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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Produtos orgânicos representam 1% da produção no Brasil


A comercialização de produtos orgânicos vem crescendo entre 20 a 50 por cento ao ano. No Brasil, a produção de orgânicos representa menos de um por cento da área agricultável. São 800 mil hectares plantados e dois milhões de hectares com extrativismo orgânico. Isto representa cerca de 15 mil propriedades trabalhando com agricultura orgânica. Mundialmente o índice é semelhante, cerca de um por cento, com 31 milhões de hectares, ou pouco mais de 630 mil propriedades.
O engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Pantanal (Corumbá/MS) Alberto Feiden acrescenta que existe uma demanda reprimida muito grande pelo consumo de alimentos orgânicos. É reprimida porque muitas pessoas gostariam de consumir, mas não encontram, e quando encontram seu poder aquisitivo não permite. Ao mesmo tempo, o produtor muitas vezes não consegue colocar seu produto porque os canais de mercado para os produtos orgânicos ainda precisam ser construídos. Os alimentos orgânicos se caracterizam não apenas pelo não uso de agrotóxicos e adubos químicos, mas também por tentar imitar a natureza para a produção. Na agricultura convencional a química é usada para combater qualquer praga que diminua a produtividade da cultura. Na orgânica, o controle de pragas é feito com predadores naturais.
Ainda são poucos os estudos que comparem alimentos convencionais e orgânicos com relação à qualidade. Na maior parte dos casos, os primeiros são maiores e mais vistosos, porém possuem mais água e menos matéria seca. Existem produções de orgânicos onde já se alcança o tamanho e a "beleza" dos convencionais. A favor dos orgânicos está o fato destes possuírem nutrientes em forma mais equilibrada, ou seja, mais sais minerais e vitaminas. A produção de alimentos orgânicos é possível tanto em pequenas propriedades como em grandes áreas. A diferença é que nesta última o custo gerencial aumenta, pois é necessário mão de obra especializada e em maior quantidade.


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