisa realizada pela Rutgers University, nos Estados Unidos, comprovou esta teoria com total embasamento cientifico. Os pesquisadores compraram vários produtos em supermercados e lojas de alimentos naturais e analisaram seu conteúdo de minerais. O resultado foi além do esperado até mesmo dos habituais consumidores. A quantidade de ferro no espinafre orgânico era 97% mais alta do que no espinafre comercial, e o nível de manganês era 99% maior no produto orgânico. Além disso, muitos nutrientes essenciais estavam completamente ausentes do produto comercial, mas eram comparativamente abundantes no cultivado organicamente. (veja as tabelas nutricionais no final da matéria) Para se dar ideia do volume de interferências humanas no processo de produção alimentar, somente nos Estados Unidos são aplicados cerca de 11 mil toneladas em medicamentos para criação animal.
“Todo este medicamento não desaparece. É por isso que reforçamos, as pessoas têm de reconhecer o valor do alimento orgânico. Todos vêem esta diferença entre carros, casas, mas nos alimentos isto ainda está começando”, ressalta Reginaldo. A diferenciação dos alimentos entre orgânicos e comerciais acaba indo contra o propósito ambiental, reconhece Morikawa. “A agricultura orgânica, ou biológica, vai contra ela mesmo. É o produto que mais usa embalagens. É necessário ficar claro ao consumidor que ele está comprando um produto melhor, e por isso mais caro”, diz.
Fonte:24HorasNews

terça-feira, 14 de julho de 2009

Bioinseticida será produzido a partir do sisal baiano


O sisal da Bahia contará com recursos do Fundo Comum de Commodities (CFC) da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que fica em Amsterdã, na Holanda, para o aproveitamento do resíduo líquido do sisal para a produção de bioinseticida e parasiticida. Para a primeira etapa do projeto – um estudo de pré-viabilidade para elaboração de um plano de negócios – serão liberados US$ 170 mil, sendo US$ 112 mil de recursos não-reembolsáveis por parte do CFC. O projeto, que foi apresentado pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e pelo Sindfibras, com o apoio do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), está orçado em US$ 1 milhão.
Segundo o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ildes Ferreira, caso os resultados das pesquisas iniciais sejam positivos, o CFC vai liberar no próximo ano a parcela complementar, de R$ 890 mil, para estudos adicionais e implantação de uma unidade industrial piloto na região sisaleira da Bahia para a produção de bioinseticida e parasiticida. Eles serão produzidos a partir do resíduo líquido da extração da fibra do sisal, hoje estimado em dois bilhões de litros anuais e totalmente descartado no campo. A apresentação do projeto contou também como o empenho da Associação Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e do Promo –Centro Internacional de Negócios da Bahia.
A idéia é que o projeto seja desenvolvido em parceria com universidades e centros de pesquisa durante quatro anos no Território do Sisal, localizado no semiárido baiano. O projeto pretende utilizar o resíduo líquido do sisal também para a produção de dietético. De acordo com o engenheiro químico Adalberto Luiz Cantalino, o adoçante extraído do sisal é a inulina, um produto de origem natural que pode ser utilizado em substituição ao açúcar na indústria alimentícia e farmacêutica que não é absorvido pelo organismo, ou seja, é uma solução natural à substituição dos ciclamatos utilizados na indústria dos dietéticos.
Produto vai combater pragas na agricultura O bioinseticida será empregado para combater pragas na agricultura. Em projeto anterior, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), foi descoberto que o suco do sisal in natura atua como bioinseticida no combate a pragas do plantio de algodão. Mas esse suco começa a fermentar dois dias após sua extração, o que inviabiliza sua produção comercial. “A idéia é extrair o principio ativo e acondicioná-lo, para que tenha um tempo mais longo de vida útil”, disse Cantalino. A vantagem em relação aos inseticidas disponíveis no mercado é a ausência de drogas químicas nocivas ao meio ambiente e ao ser humano. O projeto prevê ainda a produção de um parasiticida para combater pragas comuns em ovinos, bovinos e caprinos.


Fonte: Governo da Bahia

domingo, 12 de julho de 2009

Por que desintoxicar-se com alimentos orgânicos?

Em 1936, há 70 anos atrás, o Senado Americano já afirmava que o solo das fazendas daquele país estava deficiente de minerais, acarretando carências na grande maioria da população americana. Em 1992, documento publicado por este mesmo Senado revelou que o solo agrícola americano apresentava um déficit de 85% de minerais essenciais contra uma média mundial também alarmante de 75%.
Em 2.001 a nutricionista inglesa Shane Heaton revisou 400 trabalhos científicos num projeto da "Soil Association" (instituição de pesquisa britânica) e observou que os teores de minerais e vitaminas dos produtos da agricultura convencional caíram vertiginosamente na última metade do século e, associou esse fato ao crescimento da indústria de suplementos alimentares.O fato é que na agricultura, existe uma relação direta entre os princípios metodológicos e principalmente a integridade do solo, com a qualidade do alimento produzido. A tecnologia agrícola que ara e mata o solo em sua qualidade e integridade irá gerar alimentos pobres de qualidade e vitalidade.
Assim como nós, a vida do solo necessita de alimento, que é matéria orgânica diversificada. Monoculturas com uso massivo de herbicidas não garantem a vida do solo, nem a saúde da colheita, nem água nos rios. Excesso de plantas invasoras como as ervas daninhas, são plantas indicadoras de deficiências do solo e, se manifestam para possibilitar um saneamento do mesmo. Essa condição empobrecida da terra causa deficiências nas plantas neles cultivadas, que fragilizadas e mais vulneráveis, geram a demanda de mais agrotóxicos.
Portanto eliminar o mato ou a praga sem questionar possibilidades, em princípio anti-econômicas, não é a solução, mas o início de uma morte lenta de todo o eco-sistema.Diferentemente, num solo vivo, a integridade e biodiversidade da flora e da fauna deste sistema; dispõem para as plantas uma variedade equilibrada de nutrientes, acarretando qualidade nutricional para todos os envolvidos no processo. E mais que isso, a sustentabilidade desta atividade agrícola.
Tal fato explica a qualidade diferenciada que apresenta a composição do alimento cultivado num solo vivo. Bob Smith publicou em 1993 no Journal of Applied Nutrition (pg 35-45) estudo sobre a composição de vários produtos orgânicos comparados aos equivalentes obtidos pela agricultura convencional. Um exemplo, ficou constatado que o trigo orgânico continha 1.300% mais selênio, 540% mais manganês, 430% mais magnésio; e por outro lado apresentou 65% menos chumbo e 40% menos mercúrio, que são metais pesados presentes na composição de alguns agrotóxicos.
Em relação ao milho Bob Smith constatou que o teor de cálcio era 1.800% maior no orgânico, assim como 1.600% mais rico em manganês, 490% em molibidênio, 300% mais selênio; por outro lado com 80% menos alumínio e 80% menos mercúrio.
No geral, os alimentos orgânicos apresentam marcada tendência na redução dos níveis de nitratos (adubos químicos), incremento significativo no teor de vitamina C e outros anti-oxidantes, como também maior disponibilidade protéica.Portanto, o alimento originário de uma cultura orgânica é evidentemente mais rico em micro-nutrientes, são isentos de agrotóxicos e ainda preservam todo o eco-sistema para que ele permaneça produtivo com qualidade e integridade.
Assim, falando de alimentação desintoxicante, deve estar sendo óbvio que ela pode ter início com a própria seleção do alimento que será usado no preparo dos sucos e receitas desintoxicantes.A nutrição é o resultado da interação entre o alimento e organismo. Quanto mais intoxicado um organismo, menor a sua capacidade de assimilar o alimento na sua totalidade, maior a sua debilidade e vulnerabilidade às doenças, portanto menor a sua interação e cumplicidade com o alimento.Assim, a decisão pela desintoxicação associada com a escolha de alimentos orgânicos pode ser uma dinâmica que acelera todo o processo de resgate das qualidades, integridades e equilíbrios. Do solo vivo, obtém-se um alimento vivo que se integra ao Ser vivo.Assim como nas plantas, a intoxicação é um mal que se instala na baixa produtividade de todos os setores da vida. Ela se manifesta através de uma ou várias dificuldades de saúde, que devem ser entendidos como um sinal de alerta.
O bom senso é promover revisão e mudança de hábitos, de qualidade de vida. O primeiro passo é atenção com o que estamos ingerindo, revitalizando os pensamentos, a auto-estima, o olfato e o paladar para sentir atração para alimentos que realmente nutrem. O segundo passo é deixar o que é resíduo ou excreto saia, seja ele físico, emocional ou mental, deixando espaços novos para o crescimento e a produtividade.
Para finalizar, desintoxicar-se é uma decisão fundamental que irá permitir maior assimilação da vida e interação com a vida.O alimento orgânico não é uma opção naturalista ou de modismo, mas uma atitude de vida, uma consciência holística, começando por fazer uso ao que de melhor a terra tem, do respeito para consigo, para com a terra e com todos que nos cercam.Somos todos um.



sábado, 11 de julho de 2009

Alimentação Desintoxicante & Sensibilidade

Ter os sentidos aguçados é a maior prova de que estamos eliminando os resíduos que embotam nossa percepção. Assim, podemos perceber com clareza os avisos que o nosso instinto de sobrevivência nos envia para agirmos de acordo com as leis da natureza.Lembremo-nos dos animais, que buscam seus alimentos através do olfato e, se necessário, escolhem os medicamentos para o reequilíbrio orgânico e percebem até mesmo o momento de fazer um jejum para a recuperação da saúde.
Sabemos que isto ocorre também com os indígenas que vivem num ambiente menos poluído e totalmente integrados com a natureza. Não queremos, é claro, voltar atrás no tempo, mas sim nos adaptarmos à vida urbana, onde è perfeitamente possível ter a saúde em dia, devido à enormidade de recursos que a cidade nos fornece.Voltando ao termo sensibilidade, o excesso de sabores pré-fabricados, a dose de açúcar que ingerimos diariamente, agridem o paladar, não nos deixando mais perceber o quanto é doce uma fruta, uma cenoura ou o quanto é saborosa uma semente crua.

É muito significativo quando mencionamos a palavra "sem gosto". O que é sem gosto? Todos os alimentos têm um gosto. Na verdade a frase é outra: "Não sinto gosto". Realmente, esta função natural se perdeu devido ao abuso de produtos artificiais.Deixamos de ingerir alimentos orgânicos, trocando-os por produtos excessivamente refinados, com os quais o corpo fica carente, porque faltaram os elementos nutritivos necessários, faltou a alquimia da natureza. Diante de um alimento refinado ou artificial ainda teremos de extrair de nossas reservas enzimas e alguns nutrientes já sintetizados para realizar outras finções precisam ser desviados para a digestão e eliminação daquilo que não faz parte do organismo e que somente o prejudica.
À medida que transformamos nossos hábitos, utilizando alimentos mais frescos, vegetais e integrais, eliminamos a crosta que envolve nossa língua, formada por aqueles aditivos químicos que embotam o verdadeiro paladar. Assim poderemos sentir realmente um novo sabor! Sentir mais o gosto, significa sentir mais prazer!
E mais, é preciso lembrar que os sabores e os sentidos são regidos pelos sistemas excretores, que uma vez estressados e intoxicados, não conseguem nos passar com clareza a informação, o que a sensibilidade deveria estar nos passando.Quando as toxinas foram eliminadas e o corpo se mantém limpo por dentro, todos os nossos sentidos se aguçam: o olfato se toma mais sensível, a ponto de cheirarmos um alimento e percebermos os efeitos deste no organismo. Exatamente como os animais. Os sons ficam mais claros e a pele mais sensível ao tato. As cores também se tornam mais vivas, devido à sensibilidade da visão. Assim reconhecemos a importância da alimentação nas nossas vidas e. quando sentimos mais, percebemos mais e vivemos mais intensamente!
Não conseguimos resgatar nossa sensibilidade, assim como saborear a vida, sem desintoxicar o organismo e seus sistemas excretores, e, conforme a vida vai passando, nosso número de papilas vai reduzindo, motivo pelo qual não podemos perder tempo.
Uma curiosidade: ao nascermos temos em média 10.000 papilas gustativas. Aos 80 anos em geral restam-nos apenas cerca de 3.000. Entretanto, com a alimentação moderna, acredito jdificilmente fazemos uso sequer de metade delas, tornando mais difícil os estímulos orgânicos, sensoriais e de prazer aos quais se propõem.



Fontes: Alimentação Light - Ro Kupfer - editora Ícone
A verdade sobre a comida - Jill Fullerton-Smith - editora Intrínseca

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Orgânicos cada vez mais presentes na mesa brasileira


Movido pelo alto potencial de crescimento de mercado no Brasil, o segmento de alimentos orgânicos se profissionaliza e começa a atrair investimentos de grandes empresas estrangeiras para atender à demanda de público interno e das redes de varejo. Uma pesquisa recente da consultoria GFK indica que os produtos orgânicos hoje chegam à mesa de 9% da população brasileira e que esses produtos já respondem por 1% do faturamento total dos supermercados - cerca de R$ 1,585 bilhão. Em 2008 a rede Pão de Açúcar teve um crescimento anual de 40% na venda de produtos orgânicos, que ocupam cada vez mais espaço nas gôndolas.
Por enquanto, mais de 70% da produção brasileira ainda é destinada ao mercado internacional, mas a consolidação de marcas com produtos orgânicos industrializados (e não apenas in natura) e comercializados em expansivo número de pontos de venda começa a mudar este panorama. Um exemplo disso é a Samurai Organic Foods. Desde 2004 a empresa vem dobrando de tamanho a cada ano, impulsionada pela inovadora proposta de industrializar no Brasil produtos à base de soja orgânica. Inseridos no contexto de reeducação alimentar, itens como tofu, hamburguers vegetais e patês de tofu passam a substituir respectivamente o queijo, os hamburguers tradicionais e a maionese - alternativas que alcançaram sucesso comercial nas grandes redes de varejo do sul e sudeste.
Adquirida no final de 2007 por um grupo de investidores da Bélgica, Holanda e Brasil, a Samurai busca ampliar ainda mais o seu foco, refletindo um novo posicionamento e o desejo de se tornar a maior processadora de alimentos orgânicos do país nos próximos anos. O processo se deu de forma natural, acompanhando a necessidade da empresa em obter um aporte de capital que permitisse atender à demanda por maior automação na produção e eficiência logística.
Desde 2006, a Samurai já contava com a colaboração da Agrorganica, empresa de Campo Largo (PR) dedicada ao fomento da exportação de soja orgânica para a Europa e fornecedora da matéria-prima para a produção do tofu. Comandada pelo engenheiro agrônomo Roberto Perin, a empresa se juntou ao holandês Poppe Braam, representante da Do It (Dutch Organic International Trade), mais o belga Frederik Dossche, um importador da soja orgânica brasileira, com experiência de mais de uma década no comércio de produtos a base de tofu em seu país, para juntos investirem neste novo momento do mercado de orgânicos no Brasil. Principal empresa no comércio de orgânicos no mercado europeu, com mais de 600 itens no catálogo – que abrange desde ingredientes para a indústria até produtos prontos para consumo -, a Do It acumula mais de 16 anos de experiência, importando produtos dos cinco continentes e abastecendo todo o continente europeu.
Com a parceria formalizada e a fábrica instalada no Paraná - estado brasileiro vice-líder na produção de orgânicos no país -, a Samurai Organic Foods reúne hoje o conhecimento e o aporte de investimentos necessários para elevar a sua operação a um novo patamar de mercado, com a aquisição de novas tecnologias de automação, maior capacidade de produção e distribuição, e o desejo de diversificar a produção, popularizando ainda mais o consumo de orgânicos no Brasil. Neste processo, o tofu passa a fazer parte de um mix mais amplo de produtos. “Nosso objetivo é contribuir para mudar a cultura alimentar brasileira, introduzindo alimentos saudáveis, saborosos e acessíveis no dia-a-dia das famílias de classe média”, afirma Roberto Perin, diretor da Samurai Organic Foods, apontando a capilaridade da nova rede de distribuição dos produtos, que atende desde Belém a Rio Branco até Porto Alegre. Hoje, a marca Samurai oferece linhas de tofus, patês, burguers, aperitivos e espetinhos vegetais presentes nas principais redes de supermercados e varejo das regiões Sul e Sudeste (como Pão de Açúcar, Walmart e Zaffari). e que começam a ocupar as gôndolas das principais lojas do Nordeste, num crescimento estimado em 70% em 2009.

Fonte:Portal Fator Brasil

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Feira Sabores revela potencial de negócios de R$ 1 milhão


A Feira Sabores do Paraná, realizada pela primeira vez em Foz do Iguaçu, encerrou-se no dia 28 de junho com R$ 180 mil negociados, mas com a promessa de faturamento posterior de R$ 1 milhão. O resultado colocou o evento no segundo lugar em importância, no Estado, perdendo apenas para a edição realizada, anualmente em Curitiba, no mês de julho. A feira apresentou cerca de mil produtos da agroindústria familiar paranaense, e promoveu a aproximação dos produtores com restaurantes e hotéis da fronteira e da Argentina e Paraguai.
Os negócios firmados durante os quatro dias de feira atingiram R$ 200 mil, sendo R$ 180 mil na Feira Sabores e R$ 20 mil da Feira Vida Orgânica, promovida pela Itaipu Binacional, realizada em conjunto com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que criou o programa Agroindústria Familiar – Fábrica do Agricultor.
Porém o potencial revelado pelas negociações pós-feira, já iniciados, apontam para faturamento entre R$ 900 mil a R$ 1 milhão.Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, os resultados positivos demonstram que os produtos das agroindústrias paranaenses tiveram excelente aceitação em termos de qualidade, diversidade e apresentação. Sobre a realização conjunta da Feira Sabores do Paraná e da Vida Orgânica, Bianchini disse que uma complementou a outra, porque os produtos orgânicos utilizados como matéria-prima elevam ainda mais a qualidade dos produtos da agroindústria familiar.
Para o coordenador do programa Agroindústria Familiar da Secretaria, Abdel Naser, os resultados da primeira Feira Sabores na região de fronteira devem ser permanentes. Dezenas de agroindústrias familiares iniciaram a procura por representantes em Foz do Iguaçu. Eles deverão atender além de hotéis e restaurantes, padarias, atacadistas e varejistas da região.

FRIOS

Os campeões de venda, como acontece em todas as feiras, foram os queijos e derivados, embutidos e defumados. “Mas a surpresa ficou por conta das vendas de temperos e pimenta”, disse Nasser. Outros sucessos de vendas foram as geléias exóticas, como as feitas à base de frutos da palmeira Jussara, abacaxi com pimenta e banana com cravo e canela. “Produtos como extrato de soja, soja em grão e derivados de banana como farinha e chips feitos com a fruta também venderam bem”, disse Naser.Nos quatro dias de feiras cerca de 20 mil pessoas visitaram as duas feiras.
Com resultados positivos de vendas, cerca de 98% dos produtores participantes recuperaram suas despesas e 93% tiveram lucro na comercialização. Cerca de 48% deles venderam todos os seus produtos, 65% fecharam negócios futuros, 98% confirmaram que irão participar da próxima edição da feira, 20% fizeram reposição de produtos e 30% terão representantes comerciais em Foz do Iguaçu.


terça-feira, 7 de julho de 2009

Governo do Paraná vai incentivar agricultura orgânica nos municípios


O Governo do Paraná vai repassar conhecimento aos gestores municipais com objetivo de melhorar as condições de cultivo e a industrialização dos produtos orgânicos produzidos no Estado. O anúncio foi feito pelo vice-governador, Orlando Pessuti, ao abrir o primeiro encontro de secretários municipais de Agricultura, Meio Ambiente e Indústria,nesta segunda-feira (6), no Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. “Estamos discutindo com o gestor público municipal sobre como organizar comercialmente, aumentar em escala, ganhar competitividade e estimular o consumidor para a agricultura orgânica estadual”, detalhou.
Pessuti explicou que os administradores locais puderam conhecer novas linhas de crédito, financiamentos, além de aprimorar conhecimentos sobre a agroecologia e as políticas públicas que tornaram o Paraná referência em sustentabilidade ambiental para o Brasil. “O Paraná apóia de modo efetivo a agricultura familiar e orgânica. Queremos garantir a produção, em especial para a merenda escolar”.Hoje, o Paraná é o segundo produtor nacional de orgânicos, com 5,3 mil agricultores produzindo 107 mil toneladas na última safra.
O Estado se destaca na produção de soja orgânica, cana-de-açúcar para fabricação de açúcar mascavo e cachaça, mandioca, frutas e hortaliças. O setor vem com taxas expressivas de crescimento de até 20% ao ano.Para o deputado estadual Luiz Eduardo Cheida, o evento representou o desafio de unir a sociedade para o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. A cultura do feijão orgânico foi um exemplo citado por Cheida sobre grandes potencialidades existentes para o agricultor paranaense. “Hoje a produção do feijão orgânico não atinge metade da demanda encontrada nas escolas paranaenses. Este é um campo enorme para expansão”, disse.
Organizado pelas secretarias estaduais da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Agricultura e Abastecimento e entidades como o Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), o seminário visou ainda o setor industrial e comercial. “Investimentos industriais ou do agronegócio precisam ser difundidas entre as prefeituras”, explicou o secretário Virgílio Moreira Filho. “Barracões Industriais e os Arranjos Produtivos Locais estão à disposição dos municípios”.Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, a integração de diversas entidades propiciou políticas efetivas locais. “Os municípios puderam sair com informações sobre subsídios, noções de agregação de valor e fortalecimento da agroindústria”.

AÇÕES

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, agradeceu aos secretários municipais as iniciativas de sucesso alcançadas com a ajuda dos municípios. Rasca também lembrou sobre o Projeto de Lei n° 52/2008 - aprovado pela Assembleia Legislativa e que prevê um período de autodenúncia de seis meses para os agricultores, que ainda mantêm armazenados em suas propriedades o agrotóxico BHC (Hexabenzeno de Cloro). “Queremos a ajuda dos municípios nesta tarefa fundamental para o Paraná”.Exemplo de iniciativa de sucesso em gestão ambiental, o prefeito de Tibagi, Sinval Silva, fez uma palestra sobre o programa “Recicla, Tibagi” que rendeu ao município o selo Cidade Limpa, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Dados da prefeitura indicam que cerca de 54% de todo lixo produzido em Tibagi são materiais orgânicos, que podem ser transformados em composto orgânico e usados como adubo.“O programa visa aumentar a vida útil dos aterros sanitários, proteger a saúde pública, e até a geração de emprego e renda para a região”.Presidente da Junta Comercial do Paraná, Julio Maito Filho, levou aos secretários municipais os dados que atestam o estado como segundo maior na criação de novas empresas do Brasil. “93% são micro e pequenas empresas e 70% estão localizadas no interior do Estado.
A economia estadual tem sua força em todas as regiões”, afirmou.Logística e importância dos pequenos centros, mesmo em regiões distantes também foram apontadas pela gerente de produto-internacional dos Correios no Paraná, Daviane Chegoski. “Empresários e agricultores de qualquer ponto do estado podem exportar pelos Correios vendo seus custos administrativos caírem até 16%”, explicou.O evento ainda contou com palestras do Sebrae, BRDE, Sanepar e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano (Sedu). O evento foi fechado pelo diretor presidente do CPRA, Airton Brissola.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O olho do consumidor, cartilha do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


Produtos Orgânicos

Olho do Consumidor Clique no link abaixo e tenha acesso a cartilha dos alimentos orgânicos lançada pelo MAPA. Visa orientar o consumidor de produdos orgânicos.

(*) Arquivo em PDF, tamanho (2,5MB).



Fonte:e-Campo orgânicos/MAPA

domingo, 5 de julho de 2009

Cultivo orgânico tem energia solar como novo aliado


Produzir hortaliças orgânicas, irrigadas a partir de um sistema de energia solar, favorecendo o meio ambiente e a saúde dos consumidores. Esse é um modelo agroecológico que está em curso no Sítio Oitis, na zona rural do município de Lavras de Mangabeira,Ceará, localizado na região Centro-Sul do Estado. A experiência é inédita e já dá os primeiros resultados: colheita de frutos de boa qualidade, comercialização no mercado local e melhoria da renda familiar. Diretamente são beneficiadas quatro famílias de pequenos produtores rurais, que durante décadas estavam acostumadas a produzir grãos, arroz, milho e feijão. Pimentão, coentro, cebolinha, alface, quiabo e tomate agora fazem parte do cardápio diário dos moradores da comunidade.
O excedente da produção é comercializado para a cidade. A qualidade dos frutos chama a atenção dos consumidores. O projeto foi implantado pelo escritório da Ematerce, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Coordenadoria de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e do Instituto Agropolos. Foram investidos R$ 45 mil. Os recursos foram utilizados na instalação de nove placas de energia solar, de um galpão telado (estufa), construção de uma caixa d´água com capacidade para 12 mil litros de água, aquisição de uma eletrobomba e de um sistema localizado de irrigação. A irrigação é feita a partir de um poço já existente no sítio, que é de excelente qualidade.
O projeto foi implantado numa área de meio hectare. Além das verduras, foram cultivadas mudas de goiaba, mamão e macaxeira, cuja produção deve ocorrer até o fim do ano. “O Sítio Oitis foi escolhido porque tem solo produtivo, água e um trabalho comunitário organizado”, explicou o chefe do escritório local da Ematerce, Kléber Correia. No Ceará, há mais três projetos em andamento no Interior semelhante ao do Sítio Oitis, que partiu na frente na produção e comercialização dos frutos. Bastaram duas reuniões para sensibilizar a comunidade e em particular os irmãos, Cícero Henrique Pessoa Neto e José Pessoa, e os sobrinhos, Flávio e Wendel de Araújo. Os quatro estão administrando a produção de hortaliças.

Fator favorável

A comunidade dispõe de energia elétrica, mas a rede de distribuição fica distante 800 metros da área de produção. Isso foi outro fator que favoreceu a escolha do lugar para a implantação do projeto. O trabalho de extensão do escritório da Ematerce permitiu identificar as potencialidades do Sítio Oitis. “Um dos objetivos do programa é o fortalecimento do associativismo”, lembrou Kléber. Em janeiro passado, os canteiros de hortaliças foram erguidos, e o galpão de tela foi armado. Os frutos logo apareceram.
Apesar da produção está em fase inicial, duas vezes por semana há comercialização dos produtos na cidade e nas comunidades vizinhas. Neste mês de junho, o grupo apurou R$ 900,00, mas a expectativa é de crescimento nas vendas. “Não faltam compradores, pois os produtos são de qualidade, livre de agrotóxicos”, diz o produtor, Cícero Pessoa Neto. Apesar de não fazer parte diretamente do projeto, o presidente da Associação Comunitária do Sítio Oitis, José Nailton de Alencar, avalia que a medida está num ritmo favorável. “Está bom, pois melhora a renda das famílias”, disse. A dona-de-casa e irmão de dois produtores, Luíza Pessoa, contou que sempre acreditou no programa. “Alguns estavam desanimados e pedi que colocasse o trabalho pra frente”, comentou.
Toda terça-feira os produtores recebem a visita do agente rural, Damião da Costa, que dá assistência técnica. “O grupo está unido, acreditando no projeto”, disse. “Nos próximos meses a produção vai aumentar”. Para incentivar outros agricultores, a Ematerce realizou recentemente um Dia Especial de Campo sobre o cultivo agroecológico. “A idéia deu certo e despertou interesse em outros produtores que já querem produzir sem agrotóxico”, disse Costa. “Os frutos têm mais qualidade, consistência e sabor”.
O mais jovem do grupo, Flávio de Araújo, 17 anos, está concluindo o Ensino Médio e tem uma expectativa dividida entre a continuidade do projeto e dos estudos. Pretende fazer um curso técnico superior na unidade do Instituto Federal de Educação Tecnológica de Cedro. É ele que faz diariamente todas as anotações sobre despesa e venda dos produtos. “Esse trabalho é diferente porque não se usa veneno e a produção agroecológica me entusiasma. Quem consome os nossos produtos não precisa ter medo”.

Mais informações:
Escritório da Ematerce em Lavras da Mangabeira
Rua Coronel João Augusto, 280, Centro (88) 3536. 1636

Fonte:Diário do Nordeste